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O Reino Das Águas Doce
O Reino Das Águas Doce
O Reino Das Águas Doce
E-book492 páginas5 horas

O Reino Das Águas Doce

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Sobre este e-book

O Reino Das Águas Doce conta a história sobre um rei malvado, devasso chamado Mejerér, que abusa do poder, anda fazendo maldades, pegam moças para satisfazê-lo, ordena assassinar quem lhe desobedece, e nem se arrepende pelas suas crueldades. Também fala sobre a reunião dos deuses para escolher quem será a virgem da qual nascerá o semideus que combaterá Mejerér. Fala do jovem rapaz que fora escolhido pelo deus para se tornar profeta, e dele recebendo a ordem para dizer a Mejerér que uma virgem nascerá esta criança. Mejerér ao saber disso, mandou matar Mafrides. Mafrides sendo perseguida, conseguiu livrar-se desta perseguição com ajuda de Harimon, sendo levada pra sua morada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2022
ISBN9781526016607
O Reino Das Águas Doce

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    O Reino Das Águas Doce - Jederér Kanvaldir.

    Jederér Kanvaldir.

    O Reino Das Águas Doce.

    Após alorér ter falecido, seu filho Mejerér assumiu o seu lugar. Porém, ele deixou o poder e o orgulho tomar conta de si, e começou a fazer maldades. Abusar de moças inocentes para satisfazer sua vontade. Mandando seus homens matar quem te contraria ou desafia teu poder. Espalhando o terror, medo por onde passa. O povo  não aguentando mais os absurdos de Mejerér, oravam pros deuses pra virem em seu socorro. Sheblevar tendo compaixão daquela gente resolveu fazer uma reunião pra resolver este problema. Sheblevar reunião os deuses Jeledins para arrumar uma solução para acabar de vez com as perversidades deste rei cruel.

    O deus Shevan falou:

    _Companheiros precisamos fazer algo para combater Mejerér, antes que ele continue matando mais pessoas, abusando de moças inocentes. Isso que ele está fazendo é absurdo. Mejerér não se compara ao pai. O pai dele era bom, digno, correto. Enquanto Alorér era vivo fazia as coisas certas. Na hora da precisão agia. Mas o filho não faz o que o pai fazia. Mejerér é muito cruel. Só porque a pessoa desafia o poder dele, insulta e não concorda com a opinião dele, ele manda matar. Como pode existir pessoa desse jeito. No mundo que vivemos ainda existe gente malvada. As pessoas precisam ter consciência que dessa maneira sofrerão as consequências. Mejerér precisa ser combatido custe o que custar. Do jeito que está não pode continuar. Precisamos de um herói que possa defender à nação, contra este rei sanguinário. Ele tem que ser detido. Precisamos escolher alguém que se torne um herói.

    Declander disse:

    _Você tá com toda razão.

    _Declander é uma lástima que pessoa como Mejerér existe.

    Javaya perguntou:

    _Será que não têm jeito dele voltar para o lado do bem?

    _Infelizmente não.

    Javaya falou:

    _Mudando de assunto. Cadê o senhor dos raios? Ele não veio nessa reunião por quê? Quero saber por que você ficou no lugar dele.

    Shevan respondeu:

    _Ele está ocupado. Teve que sair. Precisava resolver uns problemas urgentes. Por isso não está aqui. Sendo assim, ele pediu que eu ficasse no lugar dele. E falou se ele terminasse logo o que tinha que fazer viria participar nessa reunião.

    _Que coisa que Sheblevar foi resolver?

    _Mandar algumas almas condenadas para veópesférus. Também destruir um monstro terrível que está deixando uma cidade em chamas.

    _Compreendo.

    Na cidade Askitan esse monstro destruía casas, matava gente soltando bolas de fogo pela boca. As pessoas corriam desesperadas, pedindo que a providência divina viesse ajudá-los. Tinha gente que até rezava para os deuses, pra serem salvos do destino cruel que lhes reservavam.

    De repente no meio da multidão apareceu um homem de barbas, cabelos brancos e disse com voz de trovão:

    _Pare com isso criatura das trevas. Deixe essas pessoas em paz. Vá embora.

    _Não vou. Só irei quando eu destruir esta gente.

    _Por que está fazendo isso?

    _Porque eu quero me vingar.

    _Vingar do quê?

    _Por eles terem tentado me matar, quando eu ainda tinha aparência humana.

    _Você sabe muito bem que estava errado. Eles fizeram isso por que você assassinou o profeta Madéck. Se não tivesse cometido este desatino, nada disso teria acontecido.

    _Como eu sinto saudade da minha aparência. Eu era um rapaz belo, as mulheres me queriam. Agora sou esse monstro horrível.

    _Você sabe que foi culpado por ter essa forma. Pela sua maldade teve que ser castigado. Foi o jeito eu transformá-lo nisso. Como pode ter matado Madéck só para roubar o crismantino, para poder vender e ganhar muito com isso.

    _Eu fiz isso sim, e não me arrependo. Agora sai da minha frente, ou senão terei que destruí-lo.

    _Tente, não conseguirá me matar.

    _Isso é o que você pensa.

    O monstro soltou cinco bolas de fogo pela boca. Sheblevar parou todas elas no ar. Com a mão direita aberta voltada pra cima, Sheblevar fez surgir um raio nas nuvens que atingiu o monstro, e fez ser pulverizado naquele mesmo instante. Depois disso, Sheblevar fizera desaparecer as bolas de fogo.

    Após aquela criatura ser destruída, uma velha falou:

    _Ainda bem que você apareceu ó senhor dos raios. Finalmente nossas preces foram ouvidas.

    _Quando ouvi vossas súplicas vim ajudá-los mais depressa possível.

    Enquanto a mulher conversava com Sheblevar, as pessoas aproximavam.

    Uma moça que é filha da velha, que também tinha aproximado, falou:

    _Nós todos agradecemos por ter nos salvos desse monstro.

    _Não precisa agradecer. Fiz o que eu deveria fazer.

    A velha disse:

    _Filha vamos recolher os corpos das pessoas que foram mortas.

    _Sim, vamos mãe.

    _Sinto muito pessoal por isto ter acontecido. Eu não cheguei antes porque eu estava ocupado. Tive que mandar algumas almas para veópesférus, onde suas almas permanecerão por toda eternidade.

    A velha falou:

    _Compreendo.

    O deus antes de ir embora, disse:

    _Tchau senhora Kébia. Tchau senhorita Notiria.

    Dizendo isso, Sheblevar desapareceu e foi aparecer no castelo.

    Shevan vendo Sheblevar, disse:

    _Enfim chegou.

    Sheblevar se sentando na kandrária redonda, indagou:

    _E aí, já pensaram que solução faremos para acabar com as maldades de Mejerér?

    Shevan respondeu:

    _Pensei de uma virgem ser escolhida para nascer um herói para combatê-lo.

    _É uma boa ideia Shevan.

    _E quem será esta virgem?

    _Ainda não sei. Senhor quando você disse que teria uma reunião para resolvermos que solução resolveríamos pra deter Mejerér, pensei dessa solução.

    _Gostei desta solução.

    O deus arqueiro perguntou:

    _Sheblevar esse que será escolhido vai ter força divina, ou será apenas um humano comum?

    _Nada disso. Ele terá força divina.

    _Será imortal?

    _Não. Mas se ele sair bem das missões que forem sugeridas, aí poderá se tornar imortal. Quer saber mais alguma coisa Kanvaldir?

    _Só isso.

    _Eu quero falar.

    _Diga Veriana.

    _Esse que enfrentará Mejerér precisa saber lutar, senão como vai poder combatê-lo. Além disso, tem que ser corajoso, íntegro.

    _Vai ser tudo isso Veriana.

    Dekan falou:

    _Mejerér é indigno para ser rei. Ele não podia ter assumido o lugar do pai. Ele tem que ser detido. Sua perversidade não pode continuar.

    O senhor dos raios proferiu:

    _Você está certo Dekan. Todos estão dispensados. Podem ir. As providências serão tomadas.

    Cidade: Mayclovam.       

    Harimon estando lutando na guera contra os inimigos, ao lado do seu companheiro, falou:

    _Precisamos vencer esses malditos.

    Defean disse:

    _É mesmo.

    O guarda estando lutando com Harimon, falou:

    _Vocês nunca conseguirão nos vencer. Acabaremos com todos vocês.

    _É o que veremos.

    Depois que Harimon falou isso, atravessou a espada na barriga do inimigo. O guarda caiu. Vendo que ele ainda estava vivo, agonizando, ele acabou de matá-lo, decepando-lhe o pescoço.

    _Esse já se foi.

    Defean disse:

    _Este daqui também. Harimon vem aqui nesse lado, eu quero te contar uma coisa.

    _O que é?

    _Você vai saber.

    Os dois se afastaram dali, foram pra um canto mais afastado.

    Defean falou:

    _Se eu sair vivo dessa batalha, eu vou pedir a filha do Teveron em casamento.

    _Fico feliz por você meu amigo.

    O comandante aproximou deles e falou bravo:

    _Não é hora de conversar. Temos uma guerra pra vencermos.

    Harimon falou:

    _Nós já vamos. Defean o comandante tem razão. É melhor irmos.

    Os dois saíram de lá, foram continuar a lutar.

    O rei Ardoféris perguntou para o seu sacerdote:

    _Como vai o preparativo para festejar o deus Shevan?

    _Vai bem. Estamos quase terminando.

    _Muito bom. Fico feliz por está tudo no conforme. Madófes falando da festa que faremos. Cadê Melihãna?

    _Está ajudando os outros no preparativo da festa. O que o senhor quer falar com ela?

    _Se já convidou a princesa Nokebita, e sua família pra vir na nossa festa.

    _Quer que eu à chame?

    _Não precisa. Depois eu falo com ela. As novas canveistais que as pessoas usarão, já foram feitas?

    _Ainda não.

    _Como não?

    _É que não dar para terminar logo. Não se preocupe. Ás providências já foram tomadas. Contratei setenta mulheres. Elas estão já fazendo.

    _Ótimo. Ainda bem.

    _Boa tarde pai.

    _Boa tarde filha. Que os deuses estejam contigo. Isso é hora de acordar.

    _Você sabe que fui visitar minha amiga e cheguei tarde. Por isso que acordei fora do horário.

    _É verdade. Eu tinha esquecido disso. Convidou ela pra vir nessa festa que vamos fazer em homenagem ao deus Shevan?

    _Sim.

    _E ela o que disse?

    _Brezinita falou que virá.

    _E a família dela convidou também?

    _Sim.

    _Ainda bem, senão seria descortesia de nossa parte.

    Madófes falou:

    _Com licença senhor, agora vou me retirar.

    _Toda.

    Ele se retirou dali, deixou pai e filha conversarem.

    _Cadê sua mãe minha querida?

    _Não sei.

    _Filha amanhã vai ser o dia da festa que homenagearemos o deus Shevan. Você escolheu qual canveistal usará?

    _Não. Eu tinha até esquecido de escolher. Depois eu passo lá, falo com a canveistadera de qual tipo eu quero e cor. Agora eu vou comer alguma coisa lá no muscub.

    _Vá filha. Mas antes me dê um beijo no rosto.

    Mafrides beijou seu pai, e saiu pra ir comer. Chegando lá no muscub, ela falou com a mulher que estava preparando a comida:

    _Tribis, eu estou faminta. Sobrou alguma coisa para comer? Não é possível que eles comeram tudo.

    _Sobrou.

    _O quê?

    Mostrando com dedo ela disse:

    _Esse pedaço de coloséu. E também este cocomusco.

    Mafrides se sentando sobre a pluda, pegou o pedaço de coloséu arredondado, embranquecido, que estava sobre a mezãna e começou comer.

    Tribis lhe perguntou:

    _Já lavou as mãos antes de vir comer?

    Terminando de engolir a bocada, ela respondeu olhando para a mulher:

    _Nem precisa. Minhas mãos estão limpas.

    Na vélcupla onde se encontram as imagens dos sessenta deuses masculinos e femininos, Atermifis rezava de joelhos aos pés da imagem do deus Sheblevar, pedindo os deuses que nunca deixassem eles desamparados, que protegessem vossa morada, sua família, quem mora no seu castelo, sua filha que está morando longe dali, também seu genro. Terminado sua oração, ela agradeceu e saiu dali, descendo cada um dos cinco degraus. Já lá fora, ela caminhando pela estrada de terra, passando perto da vélcupla, por dentro se via a imagem de Sheblevar com a mão direita aberta, arribada pra cima, em posição de disparar o raio. Por lado de fora via também outra imagem do mesmo deus. Dessa vez diferente. Ele segurava com a mão direita fechada seu bastão mágico. Atermifis antes de entrar no castelo aproveitou para conversar com Melihãna sobre a festa em homenagem ao deus, ver também como estava o preparativo. Atermifis aproximou perto da sacerdotisa e falou:

    _Está muito bom esse preparativo. Estou vendo que tá quase terminando. Tá ficando lindo o enfeite que colocou naquela árvore. Quem foi que enfeitou ela?

    _Eu.

    _Ficou muito linda. Você tá de parabéns.

    _Obrigada senhora.

    _Tô vendo que aquelas outras três, ainda não foram enfeitadas.

    _Ainda serão. Eu mesma farei isso, depois que eu terminar de separar os alimentos e as bebidas. Agora como está vendo, estou ocupada, separando esses coloséus. Depois de separar estes daqui, farei o mesmo com os outros. Terei que separar os cocomuscos, prulemégas, bricótis, atemuscos.

    _O povo irá chegar pra festa, será que a quantidade de comida, bebida que compramos, vai dar para todos?

    _Não se preocupe senhora. Pelo tanto que comprou, irá dar para todo mundo. É bem capaz de até sobrar.

    _Melihãna já escolheu de qual cor vai ser sua canveistal que irá usar?

    _Sim. Violeta.

    _Já mandou fazer.

    _Não.

    _Por quê?

    _Eu mesma irei fazer.

    _Seus pais irão à festa?

    _Claro.

    _Fico feliz por isso. No ano passado eles não puderam ir, porque sua mãe ficou adoentada. Fiquei triste por isto. Orei para ela ficar sã, recuperar sua saúde. Quando Lemirys ficou bem de saúde, ela me contou que seu pai não deixava de ficar ao lado dela. Só saía para fazer necessidade, pegar o almoço e depois voltava. Lemirys teve sorte de encontrar um homem bom.

    _A senhora também encontrou um homem bom.

    _Eu não tô me queixando. Ardoféris é um ótimo marido. Ele me ama, faz as minhas vontades. Tem vez que é rígido. Mas como rei, tem que mostrar autoridade, senão os malfeitores se apoderam de nossa cidade. Você sabe que eu gosto da sua mãe, que eu tenho apreço por ela, que sua companhia me faz muito bem.

    _Minha mãe também gosta da senhora. Um dia desse, minha mãe contou que vocês duas na juventude eram amigas.

    _Nós éramos. Até hoje somos. Quando nós duas éramos jovens ficávamos conversando uma com a outra. Nesse tempo sua mãe era serva do meu pai. Fazia o serviço do castelo, cozinhava, lavava o chão, as canveistais da gente usar, fazia a comida. Depois sua mãe casou, foi viver com seu marido. Eu desejo visitar tua mãe, porém é tão difícil de eu ir visitá-la, e sua mãe vier aqui. Porque moramos longe uma da outra. Quem sabe eu consiga arrumar um tempo para fazê-la uma visita.

    _Não precisa. Esqueceu que a minha mãe virá nessa festa? Quando ela vier vocês poderão se ver.

    _É verdade, você tinha dito que ela virá na festa. Agora com licença. Preciso ir.

    _Toda.

    Atermifis puxou o portariculo do castelo que estava aberto e entrou.

    Ardoféris vendo ela, perguntou:

    _Onde esteve?

    _Por que quer saber?

    _Porque quero saber por aonde andava.

    _Eu estava na vélcupla.

    Defean estando lutando contra o guarda, a espada dele caiu da sua mão. Vendo que iria ser atingido, ele segurou a mão do indivíduo. O adversário empurrou Defean. Ele caiu no chão.

    Esse homem robusto começou falar:

    _Chegou o seu fim. Aqui mesmo neste lugar, você irá morrer.

    Enquanto ele falava, Defean se afastava de costas, tentando chegar até onde está sua espada. Este homem enquanto proferia, caminhava, seguindo Defean com seus olhos atentos. Vendo que Defean ia pegar sua espada, ele tentou impedir, tentando enfiar-lhe a espada. Porém não deu tempo. Defean foi mais rápido que ele. O jovem rapaz percebendo que o golpe vinha de cima conseguiu impedir a tempo, colocando sua espada na frente. O golpe dele acertou na espada de Defean. Defean se ergueu no chão, conseguiu se levantar. O homem enfurecido se afastou e empunhou sua arma. Defean fez o mesmo. Eles começaram novamente se confrontarem.

    O sujeito falou:

    _Você pode ser bom de luta, mas eu sou melhor que você. Tu jamais conseguirás me vencer. Eu sou mais forte.

    _Quem não vai me vencer é você.

    _Isso é o que veremos. Já venci muitas batalhas nessa vida. Não é agora que eu vou morrer. Quando eu acabar contigo, vou matar outros e deixar os corpos aqui para apodrecer. Igual farei contigo.

    _Você está muito confiante por meu gosto. Quem ficará aqui sem vida é você, não sou eu.

    Defean atravessou a espada nele. O homem caiu sem vida. Harimon que estava lutando com um sujeito, transpassou-lhe a espada. Ele pereceu ali mesmo.

    Defean percebendo que um dos guardas ia disparar a flecha de Harimon, gritou:

    _Cuidado!

    Vendo seu amigo gritar, ele olhou de lado, viu o guarda pronto para flechá-lo. Defean pegou seu arco e flecha que estava pendurado na sua costa e flechou o inimigo. Acertando bem no peito.

    Harimon falou:

    _Obrigado por ter me salvo.

    _Não precisa me agradecer. Amigo é pra essa coisa.

    O comandante disse:

    _Vamos embora pessoal. Esta guerra já acabou. Por termos vencidos hoje, eu convido todos vocês para beber comigo. É por minha conta. Quem aceita?

    Os guardas levantaram as mãos, dizendo que aceitam.

    _E vocês dois?

    Harimon proferiu:

    _Eu agradeço pela gentileza, mas não quero.

    Defean falou:

    _Eu não posso aceitar.

    _Por quê?

    _Tenho que ver meu amor. E também passar na canvusna pra ver a minha mãe. Ela deve estar preocupada comigo.

    _Já que é assim, até logo.

    Eles montaram dos animais a voadores chamados Élches e saíram voando.

    Defean disse:

    _Quase acabei morrendo. Graças os deuses sobrevivi. Se eu não tivesse pegado logo a minha espada, com certeza seu amigo aqui, nessa hora estaria morto.

    _Ainda bem que sobreviveu.

    _Harimon, eu pensei que eu iria perecer nesse campo de batalha. Preciso ir companheiro. Tchau. Agora vou ver minha amada.

    Melihãna entrou no castelo e falou:

    _Já terminamos o preparativo pra festa.

    O rei estando sentado na pluda, disse:

    _Maravilha. Melihãna, eu quero falar um assunto com você.

    _Que assunto senhor?

    _Eu quero saber se você convidou Nokebita, e a família dela para nossa festa. Convidou?

    _Sim.

    _Ótimo. Eles disseram que vem?

    _Claro.

    _Excelente.

    _Senhor agora eu vou embora pra minha canvusna. Amanhã eu volto para fazer o ritual por deus.

    _Fique aqui. Onde você mora é muito longe. Você vai ter um trabalhão para chegar até aqui.

    _Eu vou e chegarei primeiro, antes dos outros chegarem.

    _Não seja teimosa. Fique. Assim você não irá cansar por serviço de amanhã. Como és a sacerdotisa do deus Shevan, você tem que se preparar, para o outro dia, para poder fazer o ritual que precisa ser feito. Aqui têm várias guasitras, tá sobrando de montão. Você poderá se acomodar numa delas.

    _Senhor me desculpe, mas tenho que voltar pra minha morada. Eu deixei a canveistaria lá, de eu fazer a canveistal que irei usar amanhã.

    _Se o problema é isso, eu lhe concedo uma das canveistaria, para fazer sua canveistal.

    _Eu agradeço senhor pela tua gentileza.

    _Não tem nada de me agradecer. E aí, vai ficar?

    _Não posso.

    _Por que não?

    _Meus pais irão ficar preocupados, sem saber onde eu estou.

    _Não se preocupe com isso, eu mandarei alguém ir avisá-los que dormirá aqui.

    _Já que é assim, eu fico.

    _Você fez uma sábia escolha. Vou mandar Tribis arrumar a guasitra para você poder dormir.

    Zarinita estava deitada, ao avistar Defean, veio correndo toda contentíssima.

    Sua serva falou:

    _Tome cuidada menina, assim pode tropeçar nas imagens dos deuses feitas de brisijis, acabar quebrando elas, cair e se machucar.

    Ela o abraçou e disse:

    _Que bom que está vivo, fiquei preocupada com você. Fiquei com medo que morresse, ou saísse ferido.

    _Não foi dessa vez que morri. Como vê, não sofri nenhum arranhão.

    Ela desabraçou dele e falou:

    _Fico feliz por estar bem. Se tivesse morrido, minha vida não teria mais sentido.

    Tocando no rosto dela com a mão, Defean falou:

    _Não diga isso.

    _Digo sim. Se você morresse, minha vida se acabaria.

    _Quase morri hoje. Se os deuses não me protegessem, hoje teria morrido.

    _Que perigo meu amor. Ainda bem que está vivo.

    Sua serva se aproximou dos dois.

    Vendo ela aproximar, Zarinita proferiu:

    _Não precisa ficar nos vigiando. Não iremos fazer nada demais.

    _Mesmo assim, terei que ficar lhes vigiando. Se eu deixar vocês sozinhos e seu pai souber, vai me castigar por isso. Ele mandou que eu não tirasse os olhos de você, e é isso que eu estou fazendo.

    _Pode ir Katila. Se meu pai por acaso souber que você me deixou sozinha, eu falo com ele que foi eu que dispensei você. Ele entenderá.

    _Como conheço seu pai, com certeza ele não vai entender.

    Abraçando ela, Zarinita disse com voz carinhosa:

    _Por favor, deixe conversarmos um pouco sozinhos. Faça isto pela tua menina.

    _Tá bem. Só um pouco. O que você não pede, que eu faço sorrindo.

    _Ficaremos conversando no máximo uns dez minutos. Depois pode voltar.

    Katila saiu, os deixou a sóis.

    _O que você veio fazer aqui?

    _Ver você e falar com seu pai.

    _Que assunto quer falar com ele?

    _Pedir sua mão em casamento.

    _Verdade meu amor, que você vai me pedir em casamento?!

    _Claro.

    Zarinita falou brincando, sorrindo:

    _Quer dizer que o senhor quer só minha mão em casamento.

    _Nada disso querida. É você que eu quero.

    _Ainda bem. Fala. O que você faria com minha mão?

    Defean pegou na mão dela e falou:

    _Pegaria desse jeito e beijaria.

    Dizendo isso, ele beijou sua mão carinhosamente.

    _Você quer falar com meu pai, mas ele está ocupado.

    _Com quem?

    _O comandante Lenimos. Ele passou tão de pressa, que nem deu tempo pra eu falar com ele.

    _O que a senhorita queria falar com ele?

    _Eu queria perguntá-lo, se você tinha sobrevivido.

    _Entendo. O que será que ele veio fazer aqui?

    _Sei lá.

    _Agora vou entrar minha querida.

    _Não vai nem me dar um beijo, assim eu fico magoada.

    Ele olhou pro lado e pro outro, para ver se vinha alguém.

    _Não vem ninguém. Não se preocupe.

    Ele a beijou, e saiu dali para ir falar com o rei Teveron. Katila vinha vindo, quando topou com Defean pelo caminho.

    Katila falou:

    _Eu estava lá detrás do castelo, de olho de vocês dois, para ver o que vocês faziam. Quando vi vocês se beijarem.

    _Foi apenas um beijo, não têm nada demais. Nós não estávamos cometendo atos vergonhosos.

    _Você acha isso?

    _Claro.

    _Tome tento menina. Se seu pai tivesse aparecido na hora, não iria gostar nada do que veria. Ele ia me acusar de deixar você sozinha com um homem. Eu iria ser punida por isso. Teveron é severo. Você conhece muito bem o seu pai.

    _Eu jamais deixaria que ele fizesse algo contra você.

    _De nada adiantaria. Você não conseguiria conter a fúria dele. Eu tô vendo que minha menina já é uma mulher, e está completamente apaixonada. Eu vou precisar ter uma conversa contigo, sobre certos assuntos. Infelizmente sua mãe não está aqui, para ter essa conversa. Cabe a eu fazer isso.

    _Sobre o que irá conversar comigo?

    _Coisa de mulher. Por exemplo, a primeira noite de uma mulher. Isto ficará pra depois. Por enquanto não terei esta conversa com você. Só quando for casar. Pelo jeito logo, logo teremos um casamento por aqui. Diga-me sinceramente. Você o ama no fundo do seu coração, para poder viver ao lado dele por toda sua vida?

    _Claro.

    _Isto que eu queria saber.

    _Por que você queria saber isso?

    _Porque um casamento sem amor é uma coisa terrível.

    _Você casou sem amor?

    _A primeira vez foi.

    _ Por que casaste sem amar ele?

    _Meu pai me obrigou. Não tive escolha. Minha mãe tentou até convencê-lo que deixasse disso, não estragasse minha vida. Mesmo assim, não desistiu dessa ideia na cabeça. Ameaçou minha mãe se continuasse insistir, iria bater nela. Vendo que nada adiantava, minha mãe foi falar comigo, que meu pai não desistiria. Minha mãe vendo meu sofrimento, infelizmente não podia fazer nada contra meu pai que estava disposto entregar eu nas mãos de um homem que eu nem amava. Fiquei noiva dele, depois nos casamos. Eu era muito jovenzinha quando me casei. Eu tinha somente dezesseis anos. A mesma idade sua. O homem que era meu marido, que eu vinha perdê-lo numa guerra após minha filha nascer, ele fazia parte do exército do seu pai. Fiquei triste por ele ter morrido. Ele não era mal. Era bom, carinhoso comigo. Mesmo assim nunca pude dar amor pra ele. Depois do falecimento dele, fiquei quinze anos sem ter outro marido, até encontrar o amor da minha vida, que me faria sentir aquela sensação quando estar apaixonada. Com meu segundo casamento, tive três filhos. Duas meninas e um menino.

    _O exército que seu marido fazia parte, lutava contra quem, quando fora morto?

    _Contra o exército de Mejerér.

    _Quem foi que matou ele?

    _Mejerér.

    _Como sabe disso?

    _Seu pai que estava lutando na guerra me contou, que viu Mejerér atravessar a espada nele. Quando eu soube da morte dele, eu me desesperei. Não sabia como eu ia cuidar da minha filha sozinha. Então decidi pedir emprego por seu pai, para eu poder sustentar minha filha e eu. Ele foi muito generoso comigo. Aceitou-me como serviçal. Já no outro dia comecei trabalhar.

    _Por que Mejerér não morreu na guerra?

    _Quando ele viu que todos os homens dele tinham morrido, para não acabar como os outros, ele fugiu.

    Mafrides entrou lá na guasitra onde estão as canveistaderas e disse:

    _Edevira quero que faça uma canveistal pra eu usar. Tem que ser de cor violeta.

    _Farei senhorita.

    Hamelóck vendo os homens mortos, falou:

    _Não pode ser, todos estão mortos. Mejerér precisa saber disso. Vamos pessoais embora daqui.

    _Mejerér não vai gostar nada disso.

    _É verdade Lukan.

    _Como pode Hamelóck, esses malditos terem matado os homens do nosso lado. Eram pra eles terem vencido, e matado todos eles.

    _Concordo contigo. Mas infelizmente isso não aconteceu. Eles conseguiram vencer nossos melhores homens. Até nosso comandante morreu.

    _Quem será que vai ficar no lugar do comandante?

    _Não sei, mas espero que seja alguém que seja bom de combate.

    Defean falou:

    _Quero falar com Teveron.

    A senhora de idade madura, disse:

    _Espere um instante, vou ver se pode atendê-lo.

    _Obrigado Kaélia.

    Lorian falou com um sorriso nos lábios de alegria, por ver seu amigo chegando:

    _Olha quem vem chegando, o grande lutador, conquistador de donzelas! Mas às vezes mesmo não jogando seu charme em cima das mais belas, formosas das mulheres, acaba deixando elas apaixonadas. Além disso, também noivas, casadas se apaixonam.

    _Você sabe que das casadas eu quero distância. Eu só envolvo com aquelas que não estão compromissadas. Isso inclui também as noivas.

    _Claro que sei.

    A irmã de Lorian que estava olhando para fora pela jatarigua redonda da canvusna, vendo que Harimon tinha chegado, saiu correndo pra fora para ir abraçá-lo.

    Ela o abraçou e disse:

    _Que bom que está vivo. Fico feliz por ter sobrevivido.

    Depois dela ter dito isso, desabraçou de Harimon.

    _Meu irmão contou que você tinha ido pra guerra, fiquei preocupada contigo.

    _Não precisava se preocupar.

    _Precisava sim. Você sabe que eu tenho apreço por você.

    _Sei, mas mesmo assim não precisa ficar preocupada.

    _O que veio fazer aqui?

    _Ver meus amigos. Após a batalha antes de ir para minha canvusna, pensei de passar por aqui pra visitá-los.

    Lorian falou:

    _Fridéris faça a becuta para nós beber.

    _Tá bem.

    _Não precisa se incomodar.

    Fridéris proferiu:

    _Não é nenhum incomodo.

    Fridéris saiu dali, foi fazer a bebida.

    _Harimon quero te fazer uma pergunta.

    _Faça.

    _Você ama minha irmã.

    _Não. Por que está me perguntando isso?

    _É que minha irmã te ama. Não me diga que nunca percebeu o jeito que ela te olha.

    _Nunca. Jamais percebi que Fridéris me ama, que sente amor por mim. Eu não poderei ter nada com ela. Eu a considero como se fosse minha irmã casula.

    _Compreendo.

    _Eu preciso ter uma conversa com ela, falar que nunca sentirei amor por ela.

    _Depois você fala com Fridéris. Agora vamos entrar.

    Shevan subiu os degraus da guasitra, para ir falar com Sheblevar. Ele bateu no portariculo, Sheblevar mandou entrá-lo. Ele puxou o nilodal quadrado do portariculo e entrou.

    _O que quer?

    _Depois da nossa reunião pensei quem vai ser a donzela que nascerá o semideus. Pensei de ser a filha do rei Ardoféris. Ela tem a qualidade de quem poderá nascer o semideus. Ela é digna, correta com seus princípios, têm compaixão com os mais humildes.

    _Quando pretende falar com ela?

    _Hoje mesmo. Vou deixar primeiro ela dormir. Quando Mafrides estiver dormindo, aí apareço em sonho e falo com ela.

    _Shevan convoca os outros deuses.

    _Para quê?

    _Pra fazermos uma nova reunião.

    _Seu pedido é uma ordem. Atenderei vosso pedido.

    A serviçal do Teveron bateu no portariculo e pronunciou:

    _Senhor, Defean está aí, quer falar com você.

    _O que ele quer?

    _Não sei. Não me disse.

    _Fala com ele que espere um pouco, até eu terminar de conversar com Lenimos.

    _Tá bem.

    Teveron falou:

    _Que bom que vencemos esta guerra. Quantos homens nós perdemos?

    _Dez.

    _Já avisou a família deles?

    _Ainda não.

    _Então vá avisá-los.

    _Farei isso Teveron, depois de ir comemorar com os outros por termos vencido a guera. Eles estão me esperando. No caminho falei com eles que podiam ir na frente, que depois eu vou.

    _Tá bem.

    _Teveron o Mejerér quando souber que nós vencemos, ele vai querer revidar.

    _Que revide. Ele pode até tentar, mas os deuses estarão conosco nessa batalha. E sairemos vencedores.

    _Você sabe que Mejerér é traiçoeiro. Tem vez que ele não luta limpo. Ele poderá tentar alguma armadilha, precisamos ficar atentos.

    _Você está completamente certo. Temos que ficar de olhos bem abertos, porque ele poderá tentar alguma coisa.

    _Agora vou embora.

    _Pode ir.

    Fridéris trouxe a becuta dentro do copudisla arredondada, entregou primeiro Harimon e depois seu irmão. Eles pegaram.

    Harimon agradeceu:

    _Muito obrigado.

    Defean vendo Lenimos passar, falou:

    _Lenimos espere um instante, quero falar contigo.

    _Sobre o quê?

    _O que o senhor veio falar com Teveron?

    _Que vencemos a guerra. Agora com licença, preciso ir beber com os meus companheiros e depois ir pra minha canvusna.

    _Achei estranho lhe encontrar aqui.

    _Por quê?

    _Porque tu disseras que iria beber com os outros guardas.

    _No caminho resolvi passar primeiro aqui. Eu falei com eles que passaria no castelo de Teveron, e depois encontraria com eles para bebermos.

    Depois de eles terem bebido, Harimon falou com Lorian:

    _Nos deixam sozinhos. Quero falar com sua irmã.

    _Tá bem.

    Ele saiu pra fora.

    _Que assunto quer falar comigo?

    _Que você me ama.

    _Quem lhe contou isso?

    _Seu irmão. Você me ama mesmo?

    _Claro.

    _Fridéris, eu não te amo, e nunca poderei amá-la. Se eu soubesse que sentia amor por mim, eu tinha tido essa conversa contigo faz tempo.

    _Você não me acha bonita, atraente?

    _Claro que sim. Tu és bela, tem um atrativo que encantaria qualquer homem. Você precisa entender que a gente não manda no coração. Se pudéssemos escolher, seria tão fácil. Infelizmente não é assim que funciona. Você encontrará alguém que te amará como merece. Fridéris, eu nunca poderei amá-la. Você vai querer uma pessoa ao teu lado que não te ama?

    _Não.

    _Então dessa maneira tu acabarias sofrendo.

    _Com o tempo, você aprenderia me amar.

    _Não é uma coisa que a gente aprende.

    _Eu não quero outra pessoa. É você que eu quero. Como pode nunca ter percebido que eu te amo.

    _Sempre pensei que o carinho que sente por mim, é como se fosse de uma irmã.

    _E irmã faz isso?

    Dizendo isso, ela o beijou nos lábios.

    Harimon afastou Fridéris, sem querer ser rude com ela.

    _Por favor, não insiste.

    _Você ainda vai ser meu. Preste bem atenção, do que estou falando.

    Fridéris

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