LAPOSTOLLE É UM DOS NOMES mais respeitados na vitivinicultura chilena. Já são quase 30 anos desde que Alexandra Marnier Lapostolle e seu marido Cyril de Bournet fundaram a vinícola em 1994 após encontrarem o que eles acreditavam ser um tesouro de vinhedos antigos de Cabernet Sauvignon no vale de Apalta, na região de Colchagua. Com know-how francês, seu vinho ícone, Clos Apalta, surgiu na safra 1997 e o vintage 2005 foi eleito o vinho do ano pela revista norte-americana Wine Spectator – a primeira e, até o momento, única vez que um produtor sul-americano recebeu tal honraria.
A consagração da expertise francesa no terroir chileno ajudou a levar a questão das denominações de origem mais a fundo no país. Hoje, Apalta é considerada uma fonte de grandes vinhos e a delimitação de microrregiões é cada vez mais observada e propagada por todo o território chileno. A história recente de Lapostolle teve um brevíssimo hiato com a família BournetLapostolle. Em 2016, o grupo Campari comprou a famosa marca Grand Marnier e outras propriedades da Société des Produits Marnier Lapostolle, de Alexandra, incluindo a vinícola no Chile. Meses depois, contudo, a Campari “revendeu” Lapostolle para Alexandra por cerca de 30 milhões de euros. Desde 2013, as operações chilenas são comandadas por Charles de Bournet, filho de Alexandra e Cyril. ADEGA conversou com ele durante sua última visita ao Brasil para selar um novo acordo que retomou a representação de Lapostolle para a importadora Mistral depois também de um breve hiato. Bournet discorreu sobre pontos chave da vitivinicultura chilena e ainda pudemos provar as principais novidades e mais novas safras de Lapostolle. Confira.
Como começa a história de Lapostolle no Chile?
Lapostolle começou há quase 200 anos, em 1827, na França, em uma cidade próxima a Paris que se chama