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O Que Aprendi Com Pedro
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O Que Aprendi Com Pedro
E-book284 páginas3 horas

O Que Aprendi Com Pedro

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Sobre este e-book

A história de Pedro é emocionante e com ela nos identificamos muito. Na trajetória do apóstolo houve momentos de fé, dúvida, medo, deslizes, livramentos, enfim, tudo aquilo que nós também passamos em determinados momentos de nossa caminhada cristã. Com Pedro, aprendemos que a fé em Cristo Jesus é algo que vai crescendo no dia a dia. A partir do momento em que vamos conhecendo melhor quem é Jesus, nossa confiança nEle vai se consolidando cada vez mais e com isso vamos amadurecendo como cristãos. Autor do livro “O que aprendi com Maria”, Mattheus de Sousa Araújo nasceu em 1995 com distrofia muscular congênita (problema que o impossibilita de andar e de utilizar muito da força física) e durante a infância adquiriu uma escoliose (coluna entortou). No ano de 2003, passou a viver com ajuda de aparelhos e a se alimentar por sonda. Com isso, possui uma espécie de hospital em casa (home care) onde é acompanhado por enfermeiros, médicos e fisioterapeutas em domicílio.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de out. de 2016
O Que Aprendi Com Pedro

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    O Que Aprendi Com Pedro - Mattheus Araújo

    Sumário

    Sobre o autor

    Agradecimentos

    Introdução

    Capítulo 1

    Crer na palavra de Cristo

    Capítulo 2

    Jesus muda a nossa história

    Capítulo 3

    Deixar Cristo agir em nossa família

    Capítulo 4

    Só o Senhor tem palavras de vida eterna

    Capítulo 5

    Largar tudo por Jesus

    Capítulo 6

    Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo

    Capítulo 7

    Jesus quer que vivamos experiências sobrenaturais com Ele

    Capítulo 8

    Quando será a volta de Cristo?

    Capítulo 9

    Perseverança na oração e nas boas obras

    Capítulo 10

    Não podemos naufragar na fé

    Capítulo 11

    Devemos aceitar os desígnios de Deus

    Capítulo 12

    O Diabo quer nos peneirar como trigo

    Capítulo 13

    Jesus quer nos lavar

    Capítulo 14

    Realmente estamos firmes em Cristo?

    Capítulo 15

    Vigilância constante

    Capítulo 16

    Quem vive pela espada, morrerá por ela

    Capítulo 17

    Nós também já negamos Cristo

    Capítulo 18

    Jesus ressuscitou

    Capítulo 19

    Vá a Jesus. Ele te espera

    Capítulo 20

    Amamos Jesus?

    Capítulo 21

    Até na hora da morte devemos honrar o Senhor

    Capítulo 22

    Ter atitudes de um líder

    Capítulo 23

    Deixemos o Espírito Santo nos conduzir

    Capítulo 24

    Jesus vale muito mais do que ouro e prata

    Capítulo 25

    Façamos a obra de Deus da melhor forma possível

    Capítulo 26

    Sejamos canais de bênçãos na vida do próximo

    Capítulo 27

    Seremos perseguidos

    Capítulo 28

    Não devemos tirar lucro do Evangelho

    Capítulo 29

    Com Cristo, nem mesmo a morte é o fim

    Capítulo 30

    Que Cristo, e não nós, seja glorificado

    Capítulo 31

    Deus nos libertará

    Capítulo 32

    Cuidado com a hipocrisia

    Capítulo 33

    Conclusão

    O que aprendi

    com Pedro

    Mattheus Araújo

    © 2016 – Mattheus de Sousa Araújo

    Todos os direitos reservados.

    Revisão e editoração: Márcio Carvalho

    Martyria Editora

    contato@martyria.com.br

    Sobre o autor

    Autor do livro O que aprendi com Maria, Mattheus de Sousa Araújo nasceu em 1995 com distrofia muscular congênita (problema que o impossibilita de andar e de utilizar muito da força física) e durante a infância adquiriu uma escoliose (coluna entortou). No ano de 2003, passou a viver com ajuda de aparelhos e a se alimentar por sonda. Com isso, possui uma espécie de hospital em casa (home care) onde é acompanhado por enfermeiros, médicos e fisioterapeutas em domicílio.

    Agradecimentos

    Em primeiro lugar, agradeço a Deus por ter me permitido escrever o meu segundo livro, e logo após, a minha família, por tudo o que fizeram e fazem por mim. Agradeço também aos meus amigos, parentes e minha equipe de home care pela excelente assistência que me dão. Sem todos eles, eu não seria o que sou hoje e por isso sou muito grato a todos. Por fim, agradeço também ao editor Márcio Carvalho pelo trabalho realizado no meu primeiro livro e neste que, com sua ajuda, pude realizar (e estou realizando) o meu sonho de ter um livro de minha autoria publicado. Que Deus abençoe todos estes!

    Introdução

    De todas as figuras bíblicas, a pessoa de Pedro, assim como a de Paulo, são as que mais me fascinam. Suas histórias, ações, condutas, erros e acertos fazem com que nós nos identifiquemos (e muito) com eles. Suas histórias no ensinam muito.

    Como este livro trata das lições da vida de Pedro, o que tenho a dizer desta obra é que foi muito gratificante para mim redigi-la. Enquanto a escrevia, meditava em cada passagem e percebia que quase tudo o que a bíblia nos conta sobre o apóstolo é o que também vivemos ainda nos dias de hoje.

    Medo, fé, entrega, erros, acertos, decisões, perseguições, provações, humildade, experiências sobrenaturais, tudo isso Pedro sentiu e vivenciou durante toda sua missão. Sua história retrata bem o que é a vida cristã.

    Fiz o possível para, em cada capítulo, extrair o máximo de espiritualidade que pude. Espero que este livro, assim como a obra O que aprendi com Maria, venha a somar na sua vida cristã e te coloque em reflexão.

    Boa leitura e que Deus o abençoe!

    Capítulo 1

    Crer na palavra de Cristo

    Lucas narra, de forma detalhada, o encontro de Jesus com Simão, que mais tarde será chamado de Pedro (somente assim o chamarei neste livro). Esse encontro traz muitas lições para nós. Observe:

    Estando Jesus um dia à margem do lago de Genesaré, o povo se comprimia em redor dele para ouvir a palavra de Deus. Vendo duas barcas estacionadas à beira do lago, — pois os pescadores haviam descido delas para consertar as redes —, subiu a uma das barcas que era de Simão e pediu-lhe que a afastasse um pouco da terra; e sentado, ensinava da barca o povo. Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Simão respondeu-lhe: Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas por causa de tua palavra, lançarei a rede. Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade, que a rede se lhes rompia. Acenaram aos companheiros, que estavam na outra barca, para que viessem ajudar. Eles vieram e encheram ambas as barcas, de modo que quase iam ao fundo. Vendo isso, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus e exclamou: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. É que tanto ele como seus companheiros estavam assombrados por causa da pesca que haviam feito. O mesmo acontecera a Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus companheiros. Então Jesus disse a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens. E atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram. (Lc 5, 1-11).

    O texto que acabamos de ler é rico em espiritualidade. Diria até mesmo que é motivacional. Por quê? Primeiro porque a passagem nos dá testemunho da fé de Pedro que, embora tenha ele tentado durante toda a noite, sem sucesso, pescar (esse era o trabalho dele), pela fé na Palavra de Jesus lançou novamente as redes, obtendo agora êxito (e de forma abundante). E o outro motivo é em razão à convocação a Pedro para o apostolado, mostrando assim que Cristo pode se utilizar de pessoas simples para fazer coisas grandiosas (no caso aqui, evangelizar).

    É bonito de ver também que Pedro, diante da graça de Cristo, reconhece sua pequenez ao presenciar tal prodígio realizado por Jesus. Assim também nós, diante das maravilhas de Deus, nos sentimos: pequenos. O agir de Deus nos põe a refletir o quanto somos incapazes de vivermos pelas nossas próprias forças e capacidades. Sem Deus, tudo é mais difícil.

    Assim como a Palavra de Cristo auxiliou a pesca de Pedro, da mesma forma, se permitimos, ela auxiliará a nossa caminhada cristã. A Palavra de Deus é fonte de vida para nós. Como a bíblia diz, Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. (Sl 119, 105).

    O que nos impede de vivermos de modo autêntico a Palavra de Deus é a nossa incredulidade que faz com que nós, muitas vezes, duvidemos da Palavra. Pedro, se tivesse agido com incredulidade à ordem de Jesus, nem teria se dado ao trabalho de lançar às redes ao mar, já que havia feito isso a noite inteira em vão. E, consequentemente, é provável que este nem teria sido chamado ao apostolado.

    Precisamos dar testemunho de nossa fé com a vida, não somente com palavras. Pedro creu, e sua fé foi honrada. Se crermos sem vacilar, também nós seremos honrados. As Sagradas Escrituras nos dão tantos exemplos de homens e mulheres que foram honrados pela sua fé, tornando-se modelos a serem seguidos por nós hoje. Tais como Abraão, José (filho de Jacó), Moisés, Josué, Ana, Sansão, Maria, Isabel e muitos outros. Todos esses, mesmo em momentos difíceis, não vacilaram na fé.

    Por esta e por outras razões, devemos ler com frequência a bíblia para que nossa fé seja fortalecida com tantos testemunhos belos. As Sagradas Escrituras são, literalmente, um alimento para nossa alma. É lá (e claro, também nos sacramentos) onde encontramos consolo, forças, onde discernimos como anda a nossa vida cristã e o que falta para nós. Resumindo, é como se a bíblia fosse um aparelho GPS de vida para nós.

    Também devemos notar, algo que talvez possa passar despercebido, o modo como Pedro respondeu ao chamado de Cristo. E atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram (Lc 5, 11). Diante do chamado de Jesus, Pedro e os seus largaram tudo e o seguiram. Pedro não pensou duas vezes em seguir a Cristo, diferentemente de nós hoje que arrumamos mil e uma desculpas para não estarmos com Jesus (usando como pretexto o trabalho, os estudos, o clima, a casa, pessoas, etc.).

    Amado, assim devemos fazer, nos entregarmos totalmente a Jesus. Precisamos largar nossas redes, simbolizando aqui os nossos apegos. O que nos impede hoje, de abraçarmos um compromisso com Cristo? As nossas paixões? Nossa busca desenfreada pelo dinheiro? Talvez um sentimento de incapacidade? Seja o que for, precisamos vencer esse obstáculo antes que sejamos vencidos por ele.

    Dentre as tantas parábolas que Jesus contava, há algumas que tratam da renúncia: "O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. (Mt 13, 44). E também: O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra." (Mt 13, 44).

    De fato, o Reino dos Céus é o tesouro mais precioso que podemos possuir. Não tem dinheiro, prazeres, pessoas, situação que seja mais valiosa do que a nossa salvação. O que Jesus fez e faz por nós, para que possamos sonhar com o céu, não tem preço. Nada pode nos tirar a eternidade. Nada.

    Amado, Jesus te propõe hoje a largar as redes que te seguram e quer fazer de ti pescador de homens. Não há nada mais gratificante do que você poder contribuir com a obra de salvação de Deus. Você poder falar do Evangelho àqueles que hoje não encontram forças para enfrentar seus problemas, não estão mais com ânimo para viver, ou ainda quando a morte bate à porta. É uma satisfação enorme poder reavivar a fé dessas pessoas. Pois, como diz Isaías: Como são belos sobre as montanhas os pés do mensageiro que anuncia a felicidade, que traz as boas novas e anuncia a libertação, que diz a Sião: Teu Deus reina! (Is 52, 7).

    O livro dos Atos dos Apóstolos mostra como Pedro se tornou um evangelizador ousado e através dele muitos pagãos se converteram ao Cristianismo. Tudo isso graças à liberdade que Pedro deu ao Espírito Santo de agir livremente nele. Precisamos fazer o mesmo, irmãos, e deixar o Espírito Santo conduzir as nossas ações sem resisti-lO.

    Quantos hoje estão sobrecarregados pelo trabalho e por isso não podem assumir um compromisso na Igreja (como dar catequese, ser ministro da Palavra ou da Eucaristia, cantar, tocar, pregar, etc.). É trabalho, escola, família, casa, tudo isso, muitas vezes, toma o lugar de Deus na nossa vida (ou seja, tornando-se prioridade).

    Isso me lembra a parábola da grande festa contada por Jesus em Lucas 14, 16-24: Um homem deu uma grande ceia e convidou muitas pessoas. E à hora da ceia, enviou seu servo para dizer aos convidados: Vinde, tudo já está preparado. Mas todos, um a um, começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um terreno e preciso sair para vê-lo; rogo-te me dês por escusado. Disse outro: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te me dês por escusado. Disse também um outro: Casei-me e por isso não posso ir. Voltou o servo e referiu isto a seu senhor. Então, irado, o pai de família disse a seu servo: Sai, sem demora, pelas praças e pelas ruas da cidade e introduz aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Disse o servo: Senhor, está feito como ordenaste e ainda há lugar. O senhor ordenou: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga todos a entrar, para que se encha a minha casa. Pois vos digo: nenhum daqueles homens, que foram convidados, provará a minha ceia. Tomemos cuidado, pois pode ser que o Senhor esteja nos chamando para sua grande festa e nós estamos dando desculpas para não comparecer (veja também Is 55, 6).

    A fé e a disposição de Pedro permitiram que ele vivenciasse experiências sobrenaturais, tais como: a pesca milagrosa (que é a base deste capítulo), a cura de sua sogra (Mt 8, 14-15), a figueira seca (Mc 11, 12-14. 19-24), a ressurreição de Cristo (Lc 24, 12), sua libertação da prisão (At 12, 1-12), e tantas outras experiências maravilhosas que Pedro presenciou.

    Com fé e disposição para buscar a face do Senhor, sua história também será marcada pelo sobrenatural. Até hoje vemos, através dos testemunhos que nossos irmãos dão na Igreja, que Deus continua sendo o mesmo que é relatado na bíblia. Ou seja, continua realizando o impossível na vida daqueles que creem.

    Não há espaço para dúvidas; não há lugar para o medo: somente aqueles que crerem cem por cento na ação de Deus a verão. Como a própria Sagrada Escritura nos atesta, ou melhor, como o próprio Cristo garantiu aos seus discípulos ao falar da figueira seca (comentarei essa passagem no capítulo 9 deste livro), Em verdade vos declaro que, se tiverdes fé e não hesitardes, não só fareis o que foi feito a esta figueira, mas ainda se disserdes a esta montanha: Levanta-te daí e atira-te ao mar, isso se fará. Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis. (Mt 21, 21-22).

    Que bela lição Pedro nos deu! Um homem tão simples como ele demonstrar uma fé tão forte, grande e viva. Como eu havia escrito no terceiro parágrafo deste livro, isso (o fato de que era uma pessoa comum) mostra que basta você ter fé e disposição para que Deus se utilize da sua pessoa (mesmo ela sendo imperfeita) para ir ao resgate de outros (como no caso de Pedro que, com sua fé, se tornou apóstolo do Senhor e evangelizou muitos pagãos).

    Por fim, encerro este capítulo da mesma forma que terminava cada capítulo do livro O que aprendi com Maria: com uma oração. Peçamos a graça de Deus para que possamos nos desprender de tudo aquilo que nos impede de assumirmos um compromisso maior com Ele e assim podermos colaborar com a propagação da evangelização. Vamos lá?

    Senhor, não deixe que meu trabalho, minha casa, minha família, meus estudos me impeçam de fazer a Tua obra, Pai. Que nada tire meu foco da missão que Vós me destes, Senhor. Dai-me a graça de poder corresponder ao Teu chamado, Senhor. Que eu possa, para a Tua honra e glória, cumprir a missão que me foi confiada. Por Jesus Cristo, Senhor nosso, amém.

    E atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram (Lc 5, 11).

    Capítulo 2

    Jesus muda a nossa história

    Ao chamar Simão para o apostolado, Jesus mudou seu nome para Pedro (ou seja, pedra, rocha). Naquele tempo, o nome trazia a essência daquela pessoa. Então, ao colocar o nome de Pedro, Cristo ali era como quem dizia: agora você não será mais uma pessoa volúvel, inconstante, e sim alguém firme, consistente.

    Além disso, para quem está familiarizado com as Sagradas Escrituras, especificamente com o Antigo Testamento, sabe que quando Deus mudava o nome de alguém, era porque Ele estava dando àquela pessoa uma importante missão (alguns exemplos: Abrão passou a ser Abraão, pois sua descendência iria se tornar uma nação. Gn 17; Sarai, mulher de Abraão, passou a ser chamada de Sara (pois iria gerar os descendentes de Abraão. Gn 17, 15-16; e Jacó, que se tornou Israel — embora seu nome tenha sido mudado por outro motivo (Gn 32, 27-28), ele já tinha uma missão). Nem é preciso dizer qual foi a missão de Pedro, né?

    O que podemos tirar disso, creio eu, é que Deus não quer mudar apenas o nosso nome, mas também a nossa história, a nossa vida atual. Perceba que todas as pessoas que tiveram seus nomes mudados por Deus viram suas vidas transformadas de tal modo, que se tornaram modelos de fé para nós.

    O poder de Deus de modificar vidas, reescrever histórias, ressuscitar sonhos, é algo maravilhoso. Aqueles que permitiram que Deus reconstruísse suas vidas (me refiro às pessoas dos dias atuais) são testemunhas de que o Senhor pode fazer coisas grandiosas em nós, contanto que permitamos.

    Quantos testemunhos vemos por aí, de ex-bandidos, ex-prostitutas, ex-drogados, ex-alcoólatras que foram restaurados pela força da Palavra de Deus e dos Sacramentos. Basta querer, se dispor, que Deus agirá na nossa história (e isso de forma visível a todos). É uma pena que muitos, inclusive cristãos, não permitem que a Palavra e os Sacramentos penetrem no fundo da alma e produza ali frutos concretos.

    Deus nos deixou todos os meios necessários para buscá-lO (como a Igreja, as Escrituras, os Sacramentos), só depende de nós. O relativismo religioso tem afastado muitos cristãos de bênçãos e de viverem uma experiência profunda com Cristo. Isso pode custar caro lá na frente.

    Pedro fez jus ao nome dado por Cristo: foi consistente (com exceção, é claro, do episódio de sua negação), firme na fé, perseverante, confiante em Deus e muitas outras qualidades que ele demonstrou em seu apostolado. Hoje em dia são poucos os cristãos perseverantes, aqueles que estão firmes em sua fé.

    Quantos católicos não vemos por aí inconstantes, sendo movidos por qualquer vento de doutrina e ainda saem falando mal da Igreja. Ou, pior ainda, um dia está na Missa e no outro frequentando outra religião (o que é errado, assumir duas doutrinas, pois, logicamente, uma irá contradizer a outra). No primeiro caso até compreendo, já que o sujeito evidentemente não conhecia a fé católica de forma profunda (pois se conhecesse, jamais sairia), mas o segundo caso mostra que esta pessoa ainda não decidiu o que seguir.

    Busque o conhecimento de Deus, amado, não caia nas armadilhas de Satanás. Seja firme naquilo que você verdadeiramente acredita. Estude o catecismo, a bíblia, a patrística, os documentos da Igreja, mas não pratique nenhuma religião sem conhecê-la. É a sua salvação que está em jogo.

    É lamentável que a maioria dos católicos não lê a bíblia, não fazem perguntas ao sacerdote sobre a doutrina da

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