StrangeLand: E O PRÍNCIPE DAS TREVAS
De Leonard D.
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Sobre este e-book
Leonard D.
Leonard D é um jovem autor de 20 anos de idade, no momento é professor de Geografia em formação pela UFCG. Amante em criar histórias fantásticas e envolventes, como seu primeiro livro publicado: StrangeLand - E O PRÍNCIPE DAS TREVAS. Seu objetivo é dar vida as histórias e sobretudo, fazer o leitor voltar a sonhar.
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StrangeLand - Leonard D.
StrangeLand: E o Príncipe das Trevas
Copyright © Leonard D. 2020
Título: StrangeLand: E o Príncipe das Trevas.
Autor: Leonard D.
1. Edição Digital, 27 de Abril, 2020.
DEDICATÓRIA
Dedico esta obra fantástica a todas as pessoas que admiram boas histórias, que buscam um livro como companheiro, como um amigo. Meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas que aceitaram o convite de viver essa grande aventura junto a Mark até Nytt Land.
CAPÍTULO 1
QUASE UM DIA COMUM
A rua Green 23 em nada se parecia com o resto da badalada cidade de Nova Iorque, habitada em sua maioria por pessoas idosas, veteranos de guerra e por quem buscava um lugar pacato para se viver, que no entanto, não podiam se dar ao luxo de ser fora da ilha de Manhattan.
Era uma manhã típica de outono, a velha rua Green explodia em um esplendor de cores. O asfalto se perdia em um mar amarelo e laranja de folhas que caiam das grandes arvores de troncos grossos. A casa da família Scott era grande e espaçosa, no entanto, em quase nada se destacava em relação as demais. Na janela do quarto de Mark, ainda embaçada pela chuva de mais cedo, a luz irradiava para dentro e vagarosamente ia iluminando a superfície lateral de seu cobertor espesso.
Sua mãe Margareth, acordara muito antes naquela manhã para cuidar de afazeres domésticos, assim como preparar o café da manhã, a frigideira chiava ao som das panquecas que estavam sendo preparadas. O pai de Mark, William Scott, havia morrido a 10 anos em um acidente de avião, do qual, ele mesmo era piloto, desde então Margareth nunca mais havia se relacionado com nenhum homem, se dedicando unicamente a cuidar de seus dois filhos, além de Mark, havia Tiffany, de quem Margareth ainda estava grávida quando perdeu seu marido naquele trágico acidente. A companhia aérea a qual William trabalhava, paga uma pensão a família mensalmente.
As 7:30 o despertador toca no quarto de Mark, anunciando mais um dia escolar, lentamente ele abre os olhos, e fica imóvel por alguns minutos ainda deitado em sua cama, vagarosamente vai se levantando e tirando o coberto de seu corpo, ainda meio escuro seu quarto, ele afasta as cortinas da janela e a abre, Mark era um jovem de 17 anos, branco, magro de cabelos pretos e olhos castanhos claros, tinha aproximadamente 1,70 de altura. Seu quarto era cheio de pôsteres de filmes e jogos eletrônicos, sua escrivaninha que ficava encostada na parede do lado direito da janela era repleta de livros, em sua maioria de temáticas científicas e de fantasia, do lado estava seu computador.
Margareth dá umas delicadas batidinhas na porta do quarto.
— Querido? — Diz ela docemente.
— Sim... mãe, já estou acordado, — Responde Mark com sua voz ainda sonolenta, porém já um pouco mais esperto.
— O café já está pronto bebê, te espero lá em baixo.
— Certo mãe. — Mark sai de seu quarto e segue reto pelo corredor até o banheiro.
Já dentro, ele se olha no espelho, seguido de uma expressão de descontentamento, pega a escova e começa a escovar os dentes, posteriormente entrando no box para tomar banho.
Margareth já estava na cozinha pondo a mesa para o café, estava repleta de comida, tinha pães doces com cobertura de coco e açúcar polvilhado em cima, havia também uma pilha com sete panquecas, uma jarra grande transparente de suco de laranja, assim como uma garrafa de café e outra de leite.
Tiffany ainda com seu pijama rosa, com detalhes de ursinhos na cor branca, descia as escadas, indo em direção a cozinha, pequena com a mão direta sobre os olhos, sua mãe a avista.
— Olá! Minha bebezinha, diz ela em um tom amoroso.
— Olá mamãe. — Responde a pequena Tiffany com seus cabelos castanhos claros cacheados, que herdara de seu pai. Sua mãe vai em sua direção e a abraça afetuosamente, seu rosto encosta na barriga de Margareth.
Mark termina o banho, saindo do box segue de volta para seu quarto, se seca com a tolha e começa a se vestir, pega uma calça marrom e a veste, em seguida, escolhe uma camisa azul de mangas longas com algumas listras brancas, penteia seus cabelos, em seguida pega sua mochila e desce.
Mark chega a cozinha e é recebido pelo bom dia de sua mãe.
— Bom dia! Querido, — diz Margareth.
—Bom dia mãe, — responde Mark sentando-se a mesa.
— coloque panqueca meu bem. — Fala Margareth imediatamente já pegando a panqueca e levando-a em direção ao prato de Mark, o qual aproxima-o, pegando em seguida calda de caramelo e coloca sobre a sua panqueca.
Eles conversaram sobre diversos assuntos naquele café da manhã, como o último ano de Mark no ensino médio. Já terminado de comer, faltando apenas pouco mais de um pedaço da panqueca, ouviu-se o som da buzina do ônibus escolar, que estava se aproximando para buscar Mark, ele rapidamente se levanta, empurrando a cadeira para trás, com a boca ainda cheia de panqueca, engole o que restava e rapidamente dá um beijo na bochecha de sua mãe e se afasta indo em direção a porta.
Ele vai em direção ao ônibus escolar que sempre passara ali durante os cinco dias da semana. Os assentos já estavam quase todos ocupados, Mark vai andando pelo corredor estreito do ônibus vagarosamente para não cair, até que escuta-se, — Mark! O Mark! Aqui, levantando a mão para indicar onde estava, era Bob o melhor e praticamente único amigo que Mark tinha, ele senta-se a seu lado na antepenúltima fileira da direita do ônibus.
— Oi Bob, — diz Mark aliviado por ter onde se sentar, — Fala Mark! — Responde Bob com sua voz alta e acelerada. Bob era um garoto gordinho e ruivo, cheio de sardas, que assim como Mark adora vídeo games, era comum ver Bob vestido com camisas de seus jogos eletrônicos favoritos, além é claro de ser alucinadamente fascinado por jogos RPG; no entanto, diferentemente de Mark, Bob era pouco tímido, na verdade; apesar de não ser um exemplo de popularidade, era um verdadeiro tagarela, se dar-lhe chance ele não para nem para respirar quando começa a conversar.
Quando mais novos, era comum Mark e Bob dormirem na casa um do outro, o que com o passar do tempo foi diminuindo com a chegada da adolescência. O quarto de Bob tinha uma decoração ainda mais nerd do que a do quarto de Mark, seu teto era azul escuro, quase preto cheio de estrelas, havia também a representação da via láctea, ele criava uma tartaruga chamada Kick em uma caixa de vidro com terra dentro.
Após Mark sentar a seu lado, Bob tira uma barra de chocolate crocante com recheio de doce de amendoim do bolso, tira rasgando o papel vermelho que a embalava, e leva a barra a boca, abocanhou metade da barra em uma mordida só.
— Nem! Vem, eu só tenho essa. — diz Bob com a boca cheia e suas bochechas infladas, com o meio dos lábios sujos de chocolate.
— Não está meio cedo para tá comendo doce? Pergunta Mark.
— Hora! O médico que recomendou... — responde Bob indignado com a pergunta que Mark havia lhe feito.
E ele continuou, — O doutor Stewart disse que eu preciso comer algo antes do lanche da escola.
— Sim! mas não acho que ele se referia a comer chocolate, —responde Mark.
— Ele falou algo sobre barras de cereais meu nego, mas no mercado não tinha mais. — diz Bob com uma expressão de orgulho em seu rosto, ele olha para o lado como se estivesse lembrado da cena e diz.
— Do lado de onde ficava as barras de cereais tinha barras desse chocolate, então eu peguei, deve ser quase a mesma coisa, Ah! E com toda certeza bem mais gostosa também — conclui Bob seguido de uma risada.
Depois de alguns minutos o ônibus chega até a escola, todos começam a descer, primeiramente os que estavam nos assentos mais a frente, depois, os que estavam sentados mais atrás. Mark levanta e vai andando pelo corredor, seguido de Bob.
— Cara, não vai dar não pra aguentar até o intervalo só com uma única barrinha no estomago, — diz Bob andando, fazendo uma cara de desconforto, com uma mão sobre a barriga e a outra sobre cada assento que passava.
Após descerem do ônibus, logo mais à frente estava um cartaz que anunciava o baile do último ano do ensino médio, do lado do cartaz estava Michelle Sanders, que era colega de classe de Mark e Bob, ela ficou responsável pela divulgação e distribuição de panfletos do baile que iria acontecer naquele sábado.
Na parte externa da escola todos estavam fazendo alguma coisa antes de entrar para mais um dia de aula na WolvSchool Academic, enquanto alguns faziam lanches ao ar livre, outros estavam estudando, preocupados com as provas finais que se aproximavam.
O time de futebol da escola, os Lobos tinham ganhando recentemente o campeonato daquele ano, a estrela do time Brayson Carter; era de longe o mais atlético e o garoto mais desejado de toda a escola por quase todas as garotas, forte de cabelos loiros, olhos azuis, Andar com o Brayson era estar no nível mais alto da escola.
Já seria de se imaginar que o grupo de amigos de Brayson era resumidamente composto por outros atletas, líderes de torcida, assim como praticamente todos os outros alunos populares da WolvSchool, um desses populares era o problemático Dylan Walker, que já se envolveu em diversas brigas na escola.
Bob e Mark andam em direção a entrada da escola, Bob toma a frente subindo a escada mais rapidamente, Mark vai logo atrás, quando de repente uma bola de futebol passa por ele em alta velocidade; por um reflexo Mark esquiva o rosto rapidamente, a bola veio passa por um fio do rosto de Mark, batendo em cheio no corrimão da escada que levava a entrada e voltando para pouco antes a esquerda de onde Mark estava.
Brayson grita, — Ai Scott! Joga aqui. — Mark ainda assustado com o que ocorreu pega vagarosamente a bola, Bob o esperava em cima do último degrau da escada, então Mark joga a bola de volta, Brayson e seus amigos voltam a jogar, até que Dylan logo que também estava jogando debocha de Mark.
— Qual foi Scott? Mamãe não deu seu leitinho hoje? — O que gerou risadas de deboche dos outros que ali estavam jogando, exceto Edward Andrews, que não parecia concordar com as atitudes de Dylan.
— Cara, larga de ser babaca. — diz Edward a Dylan.
— E! qual foi Ed, não gostou não? de como me referi aos mariquinhas? — pergunta Dylan a Edward, de quem não obteve resposta, só uma expressão de descontentamento em seu rosto, e fazendo movimentos negativos com a cabeça.
Depois do ocorrido, Mark sobe as escadas e junto com Bob entram na escola, logo na entrada tinham-se acesso aos armários individuais de cada um, eram vermelhos, o chão era em cerâmica branca. Já haviam bastante alunos ali andando pelo corredor, uns pegando, outros guardando seus pertences nos armários, havia também bastante gente conversando, colocando o papo em dia, falando de como foi seus finais de semana.
Mark vai em direção a seu armário, Bob vai logo atrás, eles iam discutindo sobre a dificuldade de um novo jogo que