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Explicação popular do apocalipse
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Explicação popular do apocalipse
E-book225 páginas4 horas

Explicação popular do apocalipse

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Sobre este e-book

Este livro apresenta a mais clara, simples e fácil explicação do mais difícil livro da Bíblia, o Apocalipse.
O apóstolo Paulo ensinou que é possível conhecermos os segredos de Deus, desde que contemos com a ajuda do Espírito de Deus, que conhece todos os seus mistérios (1Co 2.10,11). Nas páginas desta obra, as figuras mais estranhas do Apocalipse, os simbolismos aparentemente impenetráveis são explicados à luz das Sagradas Escrituras, colocados ao alcance do entendimento do leitor e aplicados à sua vida. O livro da Revelação que o apóstolo João recebeu na ilha de Patmos, deixa de ser a interrogação não respondida para se tornar uma clara e gloriosa demonstração da justiça e da misericórdia de Deus, o Deus que nos ama e nos salvou através de seu Filho Jesus Cristo. Todos os evangélicos e estudiosos da Bíblia retirarão da Explicação Popular do Apocalipse ensinamentos úteis para sua vida espiritual - explicações que o ajudarão a entender o que já aconteceu, o que está acontecendo e o que ainda está para acontecer no calendário que Deus preparou para o final dos tempos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de dez. de 2016
ISBN9788576895435
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    Explicação popular do apocalipse - Anníbal Norah

    Apêndice

    Prefácio

    O propósito deste livro é oferecer uma explicação simples e clara de um dos livros mais difíceis da Bíblia. O apóstolo Paulo afirma que só quem possui o Espírito de Deus pode conhecer as coisas de Deus (1Co 2.11). De acordo com o ensino apostólico, portanto, é possível conhecer os segredos de Deus, desde que contemos com a ajuda do Espírito Santo, que conhece os mistérios divinos.

    Assim, o conteúdo deste livro está de pleno acordo com o ensino bíblico. E o que mais nos agrada nele é constatar em cada página, além da sólida cultura bíblica e teológica e da linguagem clara e expressiva do autor, o testemunho de uma vida consagrada a Deus e ungida pelo Espírito. Esta, aliás, sem des­pre­zar as outras, é a mais importante credencial de qualquer comentarista da Bíblia.

    Esta obra não é apenas resultado de pesquisas e estudos, mas de meditação e de profunda comunhão com o mesmo Deus que confiou ao apóstolo de Pat­mos as revelações do Apocalipse. Aqui as figuras e os símbolos mais estranhos são explicados com clareza à luz das Escrituras e da fé. O Apocalipse deixa de ser uma interrogação e torna-se uma gloriosa demons­tração da justiça e da misericórdia de Deus. Por essa razão o re­­co­mendamos aos leitores dos livros da Editora Central Gospel — a todos os que têm prazer em estudar a Palavra de Deus, na certeza de que ele trará grandes benefícios espirituais.

    — Os Editores

    Introdução

    Em teologia, quando se inicia o estudo de um livro sagrado, é necessária uma apresentação que abranja informações sobre o autor, o lugar e a época em que o livro foi escrito, a canonicidade (se é um livro inspirado), a autenticidade e o propósito que o escritor tinha em vista. O presente trabalho, mais dirigido aos crentes em geral, não pode comportar uma discussão muito extensa de todos esses pontos. Por isso, nós nos limitaremos à opinião mais aceita entre os estudiosos do livro de Apocalipse.

    O autor. O autor chama a si mesmo João (1.1,4,9; 22.8). Tanto os pais da Igreja quanto registros históricos da Antiguidade confirmam essa autoria.

    Canonicidade. Papias, companheiro de Policarpo e ouvinte do evangelista João, comprova a canonici­dade e a inspiração do Apocalipse. Papias foi o primeiro pastor da igreja de Hierápolis, cidade que ficava perto de Laodiceia. Atanásio e Jerônimo, em suas epístolas, falam cdo Apocalipse como livro pertencente ao cânon.

    Lugar e data em que foi escrito. As melhores autoridades antigas afirmam que João foi exilado na ilha de Patmos, onde trabalhou nas minas durante o reinado de Domiciano. Quando o imperador Nerva começou a governar, depois da morte de Domiciano (95 d.C.), João voltou a Éfeso, e muitos acreditam que foi nessa cidade que ele escreveu o Apocalipse. Contudo, pelo que ele diz em 1.4,10, talvez tenha es­crito as suas visões logo depois de recebê-las. Patmos é uma ilha pequena. Não sendo permitido ao apóstolo ir além de certos limites da terra, foi-lhe concedido penetrar os segredos do céu, como recompensa à sua fidelidade.

    Destinatários. A inscrição diz que o livro é dirigido às sete igrejas da Ásia. Porém, como na Ásia havia outras igrejas, como a de Magnésia e de Trales, sem dúvida, o número sete foi escolhido para significar a sua universalidade. João, portanto, está se dirigindo à Igreja de todos os lugares e de todos os tempos. Nas igrejas citadas, temos o retrato da Igreja de todas as épocas e condições.

    Propósito. A primeira parte é evidentemente uma admoestação enviada à Igreja pelo Filho do Homem. Após a primeira parte, que é pequena, começam as profecias com a expressão: ... para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer. Por essa linguagem e pelas visões extraordinárias, conclui-se que o livro é de caráter simbólico.

    Há três escolas de interpretação deste livro:

    1. Preterista. Sustenta que todas as coisas narradas no livro já se cumpriram.

    2. Histórica. Afirma que o Apocalipse abranje toda a história, desde o tempo de João até o fim do mundo. Essa é a teoria mais comum.

    3. Futurista. Defende a ideia de que todas as profecias e símbolos se cumprirão no futuro, pouco antes da segunda vinda de Cristo. Dessas três, a segunda parece-nos a mais aceitável.

    Os números. Segundo alguns estudiosos das Escrituras, sete é o número sagrado, símbolo da perfeição. Assim, temos os sete espíritos, os sete chifres do Cordeiro, os sete olhos, as sete igrejas, os sete selos, as sete trombetas, as sete salvas. Três e meio é um número oposto ao sete sagrado, quebrado em si mesmo e que, no momento do maior triunfo, é abatido pelo julgamento e arruinado. Quatro é o número da extensão do mundo. Nos quatros animais, percebe-se a existência de um poder sobre eles, ao mesmo tempo em que são o emblema dos quatros querubins de Ezequiel e o símbolo de toda a Criação sujeita a Deus. Assim, temos os quatro cantos da terra, os quatro ventos, os quatro anjos vindos do Eufrates e os quatros quadrados, que representam a extensão do mundo. João não nos apresenta os quatro animais de Daniel, mas menciona as sete cabeças da besta, sinal da arrogante pretensão de querer se apossar do sete perfeito de Deus. Essa usurpação é marcada pela oitava cabeça. Seis é o número do julgamento do mundo. Doze é o número da Igreja: doze tribos de Israel, doze estrelas na cabeça da mulher, doze portas de Jerusalém, doze apóstolos. Os dias parecem referir-se a anos.

    "...Vi sete candeeiros de ouro, e no meio dos candeeiros,

    um semelhante ao Filho do Homem..."

    "Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe

    uma afiada espada de dois gumes..."

    Apocalipse 1.12,13 e 16 (ara)

    1 - DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO FINAL DOS TEMPOS

    VISÃO DO FILHO DO HOMEM NA GLÓRIA, ENTRE OS SETE CASTIÇAIS, COM AS SETE ESTRELAS EM SUA MÃO DIREITA

    ¹ Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo,

    Apocalipse significa revelação. O livro é a exposição das coisas que estavam escondidas: é o manifesto do Reino de Cristo. O Apocalipse não é a história detalhada do futuro da Igreja, e sim a representação dos principais poderes e de épocas importantes no desenvolvimento do Reino de Deus com relação ao mundo. A revelação ensina-nos a entender os tempos, porém os tempos não interpretam a revelação. Todos os outros livros da Bíblia encontram-se e terminam no Apocalipse. Daniel é o livro que mais se aproxima do Apocalipse, mas ao profeta foi ordenado que fechasse o livro até o tempo do fim. Já ao apóstolo João, foi ordenado que revelasse o seu conteúdo, porque o tempo está próximo.

    De Jesus Cristo. Eis o autor da revelação. João é apenas o redator e o encarregado de anunciá-la. O próprio Cristo revela a sua segunda vinda e os acontecimentos que a precederão.

    A qual Deus lhe deu. O Pai revela a si mesmo e a sua vontade no Filho e pelo Filho.

    Para mostrar. Expressão coerente com o livro, que é um resumo das coisas futuras, próximas e distantes, grandes e pequenas, condenatórias e sal­vadoras. Todas essas coisas estão ligadas entre si, de modo que a adição ou subtração de uma palavra ou cláusula prejudicaria as verdades ensinadas.

    Aos seus servos. Não somente a João, mas a todos os servos do Senhor. Cristo deseja que eles pensem nas coisas do céu e as compreendam.

    Brevemente. Não significa que as coisas profetizadas acontecerão em breve, segundo o pensamento humano. Elas se cumprirão conforme o plano de Deus, para quem mil anos são como um dia. A abertura dos selos mostra que entre os acontecimentos existem períodos indeterminados de tempo.

    Pelo seu anjo as enviou e as notificou. O próprio Jesus enviou o seu anjo, porém este só aparece em 17.1. Antes disso, João recebe as informações da boca de um dos quatro animais (6.1) e de um dos anciãos (7.13). Note que é Jesus quem abre a Revelação.

    ² o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.

    Testificou. Embora a Palavra de Deus seja poderosa por natureza e pelo testemunho fiel que Cristo deu a respeito dela, Deus ainda a confirma pelo seu mensageiro.

    ³ Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

    Bem-aventurado. Uma bênção especial espera os que lêem, ouvem e praticam os ensinamentos contidos na profecia. É que os livros proféticos sagrados não consistem apenas de predições. À semelhança dos demais livros da Bíblia, contêm lições relativas à felicidade eterna do ser humano e à gloria do Eterno. Quem observa esses ensinamentos obtém grande recompensa.

    O tempo está próximo. Os acontecimentos profetizados e simbolizados podem demorar ainda algum tempo, porém hoje é o dia aceitável, o dia da salvação.

    João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono;

    João. Trata-se do apóstolo, porque nenhum outro escreveria sem mais explicação. Ele era o único sobrevivente dos apóstolos, a única testemunha viva do Senhor. Portanto, só o seu nome bastava para que fosse conhecido de seus leitores.

    Sete igrejas. Não que na região houvesse apenas sete igrejas. O número sete é empregado para representar a totalidade e a universalidade da Igreja, em todos os tempos e em todos os lugares.

    Na Ásia. Trata-se da Ásia governada por um procônsul romano e que abrangia a Frígia, a Mísia, a Cária e a Lídia.

    Graça e paz. A saudação apostólica daquele que é, e que era, e que há de vir.

    Daquele que é, e que era, e que há de vir. Expressão que indica o nome e a imutabilidade do Eterno. O Pai é um com o Filho. A expressão que há de vir aplica-se a ambos, embora seja mais diretamente aplicável ao Filho.

    Dos sete Espíritos. O Espírito Santo, em seu perfeito, completo e universal poder, e a sua relação com as sete igrejas: ele é um em essência e sete em sua influência divina.

    e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,

    Cristo é a fiel testemunha porque ele revelou todas as coisas (que ouviu do Pai) aos seus discípulos; porque ensinou o caminho de Deus em verdade, sem fazer acepção de pessoas; porque as verdades que ele ensinou por palavras foram confirmadas por milagres; porque Deus confirmou, aprovou e aceitou o trabalho dele na ressurreição e na ascensão; porque ele dará testemunho no último dia de toda a obra boa ou má que os homens praticarem; porque ele foi fiel na vida e na morte, assim como tem sido depois da morte.

    O primogênito dos mortos. Lázaro ressurgiu e morreu outra vez. Cristo, porém, ressurgiu para nunca mais morrer. A ressurreição de Cristo marca o cumprimento da profecia: Eu hoje te gerei. A filiação divina do Deus-homem foi desse modo confirmada e manifestada pelo Pai.

    O príncipe. Jesus rejeitou o reinado do mundo oferecido por Satanás, mas recebeu de Deus, através da cruz, o direito de reinar sobre toda a humanidade resgatada por seu sangue. O que os reis da terra conquistam pela força, por tempo limitado, Jesus conquistou pela morte e pelo amor, por toda a eternidade.

    Nos ama. Eis a poderosa razão da morte de Jesus. O amor do Pai, o amor do Filho e o amor do Espírito para com a humanidade decaída são a pedra fundamental das Escrituras e do cristianismo.

    Nos lavou. Refere-se ao resgate pago pela nossa salvação (Mt 20.28). Os sacerdotes lavavam-se antes de colocar os ornamentos com os quais ministravam no santuário. E os crentes, que são sacerdotes para Deus, devem lavar-se espiritualmente no sangue do Cordeiro, que os purifica das nódoas asquerosas do pecado, para então dispensar dignamente as bênçãos de Deus aos semelhantes.

    e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém!

    Os remidos constituem um sacerdócio real. Eles são reis para com os homens e sacerdotes para com Deus e reinam em virtude da santidade pessoal, cuja influência deve ser como a do Sol, (Mt 13.43) do sal (Mt 5.13) e da luz (Mt 5.14).

    A ele, glória... Esse é o louvor com que toda criatura deve honrar a Deus, em reconhecimento à soberania divina. E, por ele ser eterno, essa honra deve ser-lhe prestada eternamente.

    Amém! Significa assim seja. É a confirmação e a aprovação de algo que foi dito.

    Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!

    Quanto Jesus subiu ao céu, uma nuvem o recebeu e o ocultou. E, quando ele voltar, também será visto em uma nuvem (At 1.11).

    Todo olho o verá. A Segunda Vinda de Cristo será pessoal e visível a todos, até mesmo para os que o traspassaram, quer na crucificação, quer na continuação de seus pecados. Os não-crentes ficarão apavorados e se lamentarão por saber que o Juiz deles está chegando. Os que creram nele e o amam, porém, ficarão alegres, porque sabem que é chegado o seu Salvador.

    Sim! Amém! Tanto as promessas quanto as ameaças de Deus são imutáveis, quer para os judeus, quer para os gentios (não-judeus).

    Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso.

    O Alfa e o Ômega. São a primeira e a última letra do alfabeto grego. Em Cristo, o Gênesis — o alfa do Antigo Testamento — e o Apocalipse — o ômega do Novo Testamento — se encontram. O último livro apresenta o ser humano reconciliado com Deus, assim como o primeiro apresenta o ser humano inocente no Paraíso, desfrutando a doce presença do Criador.

    Que é... Cristo é um com Deus no presente, no passado e no futuro. Tal como o Pai, é onipotente e Todo-poderoso. Ele governa a Igreja, e o mundo não pode fugir aos seus propósitos.

    JESUS APARECE A JOÃO NA ILHA DE PATMOS E ORDENA-LHE QUE ESCREVA ÀS SETE IGREJAS DA ÁSIA

    Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo.

    O escritor cita o próprio nome, o que não faz nas epístolas nem no evangelho que escreveu. Mas, por humildade, não declara a sua qualidade de apóstolo.

    Companheiro na aflição, e no Reino. A aflição precede o Reino, assim como a cruz precede a glória. Em Jesus, conquistamos o direito às bênçãos celestiais e obtemos força para sofrer e perseverar até o fim.

    Estava na ilha chamada Patmos. João, exilado, bebe a sua porção no cálice do sofrimento de Jesus.

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