Realidade Azul

De Luciana Mutarelli

Trata-se de um livro com uma história muito envolvente, emocionante e agradável de ler, capaz até de despertar o interesse pela leitura em pessoas que não costumam ter o hábito de ler.

Realidade Azul mostra claramente como é ruim, desastroso e triste observar uma situação de maneira negativa sem que essa situação seja, de fato, negativa. Mostra a maneira como cada um reage diante de uma situação inusitada.

A história enfatiza a importância do respeito ao próximo além de transmitir a idéia de que felicidade é algo muito subjetivo. O que pode representar uma grande felicidade para uma pessoa, pode não representar para uma outra. Mostra que cada pessoa é única. Ensina que é preciso respeitar as características individuais de cada pessoa principalmente nos dias de hoje quando muito se fala em bullying.

• Idioma: Português
• Editora: XinXii
• Data de lançamento: 19 de nov. de 2013
• ISBN: 9781492386360

Pré-visualização do livro

Luciana Mutarelli

Realidade Azul

2° Edição

São Paulo

2012

I M P R E S S Ã O

Realidade Azul

em: Luciana Mutarelli

© 2012 – Luciana Mutarelli

Todos os direitos reservados.

Autor: Luciana Mutarelli

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Ilustração da capa do livro: Luciana Mutarelli

Revisor, corretor: Luciana Mutarelli

Outros colaboradores: Luciana Mutarelli

E-Book Distribution: XinXii

http://www.xinxii.com

ISBN: 978-1-49238-636-0

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Realidade Azul

Em uma cidade muito movimentada, estressante, cheia de carros e muito poluída, nasceu Clarisse. Clarisse era uma menina muito especial. Uma garota muito bondosa, meiga e sensível. Gostava muito da natureza. Morava em uma enorme casa muito bem decorada e com um lindo jardim. Tinha uma família muito rica e sua mãe, dona Verônica, era uma senhora um tanto esnobe. Dona Verônica gostava de luxo e estava sempre preocupada com a aparência. Fazia muitas compras, gostava de tomar chá e ir a festas. Só usava roupas de marcas muito famosas. Vivia indo ao salão de beleza para cuidar de seus longos cabelos loiros e ondulados. Também era uma pessoa muito autoritária e detalhista.

Clarisse, logo que nasceu, o médico comunicou a sua família que ela tinha uma coloração de pele um pouco azulada. Em virtude disso, foram feitos vários exames, mas nada foi detectado. Clarisse era uma garotinha cheia de saúde. Então, sua família, logo de início, ficou tranqüila pelo fato da menina ter sua saúde perfeita e pelo fato de sua cor azulada ser algo muito suave, quase imperceptível.

O tempo foi passando e, à medida que Clarisse ia crescendo, sua cor azulada ia se tornando mais intensa. Sua mãe, dona Verônica, foi ficando cada dia mais preocupada. Até que um dia, soube a respeito de um médico que era um dos melhores da cidade, mas também, o mais caro. Mas dona Verônica nem se importou com o preço alto da consulta e levou sua filha quando ela acabara de completar cinco anos de idade. Antes disso, sua cor era muito suave.

O médico, doutor Rubens, era um profissional muito famoso e requisitado. Na sala de espera, todos os pacientes olhavam para Clarisse com cara de espanto fazendo com que dona Verônica ficasse muito constrangida. Eis que no meio de todos esses olhares de espanto e estranhamento, surge um olhar mais brando de compaixão e respeito. Era Laura, a ajudante do doutor Rubens, chamando-as para a consulta. Laura era o braço direito do doutor Rubens. Dona Verônica levantou-se aliviada, pois não agüentava mais ficar naquele ambiente cheio de estranhos olhares e foi levando Clarisse até Laura. E Laura, por sua vez, gentilmente, falou:

- Por favor, queiram me acompanhar.

E levou-as a um enorme corredor onde quase ao final estava a sala do doutor Rubens. Dona Verônica ficou muito admirada com o consultório. O corredor com um piso todo de mármore, uma sala de espera muito bem decorada com diversas mini-poltronas, um tapete persa com uma linda estampa, janelas coloniais e, como se não bastasse, também havia uma cachoeira artificial em um dos cantos.

Ao chegarem à frente da sala do doutor Rubens, Laura, novamente de maneira muito gentil e