A Herdade da Calada tem acompanhado a história recente dos vinhos do Alentejo com passo seguro. A propriedade remonta a 1854 e os primeiros proprietários foram os descendentes do Duque de Lencastre. Atravessa todo o séc. XX, passando por melhoramentos e diferentes donos. Mas é na viragem do último milénio que começa a produção de vinho como a conhecemos. É construída a adega e os vinhos são assinados por Paulo Laureano, referência na enologia nacional. Depois, em 2007, a herdade é comprada pelo casal Penauille, Jean-Claude e Maria - ele francês, ela portuguesa. É também nesse ano que a enologia passa para Eduardo Cardeal.
Maria Penauille, ou simplesmente D. Maria, recebe-nos e acompanha-nos na visita. Gosta do campo e da sua herdade. “Não é o Chateau de Versailles, mas é uma linda propriedade”, diz-nos. Quando decidiram investir em vinha e em vinho, o marido pensou inicialmente no sul de França. Na Provence, para produzir rosé. Mas a costela portuguesa falou mais alto. E começaram à procura de