História da África e afro-brasileira: Em busca de nossas raízes
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História da África e afro-brasileira - Elisabete Melo
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Melo, Elisabete
História da África e afro-brasileira: em busca de nossas origens / Elisabete Melo e Luciano Braga. – São Paulo: Selo Negro, 2010. – (Consciência em debate / coordenada por Vera Lúcia Benedito)
Bibliografia
ISBN 978-85-87478-72-6
1. África – História 2. Discriminação racial – Brasil 3. Escravidão – Brasil – História 4. Identidade afro-brasileira. 5. Negros – Brasil. 6. Racismo – Brasil I. Braga, Luciano. II. Benedito, Vera Lucia. III. Título. IV. Série.
índice para catálogo sistemático:
1. Negros no Brasil: Sociologia 305.896081
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HISTÓRIA DA ÁFRICA E AFRO-BRASILEIRA
Em busca de nossas origens
Copyright © 2010 by Elisabete Melo e Luciano Braga
Direitos desta edição reservados por Summus Editorial
Editora executiva: Soraia Bini Cury
Editora assistente: Andressa Bezerra
Coordenadora da coleção: Vera Lúcia Benedito
Projeto gráfico de capa e miolo: Gabrielly Silva/Origem Design
Diagramação: Acqua Estúdio Gráfico
Impressão: Sumago Gráfica Editorial
Selo Negro Edições
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Dedicamos este livro à nossa família,
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e dedicação em tempo integral.
Aos mestres e colegas que nos
proporcionaram desenvolvimento
e crescimento durante nossa formação.
A todas as pessoas que fizeram parte
da nossa vida e levaram à realização
deste livro.
Agradecimentos
Aos nossos alunos, por colaborarem com seus relatos.
Aos diretores, coordenadores, professores, funcionários e alunos do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos de Campo Limpo (Cieja-CL), por nos permitirem vivenciar, na prática, a educação democrática.
A Deus, que sempre nos iluminou, dando-nos força para vencer todos os desafios.
Introdução
Ao longo da história do Brasil, o negro passou por várias fases – desde o período em que foi trazido, escravizado, de vários países do continente africano para cá até os dias atuais. Sua história foi contada por diversos escritores, que retrataram sua contribuição cultural no processo de colonização ou sua participação, de forma submissa, como escravizado que esperava, de maneira muito natural, ser libertado e integrado à sociedade. Outros autores procuraram resgatar apenas as lutas pela liberdade em regiões específicas do país, enfocando as batalhas e as derrotas sofridas durante o processo de escravidão. Há ainda estudiosos mais audaciosos que focalizaram alguns heróis, como Zumbi dos Palmares¹, mártir do processo de resistência contra as autoridades coloniais do século XVII. Todavia, são poucos os autores que têm retratado a história da participação efetiva dos escravizados africanos no processo de formação do povo brasileiro e da real herança cultural que nos deixaram.
Na educação não tem sido diferente. Pouco se fala da inclusão do negro no processo educacional; da exclusão da classe trabalhadora dos meios acadêmicos; do preconceito racial no processo educacional; da invisibilidade do negro nos meios midiáticos, livros didáticos e paradidáticos; enfim, da história da formação do povo brasileiro no processo educacional.
Atualmente, vivemos outro processo histórico, graças ao esforço dos movimentos sociais negros, que há décadas vêm reivindicando a revisão histórica com relação à contribuição negro-africana em todos os aspectos da vida social, cultural, política e econômica na sociedade brasileira. Consequentemente, pesquisadores contemporâneos, grupos de resistência, organizações não governamentais, organismos internacionais e até mesmo o governo federal vêm se empenhando nesse sentido.
Este livro tem por objetivo mostrar – por meio de vivências e práticas relatadas em sala de aula – um pouco do que está sendo feito, na educação, para valorizar a participação do negro em todo o processo histórico e cultural brasileiro.
Nossa experiência profissional diária como professores permite-nos afirmar: a) que há muitos colegas de profissão que desejam concretizar a inserção da cultura africana
no currículo escolar, naturalizando o emprego desse conteúdo em suas ações cotidianas; b) que muitas crianças, jovens e adultos necessitam de referências identitárias positivas, essas tantas que a educação pode proporcionar.
O livro está dividido em nove capítulos, que abordarão a história do continente africano, o período de escravização, a vinda para o Brasil de milhões de africanos e o período pós-abolicionismo. A escola onde parte da história se desenrola não é fictícia. Os Centros de Integração de Jovens e Adultos (Ciejas) são uma modalidade de Educação de Jovens e Adultos que funciona em horários diferenciados, a fim de acolher aqueles que pretendem voltar aos bancos escolares. Os Ciejas têm turmas que vão da alfabetização até o 9o ano. Para atender melhor o público e garantir um estudo de qualidade, baseiam-se em módulos e garantem ainda a dupla docência em sala de aula.
No primeiro capítulo, introduziremos um personagem que, ao retornar aos bancos escolares depois de um período afastado dos estudos, começa a fazer descobertas sobre sua origem, consequentemente descobrindo uma África que nunca lhe tinha sido mostrada. Nesse capítulo serão citadas cartas baseadas em fatos reais sobre atos de preconceitos e discriminação.
No segundo capítulo, faremos uma viagem aos primórdios da humanidade, abordando seu surgimento. O terceiro capítulo mostrará a África antes do período colonial, ressaltando as riquezas e os costumes de um povo que vivia conforme os ensinamentos de seus antepassados. O quarto capítulo abordará o tráfico negreiro para as Américas. Do quinto ao nono capítulo, percorreremos o caminho dos escravizados até a liberdade conquistada no Brasil, ressaltando os quilombos e os vários personagens marcantes da história que sempre estiveram à frente da luta por um país igualitário.
Ao final, sugerimos aos professores atividades práticas que podem ser realizadas com os alunos, sempre com o objetivo de discutir criticamente a participação do negro e sua importância histórica na sociedade brasileira.
Em todos os capítulos o personagem principal da história