HARMONIZAÇÃO
FRANGO, PORCO E BOI SÃO ANIMAIS CUJAS carnes estamos acostumados a ter quase que diariamente em nossos pratos. Todavia não são somente eles capazes de fornecer a “proteína” da dieta, não é mesmo? Na Austrália, por exemplo, há quem coma canguru. Em partes da América Central, as iguanas são bastante consumidas. Na Escandinávia, a carne de baleia é comum. Cavalo, cobra, porquinho da índia, alce, bisão etc. A lista provavelmente é tão vasta quanto as espécies sobre a terra…
No entanto, há algumas carnes que, apesar de considerarmos exóticas, são relativamente mais comuns. Na culinária francesa, por exemplo, o pato, a rã e o coelho são bastante típicos. Em casas de influência árabe, o cordeiro é quase sempre uma das refeições principais. Na Itália, os pratos com javali tendem a ser bastante apreciados. No Brasil, há regiões em que a carne de jacaré é muito difundida. Ou seja, vários de nós já nos deparamos com carnes consideradas exóticas.
Assim como as “tradicionais”, elas também podem fazer grandes pares com vinhos. Algumas vezes, elas tendem a ter sabores muito mais marcantes e intensos e, por isso, também pedem vinhos de porte similar. Contudo, nem sempre é assim, pois a preparação e o tipo de carne também variam. O pato, por exemplo, dependendo da receita e do corte, pode ser harmonizado tanto com tintos quanto com brancos. Mas, enfim, selecionamos oito tipos de carnes exóticas para as quais apontamos sugestões de harmonização. Confira.
Pato
O magret (peito assado) ou o confit (geralmente a coxa cozida lentamente) de pato estão sempre nomais tânico (o Tannat do Madiran é uma harmonização clássica) tal como um Baga, Aglianico ou Mourvèdre (Monastrell), cujos exemplares tendem a ter boa estrutura, acidez e notas rústicas. O mesmo vale para um típico arroz de pato português. Já para patos com molho de laranja, a nota agridoce vai pedir um branco para abarcar a untuosidade e pode ser casada com um Gewürztraminer, Riesling, Torrontés etc.