Encontrando héstia - um caso de depressão atípica

De Paula Regina Pereira Ribeiro

Por os antigos gregos e romanos Héstia era a divindade dos lares e laços familiares simbolizada para o fogo que ardia perpetuamente nas lareiras domesticas.

Todo lar ou edifício tornava-se santificado quando a chama sagrada era levada até a lareira central. Ali os familiares se reuniram em torno na tranquilidade e partilhando o calor aqueciam os alimentos e se saciavam. Por isso a flama sagrada possuía uma relação vital com a proteção, o conforto, a coesão familiar.

A autora captura desta antiga veneração o significado mais subjetivo. A chama é a energia inicialmente latente do amor que brota dos nossos corações e expandindo-se torna-se a força unificadora dentro de uma relação e de uma família.

O encontro com Héstia è um romance visto como caso resolvido de Depressão Atípica ou “Síndrome da Ausência de Héstia” assim como a autora define este tipo de depressão. Aquela flama latente nela brotou progressivamente nos percursos da sua vida ou, melhor dizer, através os espinhos e as pedras desta depressão. O leitor notará o contraste entre os primeiros capítulos focalizados em experiencias dramáticas e aqueles finais extraordinariamente felizes que testemunham a sua definitiva vitoria. Uma mensagem de lúcido otimismo. O seu estilo não é acadêmico e tende a confiar-se com o leitor. Um livro a ler de coração aberto.

• Idioma: Português
• Editora: Paula Regina Pereira Ribeiro
• Data de lançamento: 27 de fev. de 2014
• ISBN: 9788868857882

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Dedicacão

Dedico este livro ao meu pai, Francisco, que é uma inspiração na minha vida, a minha mãe, Vera, guerreira, que sempre me apóia na realização de todos os meus sonhos, a minha irmã Juliana, que é um exemplo de determinação, ao meu marido, Sandro, companheiro, amigo, cúmplice, amante, grande artista, meu porto seguro e aos meus dois filhos, Matheus e Ana Cecília que enchem minha vida de felicidade....

Memorias

Em memória de todos aqueles que já não estão neste mundo comigo, mas que foram grandes protagonistas da minha história...

Dados editoriais

Romance baseado em fatos reais.

Todos os direitos reservados.

Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida – em qualquer meio e forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc – nem apropriada ou estocada em sistemas de bancos de dados, sem a expressa autorização das autoras.

Registrado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

Redatora:

LÍLIAN PEDROSO DE ABREU ROQUIM

Ilustração da capa:

SANDRO BALDIM RIBEIRO

Ilustrações

MAURO BORTOLUZZI

Revisão Ortográfica:

MILENE FIORAVANTI VENTURATO

DE ALBUQUERQUE

APRESENTAÇÃO

Cada casa em uma cidade-estado grega possuía uma lareira, nessa, repousava uma das divindades pouco conhecidas por nós, Héstia, símbolo sagrado dos lares e edifícios. Todo lar ou edifício tornava-se santificado quando a chama sagrada era levada até a lareira central e ali os habitantes se aqueciam, enxergavam nas sombras aqueciam os alimentos e saciavam sua fome. O fogo no centro da cidade, dos edifícios e dos lares possuía uma vital relação com a proteção, com o aconchego, com a família.

Vários anos se passaram e a moral judaico cristã confirmou instituições e valores que na sua essência, encontram-se disseminados nas religiões e códigos morais da atualidade. Falo aqui de uma das instituições mais significativas para o entendimento desta obra, a Família.

A obra de uma vida pode ser resumida em poucas palavras. Quanto tempo um artista demora para realizar sua obra prima? Quanto tempo um homem ou mulher podem convencer-se que encontraram o amor de sua vida? Como constituir uma Família?

A resposta!

O quanto você for capaz de fazer alguém realmente feliz ou o quanto você for capaz de emocionar ou apaixonar-se incondicionalmente sem cobrar nada em troca? Elogiar o mais horrendo garrancho? Constantemente dizer eu te amo para quem aparenta não dar a mínima atenção? Ser capaz de falar do fundo do coração o quanto essa pessoa é importante todos os dias, mesmo restando poucos? Acredito que poucas pessoas possam realmente dizer que amam incondicionalmente, que confiam, que colocam sua mão no fogo por alguém, que não inspira para a sociedade credibilidade, falam de amor sem receio e acreditam que é possível amar, expressar esses sentimentos. Essas pessoas, pode-se dizer que encontraram Héstia.

Tecer alguma conclusão sobre o significado da palavra amor seria leviano e incoerente com a obra que vocês irão apreciar. Dar um significado para confiança seria difícil sem esbarrar na soberba. Ser explícito sem magoar, difícil. Mas, tenho a convicção que, se abrirem sua mente e o seu coração encontrarão neste livro um depoimento raro, uma personagem que acredita no amor, não o teme, trilhou um árduo caminho e soube apreciar os espinhos e as pedras.

Encontrar Héstia não é o objetivo de uma vida, mas talvez seja um exercício constante onde possamos, de fato, entender-nos e por sua vez compartilhá-la. Assim como o amor, não é algo tangível ou definido, ele, o amor pode ser compreendido como uma energia alimentada pelos seus amantes, pergunte a qualquer um a definição da palavra e logo após pergunte o que sentem, certamente a definição é intangível mas em relação ao sentimento, chega a ser definível a ponto de sua falta causar dor e até enfermidade.

Venerar a chama que aquece os lares e prepara o alimento, para gregos e romanos era o significado de segurança e tranquilidade, é para nós o exercício constante da felicidade, uma chama que temos de manter acesa, com atenção, paciência, carinho, sinceridade, paixão. Encontrar Héstia é um constante aprendizado, não termina, pois, uma fogueira só é alimentada se alguém mantém os gravetos apostos e permanece próximo.

Sandro Baldim Ribeiro

Mauro Bortoluzzi

AO LEITOR

A Depressão Atípica ou Síndrome da Ausência de Héstia (nome que aqui dou para este tipo de depressão), é uma patologia grave que pode levar o indivíduo a ter uma vida totalmente fragmentada.

A pessoa que está com depressão atípica ou síndrome de ausência de héstia, pode levar anos para sair da crise, e muitas vezes pode ser mal interpretada, pois os sintomas veem as avessas.

Com uma análise bem feita e dependendo da gravidade do caso, uma medicação adequada, a pessoa se recupera totalmente se transformando em um ser muito especial e pleno conhecedor da sua natureza humana, evidenciando suas qualidades e aceitando suas limitações