Não me envergonho do Evangelho

De Sociedade Bíblica do Brasil e Guilherme Ribeiro

Evangelizar pode parecer um desafio assustador para muitas pessoas. Mas nada é tão natural a uma pessoa solidária quanto dividir com as outras o bem que tem experimentado.

Vamos ver o que Jesus falou sobre essa missão, e como Paulo e as igrejas a quem ele escreveu lidavam com essa importante tarefa que é tão necessária e própria à vida cristã.

• Idioma: Português
• Editora: Sociedade Bíblica do Brasil
• Data de lançamento: 17 de abr. de 2015
• ISBN: 9788531114144

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Capítulo 1

EU NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO, POIS ELE É O PODER DE DEUS PARA SALVAR TODOS OS QUE CREEM…

(Romanos 1.16)

NÃO ME

ENVERGONHO

Do que você se envergonha? O que é motivo de embaraço para você? São coisas boas ou ruins? Você se envergonharia de ganhar as Olimpíadas? Ou será que se envergonharia de ser curado de um câncer? E do que você não se envergonha? Poderíamos até perguntar: do que você se orgulha?

Se vergonha é algo que está ligado a ser aprovado e aceito por alguém, refletir sobre aquilo que nos envergonha revela de quem esperamos aprovação. Para quem você vive? Por quem você quer ser aprovado?

O Evangelho de João narra um episódio interessante. Jesus muda sua rota e decide entrar numa terra hostil, Samaria, e vai ao encontro de uma mulher que tinha todos os motivos para viver envergonhada. Ela já havia sido casada cinco vezes (e isso é muito em qualquer cultura!). Naqueles dias, ela vivia com um homem que nem seu marido era.

Tamanha devia ser a vergonha daquela mulher que Jesus a encontrou no poço por volta do meio-dia. Àquela hora, era provável que ninguém fosse ao poço. O clima era muito seco, quente, e fazer aquele esforço enorme para tirar água na hora do almoço era impensável. As pessoas faziam isso mais cedo ou mais tarde.

Provavelmente a mulher ia ao poço naquele horário para não ter de enfrentar o olhar pesado das pessoas daquela comunidade, seus comentários sobre sua vida moralmente duvidosa. Ela devia ter vergonha de seu passado e de seu presente. E, além disso tudo, ela era uma mulher em um contexto cultural onde só os homens tinham vez e voz. Ela não tinha nada a seu favor.

Então, ela encontra Jesus. E Jesus oferece a ela uma água que não é resultado do seu esforço e que a saciará permanentemente. Mais do que isso, Jesus oferece a ela essa água mesmo sabendo sobre o seu passado e seu presente vergonhosos. Veja