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A loja do coração
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E-book232 páginas2 horas

A loja do coração

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Sobre este e-book

E se pudéssemos abrir uma "loja do coração", onde fosse possível comprar corações felizes para se viver?

Neste livro, conheceremos mais das histórias do autor best-seller Ock Soo Park, famoso por "oferecer" corações novos e saudáveis, por décadas, para pessoas do mundo todo.

A partir dessas histórias e da trajetória dessas pessoas que receberam o aconselhamento do autor, é possível testemunhar a transformação daqueles que antes estavam presos em pensamentos negativos e equivocados e, depois, passaram a viver com um novo coração, cheio de alegria e esperança.

Lendo este livro, você também será capaz de encontrar a rota para ganhar um novo coração e transformar a sua vida.

Livros-guia para o treinamento de caráter que muda as perspectivas do indivíduo, abrindo novos horizontes para ele e a comunidade onde atua.
Depois de seu lançamento, em 2011, a série "Navegando pelo coração" já foi traduzida para 16 idiomas. Atualmente, é publicada em 18 países em todo o mundo, sendo inclusive adotada por escolas em locais como Estados Unidos, China e Índia. A série aborda as diferentes formas do coração e a fonte dos pensamentos que nos levam à distração. Além disso, apresenta os calorosos conselhos do autor, constituindo um guia do coração, uma chave para as universidades e instituições ao redor do mundo e uma fonte essencial para o desenvolvimento pessoal.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de jul. de 2019
ISBN9788542810844
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    A loja do coração - Ock Soo Park

    Se eu pudesse controlar o meu coração

    O coração das pessoas precisa de algo para mantê­-las juntas, como os ligamentos que seguram os ossos. Coisas como uma família feliz, momentos alegres e esperança devem segurar o coração para que este se mantenha firme. Sem isso, o coração rapidamente se desfalece.

    Para domar o seu coração como se você domasse um cavalo selvagem

    Quando a América estava começando a se formar, as pessoas da Inglaterra embarcaram em navios e atravessaram o oceano Atlântico, desembarcando no novo continente. Elas se assentaram ao longo da região leste do país. Nos dias de hoje, as estradas espalhadas pela América são muito bem organizadas. Agora, existem estradas que atravessam horizontalmente, começando do sul, como a I­-10, I­-20 e I­-90, e também as estradas que atravessam verticalmente, começando do oeste, incluindo a I­-5, I­-15 e I­-95. Ainda, bem no início, a América era apenas um vasto pedaço de terra vazia. As pessoas geralmente se agrupam em lugares onde planejam se estabelecer, contudo as que vieram para a América se mudaram por várias regiões ao longo do país.

    Os cavalos foram essenciais para esses colonizadores, porque não havia carros ou automóveis naquele tempo. Então, os animais serviram como um modo de transporte primário, sem os quais nenhuma dessas expansões teria sido possível.

    As pessoas encontraram primeiro os cavalos no campo. Quiseram capturar esses corcéis e utilizá­-los para transporte, mas isso não foi tarefa fácil. As pessoas se aproximavam desses cavalos e tentaram fazer laços com o intuito de capturá­-los pelo pescoço; no entanto, esses animais selvagens poderiam ser enlaçados em apenas uma tentativa? Não, eram necessárias dez vezes, vinte vezes… Ah, agora nós quase conseguimos colocar o laço ao redor do pescoço do cavalo!, repetiam as pessoas trinta, quarenta, incontáveis vezes. E, por fim, os cavalos selvagens eram capturados.

    Após a captura, o cavalo entrava em pânico, começava a correr e sacudir­-se violentamente. Os jovens, então, seguravam as cordas amarradas no pescoço do cavalo e tentavam correr junto com ele. Algumas vezes, eles caíam segurando a corda ou eram arrastados pelo animal. Outras vezes, o cavalo resistia dando coices neles, machucando as pessoas. Por fim, tanto o cavalo como o homem acabavam exaustos. Quando anoitecia, as cordas que estavam nos cavalos eram amarradas a uma grande árvore. E assim, passando um a dois dias, os cavalos atingiam seus limites e ficavam exaustos. Esse era o momento em que as pessoas davam ao cavalo água, cenouras e outros alimentos. Começava, então, o processo de domá­-lo. Essa disputa fazia com que o cavalo percebesse que não conseguiria vencer o homem pela força e, somente assim, ele começava a seguir e a obedecer às pessoas.

    Por meio desse processo, o homem e o cavalo tornavam­-se próximos. Em alguns casos, o cavalo se tornava até mesmo um membro da família. Quando uma pessoa cavalga no dorso de um cavalo, este reconhece o que o dono está tentando fazer e se movimenta de acordo com o comando dele. Foi assim que os colonizadores pioneiros fizeram para pegar, domar e cavalgar em cavalos selvagens. E, com os cavalos, eles exploraram a vasta terra dos Estados Unidos, expandido­-se de Nova Iorque até Los Angeles e cobrindo uma distância de aproximadamente 4.500 quilômetros. Alguns dizem que não há nada que tenha contribuído mais que os cavalos para o surgimento e o crescimento da indústria americana.

    As vacas e os cavalos podem ser muito úteis quando são domados. Na realidade, muito mais do que domar vacas e cavalos, é extremamente importante que os nossos corações sejam domados. As maiores dificuldades que as pessoas sentem vêm a partir dos problemas do coração. É o seu coração que conduz a sua vida, mas, se ele for como um cavalo selvagem, então não pode ser controlado. Porém, se o seu coração fizer aquilo que você deseja que ele faça, então você viverá uma vida feliz sem problemas. No entanto, o seu coração não segue o que você deseja. Uma pessoa pensa: Eu deveria estar fazendo isso, mas o coração dela segue para um local completamente diferente. Como seria cansativa a sua vida se o seu coração, por não ser domado como um cavalo selvagem, ficasse correndo para todos os lugares?!

    O sucesso na vida não depende somente do quanto você estudou ou das habilidades que possui. O sucesso na vida não é definido por ter belas casas ou carros. Se o coração não for domado, independentemente da quantidade de dinheiro que você ganhe, independentemente do quão boa seja a sua casa ou o seu carro, independentemente do quão bela seja a esposa ou quão bonito seja o marido, você no fim perderá tudo da noite para o dia. Infelizmente, as pessoas estudam muito e ganham bastante conhecimento, mas são incapazes de domar seus corações. E por isso mesmo sabendo que não deveriam fazer certas coisas, elas vão para onde quer que o coração delas as conduza. E, muitas vezes, suas vidas se tornam infelizes.

    Não foi o teu filho quem fez aquilo

    Uma vez, quando eu estava palestrando em Pequim, na China, a mãe de um estudante veio até mim e perguntou:

    Pastor, o meu filho bateu na professora na escola. Como ele pôde fazer algo assim? Nem mesmo um animal faria algo assim. Ele bateu na própria professora, a pessoa que o ensina! Como pode uma criança que saiu de mim fazer algo assim? Eu não faço ideia.

    Eu disse sorrindo:

    Não foi o seu filho quem bateu nela.

    Não, o meu filho bateu nela. Todos os colegas o viram fazendo isso. Meu filho bateu nela porque a professora ficou brava com ele durante a aula.

    Eu respondi:

    Não.

    Foi isso que aconteceu. Tenho provas. Eu tenho certeza.

    Isso não é assim. Por favor, ouça com atenção, eu vou te explicar. Imagine uma criança que goste de jogos de computador.

    Sim, meu filho também joga vários jogos de computador!

    Ele começa a jogar no computador porque quer. Enquanto ele está jogando, diz para si mesmo: ‘Nossa, já passou uma hora. É melhor eu parar de jogar agora e me exercitar’. Se ele fala isso e para de jogar, então é esse estudante quem está fazendo isso. Porém, se esse estudante se afunda no jogo de computador, algo estranho começa a acontecer em seu coração: ‘Já faz quatro horas que estou jogando no computador. Eu estou me aprofundando demais nesse jogo. Se continuar jogando dessa maneira, não vou conseguir manter os estudos na escola. Será que vou conseguir me formar? É melhor eu parar’. É assim que ele pensa e tenta parar o jogo. Contudo, ele é incapaz de parar e continua a jogar. Se você é capaz de controlar o próprio coração e, por sua vez, jogar quando quiser, ou parar quando não quer mais, não há nenhum problema. Por outro lado, mesmo que você tente não jogar, uma certa força dentro do seu coração o empurra a continuar jogando no computador. Então, mesmo que eu não queira jogar, estou sendo arrastado por aquela força para continuar. Se o seu filho gosta de bater na professora, e por isso bateu nela, então teria sido o seu filho mesmo quem bateu. Contudo, se uma certa força dentro dele fez com que ficasse tão bravo a ponto de atacar a professora, então não foi o seu filho quem bateu nela.

    É melhor eu parar! É melhor eu parar!

    Se é realmente o meu próprio coração, então ele deveria sempre se mover de acordo com os meus desejos. Contudo, existe uma certa força no meu coração que me conduz para longe do meu próprio desejo. Quando as pessoas querem jogar no computador, elas pensam: É minha vontade. Se apenas ignorarem esta vontade sem pensar muito, nunca saberão, porém, se observarem atentamente essa vontade, serão capazes de dizer que esse não é o coração delas. No começo, elas só queriam jogar um pouco no computador, mas depois, quando querem parar, não conseguem. Elas dizem: É melhor eu parar! É melhor eu parar!, só que não são capazes.

    Havia uma menina que participou do IYF World Camp (Acampamento Mundial da IYF – International Youth Fellowship, sigla em inglês para Comunhão Internacional de Jovens). Ela cursava uma renomada universidade e era muito bonita, porém estava completamente viciada em jogos de computador. Ela me disse que uma vez havia jogado por 37 horas seguidas sem descanso. Eu não acreditei no que ouvi e perguntei:

    Você não dormiu por 37 horas? Você nem sequer comeu algo?

    Ela não foi para a universidade por seis meses, porque estava jogando dessa maneira. Ela arrumava a mochila todas as manhãs e fingia que ia para a aula. Dizia até logo para a sua família, saía de casa e então ia diretamente para a LAN house. Jogava na LAN house o dia inteiro e voltava para casa à noite, como se estivesse voltando da escola.

    Após viver assim por seis meses, suas notas estavam um caos. Eu não deveria estar fazendo isso. Se continuar assim, não vou conseguir me formar. Tenho que ir para a universidade. Por várias vezes, ela decidiu ir para a universidade. Hoje tenho que ir!, ela repetia para si mesma toda manhã. Até mesmo pegava o ônibus para ir à universidade. Contudo, apenas duas paradas depois, descia do ônibus e, mais uma vez, encontrava­-se rumando em direção à LAN house.

    Quando você escuta as histórias desses estudantes, pode enxergar o fluxo de seus corações. É claro que eles têm os próprios desejos. Se fossem apenas os seus desejos, então o coração deveria fluir nessa mesma direção. Contudo, na realidade, os corações das pessoas fluem em uma direção que elas não desejam. Já que o desejo de jogar é mais forte do que o do coração de parar de jogar, mesmo que digam para elas mesmas: Se eu continuar assim, não vou conseguir me formar na faculdade. Eu não deveria fazer isso. Vou ter um grande problema, elas são arrastadas em direção a uma extremidade mais forte.

    Existem princípios básicos que governam a força. Se uma força mais forte puxar uma força mais fraca, com certeza o lado mais fraco será arrastado pelo mais forte. Por exemplo, suponhamos que um carro tenha uma força de 500 cavalos e outro carro tenha somente uma força de 100 cavalos. Esses dois carros estão amarrados por uma corrente. Se ambos avançarem em direções opostas, o carro com menor potência será arrastado. Do mesmo modo, nós somos vencidos em certas coisas não porque temos falta de determinação ou vontade. Isso acontece simplesmente porque existe uma força maior em nossos corações que está nos arrastando, e é por isso que acabamos sendo arrastados. Nesses casos, certamente é um coração que não é o nosso próprio que nos arrasta para longe dos nossos desejos e vontades. Contudo, a maioria das pessoas é enganada no pensamento de que essa força é o seu próprio coração, porque está vindo de dentro delas. Se essa força poderosa meramente nos desse ordens, tais como: Ei, faça assim, então nós iríamos perceber rapidamente que esse não era o nosso coração.

    Entretanto, quando as pessoas fazem coisas más, muitas vezes elas se arrependem assim: Por que eu sou tão má? Por que eu fiz isso? Por que fui tão desobediente com meus pais?. Na realidade, elas não tiveram o coração para fazer essas coisas, por isso não foi o próprio coração que as conduziu para agir de tal maneira. As pessoas que querem se formar na escola e se tornar importantes, querem jogar um pouco no computador e depois parar. Portanto, se elas continuarem a perder todo o tempo jogando, isso significa que existe um certo coração arrastando­-as. Nossas vidas vão progredir consideravelmente quando nós aprendermos sobre esse mundo do coração.

    Uma estudante que vivia culpando a mãe

    Há uma estudante que conheço cuja mãe perdeu parte do cérebro após enfrentar um derrame cerebral quando tinha 20 anos. Como consequência, a mãe se tornou deficiente visual.

    Muitas pessoas pensam que são os olhos que fazem a visão, mas, na verdade, os olhos recebem a luz e a retransmitem para o cérebro. É o cérebro que interpreta essa luz, distinguindo o que nós vemos. No caso da mãe dela, os olhos eram capazes de receber a luz e a retransmitir devidamente, no entanto, a função do cérebro de processar essa informação estava destruída. Como resultado, o mundo inteiro da mãe se tornou uma completa escuridão.

    Ela perdeu a visão ainda jovem, aos 20 anos. Teve grande sofrimento e imensa angústia. Tentou suicídio por várias vezes e surgiram muitos pensamentos complicados, mas ela chegou à conclusão: Ainda assim, eu devo continuar a viver. Então, ela entrou em uma escola para cegos. Lá, aprendeu como andar pelas ruas e como ler em braile. Além disso, aprendeu a fazer massagem para sobreviver, porque era um tipo de trabalho que poderia fazer com as mãos sem ter de usar a visão. Na Coreia do Sul existem muitos deficientes visuais que trabalham como massagistas.

    Então, essa jovem moça estava vivendo na solidão e na tristeza desde os seus vinte anos. Indo a essa escola para poder sobreviver, ela conheceu um homem cuja situação era parecida com a sua e eles iniciaram um relacionamento. Os dois se amaram e se casaram e logo tiveram o seu primeiro bebê, uma filha. Essa filha é a estudante da qual estou falando. Infelizmente, eles se divorciaram assim que a filha nasceu.

    Após o divórcio, não existia nenhuma maneira para que essa mãe cega criasse a pequena filha sozinha. Então, ela recorreu aos seus familiares e ofereceu a eles o dinheiro que ganhava como massagista para que eles criassem a filha. Seus familiares estavam felizes em receber o dinheiro, mas relutantes em receber a criança, uma vez que não é fácil criar um bebê recém­-nascido. Como resultado, a criança foi maltratada e cresceu mudando de uma casa para outra. No início, ela era tão nova que não pensava muito sobre o que estava acontecendo. Contudo, conforme foi crescendo, ela ficou a par da situação. Por que tenho que ser tão infeliz? As outras crianças crescem com mães e pais. Por que não posso viver com a minha mãe? Por que tenho que ser maltratada pelos outros e estar em constante sofrimento? Raiva e revolta começaram a encher o coração dela. Isso é tudo culpa da minha mãe! Se ela não podia me criar, então por que me teve? Ela deveria ter me abortado ou ter me mandado para um orfanato!

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