História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1986 a 1990
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Sobre este e-book
A mais completa obra sobre o futebol português em números.Este livro diz respeito ao período dos campeonatos de futebol, de 1986 e 1990, em que engloba todos os acontecimentos, histórias, finais, resultados e classificações das Ligas, Campeonatos Nacionais e Taças de Portugal. Este trabalho foi ganhando forma ao longo dos anos; posso mesmo afirmar que terá começado na minha adolescência, sem ter ideia que poderia algum dia tomar este rumo. Quando adolescente e amante do futebol, mostrei sempre interesse pelas estatísticas dos resultados e classificações, começando a apontar tudo o que dizia respeito ao tema e no seu passado histórico, decidi compor esta obra pessoal, o mais completo possível, da história dos campeonatos de futebol. Esta 9a parte diz respeito aos campeonatos da Liga, campeonatos nacionais e Taça de Portugal.
Giusepe Giorgio
Nasceu em Londres, Grâ-Bretanha, a 15 de Junho de 1968, formado em Engenharia Civil, do qual exerce a profissão, tem no desporto o complemento das suas necessidades. Gosto pelas histórias e estatísticas do futebol, acaba por ser um coleccionador de mesmo.
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História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1986 a 1990 - Giusepe Giorgio
Giusepe Giorgio
2014
Título: História dos Campeonatos de Futebol em Portugal, 1986 a 1990
Published by Giusepe Giorgio
At Smashwords Edition.
December 2014
ISBN 978 131 015 3549
Reservado todos os direitos de acordo com a legislação em vigor.
Reprodução proibida por todos e quaisquer meios.
Por vontade expressa do autor, a presente edição não segue as regras do Acordo Ortográfico.
Índice
Título
Introdução dos Campeonatos Nacionais e Taça de Portugal
Época 1986-87 – O regresso do domínio benfiquista na glória europeia do FC Porto
Época 1987-88 – FC Porto, um autêntico passeio
Época 1988-89 Ora agora ganhas tu, ora agora ganho eu... Benfica Campeão
Época 1989-90 – FC Porto e Benfica numa luta a dois
BIBLIOGRAFIA
Introdução dos Campeonatos Nacionais e Taça de Portugal
Este décimo livro diz respeito ao período de 1986 a 1990, em plena hegemonia bipartida do poder; com os títulos repartidos entre FC Porto e Benfica a que se junta os títulos europeus dos portistas .
A época de 1986/87, marca o regresso do domínio interno do Benfica com a conquista da dobradinha (Campeonato Nacional e Taça Portugal), O FC Porto foi campeão europeu e onze anos depois, uma equipa chamada não grande ficou no pódio. O Sporting infligiu ao Benfica a sua única derrota neste campeonato, vencendo por uns históricos 7-1 e o Vitória Guimarães teve a sua melhor prestação europeia de sempre, chegando aos quartos-de-final da Taça UEFA.
A época de 1987/88 foi para o FC Porto, uma das melhores épocas de sempre; um longo passeio no Campeonato Nacional, quase perfeito. Os comandados de Tomislav Ivic venceram tudo o que havia para vencer nessa temporada: Taça de Portugal, Supertaça Europeia e Taça Intercontinental. Enquanto o Benfica, uma vez perdido o campeonato, acabou por concentrar-se na sua carreira europeia que culminaria na derrota em Estugarda.
Na época de 1988/89 foi a vez, do Benfica caminhar facilmente para o título, perdendo pelo caminho apenas dois jogos: no Bessa e em Penafiel. Na 8ª jornada os encarnados nunca mais largaram a liderança e foram paulatinamente cavando o fosso para portistas e sportinguistas. Na Taça de Portugal a surpresa com o Belenenses a vencer vinte e oito anos depois.
Como de costume, na época de 1989/90, tal como nas anteriores a luta foi entre portista e benfiquistas. O Sporting passava por tempos difíceis nunca conseguindo levar as suas candidaturas para além do Natal. A grande surpresa da primeira volta foi o Vitória de Guimarães que chegou a andar em primeiro ex aequo com o Porto à 13ª jornada e mantendo-se sempre na luta entre benfiquistas e portistas até ao fim da primeira volta. Até ao fim do campeonato os portistas geriram distâncias, o Benfica manteve o segundo e o Sporting ainda chegou ao 3º lugar. Mais uma vez, o SL Benfica não conseguiu vencer a competição europeia, sucumbindo na decisiva final perante a equipa italiana por 0-1. Final da Taça de Portugal surpreendente com o Estrela da Amadora a conquistar o troféu perante o secundário SC Farense.
Época 1986-87 – O regresso do domínio benfiquista na glória europeia do FC Porto
Esta foi uma época histórica por várias razões; Seguir-se-ia um longo jejum de dobradinhas para o Benfica na conquista de campeonato e taça, O FC Porto foi campeão europeu, onze anos depois, uma equipa chamada não grande
ficou no pódio (Vitória Guimarães em 3º lugar), o Sporting infligiu a maior goleada ao Benfica na sua única derrota neste campeonato, vencendo por 7-1; o Vitória Guimarães teve a sua melhor prestação europeia de sempre, chegando aos quartos-de-final da Taça UEFA, eliminando clubes como o Sparta Praga e o Atlético Madrid; 30 anos depois uma equipa do interior do país ficou nos cinco primeiros lugares (Desportivo Chaves), repetindo o feito do Sporting Covilhã em 1955-56 e o Lusitano Évora em 1956-57, com uma pequena diferença, qualificou-se para as competições europeias, feito único no historial do clube; também, foi das poucas épocas em que duas equipas do interior estavam representadas na I Divisão, somando aos flavienses os alentejanos do Elvas. Paulinho Cascavel do Vitória Guimarães foi o melhor marcador do campeonato, primeiro jogador a conseguir esse feito fora da esfera dos grandes desde Manuel António pela Académica em 1968-69.
SL Benfica, campeonato e Taça
O FC Porto é o grande candidato ao tri, com os reforços Jaime Pacheco e Sousa que regressam de Alvalade. O Sporting que mantendo o treinador entra num ciclo de crise financeira, o Benfica opta pela continuidade e estabilização com a mesma equipa da época e a novidade é o Vitória Guimarães com muitos reforços a querer fazer uma época ainda melhor que a anterior, assumindo algo mais. Rio Ave e SC Farense regressavam após uma época na segunda divisão e a surpresa vinha do Alentejo com o regresso do O Elvas
37 anos depois.
A 1ª jornada dita um FC Porto-Benfica, disputado em Braga e terminaria empatado (2-2), o Sporting vence Chaves (3-1). Os dois principais candidatos marcam passo; FC Porto empata com o Vitória Guimarães em Fafe e o Benfica na Madeira (ambos 2-2) e é o Belenenses de Depireux que surge invicto no 1º lugar depois do Sporting ceder também um empate em Vila do Conde (2-2), a um ponto no 2º lugar. Na 4ª jornada o Belenenses está imparável e vence em Portimão, 5-1, Sporting e Benfica vencem Académica (2-0) e Farense (1-0). Mas a surpresa é o FC Porto que volta a empatar (terceiro em quatro jogos), 2-2 em Vila do Conde e já estava a três pontos do sensacional Belenenses. Na 5ª jornada o Belenenses perde no Bessa (1-3) e o Sporting passa para a frente, em 2º lugar um trio- Benfica, Belenenses e Guimarães (8 pnts) e FC Porto com 7 pnts.
Na 6ª jornada o trio passa a líder pois o Belenenses recebe e bate o Sporting (2-0) com o FC Porto a igualar os leões no 4º lugar. Na 7ª jornada jogo entre líderes; Benfica-Guimarães, com Belenenses à escuta. Benfica vence 1-0 com boa resposta dos vimaranenses, mas é o Belenenses que acompanha as águias no primeiro lugar, Sporting empata no Bessa (1-1) e iguala Guimarães no 4º lugar com o FC Porto no 3ºlugar. As equipas algarvias estavam no último lugar. Um FC Porto forte demais vai ganhar ao Restelo por 3-0 e o Benfica isola-se (1-0 em Chaves) no primeiro lugar com mais 1 ponto que portistas e 2 pontos sobre o trio.
Até à 10ª jornada Sporting perde nas Antas (0-2), Belenenses quebra com derrota na Póvoa (1-2) e vence Marítimo, mas surge o caso Mapuata,… Benfica empata em Vidal Pinheiro (1-1) e o FC Porto iguala-os no 1º lugar com Guimarães candidato a um ponto.
Entrada no 2º terço do campeonato e Sporting volta a perder (0-1 na Madeira), FC Porto empata no Bessa (1-1) e em casa com Varzim (0-0) e é apanhado pelo Guimarães (2-0 ao Salgueiros e 1-1 em Coimbra), deixando o Benfica outra vez sozinho na frente com 2 pontos de vantagem. Na 14ª jornada chega o derbi Sporting-Benfica, ultima oportunidade para os leões continuarem na corrida, seria um Domingo histórico; FC Porto goleia Farense (8-3), Guimarães empata no Restelo (1-1) e em Alvalade o Sporting vence o Benfica por 7-1, com uma 2ª parte electrizante com 4 golos de Manuel Fernandes.
Sporting-Benfica 7-1
14 de Dezembro de 1986. Jogava-se a 14ª jornada do campeonato nacional. O Sporting andava pelo 4º lugar da classificação e vencer o seu rival era imperioso num dia em que os leões homenagearam Manuel Marques. Num Estádio de Alvalade cheio como um ovo
, o jogo começou equilibrado tendo sido mesmo do Benfica a primeira oportunidade, com Damas a defender espectacularmente uma cabeçada de um atacante contrário. Aos poucos o Sporting foi dando a sensação de que poderia chegar ao golo o que aconteceu aos 15 minutos. A 2ª parte foi mágica e ficará sempre para a história... Aos 50 minutos na marcação de um canto, Manuel Fernandes marca de cabeça e fez o 2-0. Nove minutos depois o Benfica conseguiu reagir, Vando reduz de cabeça e pensava-se ter jogo
até ao fim. Aos 65 minutos novo canto, Litos desviou no 1º poste e Meade surge oportuno a fazer o 3-1. Três minutos depois Mário Jorge aumenta para 4-1 na recarga de um livre e o jogo acaba. O Benfica a perder 1-4, entrou em colapso e após um jogada magistral de Litos a que se seguiu um centro bem medido, Manuel Fernandes voou para o 5-1. A 8 minutos do fim Manuel Fernandes aproveitou uma insistência do Oceano para se isolar e aumentar para 6-1 a 4 minutos do fim surge o impensável 7-1 por Manuel Fernandes. O final chegou pouco depois com Alvalade em perfeito delírio. Com a primeira derrota do Benfica o FC Porto volta a igualar o Benfica no 1º lugar. No fim da 1ª volta o Sporting não aproveita a aproximação e vai jogar a Guimarães, onde perde (1-3), FC Porto vence em Elvas (2-0) e um Benfica em recuperação psicológica vence o SC Braga (2-1).
Vitória SC-Sporting 3-1
Início da 2ª volta e inexplicavelmente o Sporting começa a distanciar-se; perde em Chaves 1-2. Na Luz era o Benfica-FC Porto, um jogo que poderia decidir o resto do campeonato; Um Porto confiante e um Benfica pouco moralizado e que todas as equipas o achavam uma anedota, mas o Benfica acabava por vencer 3-1 com uma hat-trick de Rui Águas. Guimarães vence derbi minhoto (4-0) e sobe ao 2º lugar.
Benfica-FC Porto, 3-1
Na 17ª jornada novo jogo grande, FC Porto-Guimarães com Benfica á escuta; Os vimaranenses estiveram por duas vezes a ganhar mas o jogo acaba empatado (2-2), na Póvoa o Benfica tanto escutou que se esqueceu de marcar (0-0) e ficou tudo na mesma, com o Vitória de Guimarães como candidato assumido ao título. Mas até à 20ª jornada, Benfica e FC Porto não cedem, Vimaranenses empatam em casa duas vezes (Varzim e Farense) e quedam-se a 3 pontos do Benfica, Sporting não consegue vencer e vai empatando jogos sucessivos.
FC Porto-Vitória SC 2-2
Na 21ª jornada o Sporting volta às vitórias (4-2 ao Belenenses), mas já está a 10 pontos de distância do Benfica e sem o treinador Manuel José. Guimarães volta a empatar e vê Benfica e FC Porto sem ceder. Na 22ª jornada o último jogo grande, com um Guimarães-Benfica; com as aguias a vencerem 2-1 e aproveitando a derrota do FC Porto em Portimão (0-1), dão um grande passo rumo ao título. Nas jornadas seguintes o Benfica empata em casa com Chaves mas no clássico Sporting-FC Porto os portistas perdem 2-0 e o Benfica aumenta para cinco pontos. O FC Porto já estava a pensar na Taça dos Campeões Europeus... O Benfica foi gerindo a vantagem, empatando em Coimbra (0-0) e em casa com Portimonense (1-1) e o FC Porto aproxima-se ficando a três pontos com três jornadas para jogar. Na 28ª jornada o Benfica empata no Restelo e surgem os fantasmas da época passada quando o Benfica-Sporting da penúltima jornada pode decidir o título. Ao Benfica bastava vencer o jogo (2-1 ao Sporting), com um bis de Diamantino e o FC Porto perde em Faro, os vimarenenses não aproveitam perdendo em casa com Belenenses (2-3). Na última jornada o Benfica já Campeão festeja em Braga, o resultado seria anulado com derrota para ambos. O único jogo de interesse seria o da última vaga para a Taça UEFA, com o Chaves a vencer no Restelo (1-0) e a conquistar o 5º lugar. O Elvas com uma segunda volta desastrosa termina em último e o Farense no 15º com Salgueiros no 14º, Rio Ave ia à liguilha, mas...
Torneio de Competência I/II Divisões:
Após dois anos de domínio portista o Benfica voltou a chamar a si o ceptro de Campeão. Na época em que o F.C. Porto foi Campeão Europeu pela primeira vez na sua história, o Benfica sofreu a maior derrota de sempre no campeonato, o famoso «sete a um» às mãos do eterno rival em Alvalade. Apesar da vitória histórica sobre os encarnados o Sporting chegou ao fim da primeira volta em quarto lugar a cinco pontos da liderança, para nas restantes quinze jornadas do campeonato continuar a perder pontos e acabar a dez do campeão Benfica. Na segunda volta a luta pela liderança ia resumir-se a Benfica, Porto e Vitória de Guimarães... Os vimaranenses – que tiveram com Paulinho Cascavel (22 golos) o prémio de melhor marcador da competição - foram a revelação da competição, andando a discutir a liderança até à 22ª Jornada, quando uma derrota com o Benfica em casa (1-2) os afastou definitivamente da luta. As restantes jornadas viram o Benfica controlar a distância pontual para o F.C. Porto, enquanto os azuis-e-brancos concentravam as suas forças na campanha que os conduziu até ao Estádio do Prater. Vitória de Guimarães, Sporting, o surpreendente Desportivo de Chaves e Belenenses qualificaram-se também para as competições europeias na época seguinte. Graças ao caso Mapuata nenhuma equipa foi despromovida e o campeonato seguinte contou com 20 clubes, qualificando-se também o segundo classificado do torneio de competência, Penafiel.
Benfica Campeão
Mais uma dobradinha conquistada pelo clube. Na taça foi sempre a varrer, no Campeonato uma única derrota. Os famosos 7-1; que o Sporting (4º Classificado com menos 11 pontos) impôs ao Benfica, fica para a história. Mas nem isso abalou os encarnados na caminhada para o título. A desforra do Glorioso foi ter vencido a final da Taça contra os homens dos 7-1
, que entravam no 6º ano sem ganhar nada. O Benfica continua com o treinador John Mortimore depois de uma época em que podia ganhar os três titulos nacionais ganha apenas a Supertaça e Taça em 1985/86. Em 1986/87 começa mal a perder a Supertaça para o Porto (1-1 nas antas e 2-4 na luz). No campeonato 3 empates até à 14ª Jornada, nessa jornada o jogo histórico dos 7-1 do Sporting ao Benfica. Mas as grandes equipas vêem-se nas más horas, e nessas duas derrotas o Benfica lançou-se para a conquista do campeonato nacional. Logo a seguir ao jogo com o Sporting o Benfica jogou mal contra o Braga e vence 2-1, na jornada seguinte foi a vez de jogar com o Porto. Na taça das taças o Benfica perde na 2ª eliminatória com o Bordéus no total (2-1). O Benfica não tinha um plantel tão bom. Tinha perdido muitos nomes importantes nos últimos 2/3 anos anos (Humberto Coelho, Chalana, Stromberg, Nené, Bento tinha-se lesionado no Mundial do México 86) e, como jogadores acima da média, jogadores que pudessem de facto fazer a diferença, já só havia Carlos Manuel, Diamantino, Chiquinho Carlos e Rui Águas. O que restava era um conjunto de jogadores que dava tudo pelo emblema. Mas se calhar era a isso que se chamava mística. E se calhar foi isso que permitiu ao clube ultrapassar todas as adversidades ao longo da época, incluindo a derrota por 7 a 1 em Alvalade, a única derrota do Benfica nesse campeonato, mas talvez a mais traumatizante de toda a sua História. Pelo menos, do ponto de vista dos adeptos leoninos que, pela forma como a celebram anualmente, continuam a considerar esse feito como o mais importante do seu clube nas últimas três décadas.
FC Porto, 2º lugar
O FC Porto era claramente favorito à conquista do campeonato. Porque tinha ganho os dois títulos anteriores. Porque tinha Madjer, Futre, Gomes, Celso, Juary, Mlynarczyk, Jaime Magalhães e Elói no plantel. E porque tinha ido buscar Jaime Pacheco e Sousa ao Sporting, e Casagrande ao Corinthians. Mas nunca soube manter o mesmo nível das anteriores épocas, pois a cabeça estava na Taça dos Campeões Europeus.
Vitória Guimarães, 3º Lugar
Esta é considerada por muitos, como uma das melhoras temporadas da história do V. Guimarães. O treinador brasileiro Marinho Peres no seu primeiro ano em Portugal, implantou um modelo de jogo inspirado nas ideias do holandês Rinus Michels, de quem foi jogador no Barcelona. À sua disposição tinha um plantel recheado de jogadores de grande classe, como o zairense N'Dinga, Ademir Alcântara ou o mortífero goleador Paulinho Cascavel. O resultado foi um Vitória a praticar um futebol de grande qualidade e consistência, que chegou a intrometer-se na luta pelo título durante boa parte do campeonato, e que brilhou na Taça UEFA. Naquela que foi a sua melhor campanha europeia de sempre, o Vitória eliminou equipas como o Sparta de Praga, Atletico de Madrid e Groningen, caindo só nos Quartos-de-final aos pés dos alemães do Borussia M'Gladbach. Em território nacional, depois de realizarem uma primeira volta de luxo (apenas uma derrota), a equipa vimaranense terminou o campeonato no 3º lugar atrás de FC Porto e Benfica, culminando assim um ano sensacional.
Sporting, 4º Lugar
Depois de quatro épocas sem ganhar nada, João Rocha desgastado pelas guerras
do futebol, resolve abandonar o barco, era o fim do mais longo consulado de um Presidente no Sporting, durou 13 anos. À crise directiva juntam-se as dificuldades financeiras e o enfraquecimento da equipa de futebol. Jaime Pacheco e Sousa regressam ao Porto, Jordão é mais um dos históricos a chegar ao fim da linha.
Carlos Xavier e Forbs são emprestados, Romeu, Saucedo, Eldon e Katzirz completam a lista de dispensas, tudo isto numa altura de enorme pujança dos grandes rivais Benfica e FC Porto. Manuel José inicia a temporada com apenas 13 jogadores. Mais tarde chegam os brasileiros Marlon, Silvinho, Mário, João Luís e Zinho este contratado ao Braga, o inglês McDonald e o mexicano Negrete que tinha brilhado no Mundial de 86. O guarda-redes Vital vindo do Portimonense é o único português da lista de contratações. Apesar de tudo isto a equipa vai cumprindo os serviços mínimos obrigatórios, alternando alguns tropeções nos jogos mais difíceis, com momentos