Adega

Nada de cosmética

MAIS NOVO MEMBRO NO board de diretores do grupo Tempos Vega-Sicilia, o jovem Ignacio de Saralegui é o responsável por vendas e marketing da empresa que, além do maior ícone de Ribeira del Duero, o Vega-Sicilia, tem em seu portfólio ainda Alión, Pintia e Macán (todos estes também na Espanha), e Oremus, em Tokay, na Hungria. Vindo da indústria de cosméticos de luxo, em pouco tempo na nova empresa ele já percebeu que há similaridades, mas também muitas diferenças.

Segundo ele, “são duas indústrias, ou dois mundos, em que se vendem sonhos”. E explica: “Acho que nunca se vende uma garrafa de vinho. Você sempre vende outra coisa, que é muito subjetiva e muito imaterial. Você vende excelência, experiências, sensações, status”. A questão do termo “luxo”, contudo, nem sempre é bem-vinda, pois “acredita-se que o luxo é sempre um produto com marketing por trás”. Sendo assim, “preferimos falar de vinhos de qualidade”. Por fim, resume: “A qualidade não precisa de marketing, ela fala por si.”

Nessa conversa exclusiva, durante sua passagem recente pelo Brasil – em uma viagem na qual conheceu os mercados da América do Sul e aproveitou para provar alguns vinhos sul-americanos –, Saralegui contou um pouco de sua trajetória, mas, mais que isso, revelou os rumos de Vega-Sicilia. Confira.

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