Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

O Clube da Liberdade
O Clube da Liberdade
O Clube da Liberdade
E-book198 páginas2 horas

O Clube da Liberdade

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Muitas vezes não há a quem recorrer. Um grupo de estudantes do segundo grau sofrem bullying aterrorizante em sua escola. Sem interesse do diretor, eles se unem para formar O Clube da Liberdade e logo são confrontados com uma escolha difícil. Devem eles lutar contra o fogo com fogo?

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento4 de nov. de 2018
ISBN9781386713111
O Clube da Liberdade
Autor

Cindy Vine

Born in Cape Town, South Africa, I have traveled to many different countries working as an international school teacher. Following a bout with breast cancer and being ripped off yet again, I wrote a self-help book called Fear, Phobias and frozen Feet, which deals with how to break the pattern of bad relationships in our lives. Last year, I self-published Stop the world, I need to pee! It's a fictional tale of how a headstrong woman manages to escape from an abusive husband. Currently, I am teaching at an international school in Tanzania. The Case of Billy B is my third book.

Relacionado a O Clube da Liberdade

Ebooks relacionados

Temas sociais para crianças para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de O Clube da Liberdade

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    O Clube da Liberdade - Cindy Vine

    O

    CLUBE DA

    LIBERDADE

    CINDY VINE

    Aviso

    Todas as descrições, personagens e detalhes são puramente fictícios e um produto da minha imaginação.

    Copyright © Cindy Vine 2018

    O direito moral do autor foi declarado.

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação ou transmitida, sob qualquer forma ou por qualquer meio, sem a permissão prévia por escrito da editora, nem ser divulgado em qualquer forma de vinculação ou capa diferente daquele em que é publicado e sem uma condição semelhante incluindo esta condição sendo imposta pelo comprador subsequente.

    ISBN is 1718742371

    ISBN-13 is 978-1718742376

    Impresso nos USA por Createspace

    Este livro é dedicado a todas as pessoas que são vítimas de bullying e todos aqueles afetados por tiroteios em escolas.

    Agradecimentos

    Ao escrever um livro, sempre há muitas pessoas que nos apoiam através de todo o processo. Sem esse apoio, seria difícil terminar uma estória. Eu gostaria de agradecer meus filhos pelo constante amor e apoio, e sempre estarem presentes para responder algumas perguntas estranhas. Meu irmão David é um dos meus maiores torcedores, e agradeço sempre as vibrações positivas que ele enviou em meu caminho ao longo dos anos.

    Toni Huisman Johnston foi a escola comigo há muitos anos, e graças ao Facebook nós reconectamos há vários anos atrás. Toni entrou em cena para ajudar com a edição e para ser um leitor beta.  Seus insights e encorajamento provaram ser inestimáveis.

    Por último e definitivamente não menos importante, gostaria de agradecer a meu editor, Robert Stark, por ser um editor incrível que irá trabalhar até às 02h00 no meu manuscrito. Ele é a polícia da gramática como nenhum outro, e me mantém na linha.

    Parabéns aos alunos veteranos da Rourke High que se formam hoje. Nós estamos orgulhosos em dizer que na Rourke High preparamos bem nossos alunos para que então eles possam sair e fazer a diferença no mundo. Nós acreditamos que nossos alunos são o futuro. Nós os formamos com os valores corretos e com a moral que eles precisam para ser bem-sucedidos no mundo de hoje. A escola não é apenas sobre desenvolver conhecimento ou preparar adolescentes para universidade. É também sobre aprender como construir relações, fazer amizades, respeitar os outros e assim criar cidadãos bem equilibrados. Comunicação é a chave. Comunicar-se com respeito e todo o resto seguirá.

    DiretorTimmins.

    Trecho do discurso de formatura de 2017.

    Capítulo 1 Maddie

    Na 5 série, minha professora de classe atribuiu a todos nós uma tarefa. Nós tínhamos que manter um Jornal do Pensamento por um período de três semanas. No caderno que ela nos forneceu, nós tínhamos que registrar qualquer coisa que nós víamos ou ouvíamos, coisas aleatórias que nós pensávamos, recortes de jornais, artigos de revista – basicamente qualquer coisa que fosse interessante para nós. O objetivo da tarefa era ter discussões em grupo ao final das três semanas sobre os problemas que nós achássemos de grande importância. A professora acreditava que nosso Jornal do Pensamento nos ajudaria a identificar aqueles problemas. Uma vez que tivéssemos discutido os problemas em nossos grupos, então seríamos capazes de decidir quais deles nós tínhamos em comum e quais eram mais importantes para todos nós. O próximo passo seria pesquisar sobre problemas importantes que nós tivéssemos identificado em grupo, então fazer uma apresentação na qual nós mostraríamos aos nossos pais em uma noite na escola.

    Isto soa muito bom na teoria, certo? O problema foi que somente um de nós levou o Jornal do Pensamento a sério. Anotar alguns pensamentos aleatórios na noite anterior mandou por água abaixo todo objetivo do exercício. Eu nunca tinha sido o tipo de garota Querido Diário, embora eu sempre tenha amado escrever. Diários com pequenos cadeados, dados a mim como presentes nos aniversários e natais, sempre ficaram sem abrir e intocados no meio de outras coisas velhas dentro da última gaveta da minha cômoda. Havia algo neles que parecia fútil e piegas. Eu tenho certeza que quem manteve diários não começou cada página com Querido Diário, mas na minha cabeça algumas fizeram e era isso que fez parecer tudo um pouco patético.

    Mas mesmo que um Jornal do Pensamento fizesse a mesma coisa que um diário, pareceu diferente de alguma maneira para mim. O Jornal do Pensamento soou mais sério, mais intelectual do que um diário bobo. Registrar meus pensamentos fez eu me sentir importante, como se meus pensamentos realmente importassem. Um caderno ao invés de um diário rosa de capa dura com flores, fitas e um cadeado, fez eu me sentir como se eu estivesse acima dos pensamentos bobos sobre meninos que eu gostava e fofocas de menina. O caderno fez eu sentir como se eu tivesse algo importante a dizer e que se o mundo acabasse, então os próximos habitantes da Terra encontrariam o meu Jornal do Pensamento e saberiam como era quando eu vivi. Bem, foi isso que pensei quando eu estava na 5 série. Agora estou no último ano do Segundo Grau e meu Jornal do Pensamento é tudo que me mantém viva.

    Capítulo 2 Arek

    As sirenes e as luzes azuis piscando trouxe todo mundo para fora. Existe algo no drama de alguém que atrai os outros seres humanos, como moscas em um monte de esterco. Ou abelhas em uma lata de refrigerante. Quantas pessoas param para olhar um terrível acidente de carro? Não é porque eles querem ajudar. É porque eles querem ver. As pessoas querem ser enojadas. Elas querem ver membros arrancados próximos do pneu do carro. Elas querem ver o corpo coberto em sangue e cacos de vidro. Elas querem exclamar e amordaçar e suspirar ao horror de tudo aquilo. As pessoas são rainhas do drama e isto não é mentira.

    Quentes nas rodas dos socorristas e serviços de emergência estão a imprensa. Vans de notícias, cinegrafistas e repórteres com enormes microfones. Desesperados para mostrar a tristeza das pessoas para o mundo ver. Empurrando microfones no rosto do espectador - O que você viu? O que você ouviu? O que você sabe sobre a vítima? E é claro a pergunta não falada, Qual fofoca de merda você pode contar sobre a vítima? E então a vítima de um desastre particular é despida de tudo. Nada é tão sagrado ou tão privado que não possa ser compartilhado com abutres ansiosamente engolindo cada pedacinho de informação. No entanto, o pior são as pessoas que se aproximam fingindo conhecerem a vítima, inventando piadinhas que eles compartilham em tempo real.

    E quase vale a pena viver só para ouvir a merda que eles compartilham. Mentira atrás de mentira. Relacionando falsas memórias em uma espécie de universo paralelo. Criando sua própria realidade. Falsificar notícias, talvez exista algo após isso tudo.

    E então, enquanto a maca com o saco do corpo de Todd é rolada para dentro da ambulância que ali espera, você pode ouvir os suspiros coletivos dos espectadores. Se nós soubéssemos. Se ele tivesse nos contado que estava deprimido nós teríamos o ajudado. Se ele tivesse dito que estava planejando se enforcar no quarto nós teríamos estado lá por ele.

    E se.

    Se você de fato se importasse.

    Se aquelas lágrimas falsas rolando nas suas bochechas significassem alguma coisa.

    Se você tivesse arranjado tempo de fato para conhecer Todd.

    E se.

    Tarde demais.

    Um outro adolescente comete suicídio.

    Uma outra família de coração partido e emocionalmente despedaçada.

    Alunos em nossa escola irão tentar imaginar como ele era e compartilhar reminiscências que são na verdade de outra pessoa. E aqueles que deveriam ser considerados os culpados vão continuar como se nada tivesse acontecido e ainda vão fazer piadas sobre o suicídio.

    Ninguém será responsabilizado.

    Nenhuma quantidade de caçarolas e lasanhas deixadas na casa da família ferida pelo luto trará Todd de volta.

    A comunidade se reunindo em torno? Que piada! Tudo que eles querem é descobrir os detalhes sangrentos.

    Nada vai mudar.

    Nada jamais vai mudar.

    A multidão incha conforme os vizinhos chegam para se embasbacar. As pessoas começam a falar com os vizinhos que eles não falam há anos. Não existe nada como a tragédia de alguém para a comunicação voltar.

    Muito ruim.

    Como é triste.

    Eu estava atrás do diretor Timmins quando ele se virou para um oficial e ouvi ele dizer, Graças a Deus somente ele cometeu suicídio e não saiu loco atirando pela escola. Pelo menos é só ele e não um monte de gente.

    Fala sério?

    Nós não queremos nossa escola mal vista, queremos?

    Bom ouvir que nosso estimado diretor realmente se importa com nossas crianças. Eu saí dali antes que oficial tivesse tempo para responder ao insensível comentário de Timmins. Eu sempre achei que Timmins era um filho da mãe. Ótimo saber que o quê eu pensava foi confirmado.

    Todd não era meu amigo e não vou fingir que era. Mas era mais do que apenas um conhecido. Ele sempre aspirou em ser um dos alunos Populares, o que quer dizer que ele me ignorava na escola. Mas como morávamos na mesma rua, com frequência caminhávamos para casa juntos e Todd tentava e me impressionava com as coisas que ele conseguia fazer assim como os alunos Populares. Então eu sabia um tanto sobre o que estava acontecendo na vida dele. Eu também sabia que as coisas que ele dizia não se encaixavam perfeitamente, não importava o quanto ele tentasse. O que eu nunca podia imaginar, era que ele acabaria se matando. Algo ruim deve ter acontecido para que ele pensasse que a vida não valia a pena ser vivida. Minha intuição é que os Alunos Populares estão envolvidos de alguma maneira.

    Enquanto eu me afastava da multidão e ia para casa jantar, eu ponderava em minha mente as últimas conversas que eu tive com Todd. Tentando encontrar pistas nas coisas que ele havia dito. Procurando por respostas. Por quê se matar? O que eles fizeram a você?

    Existem dias que eu penso em qual é o objetivo disso tudo. Por que se incomodar em sair da cama só para ir à escola e fingir aprender quando tudo que você faz é tentar sobreviver ao dia ileso. Mas apesar de muitas vezes eu achar a vida sem sentido, eu não tenho certeza se eu chegaria ao extremo de me matar. Por quê dar a eles esta satisfação?

    Viver pode ser a única maneira de derrotá-los.

    Então, novamente, quem sabe se eles realmente se importariam? E com esse pensamento sóbrio, eu abro a porta da frente de casa, onde nós não falamos um com o outro.

    Capítulo 3 Maddie

    Na escola existe quatro grupos principais. Você tem os Populares, os Invejosos, Os Tanto Faz e os Esquisitões. E então você tem, eu. Os Populares têm tudo a seu favor e nada pode dar errado. Os Invejosos estão quase lá, às vezes inclusos e às vezes não. O seu objetivo em vida é ser um Popular. Os Tanto Faz têm o seu próprio lance acontecendo. Eles não têm o desejo de ser um Popular. Eles organizam suas próprias festas e se socializam um bocado fazendo coisas de nerds. Os Esquisitões são ignorados e empurrados por todos. Para se tornar um Esquisitão, você tem que ter algum ponto diferente. Algo que te faz ficar a parte de todos os outros. Geralmente algo que possa ser ridicularizado. Os Esquisitões talvez tenham façam bullying tatuado na testa. Eles são alvos ambulantes.

    Só para constar, eu não me encaixo em nenhuma destas categorias. Isto é por opção e não por modelo.

    Eu não tenho um jeito bizarro, nem sou ligado em jogos nerds de computador. Eu não tenho desejo algum de ser um Popular. Eu odeio gente falsa. Talvez eu apenas odeie pessoas, e ponto. Eu prefiro ser um Observador. Eu fico por fora, às vezes me misturo, depende do meu humor.

    O Ensino Fundamental e Ensino Médio foram estressantes. Meu objetivo de vida era me encaixar e ser reconhecida. O lance é, quando você faz isso é que você perde quem você é e se esforça para se tornar alguém popular.

    Eu aprendi a arte de ser invisível. Posso me sentar entre a multidão sem eles saberem que estou lá. Eu posso ser eu mesma sem levantar preocupação ou atenção.

    Rourke High é uma comunidade de estereótipos. Nós poderíamos estar em qualquer lugar e em todos os lugares.

    Eu só quero passar pelo 2 Grau ilesa. Chame isto de hibernação do 2 Grau. Eu estou hibernando até as

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1