Escatologia: A Doutrina das Últimas Coisas Segundo a Bíblia

De Roberto Fiedler Rossi

6a Edição (versão de 12/abril/2024). Defendo a visão amilenista preterista parcial, com um toque historicista, de um jeito que você vai se surpreender!
A seção nova desta edição chama-se "A Salvação de Israel conforme Romanos 11"
Outras atualizações e mudanças desta versão estão no início do livro.

SUMÁRIO

Prefácio
Novidades Desta Edição
1 Considerações Iniciais e Unidade do Corpo de Cristo em Matéria de Escatologia
2 Apocalipse Tem Muitas Alegorias, Pois É Uma Revelação
3 A Visão Pré-Milenista Dispensacionalista
4 Jesus venceu o Diabo, Já Reina, e Reinará Eternamente
5 Acerca do Período dos Mil anos encontrados na Escritura
6 Acerca da Vinda do Senhor Jesus e do Dia do Senhor em 2Tessalonicenses
7 As Setenta Semanas de Daniel, e os Sete Anos da Aliança do Anticristo
8 Acerca da Grande Tribulação
9 Acerca do Alcance da Pregação do Evangelho
10 Acerca da Datação do Livro de Apocalipse e da Besta de Apocalipse 13
11 Acerca do Império Romano e do Reino de Cristo
11.1 As Duas Testemunhas
11.2 O Império Romano Abrangia Toda a Terra?
11.3 Apocalipse 12
12 A Relação Entre a Besta, a Prostituta sobre a Besta e os Dez Chifres
13 Acerca da Batalha de Apocalipse 19 e do Sermão do Monte das Oliveiras de Mateus 24
13.1 Selos, Trombetas e Taças de Apocalipse
14 Acerca do Homem do Pecado de 2Tessalonicenses e da Apostasia da Igreja Católica
15 Meu Senhor tarde virá. Mateus 24-25
16 Acerca do Fim desta Era: Satanás será totalmente solto. O Dia do Senhor
16.1 Deus lhes enviará a operação do erro (2 Ts 2.11)
17 Acerca do Povo de Deus. O Israel de Deus
17.1 A Salvação de Israel conforme Romanos 11
17.2 Gogue e Magogue. Os Últimos Tempos
17.3 Gogue e Magogue Cercam a Cidade Amada: Possibilidades para Interpretar Apocalipse 20.9
18 Jesus voltará. O arrebatamento. A Segunda Vinda
18.1 João 14.3 fala de uma vinda de Jesus de duas fases?
19 Como foi nos dias de Noé
20 Acerca do Estado Intermediário
21 A Ressurreição e o Juízo Final
22 O Tempo Está Próximo. A Primeira Ressurreição
22.1 Uma Palavra Acerca do Milênio
23 Acerca da Condenação Eterna
23.1 O Inferno e o Amor de Deus
23.2 A Base Teológica Para a Doutrina do Inferno, por Norman Geisler
23.3 O Inferno é Igual ao Lago de Fogo? O Diabo Está no Inferno? Explicando 2Pe 2:4. O Que São os Termos “Sheol”, “Hades”, “Gehenna” e “Tártaro”?
24 Acerca do Mistério sobre a Eternidade no Antigo Testamento
25 Galardão
26 Acerca do Céu e da Nova Jerusalém
27 Conclusão
ANEXO – Citações de Flávio Josefo sobre a Primeira Guerra Judaico-Romana
APÊNDICE A – Aliancismo versus Dispensacionalismo; Reflexão sobre o Milênio na visão Dispensacionalista versus a Escritura Sagrada: A Consequência de se Interpretar Profecias do Antigo Testamento Literalmente
APÊNDICE B – Será que o fogo de Deus (Ap 20.9) ou labaredas de fogo (2Ts 1.8) que virá junto com a vinda do Senhor são as bombas nucleares? E se ocorrer uma terceira guerra mundial?
APÊNDICE C – Escatologia e a Tolerância, segundo Romanos 14
Referências Bibliográficas

• Idioma: Português
• Editora: Roberto Fiedler Rossi
• Data de lançamento: 3 de out. de 2020
• ISBN: 9781005015114

Roberto Fiedler Rossi

Sou um teólogo cristão protestante / I am a Protestant Christian theologian. For more details of my biography, see the appendix "Hard Conversion of Roberto Rossi" in my book "Teologia Sistemática Interdenominacional" in Portuguese. Para mais detalhes da minha biografia, veja o apêndice chamado de "Dura Conversão de Roberto Rossi" na minha Teologia Sistemática Interdenominacional.

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Prefácio

Este livro é muito importante para mim, relata a minha jornada espiritual para chegar a uma teoria que englobe o máximo de versículos da Bíblia fielmente, assim como a soteriologia PRIDED.

A jornada em busca de uma teoria fiel às Escrituras começou há muito tempo, quando eu tinha 19 anos (agora estou com 38). Batizei-me num local de ‘movimento contraditório’, a Congregação Cristã no Brasil, e comecei a aprender a Bíblia por conta própria. Mas era tarefa muito difícil, visto que não havia discipulado, e as bíblias usadas eram muito arcaicas – não me lembro de ter visto outra igual – uma Almeida Corrigida muito antiga, talvez de uma versão de 1950. Estudando a Bíblia, mesmo com ela, com o passar dos anos fui tentando entender uma doutrina das últimas coisas que ligasse a mensagem da palavra pregada na denominação com a Bíblia – tarefa impossível: a denominação dizia que apenas os da CCB (aquela denominação) iriam subir na primeira ressurreição, e todos os outros cristãos, na segunda. E daí começa a confusão.

Passados sete anos, Deus me libertou daquele lugar com Seu poder, discernimento, providência e visão, e fui com minha recente esposa na época (agora estamos com dez anos de casados) para a Assembleia de Deus do Ipiranga, onde conheci e entrei de cabeça no dispensacionalismo (pre-milenismo pre-tribulacionismo dispensacionalista) por uns 4 anos. Comecei a estudar teologia, procurando faculdades boas de teologia, e foi muito difícil – a melhor e última faculdade fechou na pandemia e não concluí o curso. Porém, estudando mais a Palavra, vi que não há base bíblica para a distinção de Israel e a Igreja no plano salvífico de Deus, além de que a Igreja passou enormes martírios durante esses quase 2000 anos, então vi que mais coerente do que o pré-tribulacionismo era o pós-tribulacionismo (vinda de Jesus depois de uma eventual tribulação). Muitos cristãos param aqui na escatologia. Quando entendem que a vinda de Jesus é de uma fase só, é só uma vinda; quando entendem que os salvos de Deus na nova aliança independem do ser judeu ou gentio, pois é só por Cristo, pela fé, e não pela lei, nem pelas obras; quando entendem que a aliança de Moisés também foi pela graça, e não pelas obras (assim como Abraão, antes de Moisés, foi salvo pela fé – e não por obras, e Abraão viu o dia de Cristo e se alegrou); quando entendem que a Igreja já passou muita perseguição na terra, inclusive martírio por feras, como Perpétua e seus amigos, eles veem que muito mais coerente com a Escritura é o pós-tribulacionismo do que o pré-tribulacionismo.

Sobre meso-tribulacionismo, também chamado de mid-tribulacionismo, um dia fui estudar essa teoria, mas é muito fraca: fui midi-tribulacionista por um só dia! Pesquisei fontes diversas sobre midi-tribulacionismo, inclusive o Comentário Bíblico Pentecostal da CPAD, e não faz mesmo sentido.

E sobre o milênio? Pré-milenismo (vinda de Jesus antes do milênio), amilenismo (milênio é a era da Igreja) ou pós-milenismo (vinda de Jesus depois dos mil anos)? Passados mais cinco anos de Assembleia de Deus, vi que uma consequência do pré-milenismo é que salvos com corpos glorificados juntos com Cristo coabitariam com homens pecadores e, mesmo durante o reinado perfeito de Cristo, haveria pecado e rebelião. Mas que confusão. Além disso, adaptam versos de Isaías que usam duas vezes a expressão novos céus e nova terra para falar do milênio pré-milenista, e não da eternidade.

Enfim, comecei a estudar o amilenismo e pós-milenismo, e o pós-milenismo acredita que boa parte da humanidade iria se converter ao cristianismo na terra, e isso é o oposto do que diz a Escritura. Quando porém vier o filho do homem, porventura achará fé na terra? (Lc 18.8). A Escritura diz que o final dos últimos tempos será de perseguição, assim como diz Apocalipse 20 e 2 Tessalonicenses 1 e 2. A vinda de Jesus virá para condenar todo um mundo maligno e pervertido.

O que sobrou foi o amilenismo, que realmente é pessimista ao que o homem pode fazer na terra, mas otimista com o que a Igreja pode fazer na terra, visto que os salvos no céu reinam com Cristo sobre a terra espiritualmente.

Sobre o amilenismo, existem três escolas sobre as profecias que conheço: historicista, idealista e preterista. De início apoiei-me no historicismo, onde tentam encaixar profecias da Escritura com acontecimentos históricos, e vi que ninguém tem base nenhuma em qual profecia encaixar com qual evento histórico. No idealismo de Beale e Campbell (2015) encontra-se uma coisa linda, mas muito enigmática e figurativa (muito mais do que este livro!), que só os autores parecem entender a fundo, e não me convenceu (exceto o fato de considerarem Apocalipse uma epístola pastoral para a Igreja). Mas foi no preterismo, não o preterismo completo (que evoca que a Segunda Vinda já ocorreu, o que é heresia), mas o preterismo parcial, considerado por muitos da Igreja como verdadeiro, inclusive por Jay E. Adams, sobre o qual baseei-me no corpo deste livro. O preterismo parcial diz com precisão que a grande maioria das profecias da Escritura (senão todas), exceto aquelas concernentes à Segunda Vinda e eternidade, se cumpriram até 70 d.C., com a queda da antiga ordem (destruição do templo judaico) e plenitude do reino de Deus.

No facebook, quando eu o usava, conheci o Jim Gibson, teólogo cujas ideias não concordo plenamente, mas que em alguns pontos é genial. Misturou o historicismo com o preterismo, e apresentou-me citações de Flávio Josefo, além de citações acerca do Papa como anticristo que encaixam na Bíblia como uma luva.

Para Mateus 24, meu professor André Galvão Soares apresentou-me Kenneth Gentry, preterista e pós-milenista, que eficazmente e convincentemente mostra que Mateus 21-25 forma um trecho só, e que, como também Spurgeon cria, há divisão entre os versículos 35 e 36 de Mateus 24, segundo a pergunta de Jesus:

Mt 24.3 E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas [1], e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo [2]?

[1] – Quando ocorrerá a destruição do templo e de Jerusalém, segundo também Lucas 21 (quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, saiba que sua desolação está chegada, então corram para os montes...).

[2] – Daquele dia... que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? Como foi nos dias de Noé, assim também será no dia do Filho do Homem.

A partir do verso 36, até o verso 51 (Mt 24.36-51), ocorre o sermão escatológico (do fim do mundo e da vinda do Senhor, conforme a pergunta complexa dos discípulos em Mt 24.3):

Mateus 24:36,37 Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.

Depois disso, depois de alguns anos, lendo Daniel, Apocalipse, 2 Tessalonicenses e Mateus, em oração, a Bíblia se abriu para mim, e tudo se encaixou, especialmente quando descobri que houve uma guerra de sete anos no passado, e na metade dos 3,5 anos o templo judaico fora destruído, exatamente como diz Daniel! O que eu achava impossível entender eu entendi, pois a Bíblia interpreta a Bíblia. E dou glórias ao Espírito Santo de Deus por haver me iluminado!

Como o preterismo parcial faz sentido! Não há outra explicação como o preterismo que aborde e explique a Bíblia em tantos detalhes certeiros, minuciosos e precisos!

Uma observação: há seis anos sou membro da Igreja Cristã da Trindade – ICT sede, onde nela sabe-se que os detalhes minuciosos de escatologia não são doutrinas fundamentais da fé cristã – há liberdade de fé para pessoas como eu.

Em 2023, depois de dezoito anos estudando a Palavra, história da Igreja, teologia, orando, meditando com o Senhor, cursando diversos cursos teológicos, lendo diversas teologias sistemáticas, pesquisando nas mais variadas fontes do exterior, trago-lhes, amados, parte da minha vida e da minha visão escatológica no Senhor, que eu creio estar muito alinhada com a Palavra pela iluminação do Espírito, embora, claro, essa visão não seja perfeita, pois Perfeita é a Palavra, e Perfeito é o Senhor.

Que o leitor possa jubilar como eu jubilo e jubilei no Senhor a cada parágrafo que Ele me iluminou para escrever, e a cada linda citação à qual o Senhor me levou.

Roberto

Novidades Desta Edição

Essa última versão de abril de 2024 teve um grande aprimoramento na seção: 17.1 Todo o Israel será salvo?, substituída por "A Salvação de Israel conforme Romanos 11".

A sexta edição, de novembro e dezembro de 2023, teve o acréscimo deste longo apêndice:

"APÊNDICE A – Aliancismo versus Dispensacionalismo; Reflexão sobre o Milênio na visão Dispensacionalista versus a Escritura Sagrada: A Consequência de se Interpretar Profecias do Antigo Testamento Literalmente".

Além disso, o ANEXO dos Selos, Trombetas e Taças de Apocalipse está agora na seção 13.1 (seção aprimorada em dezembro). E, também, aumentei a fonte do documento em uma unidade. Ainda, corrigi algumas seções, como a seção 17.2 Gogue e Magogue, os Últimos Tempos; e aperfeiçoei a seção 24 Acerca do Mistério sobre a Eternidade no Antigo Testamento e a seção 26 Acerca do Céu e da Nova Jerusalém.

A penúltima versão, de outubro de 2023, teve o acréscimo da seção "16.1 Deus lhes Enviará a Operação do Erro (2Ts 2.11)".

Já a antepenúltima versão, de maio de 2023, teve as quatro mudanças abaixo:

1. Em 7 – As Setenta Semanas de Daniel, e os Sete Anos da Aliança do Anticristo, coloquei especificamente a citação bíblica de onde se iniciam as 70 semanas de Daniel (que está no livro de Esdras);

2. Em 11.2 – O Império Romano Abrangia Toda a Terra? Expliquei Apocalipse 3.10, final da seção;

3. Em 13 – Acerca da Batalha de Apocalipse 19 e do Sermão do Monte das Oliveiras de Mateus 24, cito Jim Gibson para explicar quando ocorreu o que Jesus disse em Mateus 24: falsos cristos, guerras, fomes, pestes e terremotos.

4. Em 22 – O Tempo Está Próximo. A Primeira Ressurreição – Aprimoramentos Gerais.

Deus abençoe, Roberto Fiedler Rossi

SUMÁRIO

Prefácio

Novidades Desta Edição

1 Considerações Iniciais e Unidade do Corpo de Cristo em Matéria de Escatologia

2 Apocalipse Tem Muitas Alegorias, Pois É Uma Revelação

3 A Visão Pré-Milenista Dispensacionalista

4 Jesus venceu o Diabo, Já Reina, e Reinará Eternamente

5 Acerca do Período dos Mil anos encontrados na Escritura

6 Acerca da Vinda do Senhor Jesus e do Dia do Senhor em 2Tessalonicenses

7 As Setenta Semanas de Daniel, e os Sete Anos da Aliança do Anticristo

8 Acerca da Grande Tribulação

9 Acerca do Alcance da Pregação do Evangelho

10 Acerca da Datação do Livro de Apocalipse e da Besta de Apocalipse 13

11 Acerca do Império Romano e do Reino de Cristo

11.1 As Duas Testemunhas

11.2 O Império Romano Abrangia Toda a Terra?

11.3 Apocalipse 12

12 A Relação Entre a Besta, a Prostituta sobre a Besta e os Dez Chifres

13 Acerca da Batalha de Apocalipse 19 e do Sermão do Monte das Oliveiras de Mateus 24

13.1 Selos, Trombetas e Taças de Apocalipse

14 Acerca do Homem do Pecado de 2Tessalonicenses e da Apostasia da Igreja Católica

15 Meu Senhor tarde virá. Mateus 24-25

16 Acerca do Fim desta Era: Satanás será totalmente solto. O Dia do Senhor

16.1 Deus lhes enviará a operação do erro (2 Ts 2.11)

17 Acerca do Povo de Deus. O Israel de Deus

17.1 A Salvação de Israel conforme Romanos 11

17.2 Gogue e Magogue. Os Últimos Tempos

17.3 Gogue e Magogue Cercam a Cidade Amada: Possibilidades para Interpretar Apocalipse 20.9

18 Jesus voltará. O arrebatamento. A Segunda Vinda

18.1 João 14.3 fala de uma vinda de Jesus de duas fases?

19 Como foi nos dias de Noé

20 Acerca do Estado Intermediário

21 A Ressurreição e o Juízo Final

22 O Tempo Está Próximo. A Primeira Ressurreição

22.1 Uma Palavra Acerca do Milênio

23 Acerca da Condenação Eterna

23.1 O Inferno e o Amor de Deus

23.2 A Base Teológica Para a Doutrina do Inferno, por Norman Geisler

23.3 O Inferno é Igual ao Lago de Fogo? O Diabo Está no Inferno? Explicando 2Pe 2:4. O Que São os Termos Sheol, Hades, Gehenna e Tártaro?

24 Acerca do Mistério sobre a Eternidade no Antigo Testamento

25 Galardão

26 Acerca do Céu e da Nova Jerusalém

27 Conclusão

ANEXO – Citações de Flávio Josefo sobre a Primeira Guerra Judaico-Romana

APÊNDICE A – Aliancismo versus Dispensacionalismo; Reflexão sobre o Milênio na visão Dispensacionalista versus a Escritura Sagrada: A Consequência de se Interpretar Profecias do Antigo Testamento Literalmente

APÊNDICE B – Será que o fogo de Deus (Ap 20.9) ou labaredas de fogo (2Ts 1.8) que virá junto com a vinda do Senhor são as bombas nucleares? E se ocorrer uma terceira guerra mundial?

APÊNDICE C – Escatologia e a Tolerância, segundo Romanos 14

Referências Bibliográficas

1 Considerações Iniciais e Unidade do Corpo de Cristo em Matéria de Escatologia

Cremos que nenhum homem ressuscitou corporalmente (fisicamente) para a vida ou para o castigo eterno ainda, como o Senhor Jesus (Ap 20.5, Ap 1.5). Desta maneira, como o Senhor Jesus, além de ser onipresente em sua natureza divina (Deus é Espírito), está de corpo presente no céu em sua natureza humana glorificada, nós poderemos abraçá-lo e ver o seu rosto, a face de Deus!

Primeiramente, consideramos, como G. K. Beale e Campbell em Revelation (2015), Apocalipse ser uma epístola pastoral para a igreja de todos os tempos, inclusive as cartas para as sete igrejas servem para cada um de nós hoje em todos os sentidos. Segundo, não devemos nos inflamar em discussões inúteis, mas devemos nos unir, em Cristo, nas coisas que temos certeza, as verdades da Escritura, e não pregar especulações: Cristo certamente virá nas nuvens, todo olho o verá (Ap 1.7), ocorrerá a ressurreição (Dn 12.2, At 24.15), em que os salvos (a Igreja, a noiva sem ruga nem mácula, Ef 5.27) serão arrebatados em um momento, ao soar da trombeta de Deus (arrebatados 1Ts 4.13-17, 1Co 15.51-54) para ir de encontro com o Senhor Jesus e ficar com Ele para sempre na Glória, e os outros serão separados dos salvos, sendo também julgados segundo suas obras (Rm 2.6-11, Mt 16.27), em que todo o joelho se dobrará, toda a língua confessará a Deus (Rm 14.11), e quem não estiver com seu nome escrito no livro da vida será lançado no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 20.15). Já a ordem, tempo e descrição dos fatos e eventos do fim não são de grande importância, pois é pela fé. Vigilantes e prudentes, orando e perseverando na Palavra, não temamos, pois, aquele Dia, nem o dia da nossa morte (que alguns chamam de vinda do Senhor na vida de cada um), antes amemos mais a Cristo do que a nossa própria vida. 

Cremos que o fim do mundo está se aproximando; que no último dia Cristo descerá do céu, e ressuscitará os mortos da sepultura para retribuição final; que uma solene separação então tomará lugar; que o ímpio será condenado à punição, e o justo ao júbilo infindável; e que este julgamento fixará para sempre o estado final dos homens no céu ou no inferno, sobre os princípios da justiça. Confissão de Fé Batista de New Hampshire (1833).

2 Apocalipse Tem Muitas Alegorias, Pois É Uma Revelação

Apocalipse é uma revelação:

Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; Apocalipse 1:1.

Nas revelações, muitas vezes, Deus fala em alegorias. O método usado para interpretar a Bíblia corretamente é o método histórico-gramatical, porém, neste mesmo método, alegorias reconhecidas devem ser interpretadas como alegorias, e não literalmente. É difícil interpretá-las, sim, mas não impossível. Não preciso falar das revelações que Deus já me deu, vejamos as Escrituras:

José do Egito:

Sete vacas gordas realmente COMERAM sete vacas magras? Não, vaca não come vaca, mas foi uma alegoria, que representavam sete anos de fartura e sete anos de fome.

O sol, a lua e onze estrelas REALMENTE se curvaram a José? É literal? Não, não ocorreu evento extraordinário no Universo, mas quem se curvou a José foram seus pais e irmãos.

Jacó:

Existe mesmo uma escada até o céu sobre a qual sobem e descem anjos? É literal? Não, essa é uma visão (alegoria) acerca de CRISTO, cumprida na vida dele na Terra: João 1.51 E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.

Apocalipse 11, as duas testemunhas. Literal? Não, é uma visão de João, e vamos seguir o princípio de a Escritura interpreta a Escritura. O que a Bíblia diz: Romanos 3:21 "Mas agora se manifestou sem a lei