JÁ SE PASSARAM MAIS DE 20 ANOS desde a primeira safra da Viña Garcés Silva em Leyda, dentro do vale de San Antonio, no Chile. A família Garcés Silva foi uma das pioneiras nessa região que hoje é bastante reconhecida no cenário vitivinícola chileno, mas que, no final dos anos 1990, estava sendo descoberta. E o Brasil faz parte dessa história desde os primeiros momentos em que os Garcés Silva decidiram passar de produtores de uva para colocar seus primeiros rótulos de vinho no mercado.
“Nossa nota fiscal 001 é da Mistral (importadora), então nossos corações estão muito voltados para o Brasil”, conta María Paz Garcés Silva, filha de José Antonio Garcés, fundador da vinícola. Em passagem pelo Brasil junto com o irmão Matías, eles relembraram a história de pioneirismo da empresa e contaram como seus vinhos, até então pouco convencionais no panorama chileno, baseados em castas como Sauvignon Blanc e Pinot Noir (sem tradição no Chile dos anos 1990), conseguiram alcançar sucesso.
María Paz e Matías fazem parte de uma família de cinco irmãos que, junto com os pais, seguem nos negócios da família. “A vinícola nasceu em um campo que meu pai tem na área de Leyda, a área costeira central do Chile. Ali não tinha água e em 1998 conseguimos trazer água do rio Maipo, um rio muito generoso que desce da Cordilheira dos Andes e termina no Oceano Pacífico, e assim o vinhedo conseguiu ser irrigado. As primeiras plantações são de 1999 e os primeiros vinhos são da