NOSSOS DEGUSTADORES
O painel foi composto por Ramatis Russo (RR) e Didú Russo (DR); José Luiz G. Pagliari (JLP); Fernanda Fonseca (FF), Marcelo Fonseca (MF) e Ricardo Castilho (RC).
Lembro-me, como se fosse hoje, quando conheci o “druida” Nicolas Joly (viticultor francês na região vinícola do Loire) e seus maravilhosos vinhos repletos de energia, e também do Stefano Bellotti (viticultor que criou, entre outras maravilhas, a Cascina degli Ulivi em 1977), com seu sorriso maroto e seus vinhos profundos e artísticos. Ainda quando pouco se falava sobre o tema, recordo-me de garimpar tais vinhos em seus respectivos importadores e avisar a eles do que se tratava, uma vez que alguns deles não sabiam ou até mesmo não tinham interesse em mencionar o assunto.
Em minha memória como sommelier, tenho algumas histórias vivas e latentes envolvendo vinhos naturais e biodinâmicos, como um incrível jantar de três horas com um produtor no qual não falávamos em comum nem sequer uma língua, mas nos entendíamos perfeitamente. Ou um outro episódio em que uma importadora me apareceu, desesperada, dizendo não saber o que fazer com o vinho que estava sendo devolvido por conter traços de gás carbônico; e por não se tratar de espumante, muitos consumidores alegavam estar irregular.
Ou ainda em um mágico encontro com um produtor que havia tempo queria conhecer e, sem querer, reconhecê-lo, do nada, em uma pizzaria na Europa. Isso sem contar como foi aproveitar inúmeras queimas de estoque de um importador, no qual vários