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Encadeados Acordes
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E-book80 páginas1 hora

Encadeados Acordes

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Sobre este e-book

Assim como numa composição musical em que as notas se embalam na pauta do compositor para serem tocadas por seus interpretes, as palavras se encadeiam ao serem pronunciadas, repetidas e ouvidas por quem delas se apropriar. Com EnCadeados Acordes, somos levados a refletir sobre os acordes, as cadências e as composições musicias que regem nossas vidas. Quantas vezes as palavras oferecem abrigo ou reclusão a nossos pensamentos, sentimentos e procrastinações?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de dez. de 2021
ISBN9781526020925
Encadeados Acordes

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    Encadeados Acordes - Josiane Dallagnese

    cover.png

    JOSIANE PERIN DALLAGNESE

    EnCADEADOS ACORDES

    1a. Edição

    Porto Alegre

    Edição do Autor

    2020

    Josiane Perin Dallagnese, 2019

    Capa:

    Arte de Gilson Rachinhas sobre conceito de Josiane Perin Dallagnese.

    Revisão:

    Press Revisão

    Todos os direitos desta edição reservados à

    EDIÇÃO DO AUTOR.

    Para minha amada irmã Viviane (in memoriam)

    que, com certeza, me acompanha nestes acordes.

    Meus repetidos agradecimentos à minha grande amiga Vera Elisabeth Verissimo por ter dado muita corda a estes acordes.

    Meu carinho e meu muito obrigada à querida amiga Martha Hoppe pela apresentação destes acordes.

    Muito obrigada, também, à querida amiga Ana Lucia Mazzali por compartilhar seu conhecimento musical para a criação do esboço da capa destes acordes.

    Meus agradecimentos ao colega Luís Augusto Lopes, da Press Revisão, pela parceria e pelo trabalho de revisão destes acordes.

    Minha gratidão à vida e seus múltiplos fraseados.

    APRESENTAÇÃO

    A leitura de EnCADEADOS ACORDES nos leva a infinitos caminhos suscitados pelo movimento das palavras que foram destacadas de suas trilhas sonoras para seguirem o movimento do pensamento. Nossa voz carrega consigo uma entonação e ritmo próprios que dão musicalidade aos pensamentos. A música oferece os acordes, e as ideias seguem fluindo como pequenos barcos deslizando na correnteza.

    A cada capítulo aprendemos a brincar com as preposições, os advérbios, as conjunções e os verbos que enlaçam situações, lugares, conversações e modos de ser. Os pensamentos estão por aí, em nossa mente, na fala, no instante da ação, esperando para serem conduzidos pela sensibilidade da imaginação e para serem refletidos na língua que articula e compartilha. A fala e a língua encadeiam palavras em acordes que se repetem no ritmo de uma canção.

    As palavras se enlaçam entre si, amarrando com elas as emoções, os sentimentos, as experiências e as memórias perdidas no esquecimento. O que nos prende nesta cadência que, ao se repetir e dar vez ao ritmo, faz com que ele se torne diferente e novo? O que buscamos resgatar nessa cadência ritmada? A cada repetição de um acorde de palavras, a cada retorno, não encontramos os mesmos lugares que deixamos ao partir. Tomando o acorde – conjunto harmônico de três ou mais notas que se ouvem como se estivessem soando simultaneamente –, uso as palavras para soar: de repente-nunca-será, no instante em que aqui surgem e, parecendo impossível de ser falado – Nunca!, ou podendo ser a brecha de uma dúvida – Será?, e se eu não fizer cera pode tornar-se um fato – Será!. O ponto de chegada, agora, está em dissonância, está mais aquém ou mais além daquilo que imaginamos, bem como de nossa possibilidade de encontrá-lo. Está mesmo perdido em nossa memória. As palavras faladas são o fio que enlaça e se amarra à sensibilidade do corpo, num movimento que faz o texto dançar, musicar, poetar e dizer dos pensamentos. O que move nosso dizer faz marca – a palavra falada – e da marca faz caminho, faz direção a algo que visamos alcançar. A palavra implica e se repete para dizer de si tantas e tantas vezes o que a fala insiste em silenciar.

    O livro surgiu para dar sossego às palavras que, na madrugada, saltitavam na mente para serem sonhadas e reveladas até caírem para sempre na escrita do texto. Que estes EnCADEADOS ACORDES proporcionem momentos de desassossego prazeroso para embalar novos sonhos.

    Martha Wankler Hoppe

    Psicanalista e Psicóloga

    PREFÁCIO

    A música faz parte da vida, é a linguagem dos sons, das vozes e dos instrumentos.

    A vida é musical, composição de notas graves e agudas, com duração e frequência diferentes.

    A língua é um instrumento da vida que toca nossos sentidos e nos comove, tem tom, ritmo, melodia, as também provoca ruídos, ecos e mesmo ausência momentânea de som. Seus acordes se harmonizam – ou não – com muitas vozes, são tocados e reproduzidos de forma intensa, repercutem, produzem vibrações positivas ou negativas, que podem se propagar e causar interferências.

    E a nossa voz manifestada por meio das palavras? Estaria a voz do nosso eu aprisionada pelas vozes coletivas, influenciada pelas armadilhas musicais da língua que se encadeiam e nos convidam a repeti-las, ainda que possam, por vezes, estar em desarmonia com nossa música interior? Estaríamos todos ligados e presos a uma mesma cadência, como se encantados por cantorias envolventes que interferem na percepção das variações de timbre de uma sequência de notas e de suas dissonâncias?

    A autora

    Sei que, às vezes, uso palavras repetidas,

    mas quais são as palavras que nunca são ditas?

    Dado Villa-Lobos - Renato Rocha - Renato Russo

    como

    Como uma ideia que existe na cabeça

    E não tem a menor pretensão de acontecer

    Lulu Santos

    Como vou iniciar? Como não tenho experiência, arrisco uma saída qualquer. Como faço pra conectar as ideias, como faço elas fluírem? Como encontrar o tom certo? Como não desafinar já nos primeiros acordes diante de uma ansiedade asfixiante? Como dizer o que penso sem ofender ou magoar? Como escolher as palavras num universo de tantos sons e significados? Como músicas ao vento, tocadas pelo sopro dos pássaros. Como se a vida se desenrolasse sem solavancos, e as nuvens se desdobrassem em gentilezas aos

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