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O Que é Igreja Missional: Modelo e vocação da Igreja no Novo Testamento
O Que é Igreja Missional: Modelo e vocação da Igreja no Novo Testamento
O Que é Igreja Missional: Modelo e vocação da Igreja no Novo Testamento
E-book127 páginas2 horas

O Que é Igreja Missional: Modelo e vocação da Igreja no Novo Testamento

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Sobre este e-book

O que é igreja missional? não deveria ser igreja "missionária"? E que diferença isso faz?
Quais modelos e exemplos bíblicos podemos aplicar à nossa realidade?

Escrito a partir do contexto e realidade das igrejas brasileiras, O Que é Igreja Missional não apenas responde a estas e outras perguntas, mas também mostra como a igreja local pode exercer a sua vocação.

Uma leitura leve e, ao mesmo tempo, profunda.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de ago. de 2021
ISBN9786586173352
O Que é Igreja Missional: Modelo e vocação da Igreja no Novo Testamento

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    O Que é Igreja Missional - Timóteo Carriker

    Livro, O que é Igreja missional - modelo e vocação da igreja no Novo Testamento . Autores, Timóteo Carriker. Editora Ultimato.Livro, O que é Igreja missional - modelo e vocação da igreja no Novo Testamento . Autores, Timóteo Carriker. Editora Ultimato.Livro, O que é Igreja missional - modelo e vocação da igreja no Novo Testamento . Autores, Timóteo Carriker. Editora Ultimato.

    Sumário

    Capa

    Folha de rosto

    Prefácio

    Igreja Missionária Ou Igreja Missional?

    1. Dois Valores Fundamentais

    2. A Igreja Missional De Antioquia

    3. A Igreja Missional De Roma

    4. A Igreja Missional De Filipos

    5. A Igreja Missional De Éfeso

    6. A Igreja Missional De Jerusalém

    7. A Igreja Missional Da Galácia?

    Conclusão

    A Construção Do Livro

    Bibliografia

    Créditos

    As citações bíblicas são da Nova Tradução na Linguagem de

    Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação específica.

    Abreviatura:

    ARA - Almeida Revista e Atualizada

    O Que é Igreja Missional é uma inspiradora e profunda reflexão sobre como iniciamos nossa caminhada de fé e quais os passos devemos seguir dois mil anos depois.

    O querido amigo e pastor Timóteo Carriker, ou, como carinhosamente o chamamos, Tim, tem conosco uma longa caminhada na Igreja de Florianópolis, que a muitos influencia a viver uma vida missional.

    Nicole Caldas de Farias Berndt

    Fabricio Fukahori

    Pastores na Igreja Presbiteriana Independente do Estreito, em Florianópolis

    PREFÁCIO

    ATÉ AS DÉCADAS DE 70 E 80 as palavras missão e missionário eram associadas exclusivamente à identidade e à atividade de estrangeiros que serviam a igreja no Brasil. Com o fortalecimento do movimento missionário isso mudou – graças a Deus! Hoje, esses termos remetem à identidade de qualquer pessoa (incluindo muitos brasileiros) e ao seu serviço em outra cultura ou país. Há aproximadamente dez anos, uma nova palavra começou a circular no meio evangélico com uma conotação um pouco diferente. O adjetivo missional se instalou para se referir espe-cialmente ao engajamento das comunidades locais em alcançar pessoas de fora da igreja, mas que tinham contato com seus membros. De certo modo, dizer que uma igreja é missional significa dizer simplesmente que ela exerce sua vocação missionária no contexto em que está inserida.

    No entanto, há muito mais que isso. Um dos propósitos deste livro é esclarecer o que é uma igreja missional e como ela exerce a sua vocação. Existem alguns bons livros¹ em português que definem uma igreja missional, embora nem sempre concordem em suas definições. Todos são traduções do inglês e apresentam o contexto norte-americano, que é bem diferente do nosso. Ainda assim, não deixam de ser boas reflexões e um estímulo para as igrejas brasileiras. Trabalhar essas diferenças é outro objetivo deste livro.² O terceiro propósito deste volume é aprofundar as bases e os exemplos bíblicos de igreja missional. Finalmente, meu último alvo com a presente obra é esclarecer a preo-cupação recorrente de que o interesse em ser missional pode diminuir o engajamento missionário de uma igreja.

    Dentre esses quatro propósitos, o que mais abordo aqui diz respeito às bases e aos modelos bíblicos para a igreja missional. As definições e os exemplos de uma igreja mis-sional são variados e até mesmo conflitantes. Apesar de Michael Goheen preencher parcialmente essa lacuna, ele se preocupa mais com a identidade de uma igreja missional do que com sua função e suas características práticas. Assim, ele explora maravilhosamente a identidade do povo de Deus ao longo das Escrituras como colaborador no pro-jeto divino para a renovação da criação e da humanidade. O autor se interessa mais pela narrativa maior das Escrituras em sua totalidade e também pelas imagens do povo de Deus que essa narrativa revela. Sua obra é o lugar perfeito para iniciar uma reflexão sobre a igreja missional. Não pretendo fazer o mesmo, pois já o fiz em livros anteriores a este, mesmo sem utilizar o termo missional.³

    Nesta obra quero destacar os bons modelos de igrejas missionais que o Novo Testamento apresenta. Meu foco está nesta parte da Bíblia porque, apesar de nossa identi-dade começar com o povo da aliança, grandes mudanças aconteceram nas práticas do povo de Deus no Novo Testamento, fruto da transformação histórica que Jesus efetuou com sua vida, morte e ressurreição. Em termos hermenêuticos, não podemos superar a interpretação que os autores do Novo Testamento fizeram do povo do Antigo Testamento. Ou seja, se procuramos modelos, devemos começar no Novo Testamento e voltar ao Antigo Testamento para compreender os modelos encontrados no Novo. Porém, são os modelos do Novo Testamento que servem de paradigma para a igreja hoje.

    Logo na introdução, apresento um breve histórico do movimento em torno da igreja missional, destacando a contribuição de recentes estudos sociológicos e bíblicos para o assunto, que ainda não recebeu uma devida atenção. Depois, a partir da Carta aos Romanos, ilustro o que con-sidero um processo hermenêutico missional. Tal processo começa com a análise do contexto social, passa à avaliação deste contexto por meio das grandes narrativas das Escri-turas, redefine conceitos teológicos à luz do contexto atual e das narrativas bíblicas até que, finalmente, propõe novas estratégias de ministério para a igreja.

    FROST, Michael e HIRSCH, Alan. ReJesus; um Messias radical para uma igreja missional. Esperança: Curitiba, 2015; HIRSCH, Alan. Caminhos esquecidos; reativando a igreja missional. Esperança: Curitiba, 2015; GOHEEN, Michael W. A igreja missional na Bíblia; luz para as nações. São Paulo: Vida Nova, 2014; KELLER, Tim. Igreja centrada. São Paulo: Cultura Cristã, 2015; LOGAN JR., Samuel T., org. Reformado quer dizer missional. São Paulo: Cultura Cristã, 2016; PATRICK, Darrin. O plantador de igreja; o homem, a mensagem, a missão. São Paulo: Vida Nova, 2013; STETZER, Ed. Plantando igrejas missionais; como plantar igrejas bíblicas, saudáveis e relevantes à cultura. São Paulo: Vida Nova, 2015; VAN ENGEN, Charles. Povo missionário, povo de Deus ; por uma definição do papel da igreja local. Trad. Fabiani S. Medeiros. São Paulo: Vida Nova, 1996.↩︎

    Enquanto este livro estava na fase de revisão, com muita alegria encontrei e li o livro Igrejas que Transformam o Brasil – sinais de um movimento revolucionário e inspirador, de Ed Stetzer e Sérgio Queiroz (São Paulo: Mundo Cristão, 2017). A obra não apenas sana com muita pesquisa e competência o problema da aplicação dessas ideias ao contexto brasileiro, mas também corrobora grandemente os valores e características da igreja missional no Novo Testamento que expomos nos próximos capítulos.↩︎

    Especialmente O caminho missionário de Deus; uma teologia bíblica de missão. 3a ed. Brasília: Palavra, 2005 e A visão missionária da Bíblia; uma história de amor. Viçosa: Ultimato, 2005, mas também A missão apocalíptica de Paulo. São Paulo: Abba Press, 2007.↩︎

    INTRODUÇÃO

    IGREJA MISSIONÁRIA OU IGREJA MISSIONAL?

    A ETIMOLOGIA DAS DUAS PALAVRAS

    Começo com algumas observações gramaticais sobre os sufixos que diferenciam as duas palavras. Tanto -al como -ário tem origem no latim, embora o primeiro também venha do francês antigo. Ambos têm funções e significados bem parecidos. O primeiro é usado para formar adjetivos com a ideia de 1) relacionado a e do tipo de ou 2) tendo a forma, o carácter ou a ação de. Já o segundo aparece em adjetivos, substantivos pessoais ou substantivos denotando objetos com a ideia geral de pertencente a, conectado a e, às vezes, contribuindo para e com o propósito de.

    SEMÂNTICA E USO DAS DUAS PALAVRAS

    Neste caso, a palavra missional significa relacionado à missão, do tipo da missão ou tendo o carácter ou a ação da missão enquanto que missionário é pertencente ou ligado à missão, contribuindo para a missão. Assim, em termos estritamente semânticos as duas palavras pos-suem praticamente a mesma força e apontam para a mesma ideia, se não ideias muito parecidas. Logo, como ocorre em muitos outros casos linguísticos, é o uso dos termos que os distinguem. A literatura sobre a igreja missional usa essa palavra para se referir à identidade da igreja como instrumento de transformação do mundo, especialmente em seu círculo mais imediato. A mesma literatura usa a palavra missionário para se referir também à identidade da igreja como instrumento de Deus na transformação do mundo, mas em contextos mais distantes. A literatura mais popular sobre missões, mesmo que quase não use a nomenclatura missional, também usa missionário para se referir ao ministério mais distante, geográfica ou cultu-ralmente. Como isso aconteceu?

    A LINHAGEM TEOLÓGICA DO TERMO MISSIONAL

    O debate em torno da palavra missional é relativamente linear, partindo do Karl Barth, na Europa continental, passando pelo bispo e missiólogo Lesslie Newbigin, no Reino Unido, e chegando aos professores Darrell Guder (Seminário Teológico de Princeton) e George Hunsberger (Seminário Teológico Ocidental). Os últimos dois tiveram acesso à questão especialmente por meio de Gospel and Our Culture Network in North America (Rede o Evangelho e Nossa Cultura na América do Norte). É notável observar que todos esses são teólogos reformados, e enfatizo ambos os qualificadores teólogo e reformado. Em uma avaliação recente dessa discussão, Craig Van Gelder e Dwight Zscheile¹ fornecem uma lista mais ampla de autores e pessoas influentes, com suas mais diversas igrejas e tradições. Entretanto, vejo essas quatro pessoas como os principais líderes sobre o assunto. É importante reparar que eles e a maioria das pessoas na lista

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