A Punição no Sistema Moral Kantiano
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A Punição no Sistema Moral Kantiano - Juliane Scariot
punição.
1. PROLEGÔMENOS DA TEORIA KANTIANA DA PENA
Encontrar um ponto inicial para a exploração dos escritos de Immanuel Kant sobre a punição é uma tarefa no mínimo difícil, afinal exige que um todo seja (re)construído a partir de partes esparsas. Importante esclarecer que se fala em (re)construção, pois Kant não escreveu uma obra específica sobre a temática, tampouco apresentou de forma clara e inequívoca a finalidade da punição no sistema da metafísica dos costumes. Dessa forma, cada excerto no qual o filósofo refere-se à punição deve ser entendido como uma peça de um grande quebra-cabeça
(HILL JR., 2000, p. 174), cuja montagem é o desafio deste trabalho e cujo início ocorrerá a partir da explicitação de conceitos básicos e da análise de casos mencionados pelo próprio Kant.
1.1 justiça punitiva
A justiça punitiva é um conceito jurídico pertencente à metafísica dos costumes, entretanto essa afirmação requer uma explicação do que seja a metafísica dos costumes. Segundo Kant, "um sistema de conhecimentos a priori mediante meros conceitos se denomina metafísica" (KANT, 2011, p. 23 – Ak, VI, 216) e o termo costumes (sitten em alemão ou mores em latim) designa ordinariamente somente maneiras e forma de vida
(KANT, 2011, p. 23 – Ak, VI, 216), em que pese os preceitos da moralidade não serem extraídos da observação do comportamento dos homens. Assim, a palavra costumes refere-se a preceitos cujas ordens valem para todos os seres racionais possuidores de liberdade e razão prática, independentemente de suas inclinações. Destarte, a expressão metafísica dos costumes designa um sistema que pretende expor conceitos relacionados a leis morais, não derivados da experiência e válidos universalmente.
O referido sistema é dividido em princípios metafísicos da doutrina do direito e princípios metafísicos da doutrina da virtude, cujo resultado é o binômio direito-ética. Apesar de a metafísica dos costumes ser um sistema íntegro, a diferenciação de direito e ética e a explicação de cada um desses elementos possui maior destaque, ou seja, não há a preocupação de caracterizar minuciosamente a metafísica dos costumes. Essa afirmação é ratificada quando se observa que a obra A Metafísica dos Costumes possui duas grandes partes: a primeira referente ao direito e a segunda, à ética; já a explicitação dos elementos comuns restringe-se a um trecho da introdução, no qual há a apresentação de conceitos aplicáveis às duas partes. Aparentemente Kant presume que a partir de cada uma das partes da metafísica dos costumes (direito e ética) pode-se conhecer o todo, assim não seriam necessárias maiores caracterizações