Uma das principais empresas da história do vinho no Brasil foi a Companhia Vinícola Rio-grandense. Criada em 1929, tinha, no estatuto de fundação, a missão de “constituir a indústria capitalista na vinicultura, até então dominada pelo artesanato doméstico ou pelas manufaturas dos comerciantes”. Para tanto, investiu no aperfeiçoamento de técnicas vitícolas. Nas vinhas, no plantio de diferentes variedades com o propósito de investigar quais lograriam melhor resultado. Na adega, na modernização da enologia e na busca por melhores práticas, inclusive, sanitárias. No auge, foi a principal empresa de vinhos do Brasil. E dona de uma das marcas icônicas do país, a Granja União (vendida em 1997 para a Cordelier).
No apagar das luzes do século XX, no entanto, a Companhia Vinícola Rio-grandense começou a ratear. A crise bateu forte nos anos 1990, e a empresa começou a desfazer-se das propriedades (e das marcas) que tinha. Entram em cena os irmãos Deunir e Neco, filhos