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Grotas e Outros Contos
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E-book72 páginas57 minutos

Grotas e Outros Contos

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Sobre este e-book

Livro de contos com críticas sociais, políticas e humor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2022
ISBN9781526005199
Grotas e Outros Contos

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    Grotas e Outros Contos - Marcelo Fossari

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    O coronel Aparício, depois de vender uma tropa de gado, como fazia vez por outra, foi convencido por um sobrinho a ir pessoalmente dar uma olhada na tal de Expointer, que acontece lá nas barbas da Capital, Porto Alegre, pra ver se tinha algum bicho interessante para comprar. Ao chegar lá, encontrou vários vizinhos seus, os coronéis Alberto, José João, Carlos Silva, peões da região e o sobrinho do Alberto que vivia na capital, o Frederico. No fim do dia Aparício disse a todos que ia voltar para casa, já tinha visto o bastante e como não tinha muito jeito para se virar em cidade grande ia embora. Despediu-se de todos e saiu. Frederico, sobrinho do Alberto que morava na capital, ao ouvir aquilo, na tentativa de arrumar uma farra por conta do coronel, que ele percebeu não ser dos mais espertos, foi atrás do mesmo e lhe disse:

    O que é isso coronel Aparício, eu não aceito que o senhor vá embora sem passar uma noite sequer na nossa capital. O senhor vai ficar lá em casa comigo, saímos a noite, sim porque o senhor não vai ir embora sem conhecer umas meninas que temos por aqui na capital, e amanhã o senhor vai embora.

    O coronel ao ouvir aquilo se interessou e falou a Frederico: olha guri, eu posso até ficar uma noite aqui, mas tu tem certeza que aqui tem essas casa que nem lá na região, tu sabe né, essas das mulher da vida. Sim porque, eu não vou sai por aí tenteando moça de família.

    Que é isso coronel, claro que tem, e tem cada menina linda que só vendo. É claro que tem que pagar, mas se o senhor não tiver dinheiro, faço questão de lhe dá essa festa, já lhe convidei e tá combinado.

    O que é isso guri, eu lá sou homem de anda na garupa de moleque, tá certo que até não to com muito dinheiro no bolso, mas vê aí se isso daqui dá. - E tirou do bolso seis mil reais em dinheiro.

    E Frederico ao ver o dinheiro: pode deixar coronel, eu sou conhecido lá na casa, não vai ter problema, e pegou os seis mil do coronel.

    Já a noite, o coronel Aparício e Frederico saíram, depois de jantarem, se dirigiram a casa de prostituição que tinha o sugestivo nome de Sobremesa para Machos, ao que o coronel comentou com Frederico:

    Essa gente por aqui tem umas mania estranha não guri, colocar um nome desses numa casa de puta, mas não era mais fácil chama de casa da luz vermelha, chinaredo, putero ...

    Ao que Frederico respondeu: é coronel, o pessoal por aqui gosta de inventar nome pras coisas, devem achar isso divertido ou que isso chama a atenção.

    Ao entrarem, Frederico conversou com o cara que tava no bar, mostrou o coronel, explicou a situação e, ato continuo o sujeito do bar falou:

    O Samantha, vem atender que hoje temos um cliente especial na casa, e olha lá hein, se o coronel fizer alguma reclamação, te boto pra fora.

    O coronel já ficou entusiasmado com o sujeito, e pensou - essa casa é das boa, mal cheguei e este sujeito já viu que eu sou uma pessoa importante, que comigo ninguém brinca

    Samantha chegou toda amorosa para o coronel e convidou-o a ir para o quarto, isso depois dele pedir duas doses duplas de uísque, uma para ele e outra para ela.

    Enquanto isso, Frederico se divertia no salão com as outras meninas da casa, diversão essa regada a farta bebida, garantida pela singela contribuição de seis mil reais do coronel Aparício.

    No quarto, depois de uns goles no uísque, de passa mão aqui passa mão lá, Samantha já só de calcinha pergunta ao coronel:

    Do que que o senhor gosta?

    Ora diz o coronel, se eu estou aqui é óbvio que eu gosto de mulher não, ou que tu tá pensando?

    Disso eu sei coronel, eu quis dizer se o senhor quer que eu faça algo especial, se o senhor tem um fetiche?

    Mas tu é vidente é guria, como é que tu sabe que eu tenho um fetiche?

    Ah coronel, quase todo mundo tem, qual é o seu?

    Quase todo mundo nada, lá pra minhas banda só quem tem sou eu, ou se alguém tiver é alguma imagenzinha dessas comuns, porque o meu é especial, achei ele dentro do oco de uma árvore, de madeira petrificada, tem a forma de um índio meio escuro, segurando algo como uma moeda ou um sol entre as mãos erguidas acima da cabeça. Tenho ele guardado dentro de um armário no meu quarto, e olhe, acredito que é ele

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