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Minhas Duas Vidas
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Minhas Duas Vidas
E-book112 páginas1 hora

Minhas Duas Vidas

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Sobre este e-book

Em Minhas Duas Vidas procurei evidenciar que a causa de uma doença psicossomática pode não estar relacionada com fatos vividos na vida atual. Para tanto, faço um breve relato da minha vida – episódios mais marcantes, considerados dentro do padrão da normalidade de uma vida em sociedade conforme conclusões de dois psicólogos, os quais não encontraram qualquer motivo que pudesse ser apontado como causador de distúrbios que afetaram a minha vida atual por um bom tempo.Com a regressão de memória, pude chegar às causas dos meus distúrbios e até aos motivos que ajudaram a explicar traços marcantes da minha personalidade, tais como caráter, preferências, reações e até mesmo posicionamento político. Não posso afirmar que consegui a cura, mas o fato é que, quando os sintomas se manifestavam, eu já sabia o motivo, etambém sabia que tais sintomas não poderiam causar a minha incapacidade ou tirar a minha vida. Dessa forma, tais sintomas desapareciam. Faz mais de oito anos que não sinto os desconfortos de uma síndrome do pânico ou depressão, sem me submeter a qualquer tipo de medicação, tudo graças à descoberta da causa, por meio da regressão de memória. 
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de abr. de 2017
ISBN9788583383482
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    Minhas Duas Vidas - Sidnei Garcia

    seguem.

    PRIMEIRA PARTE

    Minha vida atual à minha volta

    Numa sexta-feira dia 13 de maio de 1955, por volta das 14h, senti um grande incômodo. Estava em um ambiente fechado, sentindo-me apertado, com falta de ar, como se estivesse sendo imprensado e empurrado. Minha mãe havia começado a entrar em trabalho de parto e foi quando pediu alguém para chamar a parteira. Dona Laura era mãe de santo de um centro de umbanda que funcionava duas casas depois da nossa, onde meu pai tocava atabaque. Dona Laura, que estava incorporada com a Vovó Maria, conforme contou minha mãe, chegou acompanhada de duas pessoas e imediatamente começaram a providenciar a minha chegada. Senti um gosto horrível, uma claridade imensa, minhas narinas e garganta ardiam, sentia uma pressão muito grande nos ouvidos, e o peito parecia que ia explodir.

    Assim voltei, sem qualquer recordação nítida, com muito medo, sem saber de que e o porquê, apreensivo, sem noção de localização; por que estava ali e como havia chegado; não sabia de onde vinha e quem eram aquelas pessoas à minha volta. Mal conseguia abrir os olhos devido à claridade intensa, mas podia sentir a presença de quatro pessoas estranhas. Chorei durante muito tempo, mas depois comecei a perceber que, mesmo não conhecendo aquela gente, aquelas quatro pessoas tinham uma grande afeição por mim e estavam ali não para me fazer mal, mas para me proteger, e logo ao nascer fui batizado, pois o primeiro líquido que degustei foi vinho tinto. Tinha uma nova mãe, um novo pai, duas irmãs mais velhas, e antes que eu completasse 2 anos de idade ganhei uma nova irmã.

    Minha avó materna era filha de portugueses; meu avô materno era descendente de espanhóis com portugueses; minha avó paterna descendia de portugueses; e meu avô paterno, que não cheguei a conhecer, conforme informação da minha avó era descendente de um europeu – não sei de que nacionalidade – com uma índia. Segundo minha avó, meu avô teria deixado a tribo com 5 anos de idade, vindo morar na civilização, no estado da Bahia, não se sabe na companhia de quem.

    No começo, olhava para eles e achava todos muito estranhos: peles muito brancas, cabelos claros, olhos claros. Não demorei a perceber que meu pai tinha a pele mais escura que minha mãe e minhas irmãs, e que seus cabelos eram pretos. Com o tempo fui me esquecendo de tudo isso, lembrando-me somente de fatos marcantes, como acidentes, festas, brincadeiras e outros acontecimentos alegres ou tristes aos quais dava maior importância.

    A minha infância

    Com 5 anos de idade, tive febre alta, sem saber o motivo, pois naquela época o acesso a médicos era muito mais difícil que atualmente. Após dois dias sem conseguir ficar de pé, durante a noite, quando dormia no quarto das minhas irmãs, acordei com um homem em pé ao meu lado. Não tive medo porque ele me transmitiu uma paz muito grande, e, não sei de que forma, sentia que ele estava ali para me ajudar. Ele abaixou-se ao meu lado, porque eu dormia em uma esteira no chão, colocou a mão na minha cabeça, e aquilo me deu um conforto inexplicável; acabei dormindo e levantando-me no dia seguinte sem nada sentir. Não comentei nada com ninguém porque achava que não

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