A fundamentação da ciência hermenêutica em Kant
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A fundamentação da ciência hermenêutica em Kant - Ricardo Henrique Carvalho Salgado
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Conhecimento
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Editores: Marcos Almeida e Waneska Diniz
Revisão: Ricardo Henrique Carvalho Salgado, Paulo César Pinto de Oliveira e
Raphael Silva Rodrigues
Diagramação: Lucila Pangracio Azevedo
Capa: Waneska Diniz
Conselho Editorial:
Fernando Gonzaga Jayme
Ives Gandra da Silva Martins
José Emílio Medauar Ommati
Márcio Eduardo Senra Nogueira Pedrosa Morais
Maria de Fátima Freire de Sá
Raphael Silva Rodrigues
Régis Fernandes de Oliveira
Ricardo Henrique Carvalho Salgado
Sérgio Henriques Zandona Freitas
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1. Hermenêutica jurídica. 2. Hermenêutica filosófica. 3. Ciência hermenêutica. 4. Filosofia kantiana. 5. Filosofia alemã. 6. Filosofia do direito. I. Oliveira, Paulo César Pinto de (rev.). II. Rodrigues, Raphael Silva (rev.). III. Kant, Immanuel, 1724-1804. IV. Título.
CDDir – 340.326
CDD(23.ed.) – 121.686
Elaborada por Fátima Falci – CRB/6-700
SUMÁRIO
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1 – KANT
1.1 PEQUENA SÍNTESE DA FORMAÇÃO KANTIANA COM VISTA AO PROBLEMA FUNDAMENTAL
1.2 O PROBLEMA FUNDAMENTAL
1.3 A CRÍTICA DA RAZÃO PURA
1.3.1 O fenômeno
1.3.2 Os elementos a priori da sensibilidade: as intuições puras
1.3.3 Os conceitos puros da analítica transcendental: as categorias
CAPÍTULO 2 – GADAMER: OS ELEMENTOS DA SENSIBILIDADE – A LINGUAGEM E A HISTORICIDADE
2.1 A IDEIA DE FORMAÇÃO
2.2 A HISTORICIDADE
2.3 A LINGUAGEM
CAPÍTULO 3 – BETTI: OS CÂNONES HERMENÊUTICOS
3.1 A TEORIA DE BETTI
3.1.1 Introdução
3.1.2 A ciência hermenêutica de Betti
3.1.3 A possibilidade das categorias hermenêuticas
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
PREFÁCIO
KANT E AS CONDIÇÕES A PRIORI DE
UMA CIÊNCIA HERMENÊUTICA
O Autor, Ricardo Henrique Carvalho Salgado, não está afirmando, neste livro, que há uma hermenêutica em Kant.
Seguidor de Kant, como parece, ao desenvolver seus estudos na linha da hermenêutica jurídica, com base em uma hermenêutica filosófica, como o fez no seu livro Hermenêutica Filosófica e Aplicação de Direito (1ª ed., Belo Horizonte: Del Rey, 2006, e 2ª ed. rev. atual., Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2018), procurou avançar, de certo modo com ousadia científica, para indagar acerca da possibilidade de uma ciência hermenêutica. É nesse ponto que Kant lhe oferece suporte seguro. Nisso seguiu caminho antes diverso, o de uma dialética aplicada à hermenêutica jurídica, me parece, sendo também importante não conflitar com essa proposta, pois o livro trata da busca de um estatuto epistemológico da hermenêutica, portanto com um recuo metodológico, a deixar livres os caminhos para o momento técnico da aplicação do direito, quer por dialética, em que a norma jurídica surge como universal abstrato, o fato como particular e o resultado como o universal realizado, isto é, o universal da norma realizada na individualidade do fato; quer pelo caminho da subsunção ou silogismo da ação, sempre possível, além de outros admitidos no momento aplicação.
Evidentemente que uma ciência no sentido estrito enseja o recurso a Kant para testar a sua possibilidade.
Nesse sentido, o Autor teve sucesso. Como toda criação científica, está, evidentemente, sujeita a discussão. E isso é enriquecedor. Entretanto, não há como negar a consistência da proposta deste livro, A Fundamentação da Ciência Hermenêutica em Kant, agora em sua 2ª edição revista e atualizada pela Editora Conhecimento Livraria. Com efeito, tomando como modelo a hermenêutica filosófica Gadamer e a hermenêutica científica de Betti, selecionou, nesses autores, as contribuições mais expressivas que deram ao estudo da hermenêutica: a linguagem e a historicidade no primeiro, e as categorias científicas no segundo (autonomia, totalidade e coerência, atualidade).
Une-as metodicamente, submetendo-as ao critério e ao teste da filosofia transcendental do grande filósofo, Kant. O resultado, e está convicto disso, é a possibilidade de uma ciência hermenêutica rigorosa, assentada em condições a priori das faculdades de conhecer: a sensibilidade e o entendimento (o pensar).
Como se percebe, é um livro denso e provocante, trazendo uma novidade que, sem dúvida, ensejará reflexões dos estudiosos desse rico campo do conhecimento, contribuindo para o avanço nas suas pesquisas.
Prof. Dr. JOAQUIM CARLOS SALGADO
Doutor em Direito pela Universidade
Federal de Minas Gerais.
Professor Titular de Teoria Geral e Filosofia do Direito na
Faculdade de Direito da UFMG.
Professor Titular (licenciado) da
Faculdade de Direito Milton Campos.
Professor (licenciado) da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais.
Professor Visitante (Gastprofessor)
da Faculdade de Filosofia da Universität Tübingen,
da República Federal da Alemanha.
INTRODUÇÃO
O texto original, trabalho de conclusão do doutorado em Filosofia do Direito pela UFMG, volta-se à questão da Fundamentação da Hermenêutica como Ciência em Kant. Quer dizer, fundamentação da hermenêutica como ciência da compreensão, teórica, não apenas como uma técnica ou atividade prática.
Para a comprovação do tema, o livro compõe-se de seis capítulos: o primeiro é a introdução; o segundo aborda o pensamento de Kant, uma vez que é fundamental a exposição dos elementos a priori da sensibilidade e as categorias do entendimento; em dois capítulos, são abordadas as duas grandes vertentes hermenêuticas do último século: a visão filosófica de Gadamer e a científica, de Betti. A partir daí, procura-se demonstrar a possibilidade da existência de elementos e categorias puramente hermenêuticos, com base na filosofia kantiana, ou seja, na filosofia transcendental, aplicada ao pensamento filosófico de Gadamer e ao pensamento científico de Betti, deles retirando, segundo o modelo kantiano, conceitos, que são condições a priori de uma ciência da compreensão da obra humana - a hermenêutica. São levantados no pensamento desses autores (Gadamer e Betti) os elementos da sensibilidade, a historicidade e a linguagem, as categorias do pensamento (entendimento), a da autonomia do objeto, da totalidade e coerência, e a da atualidade.
Convém ficar claro que o procedimento kantiano, o seu modelo, foi usado para teste do conhecimento, aqui aplicado ao conhecimento compreensivo (não explicativo) da obra humana (não da natureza). Desse modo, o a priori dos elementos da sensibilidade, bem como das categorias do entendimento, é tomado aqui como não radical. Por isso, não importa se vieram de alguma experiência ou se são formas constitutivas do espírito humano, mas que estão, a priori, no sujeito, antes de qualquer experiência hermenêutica, como condição de um conhecimento científico do sentido da obra humana.
A conclusão se dá em virtude de serem encontradas similitudes no pensamento gadameriano e bettiano, semelhanças que nos levam a vislumbrar a existência de elementos da sensibilidade (historicidade e linguagem) e categorias hermenêuticas do entendimento (autonomia, totalidade e coerência e atualidade), os quais devem estar em todo conhecimento hermenêutico quando se quer ser um conhecimento científico.
KANT
1.1 PEQUENA SÍNTESE DA FORMAÇÃO KANTIANA COM VISTA AO PROBLEMA FUNDAMENTAL
Immanuel Kant