O mundo assombrado pela internet: as redes sociais trazendo uma nova era das trevas para a humanidade
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Sobre este e-book
As Big Techs e seus sócios estatutários querem comandar a economia, a política e as pessoas em todo o mundo, estabelecendo um governo virtual global, que ignora as soberanias nacionais e os seus cidadãos. Para isso, elas estão praticando um anarcocapitalismo de vigilância, controle e manipulação, criando um mundo distópico no qual somos comandados por algoritmos de inteligências artificiais e por uma pequena elite econômica que controla todos os mercados de capitais do mundo.
A democracia, como a conhecemos, está sendo completamente substituída por um modelo de vigilância, controle e manipulação através da tecnologia.
Convido você a entender onde estamos e para onde estamos indo!
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O mundo assombrado pela internet - Jair Lorenzetti Filho
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
APRESENTAÇÃO - UM MUNDO ASSOMBRADO PELAS MÍDIAS SOCIAIS
CAPÍTULO 1 - ECONOMIA ESTOCÁSTICA QUÂNTICA
CAPÍTULO 2 - POLÍTICA QUÂNTICA
CAPÍTULO 3 - MÍDIAS SOCIAIS ANARCOCAPITALISTAS
CAPÍTULO 4 - A DESINFORMAÇÃO VIRAL DA PÓS-VERDADE
CAPÍTULO 5 - OS TOTENS DIGITAIS
CAPÍTULO 6 - A RELIGIÃO ALGORÍTMICA
CAPÍTULO 7 - A FALSA ILUSÃO DE LIBERDADE E A UTOPIA DA CIDADANIA DIGITAL
CAPÍTULO 8 - PROGRAMADOS POR INTELIGÊNCIAS ARTIFICIAIS
CAPÍTULO 9 - GEORGE ORWELL, ALDOUS HUXLEY, RAY BRADBURY, UMBERTO ECO E NELSON RODRIGUES
CAPÍTULO 10 - UM MUNDO DISTÓPICO COMANDADO PELAS MÍDIAS SOCIAIS
O AUTOR
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÔNUS - TUDO SOBRE A DEMOCRACIA CIBORGUE
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
APRESENTAÇÃO - UM MUNDO ASSOMBRADO PELAS MÍDIAS SOCIAIS
Por convenção usaremos neste livro a designação Mídia Social, mais amplo, que abrange também o conceito de Rede Social.
O mundo está passando por profundas transformações económicas, políticas e tecnológicas. Porém a maioria das pessoas não está preparada para estas mudanças, tanto do ponto de vista profissional, de cidadania e como seres humanos sapientes e oniscientes.
As transformações algorítmicas são quânticas, sendo realizadas com eficiência e eficácia, em alta velocidade, através da utilização das inteligências artificiais.
A maioria dos seres humanos, assim como as mídias tradicionais, se tornaram obsoletos em um piscar
de bits.
As pessoas, passaram a não compreender nem aceitar mais o mundo onde vivem e com isso passaram a viver com medo, resignação, recalcados, inseguros e recorreram a posturas como alienação, fanatismo, tribalismo e ódio irracional.
Todas as pessoas foram catapultadas, para dentro deste novo mundo distópico, pelas mídias sociais, que passaram a controlar tudo e todos no planeta.
O problema é que as mídias sociais não são uma ONU (Organização das Nações Unidas), onde os interesses são estabelecidos de modo racional, altruísta e para o benefício global. São empresas de tecnologia de informação (big techs) que dominam o software e o hardware. Também são empresas privadas (mesmo com capital aberto), podendo ter entre seus acionistas, além de geeks com ambições sem limites e sem ética, as piores oligarquias econômicas dos piores países em termos de ideologias, política, democracia e direitos humanos, com direito a voto e poder de decisão em seus conselhos de administração.
Eles podem estar escondidos anonimamente por fundos de investimentos e participações, representados por conselheiros profissionais. São estas empresas que comandam as mídias sociais, entre uma série mais de tecnologias destinadas apenas aos negócios.
Além dos dividendos resultantes dos lucros das mídias sociais, que são apenas migalhas dentro do big picture
(cenário econômico global), estes acionistas querem o controle da economia, portanto da política e por decorrência das pessoas.
Estes sócios estatutários raciocinam de modo estocástico (uma aplicação com inteligência artificial que os ajuda a decidir onde, como e quando investir seu dinheiro no mercado de capitais). Eles enxergam as mídias sociais como um avanço em relação aos osciladores estocásticos, pois passam a ter a capacidade de controlar a economia, política e pessoas, colocando todas, sem que estas tenham ciência disto, trabalhando para eles.
Não é por acaso que a concentração de renda aumentou, juntamente com a desigualdade social, econômica e a devastação ambiental, conforme a influência das mídias sociais foi aumentando. E isso só vai piorar.
Estas mídias sociais operam globalmente, submetidas apenas as leis de seu país sede, onde elas geram gordos
impostos e controle global (portanto com leis e autoridades mais complacentes), mas também em paraísos fiscais, sem leis e praticamente sem impostos, onde as corporações e seus acionistas se encontram para a distribuição dos lucros, que ficam em contas por lá mesmo.
Não existe uma organização global que regulamente a operação das mídias sociais, que ao contrário das mídias tradicionais, são regulamentadas geograficamente em cada um dos países que operam.
Na prática as mídias sociais acabam operando de modo libertário
, praticando parcialmente um anarcocapitalismo, porém de controle, favorecendo um pequeno grupo econômico detentor de seu controle acionário. São os modernos Piratas do Caribe
, muitas das mídias sociais com sede inclusive em paraísos fiscais no Caribe, coincidentemente.
Mesmo se você for vítima de crimes virtuais cometidos pelas mídias sociais ou seus usuários anônimos, estas empresas possuem Políticas e Regras
próprias, as quais para elas, se sobrepõem as cartas magnas dos países nos quais estão operando.
Os crimes virtuais que as mídias sociais oportunamente chamam como liberdade de expressão
e não controlam, nem excluem, dizendo serem incapazes legalmente
de avaliar os conteúdos (apesar de serem capazes legalmente
para publicarem, darem alcance e faturar com eles), pois estariam praticando então censura, se o fizessem. Isso é uma grande falácia.
As mídias sociais contratam os melhores e mais caros escritórios de advocacia disponíveis no país onde está a vítima dos crimes virtuais, e usam todas chicanas e recursos jurídicos para fugirem de suas responsabilidades sobre os crimes. Em muitos dos casos, chegam a afirmar que suas filiais locais não têm nenhuma relação com o site da mídia social e jogam a questão legal para seu país sede ou paraíso fiscal onde dizem operar unicamente.
As práticas destas empresas, são claramente arbitrárias, absolutistas e até despóticas, usando do seu poder econômico para comandar de modo autoritário e antidemocrático. Lembrando que são ainda eles mesmos quem julgam a aplicação de suas Políticas e Regras
, tornando a questão ainda mais opressora, subjetiva e impositiva.
O fato é que tanto os acionistas quanto os colaboradores destas empresas, estão atualmente entre os mais bem remunerados profissionais do mercado em suas respectivas posições. Deste modo defendem com afinco
seus vencimentos e poder, independentemente de ter que passar por cima de ética, leis, países, pessoas e outras empresas, para manter o status quo e o establishment das mídias sociais.
As mídias sociais funcionam como uma nova forma de governo totalitário global, com descendência direta de modelos totalitários como imperialismo, absolutismo, fascismo, nazismo, socialismo, comunismo etc.
Também têm afinidade de modus operandi com o crime organizado, principalmente o narcotráfico, na questão de seus usuários
serem viciados pelas mídias sociais, de maneira análoga aos dependentes químicos de substâncias psicoativas.
As big techs são o maior truste do capitalismo selvagem que já existiram até o presente momento no planeta. Deixando trustes como o do petróleo e televisão parecendo um jogo de tabuleiro infantil como o Monopoly
(Banco imobiliário). Efetivamente as mídias sociais se parecem mais com um outro jogo de tabuleiro infantil, o WAR.
A única saída para enfrentarmos o império das mídias sociais é a criação de uma organização global, subseção da ONU, que regulamente o funcionamento e atuação das mídias sociais, respeitando a democracia, cidadania e direitos humanos, como cláusulas pétreas. Principalmente coibindo o anonimato e a impunidade para os crimes virtuais cometidos a cada minuto por estas mídias sociais e seus usuários. Isso inclui o poder desta organização poder simplesmente desconectar
a rede social da World Wide Web (rede mundial de computadores). Não esperem que os governos e as outras empresas tomem inciativas de enfrentarem as mídias sociais, pois na realidade eles são reféns as temem (com síndrome de Estocolmo), já que elas controlam a economia, a política e as pessoas. Hoje estes dependem das mídias sociais econômica e politicamente.
Eu falo tudo isso como ex C Level (ex CEO e CIO), com passagens por estas Big Techs dos EUA e Europa, membro de conselhos consultivos e de administração de empresas com capital aberto, ativista ambiental, social progressista, defensor do liberalismo verde e membro do Partido Verde brasileiro. Não sou um extremista de esquerda ou de direita, como a polarização promovida pelas mídias sociais tenta estigmatizar todas as pessoas, de maneira dualista maniqueísta. Politicamente sou 3D.
Também, por equívoco dos próprios protofascistas, já estive nos grupos secretos da alt-right (sempre expulso após pouco tempo), bem como atendo, via consultorias internacionais, das quais sou membro do conselho, muitos membros e empresas da alt-right e as próprias big techs, a respeito de negócios no Brasil.
Eu sou perseguido politicamente por algumas mídias sociais, como Twitter e Google, inclusive já tendo processado ambas administrativamente por crimes virtuais. Eu conheço a questão na teoria e na prática. Como dizem só consegue ensinar quem sabe fazer
.
Este livro foi inspirado, ao inverso, pelo livro O Mundo Assombrado pelos Demônios: A Ciência Vista Como Uma Vela No Escuro
, de Ann Druyan e Carl Sagan. Neste caso a ciência da computação está apagando a vela.
Espero que apreciem a minha visão e obrigado por terem escolhido o meu livro para a leitura.
CAPÍTULO 1 - ECONOMIA ESTOCÁSTICA QUÂNTICA
A economia global, desde os anos noventa, vem sofrendo profundas mudanças decorrentes dos avanços da tecnologia de informação (informática), que passou a ser utilizada dentro das empresas nas formas de diversos sistemas, inicialmente independentes até os totalmente integrados. O auge disso foi no bug do milênio, com a questão dos sistemas legados que só tinham dois dígitos para o ano e voltariam para 1900. As empresas investiram massivamente em informática, fazendo customizações nos sistemas legados (antigos) ou implantando aceleradamente os ERP (Enterprise Resource Planning), que abrangiam praticamente todas as áreas das empresas, organizando, simplificando, automatizando processos e melhorando a qualidade da gestão empresarial drasticamente. A empresa de maior destaque desta primeira onda foi a SAP da Alemanha com o R/3, seguida depois pela Microsoft com o Dynamics, Oracle e outros, que foram desaparecendo, sendo incorporados por estas empresas pelo caminho.
Isto ocorreu na segunda metade da década de 90 até a virada do século. Depois veio a primeira bolha das empresas de internet (as ponto com), com uma infinidade de soluções que se integravam com os ERP, internamente na empresa através de diversos tipos de interfaces, ainda não padronizadas como hoje. Porém a bolha das ponto com
estourou por algumas razões: A internet ainda não possuía velocidade, segurança, padronização e hardware suficientes para suportar os devaneios
dos empresários das startups ponto com
. Além disso as pessoas que dominavam o mundo na época eram ainda os babies boomers e Geração X, que não foram criados dentro da cultura da internet, como os millenials a seguir (gerações Y, Z, Alfa etc.).
Somente na segunda década deste século a internet, como negócio, começou a ter força relevante, inicialmente com as próprias empresas de ERP levando suas soluções para a nuvem e depois criando funcionalidades assessórias dentro dos ERP, tais como CRM, BI, e-commerce, e-service, e-procurement e uma infinidade de novos processos que eram executados através da internet, era o market place virtual se tornando realidade.
O sistema financeiro, tanto o bancário, como o mercado de capitais e o governo também investiram rios de dinheiro, levando suas operações para a internet. E principalmente o mercado de capitais (Bolsas de Valores e toda a cadeia de negócios), que outrora era um mundo fechado e elitizado, para uma pequena oligarquia, passou a estar disponível no varejo. Claro que os melhores negócios continuaram para a pequena oligarquia, que detinha o capital, know-how e expertise para tal.
Uma inteligência artificial simples, já bastante antiga, utilizada pelas empresas e pessoas que operam no mercado de capitais, são os osciladores estocásticos. Como nosso objetivo neste livro não é a reinvenção da roda, vou recorrer por diversas vezes a informações públicas e livres disponíveis na Wikipédia, na qual também escrevo.
O Estocástico é um oscilador desenvolvido por George Lane no início da década de 1950, sendo muito utilizado por investidores com perfil de curto prazo ou que operam com derivativos, como opções de compra. Ele se baseia no princípio de que os preços de fechamento, durante uma tendência de alta, tendem a se posicionar mais próximos da máxima do dia do que de sua mínima. De forma análoga, durante uma tendência de baixa, o fechamento posiciona-se mais próximo da mínima do que da máxima. Seus sinais de compra e venda estão associados à identificação de níveis de sobre compra e sobre venda dos ativos
[01]
Os sistemas e processos estocásticos desempenham um papel fundamental em modelos matemáticos de fenômenos em muitos campos da ciência, engenharia e economia, mas para os objetivos deste capítulo somente vamos nos ater as aplicações do mercado de capitais.
Com os geradores estocásticos, cada vez mais aprimorados, pelo desenvolvimento dos algoritmos das inteligências artificiais, associados a facilidade de compra e venda de ações, de maneira online, tanto para pessoas físicas como para empresas que operam Market Trend
em carteiras, para si e para terceiros, houve uma explosão no número de operadores e investidores no mercado de capitais, de pessoas que antes não tinham acesso ao mesmo. Porém os private banks, boutiques de investimento, empresas de serviços financeiros (hedge funds, fundos de private equity, bancos de investimento), empresas de consultoria empresarial, corporações e organizações sem fins lucrativos, fundos de pensão etc. continuaram sendo a mesma oligarquia dominante neste mercado de sempre. Apenas carteiras de varejo com o volume de investidores altos e volumes investidos individualmente pequenos, foram as reais novidades desta vertical.
Esta e é a economia estocástica, na qual dinheiro faz dinheiro, enquanto cada vez menos empresas (por conta das aquisições e fusões constantes) produzem riqueza economicamente de fato. É o novo sonho da classe média alta, a economia quântica, principalmente os millenials, usar dinheiro para fazer mais dinheiro, enquanto os outros trabalham nas empresas produtivas para eles. Os millenials buscam qualidade de vida pessoal e nos negócios. Trabalhar em Home Office, poucas horas por dia, podendo alternar o Home Office para casas de campo, casas de praia e hotéis, é o grande sonho deles e não uma carreira e um bom
emprego fixo, como a Geração X e os Babies Boomers (os segundos que já estão praticamente todos retirados
dos negócios).
O próximo passo da economia estocástica é a economia quântica, onde as Inteligências artificiais assumirão completamente o pouco trabalho atual dos millenials. Mas lembrem-se estamos falando de classe média alta para cima. A classe média para baixo, também de millenials, vai substituir a geração X nas empresas nas funções restantes pós robotizações e inteligências artificiais, levando o mesmo espírito de pouco trabalho e de melhores condições possíveis. Este fato vai acelerar o uso das inteligências artificias e robotização nas verticais produtivas. Levando a um desemprego sem precedentes, um aumento de concentração de renda e desigualdade econômica e social em níveis de casa grande e senzala
.
Isto já começou. Muita gente chama isso equivocadamente de efeito da globalização, mas o fato de produzir na China com mão de obra com salários de esmolas
ocidentais, é transitório. Em breve produzir em países ocidentais novamente, com sustentabilidade, economia verde, inteligências artificiais e robotização, irá tirar a vantagem competitiva da mão de obra quase filantrópica dos países subdesenvolvidos. É por isso que os chineses investem massivamente em educação, pesquisas e tecnologia.
Muita gente já está sobrando
e muita gente mais ainda vai sobrar
, gerando legiões de pessoas com medo, revoltadas, resignadas, recalcadas, ociosas e com muito ódio, utilizando as mídias sociais por muitas e muitas horas por dia, nas bolhas de filtro e câmeras de eco. Já estamos vislumbrando alguns efeitos sociais e políticos disso em várias partes do mundo. Causando já convulsões sociais e políticas.
Nesta pandemia de COVID, na qual as pessoas foram obrigadas a um distanciamento a trabalhar em Home Office, muitas delas serão desligadas das empresas, substituídas por inteligências artificiais. As pessoas serão obrigadas a migrar para serviços (também controlados por inteligências artificias os app
, num primeiro momento, focados em serviços como logística, primordialmente. Mas os veículos autônomos e drones com inteligências artificiais já são uma realidade, que deverá substituir estas pessoas em breve. Enquanto os robôs não estiverem fazendo quentinhas
as pessoas serão forçadas a se concentrar em atividades cada vez menos técnicas e mais artesanais. E isso também já está no horizonte das inteligências artificiais.
Não haverá como todos ser tornarem investidores do mercado de capitais ou empresários, bem como só aquela mesma oligarquia que sempre comandou este mercado, terá lucros representativos de fato, sobrando para a classe média apenas percentuais que disputam a menor ruindade
que investimentos em carteiras bancárias tradicionais e poupança, por exemplo.
A economia quântica não suporta a atual população do planeta, a eficiência e eficácia dos processos empresariais, aceleradas pela tecnologia, deixarão sem função a maior parte das pessoas, deixando a população economicamente ativa muito menor que os marginais econômicos. Isso já está trazendo convulsões econômicas, sociais, políticas e desequilibrando a democracia e a cidadania em países desenvolvidos, até como EUA e União Europeia. Uma renda global mínima pode ser um atenuante para isso, porém temos que ver até que ponto, a pequena oligarquia, que comanda a economia global estará disposta a renunciar a parte de sua riqueza e rendimentos em prol da humanidade.
Se esta oligarquia não