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A trombonista: a história de Josey Miller
A trombonista: a história de Josey Miller
A trombonista: a história de Josey Miller
E-book190 páginas2 horas

A trombonista: a história de Josey Miller

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Sobre este e-book

Uma menina solitária que aprende a tocar trombone. Um garanhão maltratado que aprende a confiar. Juntos, salvam o seu próprio mundo.

Josey Miller, uma menina de 11 anos, sabe duas coisas: que ela é a culpada pela partida da mãe e que fará qualquer coisa para convencê-la a voltar. A Sr.ª Casey, a nova professora de música, inicia uma banda na Escola Prepartória de Bennett Springs e Josey vê aqui a oportunidade para fazer parte de algo e convencer a mãe a visitá-la para assistir aos concertos. Mas há um problema: não há dinheiro para um clarinete, pois o pai foi despedido e luta por manter a quinta. Mas as coisas começam a melhorar quando o Avô Joe oferece a Josey um velho trombone e o Sr. McInerny, dono de um garanhão árabe, recorre aos serviços do pai. Ninguém treina cavalos como o pai de Josey. O que é bom, pois Chief é perigoso. Quando o pai e o cavalo desaparecem durante um raide de resistência de 80 quilómetros, nos Montes Orzak, será que Josey os consegue trazer de volta em segurança?

IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de mar. de 2018
ISBN9781547521432
A trombonista: a história de Josey Miller

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    Pré-visualização do livro

    A trombonista - Annette Drake

    Este livro é uma obra de ficção. Os nomes, personagens e eventos são resultado da imaginação da autora ou usados de forma ficcional. Qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, é inteiramente coincidental.

    Este livro é dedicado ao meu trombonista favorito, Christopher Poole.

    Agradecimentos

    Tanta gente a quem agradecer! Bom, citando Carl Miller, é preciso começar por algum lado.

    Talvez deva começar pelos homens e mulheres que me ensinaram a criar música. Primeiro, a minha mãe, Louise Obermeier Drake, para quem, depois dos filhos, a música era o grande. Obrigada, Mãe.

    Também eu fui uma aluna iniciante numa banda, há muitos anos. Obrigada aos homens e mulheres que me ensinaram a tocar flauta.

    Obrigada ao meu grupo crítico em Spokane, Washington. Obrigada Caroline, Gail, Cherise, Bill e Matt.

    Obrigada a Rhonda Rimer, bióloga do Departamento de Conservação no Missouri. A Rhonda respondeu pacientemente a todas as minhas dúvidas sobre a flora e a fauna da região sul do Missouri, para os capítulos finais. Obrigada, Rhonda.

    Escrevi sobre assuntos que não domino. Obrigada a Edith Poole, a minha sogra, por me ajudar a fazer as perguntas certas. Um forte agradecimento também a Aarene Storms e Dennis e Sue Summers por partilharem o seu tempo e conhecimento sobre raides de resistência. No final, estão listados os seus livros, para saber mais sobre este fantástico desporto que é o raide de resistência equestre.

    Os meus sinceros agradecimentos a Travis Harrington, o professor da banda, na Escola Preparatória de Mirror Lake, em Chugiak, Alasca. O Travis deixou-me assistir às suas aulas de iniciação. Obrigada, também, por ensinar as minhas filhas a criar música, Travis.

    Um agradecimento sentido a Les Dunseith por ter lido e devolvido o manuscrito cheio de ANOTAÇÕES VERMELHAS que só vieram melhorá-lo. Obrigada também a Maudeen Wachsmith, um dos primeiros leitores e uma voz de encorajamento.

    Os créditos pela fantástica arte da capa vão para a Elizabeth Mackey.

    Obrigada à minha família por todo o apoio. Um agradecimento especial à minha Tia Mary Rose, que serviu de inspiração para a personagem May Ellen Jones.

    Por fim, um último e invulgar agradecimento: obrigada, Josephine Miller. Quis desistir tantas vezes deste romance, mas nunca o fiz por tua causa. Josey, tens um coração enorme. A tua história tinha de ser contada. Só espero tê-lo feito bem.

    Índice

    Prólogo

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Capítulo 13

    Capítulo 14

    Capítulo 15

    Capítulo 16

    Capítulo 17

    Capítulo 18

    Capítulo 19

    Capítulo 20

    Capítulo 21

    Capítulo 22

    Capítulo 23

    Capítulo 24

    Capítulo 25

    Capítulo 26

    Capítulo 27

    Capítulo 28

    Capítulo 29

    Capítulo 30

    Capítulo 31

    Capítulo 32

    Capítulo 33

    Capítulo 34

    Capítulo 35

    Capítulo 36

    Capítulo 37

    Mais sobre raides equestres

    Sobre a Autora

    Prólogo

    Josey não sabia por que acordou. Terá sido a trovoada da tempestade de verão que se aproximava ou a mãe a gritar com pai. Na maior parte dos dias, os pais de Josey mal se falavam. Mas, agora, ela ouvia as suas vozes zangadas.

    Josey era a miúda mais alta da sua turma do quarto ano, por isso agachou-se para ficar mais baixa antes de descer as escadas em bicos de pés. O terceiro degrau rangeu quando o pisou e ela escondeu-se nas sombras das escadas. Josey ouviu a voz da Mãe.

    Tens as respostas todas, Carl.

    Sabes que roubar não é solução, disse o Pai. Como é que pudeste fazer isto, Rebecca?

    Precisava do dinheiro.

    Tens de ir à polícia.

    Josey ouviu a voz de alguém desconhecido - um grunhido profundo e grave que nunca tinha ouvido antes.

    Não nos vamos entregar, Carl, disse, com voz desdenhosa.

    Rebecca, o que aconteceu?

    A voz da mãe vacilou. Eu devia dinheiro ao Jimmy Martin por -

    Eu sei o que Jimmy Martin vende, Rebecca.

    O Jimmy disse-nos que o velho Gillespie estava no hospital. Ele disse que a dívida ficava saldada se eu e o Kyle arrombássemos a porta, roubássemos as armas e lhas entregássemos. Eu e o Kyle fomos lá e a porta estava destrancada, mas o Gillespie estava em casa. Disparou sobre nós e o Kyle disparou também. Foi em autodefesa, disse a Mãe.

    Chamaram uma ambulância?, perguntou o Pai.

    Eles localizam essas chamadas. Tive medo.

    Por isso, não. Não parámos para chamar nenhuma ambulância, nem para lavar a loiça do jantar, disse Kyle.

    Josey sentiu o cheiro de tabaco.

    Apaga o cigarro, disse o Pai.

    Acho que é o momento perfeito para fumar.

    Josey ouviu a raiva contida na voz do Pai. Eu pedi para não fumares em minha casa. Rebecca, tens de chamar a polícia. Ele pode estar ferido.

    A ambulância não o pode ajudar, disse o homem.

    Carl, tu és o meu marido. É suposto ajudares-me.

    Não posso ajudar-te mais, Rebecca. Vindo aqui, colocas-nos a todos em risco, especialmente a nossa filha.

    A Josey? Quero lá saber dela. Tenho problemas que cheguem, disse a Mãe.

    Arrumas as tuas coisas e sai. Vou chamar a polícia.

    Não, Carl, não me parece, disse o homem. A casa também é dela. Acho que vamos passar aqui a noite.

    Não voltes a ameaçar-me com essa arma. Podes ter disparado sobre o Gillespie, mas eu não sou um velho a fugir de alguém que veio assaltar-me.

    Josey ouviu um estrondo. A mãe gritou. Josey correu pelas escadas abaixo. Viu que o estranho empurrava o Pai contra a parede. Na mão dele, vislumbrou o metal negro de uma arma. O Pai agarrou a pistola. A arma disparou. O Pai agarrou o pulso direito do homem e bateu com ele contra a ombreira da porta. Josey ouviu um osso a partir. Viu o pai balançar para trás e esmurrar o homem na cara. Ele caiu no chão, mas levantou-se num salto e correu para o Pai, empurrando-o com o corpo contra um quadro que estava pendurado. Com o impacto, o vidro estilhaçou-se.

    Josey afastou-se da sala e correu para a cozinha. Pegou no telefone e ligou para as urgências.

    Condado de Bennett. Qual é a sua emergência?

    Está ali um homem armado. Ele e o meu pai estão a lutar.

    Encontra-se em perigo?

    Sim, senhora. Não sei o que fazer -

    A Mãe arrancou o telefone das mãos de Josey e pousou-o com um estrondo. Josey olhou para cima. A Mãe deu-lhe um estalo. Josey caiu sobre o armário e tombou para o chão.

    Agora vão enviar o Xerife, gritou a mãe por cima dela. Porque é que fizeste isso?

    Para ajudar o Papá, murmurou Josey. Não conseguia pensar. Teria agido mal?

    A Mãe saiu. Lentamente, Josey pôs-se de pé, debruçando-se sobre o armário. Doía-lhe o ombro. Sentia calor no lado esquerdo da cara, como se estivesse a arder. Quando coxeou até à sala, viu o Pai a esvaziar a pistola, as balas a cair no chão. Os dois homens ofegavam. Kyle estava sentado no chão. O olhar dele estava cheio de raiva.

    Eras capaz de denunciar o teu melhor amigo? perguntou.

    A secundária foi há muito tempo, e saíste-me cá um amigo, a trazer problemas. Rebecca, tens dez minutos até eu chamar as autoridades.

    Nem isso temos. A Josey já os chamou. A mão subiu as escadas a correr.

    O Pai voltou-se e viu Josey. Arregalou os olhos.

    Desculpa, Papá, disse ela. Correu e abraçou-o.

    Ele puxou-a para si. Não sabia que estavas cá em baixo. Estás ferida?

    Não, Papá.

    Carl, precisamos de dinheiro para o combustível, disse Kyle.

    Josey nunca tinha visto aquele homem. Ele vestia umas calças de ganga sujas, uma camisa de flanela e um boné verde da John Deere. Os olhos, enterrados na cara angular, contraíam-se. Tinha os dentes castanhos. A pele era branca, pastosa, com marcas de feridas acima da barba áspera. Não conseguia estar sentado quieto. Estava sempre a mexer as pernas ou os braços. Com as unhas sujas, escavava a pele.

    O Pai voltou-se para ele. Josey viu a sua expressão mudar repentinamente para desdém. O Pai, muito mais alto do que aquele desconhecido, era musculado e tinha a pele morena por trabalhar ao sol. Os pelos pretos da barba condiziam com o cabelo negro. Semicerrou os olhos castanhos.

    Não tenho dinheiro para vos dar e, mesmo que tivesse, não o faria, rosnou o Pai.

    Devolve-me a arma, pelo menos.

    Não. Não vais magoar mais ninguém.

    Eu era o teu melhor amigo.

    Vai esperar na tua carrinha, melhor amigo. Não te quero em minha casa.

    Kyle levantou-se. Fixou os olhos no Pai e saiu.

    Josey foi ao quarto dos pais, subindo as escadas a correr. A Mãe prendera o seu longo cabelo loiro, mostrando o seu pescoço delicado e delineado enquanto tirava roupa da cómoda e a atirava para dentro de uma mala. Quando ouviu Josey a entrar no quarto, dirigiu-lhe um olhar carrancudo. Os seus olhos disparavam raiva. Os pequenos dedos finos tremiam. Tinha círculos escuros à volta dos olhos, com pequenas linhas à volta deles e da boca.

    Mamã?

    Não me chateies agora, Josey. Estou ocupada.

    Terminou de atirar roupa para a mala azul, aquela que a Avó lhe tinha oferecido há muitos anos. A Mãe agarrou a caixa das joias e virou o conteúdo para cima da roupa.

    Josey não via a mãe há alguns dias. Às vezes, ela dormia durante dias seguidos e Josey sabia que era melhor não a acordar. Mas mesmo quando estava acordada, a Mãe não estava ali. Josey não sabia onde estava. Simplesmente, não estava ali.

    Josey ouviu o gemido estridente das sirenes. A Mãe olhou para cima. Tinha a expressão de um animal encurralado. Bateu com a mala azul, fechando-a e aos dois pequenos trincos na parte da frente. Empurrou Josey ao passar por ela, mas parou logo a seguir.

    Virou-se. Deu um passo e agarrou Josey pela cara. Josey sentia as unhas dela cravadas no seu queixo.

    Foste tu que provocaste isto, menina. Foste tu que os trouxeste.

    Não fiz de propósito, Mamã.

    Nunca te perdoarei, Josey.

    Largou-a e desceu as escadas a correr. O coração de Josey batia aceleradamente. Não conseguia respirar. Correu atrás da Mãe, mas ela tinha desaparecido. Josey saiu de casa e viu o Pai parado no terraço. Josey deu um passo para seguir a Mãe, mas o Pai agarrou-a. Puxou-a para ele e envolveu-a nos seus braços.

    Não, Josey. Deixa-a ir.

    O vento soprou-lhe o longo cabelo preto. As gotas da chuva pareciam alfinetes sobre a sua pele.

    Kyle ligou o motor da carrinha. Afastou-se da casa, engrenou a mudança e acelerou pela estrada fora levantando gravilha e lama. As luzes azuis dos carros da polícia cruzaram o céu negro. As sirenes interromperam a noite.

    A carrinha dirigiu-se para a estrada principal em terra, mas o primeiro carro da polícia cortou-lhe o caminho. A carrinha guinou para a esquerda. Irrompeu pelos pastos, derrubando a vedação de madeira. Quase chegava à estrada quando o segundo carro da polícia lhe bloqueou o caminho. Kyle parou e meteu a marcha-atrás.

    Pare. Desligue o motor, disse uma voz, através de um altifalante.

    Mas a carrinha não parou. Passou entre os carros da polícia. O segundo carro da polícia voltou para a estrada e bloqueou-a de novo. A carrinha parou.

    Através da ténue iluminação de rua e dos surtos intermitentes de luz, Josey viu os agentes com as armas apontadas à carrinha. Gritavam, ordenando que Rebecca e Kyle saíssem do veículo. Kyle abriu a porta e fugiu. Um dos polícias pôs a arma no coldre e correu atrás dele.

    Derrubou-o. Rebecca saiu da carrinha com as mãos no ar. O segundo polícia puxou-lhe as mãos para trás das costas para algemá-la. Empurrou-lhe a cara contra o chão.

    O corpo de Josey tremia a cada soluço. Correu para o estábulo. Abriu a porta da box de Ruby apenas o suficiente para entrar, fechando-a uma vez lá dentro. A égua relinchou um cumprimento. Josey encolheu-se a um canto.

    Tapou a cara com os braços. Ruby deu um passo na sua direção. Josey sentiu na cara o hálito quente da égua que lhe trouxe o cheiro a feno perfumado.

    Nas pernas nuas, sentiu as aparas de madeira ásperas. Abraçou os joelhos. Balançou-se para a frente e para trás. Sentia os pensamentos mais emaranhados do que um ninho de ratos. Tinha feito

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