Domine a depressão e outras negatividades
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Domine a depressão e outras negatividades - Marcos Pinheiro
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Prefácio
Inicialmente, é obrigatório se fazer uma distinção entre as obras de autoajuda que são, de fato, sérias e, os livros chamados de autoajuda, mas que apresentam pouca consistência.
Em "DOMINE A DEPRESSÃO E OUTRAS NEGATIVIDADES" estamos diante de um texto denso, honesto e bastante esclarecedor.
Com uma escrita bastante corrente, o texto aborda as mais variadas óticas da depressão. A propósito, é muito interessante o fato de que o autor tenha desenvolvido o livro justamente durante a fase em que sofria de depressão – num período mais agudo. É isso que ele mesmo declara, mas que, bem ao contrário, acaba demonstrando que sua força interior para superar o mal, foi e continua sendo realmente poderosa. Dentre outros motivos, é a partir disso que sua experiência resulta valiosa para o leitor.
Para aqueles que pretendem conhecer o que é essa doença ou que precisam assistir alguma pessoa próxima que esteja deprimida, o texto apontará diversas linhas de conduta. Mas, para quem esteja verdadeiramente sofrendo de depressão - essa terrível e devastadora doença -, "DOMINE A DEPRESSÃO E OUTRAS NEGATIVIDADES oferece, entre outras, uma enorme vantagem: embora as ideias do autor, por vezes, sejam mais articuladas, da maneira como são colocadas no texto, consegue tornar a leitura extremamente
ligeira", de modo a conquistar os mais diversos públicos – particularmente aqueles que se sentem sem ânimo para absolutamente nada.
Sobre os temas selecionados pelo autor como fundamentais, vale dizer que, como autor de ‘primeira escrita’, o fez com toda a sabedoria. O livro parte da questão do ‘reconhecimento’ de que se está sofrendo de uma gravíssima doença. E é indiscutível que essa é a premissa para a tomada de quaisquer medidas, sendo claro que tanto aquele que padece de depressão, como as pessoas mais próximas precisarão - cada qual em sua posição - unir enormes esforços para combater o mal.
Conforme expõe, é absolutamente necessário o tratamento psiquiátrico e psicoterápico. Na verdade, ambos funcionam como se fossem os dois lados de uma moeda – são interdependentes.
O autor, na linha de sua experiência e pesquisa, também aposta que a fé e a espiritualidade possam contribuir significativamente para a melhora do paciente.
Adiante, desenvolve os assuntos ligados a mudança de hábitos (habitus), demonstrando que a substituição dos hábitos nocivos pelos saudáveis resultam numa revolução na vida das pessoas.
E ainda, de forma original, o autor sugere que a Programação Neurolinguística também deva entrar no roteiro da recuperação da pessoa deprimida.
Por último, o livro aponta uma importantíssima questão, qual seja, a do Ativismo Político no sentido de que os governantes (em todas as esferas, municipal, estadual e federal) precisam enxergar a gravidade dessa doença, investindo muito mais recursos para que se possa dar cabo dos milhões de cidadãos que restam sem qualquer tipo de tratamento e que, assim, acabam sofrendo os pavorosos sintomas da depressão.
Parece que, somente quem já sofreu seriamente de depressão ou quem já cuidou de perto de um paciente, é que tem noção do quanto essa doença é arrasadora.
Mauro Trexler Mourão.
Capítulo Um
Reconhecer é o começo
"Não sei se sou um homem bom ou ruim
Não sei se sou alguma coisa em fim
Não sei mais o que tirar de mim
Prá você, só prá você, meu amor
(…) Reconhecer é aprender, meu amor"
(Você não Sabe Quem Eu Sou
- Ira!)
A pior Tortura que podemos passar nessa vida é o ato de torturar a si mesmo. Você já notou quantas vezes ao dia passamos nos torturando? Quantas vezes durante um dia somos duros com nós mesmos, como se só tivéssemos falhas, como se nós só cometêssemos erros e caímos em pensamentos negativos. Esquecemos até mesmo dos acertos. Pois, certamente, aconteceram coisas boas neste dia. Mas só nos permitimos aos erros, falhas e momentos ruins do mesmo. E ao lembrarmos de cada acontecimento, cada falha que fizemos, imediatamente corremos