A Espera De Um Resgate
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A Espera De Um Resgate - Cristiane Deyse Leonel Oppitz
DEDICATÓRIA
Agradeço especialmente a Deus por existir em minha vida, a minha querida mãe, (in memorian), a meu pai de quem herdei o gosto pela leitura, aos amados irmãos e sobrinhos e ao meu esposo Leandro Oppitz, meu maior incentivador.
PREFÁCIO
Denise está à espera de um resgate .
Ao ler e reler o texto, uma novela, diria, mais um romance!
Tive a sensação de algo errado estar acontecendo na sociedade atual. Grande coisa
, dirá o leitor, quem não sabe disso? Mas não estou falando do comum dos muitos errados de nosso tempo, refiro-me ao fato de que, cada vez mais, a violência contra a mulher é revelada e a mesma não acontece apenas às companheiras dos homens, mas às meninas, às adolescentes, às idosas, enfim, à mulher como ser humano. O que faz a autora deste livro? Simplesmente toma um referencial de cidades grandes, interliga duas famílias e cria uma trama simples, porém emocionante.
Desafio aos leitores emotivos a lerem o livro e não verter lágrimas em determinados momentos, a não querer queimar vivo ao Gildo, a não ser solidários com Bernardo – não falo do menino de Três Passos – mas do pai de Michele e com Célia, a mãe dessa menina. Desafio aos jovens para dizerem que melhor do que ter uma mãe preocupada é ter uma irmã que se importa consigo, que enfrenta os piores inimigos do amor, os piores destruidores da felicidade de crianças e adolescentes.
Desafio aos descrentes da justiça a dizerem que só o dinheiro é capaz de agir em prol da verdade, porque a história, que agora lerão, prova e comprova muitas verdades e desplanta mentiras tidas como perenes.
Quero provocar o leitor a dizer para Cristiane Deyse: - que bela e comovente história, pois o que ela foi capaz de gerar é uma filha de duas famílias, uma personagem que põe muita gente poderosa a escanteio.
Roque Aloisio Weschenfelder
Professor e escritor
INTRODUÇÃO
Eu tenho um amigo escritor, chamado Mário de Lima, que está escrevendo um livro com o título Cruel como o passar dos dias
.
Quando o Mário me falou sobre esse projeto eu entendi perfeitamente o significado do título. Afinal, quem passou tanto tempo esperando ser resgatada, ser salva de uma situação tão terrível, sabe muito bem o efeito da voragem do tempo sobre seus sonhos, sua ilusão e sua esperança. O passar dos dias pode ser de uma crueldade infinita quando se espera durante anos a fio.
Hoje tenho a certeza de que, se eu sobrevivi a tamanha tragédia, sem perder a doçura, qualquer pessoa é capaz também de sobreviver às piores adversidades nessa vida.
Essa história de superação é o que contarei a partir de agora. Muitos acharão fantasiosa, outros dirão que é uma história comum, mas de uma coisa eu tenho certeza: a vida pode ser um fardo pesado demais para alguns, mas jamais perde sua beleza. A grandeza do seu humano é que pode fazer toda a diferença neste mundo, mesmo que às vezes esse mesmo ser humano seja tão cruel quanto o passar dos dias.
Capítulo I
Havia ainda alguma louça na pia e as janelas abertas sincronizavam o balançar das cortinas, que, por sua vez, mantinham uma harmonia encantada pelo vento.
Um ar triste se instalava naquele lugar e muitas lembranças invadiram minha alma naquele instante.
Fiquei observando cada canto da casa e o que ainda havia sobrado de toda aquela história.
Escutei meus risos, senti minhas lágrimas rolando pela face e uma sensação de dor se instalou em meu coração.
A noite já estava ocupando seu lugar e eu não conseguia me mover. Estava concentrada em cada detalhe e em toda uma história.
Já não era mais eu quem estava ali. Não fazia mais parte daquele cenário, queria esquecer a infância, a juventude e tudo o que ainda conseguia me lembrar.
Encostei-me num sofá, que ainda restava na casa, e adormeci, o que não queria. Apenas preferia ter a chance de recomeçar...
Mas a lembrança de uma noite distante voltou a retumbar uma e outra vez na minha memória...
*******
Capítulo II
- Denise! Denise, acorde, por favor, acorde!
- Ah, meu Deus! O que foi Sara?
- Por favor, levante! O pai chegou só agora e eles estão discutindo feio lá no quarto.
- Onde está Rebeca?
- Tá dormindo, mas ela está bem. Vamos, por favor! Vá até lá e tente acalmar a situação.
Sara era minha irmã do meio, Rebeca, de dois anos, era a mais nova. Não éramos irmãs de sangue, mas eu sentia como se fôssemos, pelo amor que sentia por ela. Sara era cinco anos mais nova que eu e, em breve, ela estaria completando doze anos. Ela estava desejando muito ter uma festa de aniversário, porém a situação financeira não era das melhores e, provavelmente, não conseguiríamos comprar nem a cama que ela tanto queria.
Morávamos no Rio de Janeiro, em uma favela na região sul, e dependíamos do salário do pai de Sara e de nossas vendas de garrafas, ferros, roupas e outras coisas que surgissem para ajudar no orçamento doméstico.
- Vamos, Denise!
- Está bem... Espere. Fique calma que já estou indo.
Os pais de Sara brigavam muito, pois ele tinha sérios problemas com a bebida e, muitas vezes, chegava embriagado em casa, quebrando tudo e machucando nossa mãe.
Dona Dora, mãe de Sara, era uma mulher fantástica, cuidava de mim desde meus dois anos e me tratava como filha, por isso