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A desconstrução do pensamento
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A desconstrução do pensamento

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Sobre este e-book

O ser humano é doutrinado, desde a infância, à interpretar a realidade que lhe é apresentada, à se comportar conforme as condutas sociais. Tudo que aprendemos, observamos e experimentamos durante nossa infância e juventude nos marcaram para toda nossa vida, como hábitos, crenças sociais e familiares, carregamos os sentimentos e lembranças para todos os momentos e, desta forma, construímos nossa cultura.
Somos formatados para pensar e agir conforme o meio social que vivemos, nossos pensamentos são construídos para seguir um caminho comum, mesmo que não seja normal. Crenças, superstições, hábitos, religião, política, profissão, relacionamentos, felicidade, morte, sentimentos bons, sentimentos ruins, tudo faz parte de um pacote pré-definido, que somos obrigados à escolher, que somos obrigados à entender como certo ou errado.
Temos dificuldades de viver em sociedade, nos achamos corretos e criticamos nossos semelhantes por pura ignorância. Olhamos em demasia para nós mesmos e esquecemos do bom convívio social, esquecemos do bem comum, esquecemos dos bons sentimentos. Os atos são inerentes a cada pessoa, assim com as consequências, e no fim lamentamos essas consequências, que são frutos das nossas escolhas.
Somos Seres racionais, mas nem sempre agimos com racionalidade, somos aptos para culpar, para agredir, para mentir, para julgar. Muitas vezes, nos achamos no direito de fazer e de falar e não percebemos que não temos nem a capacidade de escolher algo construtivo, e nem percebemos, que alguém escolheu por nós, que nossos pensamentos e atos são direcionados por influência dos meios, pela nossa irracionalidade, por uma ignorância que não enxergamos, mas continuamos achando que estamos certos.
Precisamos ser mais justos, com nós mesmos e com nossos semelhantes, precisamos cultivar boas relações e entender que o problema vem de si, de cada um, de cada mente, de cada ato. O pensar é uma obra que cresce junto com o ser humano e nela se desenvolve tudo o que julgamos verdade. Cada um tem a resposta de si, e lembre-se sempre, a conclusão é sempre sua.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento1 de nov. de 2018
ISBN9788554546434
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A desconstrução do pensamento - Mateus Pizetta

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Prefácio

Não sou pesquisador, psicólogo e nem mesmo realizei um estudo sobre o tema. Simplesmente quero debater fatos e comportamentos que observo na sociedade, de mim mesmo e no dia a dia do ser humano. Não tenho a intenção de estar certo e nem pretendo impor uma razão ou verdade, somente quero deixar uma reflexão sobre o convívio social, os comportamentos, os relacionamentos, as condutas e os hábitos, crenças, superstições, que são sempre questionáveis, com interpretações extremas em qualquer que seja o assunto.

Não pretendo criar um novo conceito, mas se conseguir criar uma reflexão, por menor que seja, por mais superficial que seja, por um pequeno assunto, me darei por satisfeito, pois terei plantado algo de bom, eu acredito. A melhor forma disto acontecer, é se eu for questionado, contrariado, aceito, entendido, debatido, ou seja, qualquer sentimento que gere um pensar à frente da simples ofensa ou da indiferença.

Ao ler este livro, se você não concordar, em parte ou todo, com o que está declarado, significa que atingi meu objetivo e, se ao ler, você concordar, em parte ou todo, significa que atingi meu objetivo também. Independentemente do seu sentimento, qualquer reflexão é o que importa.

Pode parecer contraditório, mas propor a desconstrução do pensamento remete a refletir e a repensar sobre coisas que você julga como certo ou errado, fatos formatados durante sua vida, coisas que você faz e nem sabe o porquê, coisas que não estão de acordo com o que você defende atualmente, coisas que você não comunga, que não aceita, que não entende, e que, bem ou mal, estão arraigadas no seu subconsciente.

O termo desconstrução não é uma sugestão para que você esqueça tudo que aprendeu, seus hábitos e suas crenças, a proposta é que você e cada ser humano, simplesmente, considere outras alternativas, aceite outros parâmetros, reflita sobre seu comportamento e sobre seu pensamento e, principalmente, busque novos conceitos, novas ideias e respeite tudo que estiver contra seus conceitos. Precisamos de consenso, de compreensão, a afinidade de ideias e atos constrói uma sociedade mais rica, em todos os sentidos. Não estou dizendo que devemos aceitar e concordar com tudo, devemos, antes de tudo, respeitar e compreender as razões e as emoções alheias, ouvindo diferentes pontos de vista e expondo nosso entendimento do fato.

Jamais será possível entender os motivos alheios sem entender suas razões ou suas emoções. O verdadeiro perigo está em julgar-se com a razão e não aceitar nada diferente de você mesmo.

Quero propor aqui uma reflexão, porque também quero, mais que tudo, desconstruir meus pensamentos.

Introdução

As coisas que aprendemos, observamos e experimentamos durante nossa infância e juventude nos marcaram para toda nossa vida, como hábitos e crenças sociais e familiares, carregamos os sentimentos e as lembranças para todos os momentos e, desta forma, construímos nossa cultura. Podemos debater por longo tempo o termo cultura, porém, acredito, que a cultura é fruto da filosofia de vida e das vivências. Nossas crenças são construídas através destas vivências e, no final, a chamamos de experiência.

Muito usual, em um determinado momento da vida, a frase: na minha época, muitos dizem, diante desta declaração, que estamos ficando velhos ou vivendo do passado, são as lembranças que nos acometem para definirmos hoje, uma situação da qual presenciamos anos atrás. O termo na minha época significa que nosso conceito é formatado e definido conforme nossas crenças, nossas experiências, o que aprendemos com nossos pais e com o meio social, e damos o fato por certo ou errado baseado nesta experiência.

A palavra experiência está colocada aqui para descrever sobre as relações de vida e tempo e não necessariamente de aprendizado, mas esta é outra questão.

Talvez a cultura mais arraigada na sociedade, com os paradigmas mais formatados e definidos ao longo da história, seja a religião.

O medo de uma força maior, que julga e pune, determinou as regras de muitos povos durante séculos, cada um com sua crença, com seus hábitos, mas todos, dentro de uma conduta, à sua forma, direcionada pelas leis estabelecidas, com pouco entendimento, mas muito respeito.

As escolhas físicas e pessoais baseadas nas doutrinas religiosas, condutas e isenções, comportamentos que transcenderam gerações, sem questionamento, sem a devida tratativa, se configurando na verdade absoluta, regendo as leis, muitas delas de Estado.

Impressiona a profundidade destas crenças, das definições impostas sobre determinada ação, que não deve ser cometida em nome de Deus, segundo o homem.

Não estou defendendo aqui a não religião, apenas dissertando sobre uma das relações mais fortes e importantes que há na humanidade, e é inegável sua contribuição para a evolução social.

Outro assunto que vem acometendo a sociedade brasileira nos últimos anos é a política, mais precisamente, os políticos.

Diferentes conceitos e ideologias tomaram conta das discussões nas ruas e na internet, pessoas se ofendendo por uma causa sem distinção, ideias obsoletas e muita intolerância.

Política e religião são assuntos muito intensos, que geram muitos pontos de vista, porém, as discussões vão além destes dois temas, até mesmo situações cotidianas, familiares, pessoais e com vários níveis de importância, o extremismo ao lidar com estas situações impede um consenso e um direcionamento sobre qualquer assunto, fato que nos impede de enxergar melhor a situação ou entender como contribuir com melhorias para a sociedade e para si mesmo.

Vamos discutir comportamentos, crenças, hábitos, superstições, amizades, atitudes, sentimentos, que parecem estranhos para uns e normais para outros, hábitos que adquirimos durante a vida, situações corriqueiras que podem ser divertidas e outras estressantes, fatos que uns levam muito a sério e não passam de diversão para outros. Esse diversificado conglomerado de dúvidas e certezas que chamamos de ser humano.

Capítulo I

O Ser (ir)racional

O ser humano é racional, ou deveria ser, parece que lutamos contra a evolução. Tivemos avanços tecnológicos incríveis nos últimos anos, apoiados por descobertas e invenções, muitas delas, de outras épocas. O homem sempre buscou algo desconhecido, sempre buscou criar mecanismos que agregassem melhorias na vida social, porém algo ficou para trás. A tecnologia caminhou a passos largos, criada por uma inteligência única, apresentada por pessoas que buscaram esta inovação e, em pleno século XXI, apresentamos uma falta de inteligência, uma falta de inovação para muitos outros assuntos.

Ainda temos dificuldades de viver em sociedade, de nos agruparmos por um bem comum, de entender as fraquezas alheias, de termos bons sentimentos e enfrentarmos nossa culpa diante dos erros. Ainda julgamos e não perdoamos os erros alheios, ainda somos egoístas, violentos e possessivos. Ainda nos diferenciamos por classe e outras definições criadas por nós mesmos. Vivemos de altos e baixos, tanto para propriedades materiais, intelectuais, espirituais e morais.

É hora de seguir, de caminhar e buscar novos conceitos, de viver para si e para o mundo, com um olhar mais digno sobre todos, mais humano, entendendo o básico: "Quando todos ganham, eu também sou vencedor".

Você é alguém?

O ser humano nasce e começa a crescer, e com ele todos os sentimentos, as razões ou a falta delas.

Em um momento é criança, noutro é adulto, envelhece e, como dizem, volta a ser criança. Voltar a ser criança?

Voltar significa regredir, retroceder, quem volta anula o progresso. Uma criança é esperta, ágil e racional, quem volta a ser criança, não regrediu, progrediu, então não voltou.

As transformações da mente identificam o Ser, porém o Ser não se identifica com suas transformações.

Temos que aceitar as transformações e fazer parte delas. O pensar é uma obra que cresce com o ser humano e nela se desenvolve tudo o que julgamos verdade. O progresso é inevitável, o julgamento é distorcido e conflitante.

Desta forma, poderíamos resumir a vida humana, mas seria insignificante, afinal,

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