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O segredo dos anjos
O segredo dos anjos
O segredo dos anjos
E-book168 páginas2 horas

O segredo dos anjos

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Sobre este e-book

Quanto tempo leva para um coração partido recuperar suas forças?
Quanto tempo temos quando não sabemos onde estamos e para onde vamos?
Cinco anos sem Renato, Marta buscava, todos os dias, forças para encontrar o caminho de volta. Ela tentava juntar os cacos que restaram da culpa que sentia pela morte do filho.
As escolhas que fizemos no passado, nos levarão para o futuro, mesmo que incerto.
Nos caminhos que Renato se perdeu, Marta encontrará as respostas que procura.
A vida voltará a sorrir novamente?
Tentando derrubar as barreiras que ela mesma levantou, Marta precisa se reencontrar como mulher e, principalmente, como mãe. A vida se abre a partir do momento que ela descobre dentro de si que a única saída é ser mais forte para vencer tudo, até ela mesma.
IdiomaPortuguês
EditoraEditora Wi
Data de lançamento17 de jan. de 2019
ISBN9788593931680
O segredo dos anjos

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    O segredo dos anjos - Augusto Luper

    Augusto Luper

    O segredo dos

    Anjos

    Copyright 2018 – by Augusto Luper

    Grafia segundo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida total ou parcialmente, por nenhuma forma e nenhum meio, seja mecânico, ou qualquer outro, sem autorização prévia escrita da Editora WI.

    Título

    O segredo dos anjos

    Capa

    Equipe Editora WI

    Revisor chefe

    Wagner Israel

    Projeto Gráfico

    Equipe Editora WI

    2018

    Editora WI

    Rua Faustolo, 1861 cj 84 – Lapa

    CEP 05041-001 – São Paulo – SP

    Telefone: (11) 2158-0120

    Agradecimentos

    Ao tempo, por todas as oportunidades que têm me permitido deixar meu espírito criativo livre, sempre pronto para cada inspiração e para transmitir tudo aquilo que é difícil falar.

    À Deus, que sempre nos concedeu o livre-arbítrio.Sempre à minha mãe e ao meu pai pela criação e pelas noites mal dormidas em que ficaram à minha espera.

    Às pessoas que indiretamente fizeram parte deste projeto: Luciana Silva Costa, Bruno M. Silva e Jair Romão.

    À Solange Silva que, por sua determinação, transformou seus dias de chuva em dias de sol e que, mesmo sem uma palavra, foi responsável para que tudo se tornasse verdade, pois somos parte de um todo.

    Sou fruto de minhas escolhas. Minhas escolhas são reflexos das oportunidades que abracei. ABRACE SUAS ESCOLHAS.

    In memória de meu pai Isidoro dos Santos...

    O tempo é apenas um espaço entre nossos corpos,mais quem amamos sempre permanecerá em nossos corações.

    A.Luper

    Prefácio

    O Silêncio dos Anjos

    Não é difícil nos perdermos em nossas escolhas e, com Renato, não foi diferente.

    Em O Silêncio dos Anjos, um jovem vive entre sua realidade e sua expectativa de uma vida normal, entre seus medos e suas escolhas. As dúvidas se alastram como ervas daninhas em sua mente. Dentro do seu mundo, onde seus segredos o aprisionavam em uma difícil decisão de eliminar sua dor, onde sua vida se transformava em um mar escuro e turbulento, entender a si mesmo foi só uma das partes em que sua vida se dividiu. Toda decisão tomada gera uma reação em cadeia. Nenhuma história se constrói sozinha, pois sempre há outra parte que nunca foi contada e que um dia vem à tona em meio a tantas coisas que acontecem. As atitudes que tomamos em nossas vidas se refletem nas vidas de outras pessoas. Somos ligados pelas nossas histórias.

    Mãe e filho tentam encontrar um caminho de volta do labirinto onde cada um entrou, mas, naquele momento, precisavam um do outro para sair dele. Marta tentava buscar respostas para as culpas que o tempo colocou, mas o tempo é implacável para quem não sabe onde está. Não nos perdemos em nossas escolhas, mas nos frutos que nascem delas no decorrer do tempo, tornando-nos eternamente culpados por elas. É necessário desamarrarmos os laços que nos prendem ao passado, afinal, o tempo pode não voltar, mas ele pode seguir normalmente como era antes. Marta sabia das dores de seu filho, porém, não conseguia curar a si mesma. Não entendia o porquê do afastamento dele. Esse isolamento a fez se afastar cada vez mais daquele que já estava dando sinais de que algo não ia bem.

    Renato construía seu mundo particular antes que ele desmoronasse. Precisava sair de lá com uma resposta para suas dúvidas em relação ao que fazer da vida. Ele já não entendia mais nada. Será que tudo aquilo que seu anjo lhe mostrava poderia não ser verdade? Saltou-lhe aos olhos a possibilidade de nada daquilo ser real. Seria um sonho? Seria apenas um detalhe de um pesadelo que não terminava e, então, sua vida continuaria assim que acordasse?

    Marta estava esperando Renato acordar. Cinco anos depois, a vida lhe chamava de volta. Ele não acordaria. Nada daquilo era um sonho, inclusive a dor do tiro que ele mesmo deferiu contra si após ter feito o que achava justo contra seus agressores, os quais, na verdade, foram tão vítimas quanto ele na espera de um diálogo que nunca veio. Renato adormeceu, e o diálogo nunca veio, de fato, para tirar o peso que estava em suas costas. Após certo tempo, o mundo se torna pequeno para suas dores, e o céu se torna pequeno para suas asas que, agora abertas, podem abraçar o mundo, porém mas que jamais podem alcançar a si mesmo. As asas de Renato eram agora infinitamente maiores do que sua dor e, para Marta, restava esperar que um dia acordasse, não o filho, mas ela mesma, para entender que sua dor não era fruto das escolhas dele. Somos únicos, porém, ao mesmo tempo, somos parte de um todo que se faz completo e pleno dentro da essência de cada um. Assim seria a espera de Marta: até que o silêncio dos anjos fosse quebrado.

    Introdução

    Cinco anos depois

    Existem perdas que jamais podem ser recuperadas, exceto em casos simples como um arquivo, ou um e-mail, no qual você acessa a página da lixeira e lá encontra o que se perdeu.

    Mas, e quando se perde uma vida que padeceu pelo tempo, e você sabe que esse tempo não vai voltar? Que bom seria se pudéssemos voltar no tempo , voltar os relógios e, assim, corrigir os erros e reviver nossos acertos tão marcantes. Melhor ainda seria se pudéssemos nos curar de toda a dor do passado, e revivermos a dor como forma de cura para nossas feridas.

    Passava das onze da manhã. Marta preparava o almoço quando o telefone tocou. Nesse momento, o tempo parou.

    Do outro lado da linha, a voz grave do diretor da escola anunciava o que havia acontecido. Era como se cada palavra dele fosse uma labareda de fogo que queimava seu corpo todo. Ela caiu ao chão. Na realidade, o desmaio era a negação do seu inconsciente em acreditar que aquilo fosse verdade.

    Marta sabia que sua dor não se curaria da noite para o dia. Uma noite de sono não traria as respostas para suas perguntas, pois estava fazendo as perguntas certas, porém em horas erradas. Sua vida agora consistia em lágrimas derramadas pela morte do filho, noites sem dormir, garrafas de bebidas consumidas para tentar amenizar sua dor e a falta que fazia a presença de Renato. Tentamos, a todo tempo, camuflar nossas dores e nossas lágrimas. Geralmente, as escondemos devido aos olhares de reprovação das outras pessoas que tendem a nos julgar. Entretanto, quem somos nós para julgarmos uns aos outros? Não percebemos que, por trás de uma história, sempre há outra que, talvez, não foi ouvida.

    Marta sabia que sua dor não poderia ficar escondida por muito tempo. Assim, iniciou uma busca pela sua verdade e também por sua cura. Mal sabia ela que, ao encontrar Melissa, descobriria que uma parte da história que não foi contada estava com ela. Descobriria novamente a vontade de viver. Reencontraria a verdade que precisa para seguir em frente e, através desta amizade, saberia que ainda existe vida mesmo depois de sua perda, e que suas dores podem ser transformadas em flores, percorrendo um novo caminho onde, antes, só havia espinhos. É na fraqueza que descobrimos nossa força interior para superarmos nossos próprios limites. Marta estava pronta para ir mais longe do já tinha ido, e uma jornada começa com o primeiro passo.

    Capítulo 1

    A descoberta / terapia

    Amanhã faz cinco anos. Meu coração ainda está dilacerado pela dor. Ele não só fazia parte da minha vida, mas era minha vida. Era parte de mim. Talvez não haja outro que complete esse vazio aqui dentro. Parece que foi ontem que eu estava fazendo o almoço naquela manhã em que a notícia chegou. Fecho meus olhos e as lembranças sempre insistem em bater à minha porta. Todas as manhãs, acordo esperando que tudo isso seja mentira, e que ele surgirá ao pé da escada para reclamar de algo. Mas sei que isso não acontecerá. Fecho meus olhos para ouvi-lo reclamando ou até mesmo cantando sua canção preferida no chuveiro. Carrego comigo toda uma história que acabou com a minha, mas sabemos que um coração ferido somente com amor se cura.

    Depois daquele dia, meus dias foram se tornando mais cinzas que o normal. É como se todos os dias se tornassem uma semana em uma só hora. Fechar os olhos já não faz mais sentido, pois tenho medo de lhe imaginar me olhando com aquele olhar perdido, o mesmo olhar que notei nos últimos dias. Eu deveria ter notado antes. As garrafas baratas de vodca já não satisfazem mais os meus sentidos como antes, pois não conseguem esconder minha dor. Cada gole do líquido me arrasta para o buraco psíquico no qual eu mal sabia que você também estava. Eu não deveria ter lhe abandonado. Estive lhe procurando por todos os lugares por onde passava, inclusive no parquinho onde você costumava ficar por horas. Mas tudo o que vi foi uma vaga lembrança. O que se mantém viva dentro de mim é a vontade de lhe encontrar de uma forma ou de outra. A saudade talvez seja uma das dores com a qual aprendi a conviver. Talvez eu pudesse ter feito diferente, talvez não fui uma boa mãe. Gostaria de fazer tudo diferente, como voltar no tempo e curar minhas feridas.

    Cinco anos! Meu coração dói como se cinco facas afiadas entrassem nele. A cada momento que olho sua foto, uma lembrança vem perturbar minha mente. Rezar não ameniza minha dor e nem trará você de volta! Quantas vezes, escondida, fui observá-losozinho naquele parquinho, olhando para o balanço com um olhar perdido. Eu ficava ali, lhe imaginando sentado e eu dando impulso para que você voasse cada vez mais alto, como um super-herói de TV, daqueles que nunca morrem. Também, inúmeras vezes, fui aos jogos de futebol. Em umas dessas vezes, senti que não era aquilo que você queria fazer, pois estava distante, talvez imaginando algo! Confesso que em todas as ocasiões eu estava bêbada, pois nunca fui forte o suficiente para superar minha dependência do álcool e encontrar tudo que perdi! As manhãs se tornaram incompletas. O café não tem mais o mesmo sabor. Os programas de TV não têm mais graça, mesmo porque você não está mais aqui para reclamar do volume alto. Aquela parede que você escolheu a cor não existe mais, pois o verde deixou seu brilho e se apagou, transformando-se em cinza, para sempre me lembrar de como foram meus dias nesses cinco anos sem você. E, hoje, procuro ajuda nas

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