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História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1969 a 1974
História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1969 a 1974
História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1969 a 1974
E-book273 páginas2 horas

História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1969 a 1974

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Sobre este e-book

A mais completa obra sobre o futebol português em números.Este livro diz respeito ao período dos campeonatos de futebol, de 1969 a 1974, em que engloba todos os acontecimentos, histórias, finais, resultados e classificações das Ligas, Campeonatos Nacionais, Regional e Taças de Portugal. Este trabalho foi ganhando forma ao longo dos anos; posso mesmo afirmar que terá começado na minha adolescência, sem ter ideia que poderia algum dia tomar este rumo. Quando adolescente e amante do futebol, mostrei sempre interesse pelas estatísticas dos resultados e classificações, começando a apontar tudo o que dizia respeito ao tema e no seu passado histórico, decidi compor esta obra pessoal, o mais completo possível, da história dos campeonatos de futebol. Esta 4a parte diz respeito aos campeonatos da Liga, campeonatos nacionais, distritais e Taça de Portugal.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de jul. de 2013
ISBN9781301893119
História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1969 a 1974
Autor

Giusepe Giorgio

Nasceu em Londres, Grâ-Bretanha, a 15 de Junho de 1968, formado em Engenharia Civil, do qual exerce a profissão, tem no desporto o complemento das suas necessidades. Gosto pelas histórias e estatísticas do futebol, acaba por ser um coleccionador de mesmo.

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    História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1969 a 1974 - Giusepe Giorgio

    Giusepe Giorgio

    2013

    Título: História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1969 a 1974

    Published by Giusepe Giorgio

    At Smashwords Edition.

    Julho 2013

    ISBN 978 130 189 3119

    Reservado todos os direitos de acordo com a legislação em vigor.

    Reprodução proibida por todos e quaisquer meios.

    Por vontade expressa do autor, a presente edição não segue as regras do Acordo Ortográfico.

    Índice

    Título

    Introdução dos Campeonatos Nacionais

    Época 1969-70 - Sporting muito forte

    Época 1970-71 - A maior recuperação pontual que o Campeão Nacional conseguiu para chegar ao título

    Época 1971-72 - Primeiro Campeonato com 16 equipas

    Época 1972-73 - Benfica irresistível

    Época 1973-74 - Sporting de Yazalde conquista dobradinha

    BIBLIOGRAFIA

    Introdução dos Campeonatos Nacionais

    Este sexto livro diz respeito ao período de 1969 a 1977, englobando a parte final da década dourada até ao fim da hegemonia do Benfica, passando pela Revolução: Benfica e Sporting repartem dominio das provas nacionais com Boavistão de Pedroto, Benfica imparável de 1972 e 1973, Sporting de Damas e Yazalde, Sporting nas cinco finais da Taça de Portugal com dominío Sporting-Benfica e a afirmação do Vitória Setúbal Europeu.

    Este campeonato de 1969/70 foi muito diferente para uma série de equipas, entre as quais o Sporting, que depois duma má época seguiu-se esta muito forte, conseguindo a segunda melhor diferença para o 2º lugar (8 pontos), melhor só mesmo os 5 violinos em 1950/51 com 11 pontos.

    Esta Época de 1970/71 ficou marcada pela maior recuperação pontual que o Campeão Nacional conseguiu para chegar ao título; O Sporting era o detentor do título, mantendo a mesma estrutura da época passada, o Benfica com um novo treinador (Jimmy Hagan) e reformulação no plantel viria a ser campeão.

    Jimmy Hagan mantinha-se no comando da equipa do Benfica em 1971/72 e Borges Coutinho teve a generosidade de continuar a reforçar bem a equipa, que se ia assim renovando com indiscutível qualidade e mantendo a tradição de alinhar apenas e só com portugueses. Benfica seria novamente campeão.

    O Benfica acaba o campeonato de uma forma inédita, sem derrotas e ultrapassa a fasquia dos 100 golos. Em 1972/73, o Benfica conquista novo título nacional, atingindo mais um tri, algo que já se tornava um hábito à época. Com aquele que para muitos terá sido o melhor plantel de sempre do clube, um Benfica irresistível.

    1973/74, foi uma das melhores temporadas da história do futebol do Sporting, que conseguiu aí a sua 4ª dobradinha, à qual juntou a presença numa meia-final da Taça das Taças, ingloriamente perdida para uma equipa alemã manifestamente inferior. Foi a época de Damas e Yazalde.

    Época 1969-70 – Sporting muito forte

    Este campeonato foi muito diferente para uma série de equipas, entre as quais o Sporting, que depois duma má época seguiu-se esta muito forte, conseguindo a segunda melhor diferença para o 2º lugar (8 pontos), melhor só mesmo os 5 violinos em 1950/51 com 11 pontos. Diferente para o FC Porto que lutou até à última jornada pelo título na anterior e nesta alcançou a sua pior classificação de sempre. Arrancou o «Nacional» de futebol da I Divisão e, logo na jornada inaugural, a primeira grande surpresa: em Matosinhos, o Leixões venceu o Benfica, por 2-0, havendo no entanto outras a realçar como o empate a zero entre o Guimarães e o Varzim, a vitória fora de casa do União Tomar na CUF e o Barreirense em Coimbra, o Sporting com a goleada ao Braga (4-0), surge no 1º lugar. As provas europeias arrancaram alguns dias antes e Portugal apresentou-se com seis representantes: Benfica (Taça dos Campeões), Académica (Taça das Taças), Sporting, F. C. Porto e V. Guimarães (Taça das Feiras) e todas elas passaram à segunda eliminatória das respectivas competições. Na 2ª jornada alguns jogos grandes com o Sporting a vencer em Setúbal (2-0), o Benfica a golear o Guimarães (5-0) e o 2º empate do FC Porto com Académica (3-3); o Sporting e o Un. Tomar são os únicos líderes invictos e encontram-se em Alvalade na jornada seguinte. No jogo entre líderes o Sporting goleia o Un Tomar (5-0) e isola-se com 2 pontos de vantagem, o Benfica vence no Restelo e ascende ao 2º lugar empatado com os Nabantinos e a CUF, que depois do desaire inicial recompõe-se e bate o FC Porto (2-1), que continua sem vencer neste campeonato e empatado no último lugar com um sexteto de equipas entre elas o Vit Setúbal.

    Sporting, Campeão Nacional

    Na 4ª jornada o Sporting, contínua imparável (3-0 no Barreiro), FC Porto com primeira vitória e o Benfica isola-se no 2º lugar batendo estudantes por 3-0. Em Alvalade, o Sporting continuava imparável e venceu o F. C. Porto, por 2-1, em jogo a contar para a quinta jornada. Foi o primeiro golo consentido por Damas nesse Campeonato. Pinto rompeu a inviolabilidade das suas redes. Mesmo assim, os leões registavam um saldo impressionante: 16-1! Iniciou-se a 2ª eliminatória das competições europeias e, em Alvalade, o Sporting empatou 0-0 com o Arsenal. Uma curiosidade: das seis equipas nacionais em prova, cinco delas defrontaram formações britânicas. Benfica-Celtic, V. Setúbal-Liverpool, V. Guimarães-Southampton, Newcastle-FC Porto e Sporting-Arsenal. Apenas a Académica escapou, ao defrontar os alemães do Magdeburgo. Coincidências do sorteio...

    Na véspera dum clássico Sporting-Benfica, os leões cedem um ponto na Póvoa de Varzim e o Benfica goleia o Boavista (8-0): um ponto separa os dois rivais de Lisboa e o Varzim era 3º com sete pontos e um sexteto de equipas em 4º lugar com seis pontos. Na 7.ª jornada do «Nacional», Alvalade foi o palco do grande derbi. Sporting e Benfica estavam separados, antes do encontro, por apenas um ponto, mas o golo de Marinho e a tarde inspirada de Damas aumentaram a vantagem para três pontos; Vitória de Setúbal de Pedroto goleia FC Porto por 5-0 e os portistas já estavam a sete pontos. Quarta-feira negra para as equipas portuguesas envolvidas nas competições europeias.

    Portugal esteve representado em quatro frentes e o saldo foi desastroso: uma vitória e três derrotas: Celtic-Benfica, 3-0; Magdeburgo-Académica, 1-0; Southampton-V. Guimarães, 5-1; e Setúbal-Liverpool, 1-0. Uma semana depois, nas Antas, o F. C. Porto também não se deu muito bem com o futebol britânico e não foi além de um empate a zero golos, com o Newcastle. Os três grandes do futebol português disseram adeus à Europa. O Sporting foi derrotado em Londres, pelo Arsenal, por 3-0; o F. C. Porto, em Newcastle, perdeu por 1-0; e o Benfica, na Luz, venceu por 3-0, o Celtic, anulando a desvantagem trazida de Glasgow, mas acabou derrotado por uma moeda. Apenas a Académica, que em Coimbra venceu os alemães do Magdeburgo por 2-0, e o Setúbal, que apesar de ter perdido por 3-2, conseguiram passar.

    Em Liverpool, lograram seguir em frente os sadinos, assinando dessa forma, uma das páginas mais brilhantes do seu historial, ao fazer dobrar os joelhos ao poderoso Liverpool, na altura terceiro classificado no Campeonato inglês. Mesmo com o afastamento europeu o Sporting consegue duas vitórias (tangenciais por 2-1 em Guimarães e com o Belenenses), o Benfica depois de golear o SC Braga por 5-0, vai a Setúbal e perde por 0-1 e com um terço da prova cumprida o Sporting seguia na frente com 17 pontos, 2º Benfica e Varzim com 12 pontos e um Vitória Setúbal em recuperação no 4º lugar com 11 pontos, os portistas já estavam em 7º a oito pontos dos leões e a surpresa Vimarense da época passada estava em 11º com apenas 7 pontos.

    Sporting-Un Tomar, 5-0, o jogo que marcou a liderança.

    Na 10ª jornada, a primeira derrota em Coimbra (0-3); Os estudantes atravessavam um momento de forma impressionante. Receberam o Sporting e bateram o líder por 3-0. Com 17 pontos, mesmo assim, a turma de Alvalade manteve um confortável avanço sobre Benfica que vence União Tomar em queda por 6-0; o Varzim é surpreendido em casa pelo Barreirense ao perder por 1-2. O FC Porto sobe ao 4º lugar em igualdade com setubalenses e estudantes com 11 pontos. Na 11ª jornada o Benfica volta a tropeçar, ao empatar no Barreiro (2-2), Sporting vence CUF por 3-0, Setúbal goleia Belenenses por 4-0 e o Varzim confirma a sensação indo ganhar às Antas (1-0), aproximando-se do Benfica. Na 12ª jornada o Benfica-FC Porto era um jogo do tudo ou nada para ambas as equipas; o Benfica venceria por 2-0, com golos de Simões e Eusébio e aproximavam-se novamente do Sporting, pois os leões empatariam com o lanterna vermelha, Boavista (0-0); Varzim e Vitória de Setúbal também venciam e o FC Porto com esta derrota, ocupariam um lugar pouco habitual: 10.º lugar, com 11 pontos, a nove do primeiro, que era o Sporting. A 1ª volta termina com um grande jogo na Póvoa de Varzim, num Varzim-Benfica; os varzinistas estavam a um ponto do Benfica e em caso de vitória terminariam em 2º lugar a primeira metade de prova; no entanto o Benfica vence 1-0 e consolida o 2º lugar, os vitorianos mesmo empatando em casa com a CUF, ultrapassam o Varzim no 3º lugar e no topo o Sporting bate o Leixões por 4-1, terminando a 1ª volta com três pontos de vantagem.

    Sporting, vence jogo difícil em Guimarães, por 2-1

    A 2ª volta inicia-se com as equipas da frente a vencerem, mas na jornada 15, havia dois grandes jogos; Sporting-Setúbal e Guimarães-Benfica. Sporting vence em todas as frentes e dá passo de gigante rumo ao título; vencendo o Setúbal por 3-1, ainda beneficiou da derrota do Benfica em Guimarães por 1-2. Destaque para a primeira vitória do FC Porto, fora de casa, em Coimbra e a vitória do Barreirense no derbi do Barreiro, sobre a CUF.

    Vitória Guimarães-Benfica, 2-1, o jogo que pode ter influenciado o resto da prova

    O Varzim continuava a ser a sensação da prova (4º), Joaquim Meirim, que estava à frente dos poveiros, bem ao seu jeito, aproveitou o lance para declarar: «Se não o for comigo, o Varzim não será campeão com mais ninguém.». Na saga europeia, o Setúbal viajou até Berlim, onde defrontou o Hertha, acabando por perder na segunda mão dos oitavos-de-final da (ainda) Taça das Feiras, por 1-0.

    — Afonso Pinto de Magalhães, presidente do F. C. Porto, anunciou que Schwartz continuava doente, sem se saber quando regressaria ao desempenho das suas funções, pelo que Vieirinha fora investido como técnico principal, cargo que manteria enquanto o treinador principal estivesse afastado. Na 15ª jornada o Sporting dá grande passo rumo ao título, em maré de feição, o Sporting recebeu o Setúbal para o «Nacional» e ganhou por 3-1 e o êxito leonino foi dedicado por inteiro a Mário Moniz Pereira. Como o Benfica perdeu, em Guimarães, por 1-2, o clube de Alvalade ficou com cinco pontos de avanço do seu rival da Luz. O Belenenses recebeu o Varzim e venceu por 1-0. O insólito sucedeu no final da partida: cerca de mil pessoas perseguiram o técnico varzinista, mas Meirim, sem ligar à turba ululante, recusou-se a abandonar discretamente o Restelo, mostrando-se um homem sem medo, saindo de ar imponente e cabeça levantada apesar dos piropos, gritados em coro, «pa-lha-ço! pa-lha-ço!». E o técnico foi peremptório: «Não quero que digam que eu alguma vez tenha fugido fosse do que fosse.» Não muito tempo depois, seria treinador do, Belenenses. O FC Porto parecia melhorar saindo-se um dos vencedores da jornada tal como o Sporting e o Barreirense que vence o derbi do Barreiro. Na 16ª jornada, o Sporting entra na rota do título pois o Benfica em queda livre empata na Luz com o Belenenses num jogo que não chega ao fim por invasão de campo, Vitória Setúbal com uma goleada sobre o SC Braga mantém o 3º lugar, seguindo-se o Varzim (4º) e o par, Barreirense (5º) e FC Porto (6º), já a pensarem na luta europeia. Chegou-se à 17.ª jornada a não se sabia quantos pontos de avanço levava o Sporting, pois faltava conhecer-se o veredicto federativo sobre os graves acontecimentos da Luz... Os leões, apesar de bem lançados, viram-se, em palpos de aranha para ultrapassar o último reduto do Barreirense e só por uma única vez furaram as redes de Bento. O tento foi rubricado por Peres. A surpresa da ronda surgiu no Bessa, onde um Boavista, em último lugar e quase condenado, conduzido por Luís Villa, bateu o FC Porto, por 3-2, com Vieirinha a confessar: «O resultado apareceu inesperadamente. Depois de termos chegado aos 2-1 contava, na verdade, com a vitória, mas a nossa defesa permitiu muitas facilidades.» O FC Porto anunciou que o técnico Schwartz rescindira o contrato com o clube. E, para o substituir, já que Vieirinha se encontrava em funções em regime transitório, os dirigentes portistas chamaram o técnico escocês Tommy Docherty, popularizado por Tommy «Doc». Depois da derrota no Bessa o FC Porto entra em queda e crise de resultados; Precisamente a oito jornadas do final do Campeonato, o Sporting teve de deslocar-se às Antas e adregou um saboroso triunfo por 1-0, com o único tento da partida a ser apontado por Lourenço. Os sportinguistas tiveram uma explosão de contentamento, manifestada em grito alegre de Nélson: «Somos campeões!», mas Fernando Vaz recomendou calma e ponderação. O vice-presidente do FC Porto, Ivo de Araújo, comentara: «Nem sequer nos podemos desculpar com o árbitro...» Entretanto, o Benfica, a actuar no Estádio Nacional, baqueou frente à CUF (1-0), mais contribuindo para a euforia dos leões. E o Setúbal subiu ao segundo lugar; O Sporting era lider com 32 pontos, 2º Vitória Setúbal com 24 e Benfica no 3º lugar com 23, tinha um jogo a menos, FC Porto caía para 8º lugar com 18 pontos. A grande sensação da semana foi a chicotada havida no Benfica, com a saída do treinador Otto Glória e do adjunto Fernando Cabrita. A técnico principal, foi promovido José Augusto. A Direcção da FPF decidiu homologar o resultado do jogo Benfica-Belenenses (0-0) e o empate causou inconformismo mútuo, enquanto o Estádio da Luz foi interditado por quatro jogos e o clube multado em três contos. Na sexta eliminatória da Taça, o Tirsense sacudiu com o F. C. Porto da prova, ganhando nas Antas por 1-0, com um golo de António Luís. Todavia, a fleuma e a teimosia de Tommy Docherty seriam persistentes: «Vamos manter os mesmos métodos de trabalho com vista à nova temporada. Vamos entrar em férias mais cedo.» A reacção e a euforia do Tirsense não se fizeram esperar pela voz do técnico Ramin: «E agora, queria que viesse o Sporting!» Por sua vez, o Benfica desembaraçou-se do V. Setúbal, ganhando por 2-0, revelando as duas turmas que estavam saturadas uma da outra...

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