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No deserto com o Mestre: A superação vem do Alto
No deserto com o Mestre: A superação vem do Alto
No deserto com o Mestre: A superação vem do Alto
E-book182 páginas3 horas

No deserto com o Mestre: A superação vem do Alto

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Sobre este e-book

No quarto capítulo do Evangelho de Lucas, encontramos a passagem em que Jesus é tentado no deserto. Na ocasião, Ele vive três provações: na primeira, passa pela fome; na segunda, é tentado ao poder; e, na terceira, à luz da segunda, é instigado a se utilizar do poder para ferir a dignidade do Criador. Inspirada nisso, Célia Alves Cardoso fala de maneira sensível e franca sobre os diferentes tipos de desertos pelos quais passamos na vida, onde nos encontramos sozinhos(as) ante os problemas e com a sensação de que Deus se esqueceu de nós. Esta obra, portanto, quer ser uma espécie de conselheira, ao mostrar que a realidade pode ser diferente da percepção que temos da nossa verdade e também que, durante a vida, essa mesma percepção do entorno e dos acontecimentos tende a delimitar qual tipo de vida (vivência) teremos. Nesse sentido, a junção entre o deserto de Jesus e os "desertos" (dificuldades e renúncias) de nós, fiéis, traduziria de maneira eficaz a proposta deste livro.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de ago. de 2022
ISBN9786557070598
No deserto com o Mestre: A superação vem do Alto

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    No deserto com o Mestre - Célia Alves Cardoso

    Agradecimentos

    Em primeiro lugar, a Deus, que me levou ao deserto por amor, para me ensinar e me mostrar um caminho novo. Senhor, toda gratidão que expresso ainda é muito pouco para tudo que fizeste, fazes e farás em minha vida.

    A meu pai que, do céu, deve se alegrar pelos caminhos que percorri a partir dos ensinamentos que deixou aqui para mim. A saudade só aumenta.

    A minha mãe, companheira de todos os momentos, que se preocupa se não levo o casaco ou se não dou notícias se já cheguei ao local. Sempre serei criança para a senhora, e isso me faz estar sempre na busca dessa pureza.

    Ao padre Cláudio Nazário da Silva, que me apontou tantas vezes o caminho para sair do deserto. Obrigada pelo sorriso que acolhe e pelo olhar que nos enxerga de verdade!

    Ao padre Davi da Cruz Maria, pelo apoio e incentivo, sempre.

    A meus amigos do terço do Zoom, que souberam fazer um grupo de oração que fortalece e acolhe, que ampara e inspira. Vocês são muito especiais e agradeço as orações que fizeram pelo meu primeiro livro, por toda a torcida e por se alegrarem junto comigo. As orações de cada um de vocês, minha família de fé, me sustentaram.

    A minhas amigas Giany Parra Ancelmo e Vânia Stella Abrantes, minhas assessoras não remuneradas, que souberam se fazer presentes em todos os momentos da minha trajetória. Toda minha gratidão pelas dicas, pela torcida, por aparecerem no meu deserto oferecendo água. Vocês mostraram para mim o que significa colocar sua dor no bolso e ir ao auxílio dos outros.

    A todos os amigos que torceram por mim, estiveram a meu lado com todo apoio e atenção. Cada um de vocês é muito especial e importante em minha vida. Todos os dias rezo por vocês, porque é a única maneira que tenho de agradecer a tanto que significam para mim. Muito obrigada!

    A todos os amigos de fé, da minha paróquia, que acompanham minha caminhada e rezam junto comigo.

    A toda a equipe da editora Ave-Maria que me acolheu com tanto carinho. Em especial, ao Áliston Henrique Monte e ao Diego Monteiro, pela paciência em sanar minhas dúvidas e por todo o apoio.

    Aos leitores, que acreditaram nessa caminhada pelo deserto comigo. Que Deus cuide de cada passo que trilharmos nesta estrada. Muito obrigada pela confiança!

    Mas ele costumava retirar-se a lugares solitários para orar.

    (Lucas 5,16)

    E, no entanto, eu sou o Senhor, teu Deus, desde a saída do Egito. Não conheces outro Deus fora de mim, não há outro salvador, senão eu. Procurei-te pastagem no deserto, em uma terra de aridez.

    (Oseias13,4-5)

    Sumário

    AgradecimentosPrefácioPrólogo

    Capítulo 1Deserto da doença

    Capítulo 2Deserto nas vitórias

    Capítulo 3Deserto em família

    Capítulo 4Deserto no trabalho

    Capítulo 5Deserto nas amizades

    Capítulo 6Deserto na angústia

    Capítulo 7Deserto do desemprego

    Capítulo 8Deserto da aposentadoria

    Capítulo 9Deserto nas redes sociais

    Capítulo 10Deserto da solidão

    Capítulo 11Deserto na igreja

    Capítulo 12Deserto da fé

    Capítulo 13Deserto das dificuldades financeiras

    Capítulo 14Deserto da desesperança

    Capítulo 15Deserto do pecado

    Capítulo 16Deserto da depressão

    Capítulo 17Deserto do medo

    Capítulo 18Deserto da ansiedade

    Capítulo 19Deserto dos vícios

    Capítulo 20Deserto da falta de diálogo

    Capítulo 21Deserto da morte

    Capítulo 22Deserto do desânimo e do cansaço

    Capítulo 23Deserto da comparação

    Capítulo 24Deserto da ingratidão

    Capítulo 25Deserto dos julgamentos

    Capítulo 26Deserto da invisibilidade e da indiferença

    Capítulo 27Deserto da insônia

    Capítulo 28Deserto da traição

    Capítulo 29Deserto dos desertos

    Posfácio

    Prefácio

    Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração,

    de toda a tua alma, de todo o teu entendimento

    e com toda a tua força (Mc 12,30).

    Um caminhar na direção do deserto.

    Um caminhar na direção de Deus.

    Um caminhar na direção do outro.

    Um caminhar que deve nos conduzir a um lugar a ser visitado diariamente: o deserto. Especialmente nestes nossos tempos, somos convidados a visitar o deserto, ou seja, deixar a cidade dos homens e ir à direção da cidade de Deus.

    É no deserto que Deus se revela plenamente! É no relativismo das coisas transitórias que se descobre o valor Absoluto. Sou convidado no silêncio, sereno e tranquilo, a sentar-me nesse lugar que parece ser tão solitário, mas que nos ajuda a voltar para a cidade dos homens um pouco mais ser humano.

    Nesse momento, preciso desligar-me dos meus trabalhos, estudos, amigos e compromissos. Preciso romper com tudo aquilo que fui acumulando no decorrer de um só dia. Afinal, não é possível carregar malas pesadas no deserto. Como nos diz Jesus: Não leveis nada: nem mochila, nem dinheiro, nem duas túnicas (Lc 9,3).

    Em meio ao silêncio e totalmente despojados, talvez ouçamos o barulho forte das nossas fraquezas e paixões. São os ventos da consciência que fazem tempestades na areia. Não preciso ter medo nem posso inquietar-me. Serão ventos e mais ventos! Ventos do orgulho, da falta de perdão, do amor-próprio, da sexualidade, da ansiedade, da falta de humildade, de não ter cumprido aquilo que me prontifiquei a fazer. Todos esses ventos passarão diante de você e serão silenciados nas mãos daquele que faz a nossa história. Serão silenciados no lenho da cruz, de onde jorra o Sacramento da Misericórdia.

    Ainda nessa experiência do deserto, Jesus abrirá um novo caminho, um novo ângulo em sua vida. Ele mostrará que se faz Eucaristia para que você se torne Eucaristia para os outros. Eucaristia para os outros significa amor gratuito e doação generosa.

    Fazendo tamanha experiência diária, estarei constantemente peregrinando para meu interior e buscando, na fonte, aquilo que posso doar a meus irmãos. Isso é amar a Deus, pois nele encontro a única fonte geradora de vida, e aos irmãos, porque estarei transformando tudo isso em um precioso acontecimento de Deus na história dos demais.

    Tenho absoluta certeza de que este livro produzirá um verdadeiro caminhar! Sem sair deste lugar, você irá dar passos na mesma estrada de Cristo, quando foi conduzido ao deserto. Sim, o Espírito Santo também o conduzirá por essa estrada interior, onde você passará por uma experiência que ninguém pode vivê-la por você. As experiências no deserto são as que realmente nos fazem chegar mais perto da experiência de Deus.

    Desejo um verdadeiro caminhar!

    Desejo uma boa viagem!

    O Espírito Santo estará sempre contigo!

    (Padre Cláudio Nazário da Silva)

    Prólogo

    Todos passamos por desertos na vida. São aquelas dificuldades em que não conseguimos enxergar ninguém ao nosso redor. A sensação de solidão aprisiona o peito e parece que não podemos respirar normalmente.

    Não sei qual deserto você está atravessando no momento, mas já vou dar um spoiler: Deus está com você, seja lá em qual deserto for. Mesmo que ache que não há ninguém por você neste momento, mesmo que as lágrimas impeçam você de enxergar... Deus nunca nos leva a um lugar onde Ele não esteja.

    Temos a tendência de medir com nossa própria fita métrica. As pessoas desaparecem nos momentos mais difíceis porque talvez façamos o mesmo, sem perceber. A dor do outro é um pouco minha, e quem é que quer sentir dor? Mas Deus não usa nossa fitinha métrica para medir o quanto vai nos abençoar. Não é assim que a coisa funciona. A graça de Deus é ilimitada, portanto, não há nenhum deserto que o impeça de andar ao seu lado. Só se você não quiser. Deus não é invasivo, como o inimigo é. Deus bate à porta e espera. Damos um passinho e Deus anda milhões de quilômetros ao nosso encontro. Não estamos sós.

    Muitas vezes a dor nos impede de encontrar com Deus. A revolta, as dúvidas, o pecado... Tudo isso vai nos afastando de Deus e nos deixando ainda mais perdidos no deserto.

    Não precisa ser assim! Deus nunca nos prometeu uma vida sem problemas, mas sim que estaria ao nosso lado em cada um deles, até o fim dos tempos. Não é algo que nos enche de esperança?

    Sou uma pessoa que tem muita dificuldade para encontrar a direção dos lugares. Para mim, a melhor invenção não foi a roda nem o computador, mas o GPS. Não sei o caminho, mas sei obedecer. Se conseguimos fazer isso com uma máquina, quanto mais com Deus! Ele é o caminho por excelência. Com Ele, mesmo que não saibamos a direção, podemos confiar que nos guiará ao oásis. No deserto, precisamos de água. Jesus é a Água Viva. Tudo de que precisamos para sair do deserto está em Deus: água, direção, consolo, companhia, força para a caminhada, alimento para a alma. Não nos falta nada. Deus a tudo suprirá.

    Este livro não pretende ser um guia turístico para o deserto, mas uma seta que vai apontar para Deus. Você não vai encontrar os dez melhores hotéis no deserto nem as dez fontes de água termal. Quando somos turistas, só queremos saber do melhor: melhor hotel, melhor passeio, melhor gastronomia, melhor guia. Somos turistas neste mundo, mas sempre de olho na volta para casa. E para onde queremos ir? Para o céu. Uma eternidade sem esperança e sem Deus não nos interessa. Uma eternidade de paz, de alegria, de reencontros, de amor e de misericórdia é o que almejamos. Para isso, precisamos passar pelo deserto. Moisés e o povo escolhido andou por quarenta anos no deserto. Acaso Deus não sabia o caminho? Será que não tem GPS no céu?

    Deus sabia o caminho. Talvez pudessem chegar em alguns dias, caso fosse do interesse do nosso Mestre. Mas eles não estavam preparados. É como um pai amoroso que, quando o filho pequeno lhe pede um carro, com certeza não lhe dará um de verdade, mas um de brinquedo. Não que ele não queira, mas sabe que o filho não está preparado. Precisa brincar com o carrinho, crescer, aprender muitas coisas até chegar à idade e tempo exatos para o carro real. É assim que Deus age. Ele nos prepara. O caminho nos prepara. Todos estamos seguindo nessa caminhada. Teremos montanhas, desertos, planícies... Cada um estará em uma etapa diferente.

    Se você pegou este livro para dar uma olhada, muito provavelmente está no deserto neste instante. Não vou fugir dele também. Vou caminhar nestas páginas junto com você. Vamos passar por muitas situações que cansam, que tiram nossa alegria e que abalam nossa fé. Mas não vamos parar de andar, porque sabemos para onde queremos ir e quem queremos encontrar, certo?

    Antes de tudo, pode largar suas malas e todo o peso que você carrega. Para caminharmos mais leves, precisamos nos desfazer de tudo aquilo que nos ancora neste mundo. Excesso de peso só vai fazer esse deserto demorar mais a passar. Deixe dinheiro, casa, carro, roupas, tênis. Siga do jeito que você está neste momento. Não precisará de mais mudas de roupas nem de mantimentos. Tudo será fornecido no caminho. Foi assim que Moisés seguiu. Você consegue imaginar isso? Sair só com a roupa do corpo? É essa fé que precisamos aprender. Nada lhe faltou e a roupa do corpo não ficou velha, e os sapatos não se desfizeram de tanto andar. Chegaram à terra prometida com roupas novas, sapatos perfeitos, de barriga cheia e sem sede. Tudo isso sem nada levar, ou melhor, levaram a fé. E isso foi tudo que necessitaram. Então, vamos?

    Senhor, ajuda-me a enxergar, com meus olhos da fé, que o deserto é o caminho de volta para ti. Mesmo na dor, quero sentir a tua presença perto de mim. Prepara meus pés e meu coração para esta caminhada pelo deserto. Apoia-me com teu amor de misericórdia. Que eu viaje mais leve, com a certeza de que nada me faltará, porque tu és tudo de que preciso. Vou contigo para onde for preciso, Senhor, até para o deserto. Eu te amo, Senhor!

    Capítulo 1

    Deserto da doença

    IMAGEM

    Se o fato de fazer exames lhe traz um aperto no coração, se passa mais tempo nos hospitais ou consultórios do que com sua família, você já deu muitos passos pelo deserto da doença.

    Desde ao mais simples resultado ao mais complexo, não queremos pisar nessa areia. Sentimos como se fosse uma areia movediça, em que um passo em falso nos deixa afundar na tristeza e na desesperança.

    Em momentos assim, as pesquisas no Google não nos ajudam em nada. Não adianta ser formado em pesquisas, porque nada sabemos. Também não é uma boa solução o que as pessoas têm a nos dizer nessas horas. Vamos ouvir desde minha tia morreu disso até isso não é nada, eu estou com algo muito pior. Nenhuma dessas frases nos ajuda ou nos consola. Nossa dor é única, não importa quantos tenham o mesmo diagnóstico.

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