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Quando a fé se torna social
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E-book48 páginas44 minutos

Quando a fé se torna social

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Sobre este e-book

O desafio não deve ser como "usar" bem a rede, como frequentemente se crê, mas como "viver" bem nos tempos da rede. A rede não é um novo "meio" de evangelização, mas um contexto no qual a fé é chamada a se exprimir.
para mim, a partir das múltiplas respostas que recebo.
Consequentemente, hoje a coisa mais importante não é tanto dar respostas. Todos dão respostas! É importante, ao contrário, reconhecer as perguntas significativas, aquelas fundamentais. E assim fazer com que em nossa vida reste uma abertura, que Deus ainda possa falar conosco.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de abr. de 2016
ISBN9788534943697
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    Quando a fé se torna social - Antonio Spadaro

    Tecnologia espiritual

    O homem do século XX é o homem da rede, sempre conectado e sempre em comunicação. E ele — como sempre na história — modelou a tecnologia à sua imagem e semelhança. De certo modo, a tornou espiritual.

    A Igreja sabe muito bem disso, e não é de hoje. Um momento crucial dessa compreensão espiritual das novas tecnologias foi a promulgação do decreto do Concílio Vaticano II Inter mirifica, em 4 de dezembro de 1963, que começa assim: Entre as maravilhosas invenções técnicas que, sobretudo nos nossos dias, o engenho humano, com a ajuda de Deus, tratou de criar, a Madre Igreja acolhe e segue com especial cuidado aquelas que mais diretamente dizem respeito ao espírito do homem e que abriram novos caminhos para comunicar, com a máxima facilidade, notícias, ideias e ensinamentos de todo gênero.

    Poucos meses depois, em 1964, Paulo VI, dirigindo-se ao Centro automazione dell’ Aloisianum di Gallarate, usou de palavras a meu ver proféticas e de uma beleza desconcertante. Num momento em que já existiam os primeiros grandes computadores, mas o PC, o smartphone e, sobretudo, a internet estavam ainda além de qualquer imaginação, aquele Centro estava elaborando, no computador, a análise eletrônica da Summa Theologiae, de São Tomás de Aquino, e do texto bíblico. Àqueles padres cientistas o papa Montini dizia:

    A ciência e a técnica, mais uma vez irmanadas, nos ofereceram um prodígio e, ao mesmo tempo, nos deixam entrever novos mistérios. Mas isso que nos basta […] deve-se notar como esse moderníssimo serviço se põe à disposição da cultura, como o cérebro mecânico vem em ajuda do cérebro espiritual, e quanto mais este se exprime na sua própria linguagem, que é o pensamento, mais aquele parece gostar de estar na sua dependência. Vocês não começaram a aplicar esses procedimentos no texto da Bíblia Latina? E que acontece? Por acaso é o texto sagrado que é rebaixado aos admiráveis jogos, mas mecânicos, da automação, como um texto insignificante qualquer? Ou não é esse esforço de infundir em instrumentos mecânicos o reflexo de funções espirituais, que é enobrecido e elevado a um serviço que toca o sagrado? É o espírito que se torna prisioneiro da matéria, ou não é a matéria que é domada e obrigada a executar as leis do espírito, que oferece ao próprio espírito um sublime obséquio? É nesse ponto que o nosso ouvido cristão pode ouvir os gemidos, dos quais fala Paulo (Rm 8,22), da criatura natural que aspira a um grau superior de espiritualidade?[1]

    O papa sente que partiu do Homo technologicus um gemido de aspiração num grau superior de espiritualidade. O homem tecnológico é igualmente o homem espiritual: se isso era verdade em 1964, é mais verdade ainda hoje, num mundo transformado numa rede

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