A primeira demarcação de vinhos em Portugal?
Na sua obra “Vinhos Verdes - a região, a história e o património”, de 2016, o historiador e académico António Barros Cardoso relata em pormenor os percursos e eventos que constituíram a base do desenvolvimento dos chamados “Tintos de Monção e Melgaço”. E refere que, já na época da Restauração da Independência, depois da União Ibérica, ou seja, após 1640, “a valia dos vinhos de Monção, construída em tempos anteriores, separa-os já dos restantes vinhos do Entre-Douro-e-Minho”.
Mesmo se, à data, a vinha não era ainda a monocultura da sub-região, “não restam dúvidas de que ela assume um papel de grande relevo na economia dos moradores da região, que praticavam a cultura extensiva da vinha e que o minifúndio era preponderante”. O mesmo autor relata que, “nas Cortes de 1653, é bem visível o estrago de 13 anos de guerra no setor