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O menino que chorava por dentro
O menino que chorava por dentro
O menino que chorava por dentro
E-book75 páginas2 horas

O menino que chorava por dentro

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Sobre este e-book

Alguma vez ouviu o seu filho dizer que não quer ir à escola? Ficou preocupada? Foi o que aconteceu com a mãe deste menino. Ele é muito observador da realidade que o rodeia e reflete sobre o comportamento dos seus colegas, dos professores e da sua família. A dificuldade de se adaptar às atitudes inconscientes dos outros causa-lhe sofrimento emocional, no entanto é um menino que só procura ser feliz. Quando pode, revela as suas capacidades inatas de ler as pessoas, mas a mãe não acredita nele e não valoriza as suas perceções. Este menino é detentor de uma maturidade interior maior que lhe permite refletir sobre as circunstâncias da vida e lhe cria um mundo interior intenso que ele não sabe ainda exprimir. Durante as férias de verão, na aldeia da avó e em contacto com a natureza, descobre quem é, a sua capacidade de comunicar com o mundo invisível e uma das suas missões de vida.

Neste livro, a autora desvenda os sentimentos do mundo interno das crianças que tentam adaptar-se à escola, às dinâmicas familiares e ao mundo que as rodeia, com sensibilidade e leveza. Com uma escrita simples, acessível também aos mais jovens, Maria do Céu V. Vinagre relata aquilo que habitualmente não se diz e chama a nossa atenção para a importância do equilíbrio emocional, do desenvolvimento da nossa consciência e da procura de quem somos para lá do que vivemos no quotidiano.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de nov. de 2022
ISBN9788468569680
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    O menino que chorava por dentro - Maria do Céu V. Vinagre

    I

    ntrodução da autora

    Este livro foi recebido intuitivamente. Não digo isto para me livrar das críticas que todos tememos. Afirmo-o porque essa é a verdade do processo que deu origem a esta história. As palavras não são minhas, eu apenas as escrevi.

    O título apareceu na minha mente há uns quatro anos atrás, numa meditação e nunca pensei que viesse a ser um livro. Quando a informação surgiu e escrevi o primeiro capítulo, percebi que era o início da história correspondente.

    Surpreendi-me com as palavras que, intensamente, brotavam do meu pensamento, várias vezes por dia, sobretudo se eu não as escutasse e não as escrevesse. O texto ocupava toda a minha mente até eu me sentar para descarregar o conteúdo que surgia. Expressões, palavras soltas e correções nas frases foram escritas de forma pausada, à medida que as ouvia internamente.

    Passou-me pela ideia de que nada faria grande sentido, nem se encaixaria, mas cada capítulo tinha um sentido próprio e quando lia o que tinha escrito, encontrava-lhe consistência.

    Espero, caro leitor, que este texto impacte a sua vida como impactou a minha, pois eu desconheço a razão pela qual escrevi sobre este tema. Sei que o meu amor pelas crianças e que a minha vontade de as apoiar — de cada vez que as vi em sofrimento emocional — estão presentes nestas palavras, provenientes não sei de onde, numa escrita que não programei.

    Comecei sem saber para onde ia, nem como iria terminar. Tal como na vida.

    Eu escrevi, você vai ler. E vai reconhecer e amar este menino, no interior do seu coração.

    Com gratidão

    Maria do Céu V. Vinagre

    Prefácio

    Este livro conta-nos a história de um menino e de uma família dos nossos dias. Uma família cheia de responsabilidades e sem tempo para usufruir do tempo, como é habitual nos dias de hoje.

    O menino desta história observa os seus pais e sente-se só, mas não se refugia nos jogos, no computador e no telemóvel, que poderiam afastar-lhe os seus pensamentos de solidão, como fazem muitas crianças e jovens. Ele questiona-se e sente coisas... Coisas em que nós, adultos, deixamos muitas vezes de pensar.

    Este livro leva-nos de uma forma simples — com a simplicidade das crianças — à reflexão sobre as nossas vidas e a dos nossos filhos. O que sentem eles efetivamente? E em que mundo vivemos nós? Estamos presentes nas nossas vidas? Estaremos presentes nas deles?

    De uma forma descomplicada e natural, esta história serve-nos de alerta e induz-nos a olhar para dentro: dentro de casa e dentro de nós.

    Acho que vai gostar! Acredito que se vai rever. Foi o que aconteceu comigo. Fiquei mais desperta, mais atenta, enfim, mais consciente.

    Esta obra é um ato de amor da Maria do Céu.

    Para quem não a conhece, a Céu põe todo o seu amor naquilo que cria, nas palavras que dirige aos outros, na forma como está presente e nos apoia de todas as formas que sabe — e ela sabe tanto….

    Boa leitura!

    Sofia Velosa Nunes

    Capítulo I

    Não quero ir para a escola

    Era uma vez um menino. Tudo o que ele sabia é que era um menino.

    Os seus pais eram boas pessoas, mas não sabiam quem ele era. Para eles, ele era o menino deles.

    Um belo dia, o menino acordou diferente. Nada podia prever tal comportamento.

    — Não quero ir para a escola, disse ele.

    — Ora essa! Então porque não?

    — Não gosto dos professores.

    — Mas alguém te fez algum mal?

    — Não! Mas eles não me vêem!

    — Como assim? São cegos?

    — Não, mãe. Não me vêem. Eles não sabem quem eu sou!

    Estranha conversa esta para um menino de oito anos. A mãe ficou confusa. Todos os professores sabem quem são os seus alunos! Eles conhecem cada um pelo nome.

    Foi contar ao pai.

    Ambos ficaram muito preocupados com o menino e não sabiam se o deviam obrigar.

    — Mas é só hoje que não queres ir à escola, por estares assim mal disposto?

    — Eu não estou mal disposto. Eu só não quero mais ir à escola!

    — Tu aborreceste algum professor?

    — Não! Eles não me vêem sequer.

    — Mas queres dizer que eles não te ligam, não te fazem perguntas, não te pedem para participar?

    — Eu participo e até respondo acertado, mas eles não sabem quem eu sou.

    — Ó rapaz, que tolice! Então não sabem o teu nome?

    — Claro que sabem! Mas eu não sou o meu nome!

    — Credo, rapaz! Que ideias são essas agora? disse a mãe estupefacta. Não és o teu nome, mas precisas dele para te apresentares ao mundo.

    — Sim, mas não vês, mãe, parece que é o meu nome que está a responder às perguntas, mas eu

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