Uma questão de estilo
INOVAÇÃO E PIONEIRISMO parecem fazer parte do DNA da vinícola chilena De Martino. Mas nem sempre foi assim. Até meados dos anos 1990 e início dos 2000, ela podia ser considerada uma empresa bem tradicional. Criada em 1934, passou anos vendendo vinho a granel; depois focou-se no mercado de exportação, com vinhos mais “ao estilo Parker”. Até que começaram as grandes mudanças.
Um dos atores por trás dessa mudança de rumo foi Marco Antonio que, junto com seu irmão Sebastián (quarta geração dos De Martino) e o enólogo Marcelo Retamal, passaram a inovar e criar a imagem pela qual a vinícola é conhecida hoje. Já em 1996, eles foram dos primeiros a colocar a Carménère no rótulo, tão logo essa cepa havia sido redescoberta. As transformações mais determinantes, contudo, vieram mais tarde, quando passaram a desbravar novas regiões, apesar de manterem sua base no tradicionalíssimo Maipo.
Assim, foram pioneiros em resgatar vinhas antigas em Itata, assim como na retomada do uso de ânforas e também foram dos primeiros a apostar em Limarí. Nos últimos 10 anos, a guinada de direção foi maior, segundo Marco, porque o objetivo foi tentar definir o estilo da vinícola. Estudioso, ele está prestes a se tornar um Master of Wine (fará a prova final em junho), que seria o primeiro do Chile. Nessa entrevista exclusiva, ele revela qual seria o “estilo De Martino”, em que tanto trabalharam, e como o alcançaram.
“Não há muitas vinícolas no Chile que tenham um estilo definido, independentemente das linhas
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