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Tragédia e Esperança: Uma Introdução - A Ilusão de Justiça, Liberdade e Democracia
Tragédia e Esperança: Uma Introdução - A Ilusão de Justiça, Liberdade e Democracia
Tragédia e Esperança: Uma Introdução - A Ilusão de Justiça, Liberdade e Democracia
E-book248 páginas3 horas

Tragédia e Esperança: Uma Introdução - A Ilusão de Justiça, Liberdade e Democracia

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Sobre este e-book

Esta é a tradução portuguesa de Tragedy & Hope 101 (título em português: Tragédia e Esperança: Uma Introdução - A Ilusão de Justiça, Liberdade e Democracia). Este livro revela as origens, instrumentos e táticas da Nova Ordem Mundial.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de ago. de 2022
ISBN9780463342619
Tragédia e Esperança: Uma Introdução - A Ilusão de Justiça, Liberdade e Democracia
Autor

Joseph Plummer

Joseph Plummer (born in January, 1970), is a civic-minded writer and entrepreneur who has written on topics ranging from alcohol and drug abuse, to achieving personal and financial success; from general philosophy, to exposing the "power behind the throne" in our once-trusted institutions.His books include: Dishonest Money (about the Federal Reserve System), Leaving the Illusion (a novel about the "dominant class"), Tragedy and Hope 101 (an introduction to Carroll Quigley’s massive tome “Tragedy and Hope”), and Pick Your Pieces (short passages aimed at restoring health and sanity in an increasingly unhealthy/insane world). All books and other writing can be read for free at JoePlummer.com

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    Pré-visualização do livro

    Tragédia e Esperança - Joseph Plummer

    CAPÍTULO 1

    Democracia

    Você já teve a impressão de que a democracia não passa de uma ilusão? Já suspeitou que existem pessoas muito poderosas que criaram um sistema que aparenta ser democrático, mas que, na verdade, exclui os cidadãos comuns do processo decisório? Alguma vez você já se perguntou: Quem realmente está controlando as coisas e o que exatamente eles estão tentando alcançar? Caso a resposta seja sim, você não está sozinho.

    Felizmente, um professor de história formado em Harvard chamado Carroll Quigley escreveu uma série de livros que respondem a todas estas perguntas e muito mais. Infelizmente, as respostas são desconcertantes, especialmente para aquelas pessoas que aceitam as verdades mais comuns criadas pelo governo democrático.

    Através do trabalho de Quigley, descobrimos que as constituições nacionais são rotineiramente lesadas pelos líderes que, a princípio, foram eleitos para defendê-las. Aprendemos que todos os instrumentos sociais tendem a se tornar instituições, independentemente de sua origem bem-intencionada, e, a partir daí, tais instituições são geridas em benefício daqueles que a controlam (em detrimento do seu propósito original).¹

    Talvez o mais perturbador seja o fato revelado por Quigley que o poder verdadeiro opera nos bastidores, em segredo e com pouco a temer das chamadas eleições democráticas. Ele prova que conspirações, sociedades secretas e pequenas, mas poderosas redes de indivíduos são não apenas reais, mas também extremamente eficazes em criar ou destruir nações inteiras, moldando o mundo como um todo. Aprendemos que o governo representativo é, na melhor das hipóteses, uma cuidadosamente arquitetada.

    Como estas verdades perturbadoras contradizem quase tudo que fomos levados a acreditar pelo governo, pelo sistema educacional e pela mídia, muitos irão imediatamente ignorá-las, considerando-as absurdas. Somente teóricos da conspiração radicais acreditam nessas coisas, eles dirão. Entretanto, há um grande problema: Carroll Quigley não era um teórico da conspiração radical. Muito pelo contrário, Quigley era um renomado historiador que se especializou no estudo da evolução das civilizações, bem como das sociedades secretas. Ele estudou história na Universidade de Harvard, onde obteve seus diplomas de bacharelado, mestrado e doutorado. Ensinou na Universidade de Princeton, na Universidade de Harvard e na Escola de Serviço Estrangeiro da Universidade de Georgetown. Ele também trabalhou como consultor do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, da Marinha dos Estados Unidos e do Smithsonian Institution.²

    Em suma, Carroll Quigley era um membro bem relacionado e de alto gabarito da sociedade Ivy League. Com base em suas próprias palavras e sua formação como historiador, tudo indica que ele foi selecionado por membros de uma rede secreta para escrever a verdadeira história por trás da ascensão desta rede ao poder. Entretanto, como o próprio Quigley percebeu mais tarde, essas pessoas não esperavam nem pretendiam que ele divulgasse tais segredos para o resto do mundo. Logo depois da publicação do seu livro Tragedy and Hope, em 1966, a Rede aparentemente comunicou o seu descontentamento à editora de Quigley, e o livro que ele passou vinte anos escrevendo foi retirado do mercado. Como relata Quigley:

    A edição original publicada pela Macmillan em 1966 vendeu cerca de 8.800 exemplares e as vendas estavam aumentando em 1968 quando, surpreendentemente, o estoque esgotou, como me informaram (porém, em 1974, quando os procurei junto a um advogado, eles confessaram que haviam destruído as chapas em 1968). Durante seis anos eles mentiram para mim, dizendo que iriam reimprimir quando atingissem a marca de 2.000 pedidos, algo que jamais aconteceria pois a qualquer um que pedisse pelo livro eles respondiam que estava esgotado e não seria mais reimpresso. Eles negaram isso até o dia em que eu lhes enviei fotocópias de tais respostas às bibliotecas e livrarias, ao que me disseram ser um erro de um dos funcionários. Em outras palavras, eles mentiram para mim e me impediram de recuperar os direitos de publicação. [Os direitos voltam para o detentor dos direitos autorais se o livro estiver descontinuado, mas não se o livro estiver simplesmente esgotado] … Influências poderosas neste país querem que eu, ou pelo menos o meu trabalho, seja reprimido.³

    Um Livro como Nenhum Outro

    Caso decida ler Tragedy and Hope, a primeira coisa que você provavelmente notará é o seu tamanho. Com mais de mil e trezentas páginas, aproximadamente seiscentas mil palavras e pesando mais de dois quilos, é seguro dizer que ele não foi escrito para o leitor casual. Tampouco foi escrito como um romance, com um enredo conspiratório, escandaloso ou interessante em cada página. Pelo contrário, como seria de se esperar de um historiador da Ivy League, trata-se de uma leitura longa e muitas vezes entediante. Noventa e cinco por cento do seu texto é formado por noções básicas de história econômica, política e diplomática. No entanto, os outros 5% contém algumas afirmações verdadeiramente surpreendentes sobre a existência, natureza e eficácia do poder oculto.

    Tanto em Tragedy and Hope, quanto em The Anglo-American Establishment (O Estabelecimento Anglo-Americano), Quigley revela a existência de uma rede secreta criada para controlar todas as partes habitáveis do mundo.

    Conheço o funcionamento desta rede porque a estudei durante vinte anos e, no início da década de sessenta, tive permissão para examinar seus documentos e registros secretos por dois anos. Não tenho aversão a ela ou à maioria de seus objetivos e, durante grande parte da minha vida, estive próximo a ela e a muitos de seus instrumentos. Eu me opus, tanto no passado quanto recentemente, a algumas de suas políticas... mas, em geral, minha principal divergência de opinião reside no fato de que ela deseja permanecer no anonimato enquanto eu acredito que seu papel na história é significativo o suficiente para ser algo notório.

    Quigley nos conta que esta abastada rede Anglófila coopera com qualquer grupo que possa ajudá-la a conquistar seus objetivos.⁶ (Isto inclui os comunistas, que, à primeira vista, parecem ser os inimigos jurados dos conspiradores capitalistas super-ricos). Ele relata como a Rede se formou no final do século XIX na Inglaterra e imediatamente começou a criar organizações de fachada. Em 1919, formou o Royal Institute of International Affairs (Instituto Real de Relações Internacionais, também conhecido como Chatham House), criando ainda outras organizações poderosas dentro dos principais domínios britânicos e nos Estados Unidos⁷. Escondida atrás dessas organizações de fachada, a Rede começou a exercer secretamente seu poder.

    Nos Estados Unidos, a principal organização chamava-se Council on Foreign Relations (CFR, ou Conselho de Relações Exteriores), a qual Quigley descreveu como "uma organização de fachada para o J.P. Morgan and Company."⁸ Em pouco tempo, a Rede expandiu suas operações, se espalhando como câncer nas universidades, na mídia e, especialmente, nas práticas de políticas externas do governo."

    Dentro deste contexto, originalmente financeiro e que remonta a George Peabody,⁹ esta estrutura de poder desenvolveu-se no século XX entre Londres e Nova York e se tornou profundamente enraizada nas universidades, na imprensa e nas práticas das políticas externas. Na Inglaterra, o núcleo era o Round Table Group (Grupo da Mesa Redonda), enquanto nos Estados Unidos era o J. P. Morgan and Company ou suas filiais em Boston, Filadélfia e Cleveland.

    A filial americana deste English Establishment (Estabelecimento Inglês) exercia grande parte de sua influência através de cinco jornais americanos (The New York Times, New York Herald Tribune, Christian Science Monitor, The Washington Post, e o deplorável Boston Evening Transcript). De fato, o editor do Christian Science Monitor era o principal correspondente americano (em anonimato)…É interessante mencionar que a existência deste eixo anglo-americano de Wall Street é um tanto óbvia uma vez que seja apontada.¹⁰

    Se a ideia de poderosos membros de Wall Street formando uma Rede estrangeira secreta para estabelecer o domínio de todas as partes habitáveis do mundo e penetrar com sucesso na vida universitária, na imprensa e nas práticas de políticas externas soa como algo que você já deveria ter ouvido falar, você está certo. Porém, A razão pela qual você não ouviu está contida na própria história. (A infiltração bem-sucedida nas universidades, na imprensa e no governo provou ser bastante útil para aqueles que desejavam permanecer no anonimato).

    Institute of Pacific Relations (IPR − O Instituto de Relações do Pacífico)

    Quigley apresenta muitos exemplos que demonstram a capacidade de infiltração e manipulação da Rede. Nas páginas 132 e 953 de Tragedy and Hope, por exemplo, ele expõe mais uma organização de fachada chamada Institute of Pacific Relations (IPR). Como o IPR fornece uma ilustração valiosa da natureza enganosa e do verdadeiro poder da Rede, o abordaremos brevemente aqui. Vamos começar com o relatório final de uma investigação do Senado dos Estados Unidos sobre o IPR. O relatório afirmava, em parte, que:

    O IPR foi considerado pelo Partido Comunista Americano e por oficiais soviéticos como um instrumento de política, propaganda e inteligência militar comunista. O IPR disseminou e buscou popularizar informações falsas, incluindo aquelas provenientes de fontes soviéticas e comunistas …O IPR era um veículo utilizado pelos comunistas para orientar as políticas americanas voltadas ao extremo oriente em direção aos objetivos comunistas.¹¹

    Para uma pessoa comum, parece loucura sugerir que uma rede de capitalistas extremamente ricos está secretamente conspirando para ganhar o controle mundial. Entretanto, maior loucura ainda é acusar estes mesmos capitalistas super-ricos de utilizar tamanha riqueza e poder para popularizar um sistema de governo (o comunismo) que, em tese, levaria à destruição de toda a sua riqueza e poder. Certamente, se esta história tão inacreditável fosse de fato verdade, a imprensa livre teria espalhado esta notícia pelos quatro cantos... correto? Errado. Vamos avançar um pouco no tempo e analisar como Quigley descreveu o esforço da mídia, orquestrado pela Rede, para encobrir a investigação do Senado:

    Logo ficou claro que pessoas de imensa riqueza ficariam descontentes caso a investigação fosse longe demais e que os jornais mais respeitados do país, intimamente aliados a estes homens de recursos, não se empolgariam com nenhuma [revelação] que fizesse valer a pena a publicidade em termos de votos ou contribuições de campanha.¹²

    Como demonstrado acima, a Rede compreende perfeitamente a importância de controlar a opinião pública. Isso também nos dá uma ideia de como ela faz isso. (Quando uma verdade tão perturbadora não é relatada por um veículo de notícias respeitado, talvez ela sequer exista. A maioria dos cidadãos permanecerá para sempre alheia a ela.) Além disso, e neste caso em particular, qualquer senador que insistisse em levar a investigação longe demais, certamente enfrentaria uma campanha difamatória arquitetada pela mesma imprensa que ignorava o caso do IPR. Pouco tempo depois, as pessoas de imensa riqueza" que teriam ordenado tal campanha de difamação também poderiam retaliar financeiramente; destinando todas as futuras contribuições de campanha para um candidato mais obediente.

    É desnecessário dizer que este tipo de influência afeta drasticamente a quantidade de atenção que um assunto recebe na mídia. O mérito e a importância de uma história muitas vezes ficam em segundo plano diante dos desejos daqueles com poder de silenciá-la. Mais importante ainda, táticas semelhantes de controle também podem ser aplicadas em outras áreas. Tenha isto em mente ao ler o breve resumo a seguir sobre as atividades do IPR, pois o seu plano para influenciar percepções e políticas não mudou.

    Em 1951, o Subcomitê de Segurança Interna do Comitê Judiciário do Senado, o chamado Comitê McCarran, procurou mostrar que a China havia sido controlada pelos comunistas devido às ações deliberadas de um grupo de especialistas acadêmicos no extremo oriente e colegas de viagem comunistas cujos esforços nesta direção foram controlados e coordenados pelo Institute of Pacific Relations (IPR). A influência dos comunistas no IPR é bem conhecida, já o apoio de Wall Street nem tanto.

    As sedes do IPR e do Conselho Americano do IPR ficavam ambas em Nova York e estavam intimamente interligadas. Cada organização gastou cerca de US$ 2,5 milhões [quase US$30 milhões quando ajustado pela inflação] durante um quarto de século, entre 1925 e 1950, dos quais cerca de metade, em cada caso, veio da Carnegie Foundation e da Rockefeller Foundation (grupos os quais eram interligados e controlados por uma aliança de interesses entre Morgan e Rockefeller em Wall Street). Boa parte do valor restante...veio de empresas intimamente aliadas a estes dois grupos de peso em Wall Street, como Standard Oil, International Telephone and Telegraph, International General Electric, National City Bank e Chase National Bank.¹³

    Sobre a influência da Rede na política para o extremo oriente:

    Há uma grande verdade na…controvérsia de que os especialistas americanos em relação à China formavam um único grupo interligado que tinha como consenso um caráter esquerdista. Também é verdade que este grupo, a partir do seu controle de recursos, recomendações acadêmicas e oportunidades de pesquisa ou publicações, poderia favorecer pessoas que aceitassem o consenso estabelecido e prejudicar, financeira ou profissionalmente, pessoas que não o aceitassem. Também é verdade que este grupo, por sua influência na seção de crítica de livros no The New York Times, Herald Tribune, Saturday Review, algumas revistas, incluindo os semanários liberais e periódicos profissionais, poderia favorecer ou prejudicar a carreira de qualquer especialista. Também é verdade que: manobras semelhantes foram feitas nos Estados Unidos em relação ao extremo oriente pelo Institute of Pacific Relations, que esta organização estava infiltrada de comunistas e simpatizantes e que grande parte da influência deste grupo surgiu do seu acesso e controle sobre o fluxo de recursos de fundações financeiras para atividades acadêmicas.¹⁴

    Prêmios para trabalhos na área do extremo oriente exigiam aprovação ou recomendação dos membros do IPR. Além disso, o acesso a publicações e recomendações para cargos acadêmicos nas poucas grandes universidades americanas interessadas no extremo oriente exigiam patrocínio semelhante. E, finalmente, resta pouquíssima dúvida de que os cargos de consultoria em assuntos do extremo oriente no Departamento de Estado ou em outras agências governamentais eram amplamente restritos a pessoas aprovadas pelo IPR. Em resumo: os indivíduos que publicavam, que tinham dinheiro, que encontravam emprego, que eram consultados e que eram frequentemente nomeados para missões governamentais, eram aqueles tolerantes com a linha do IPR.¹⁵

    Surpreendentemente, após admitir tudo isso, Quigley de alguma forma conclui que:

    As acusações…aceitas e difundidas pelos neoisolacionistas na década de 1950 e pela direita radical na década de 1960, de que a China havia sido perdida por causa de tal grupo, ou que os membros deste grupo eram desleais aos Estados Unidos ou estavam envolvidos em atividades de espionagem, ou participavam de um complô intencional, ou que todo o grupo era controlado por agentes soviéticos ou mesmo por comunistas, não são verdade.¹⁶

    Em defesa de Quigley, a última parte de sua declaração é, de fato, precisa: o grupo não era controlado por agentes soviéticos nem por comunistas. Pelo contrário, segundo o próprio Quigley, o grupo era controlado por uma rede secreta de indivíduos que não se opunham a cooperar com os comunistas ou qualquer outro grupo e, frequentemente o fazia.¹⁷ Mas será que este fato, de alguma forma, o isenta de uma acusação de deslealdade? Será que isto muda a natureza de sua conspiração consciente para fabricar um consenso sobre a política dos Estados Unidos em relação à China? Será que isso diminui o seu impacto sobre o destino da China? Não.

    Este é um dos muitos casos em que Quigley expressa um claro viés favorável em relação à Rede e seus instrumentos. Claramente, esta parcialidade obscurece seu julgamento. Por exemplo, ele descreve repetidamente a manipulação metódica exercida pela Rede em relação a terceiros, mas aparentemente ele nunca questionou se ele também poderia ter sido manipulado. Ele descreve a carnificina de suas políticas equivocadas, mas as boas intenções da Rede são sempre aceitas sem pensar duas vezes.

    Ao combinar esta parcialidade favorável com seu desprezo declarado pela direita radical e pelos neoisolacionistas, conclusões mal fundamentadas são praticamente inevitáveis. Sua absolvição casual do papel do IPR no destino da China é um nítido exemplo. Admitir que o IPR tinha um forte poder financeiro e político, uma agenda específica e que de fato atingiu seus objetivos, mas em seguida atribuir a ascensão de Mao Zedong apenas à incompetência e corrupção do regime de Chiang Kai-shek são posicionamentos adotados por Quigley difíceis de explicar.¹⁸

    Nota: Vale a pena mencionar que logo após a criação do IPR em 1925, a guerra civil na China convenientemente começou. Uma possível razão (conjectura) pela qual a Rede poderia ter preferido um regime comunista na China é encontrada na seguinte declaração:

    Do ponto de vista mais amplo, a situação era a seguinte: a rivalidade entre as duas superpotências [os Estados Unidos e a União Soviética] só poderia ser equilibrada e suas tensões reduzidas com o surgimento de outra grande potência no território da Eurásia. Para isso, existiam três possibilidades: uma Europa Ocidental federada e próspera, a Índia ou a China. A primeira era essencial; uma das outras duas era altamente desejável; e possivelmente todas as três poderiam ser alcançadas, mas em nenhum dos casos era essencial, ou mesmo desejável, que a nova grande potência fosse aliada dos Estados Unidos.

    Caso a União Soviética fosse encurralada pelos aliados dos Estados Unidos, ela se sentiria ameaçada por ele, e buscaria segurança através da exploração mais intensa de seus recursos militares, levando a um aumento natural da tensão mundial. Por outro lado, caso a União Soviética fosse encurralada por pelo menos duas grandes potências neutras, ela seria impedida de expandir-se extensivamente (1) pela força inicial de tais grandes potências e (2) pela possibilidade de que essas grandes

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