Outubre-se
De Talitha Vaz
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Outubre-se - Talitha Vaz
Prefácio de amoras
Conheci a pessoa que mais amo no mundo de outras formas, através de suas palavras e textos.
Fragmentos de partidas e chegadas com origens diferentes, mas tem como parada obrigatória, ainda que não seja a final, o amor.
Lara Vaz
Uma mulher rasgando-se e resgatando-se junto aos ossos. Percorremos uma escrita do limite, de quem se partiu e fez do próprio corpo cabo e abismo. Por vezes, no muro do tempo, um murro de amor abre uma greta de música ou de chuva, uma coincidência de números, um nome, um voo de borboleta. E uma onda estoura entre as pernas de uma mulher.
Chega ao único lugar onde não recua, nem se encobre, mas ressoa e se descobre nua na borda de uma ferida. Esse desencontro da pele, tão longo como a morte, não é atravessado, mas o seu redor bordado para que permaneça sempre o vazio secreto de uma última palavra.
Raquel Rodrigues
Prólogo
Preciso dizer que te amo
(Cazuza, Bebel Gilberto e Dé)
Outubre-se
Transformando dor em verbo, vem no sentido de expressar em palavras as inúmeras, múltiplas e diferentes formas subjetivas de estar, ser, viver e sentir o mundo. A tentativa de escrever as nuances particulares da vida invisível para o visível, poderá trazer incômodo e reflexão. Porém, é mapeando e nomeando de forma consciente que se faz possível o respiro frente à existência.
Através de aforismos, crônicas, poesias, poemas, inspirações ou simplesmente textos, exponho passagens entre a ficção, verdades e meias verdades.
Das inúmeras possibilidades de ser no mundo, o que valorizo não se vê e é no valor da subjetividade humana que meu encantamento se traduz. Na busca de expressar o abstrato e relativo do individual, lanço este livro para, quem sabe, incomodar você, acolher, refletir, identificar e ressignificar.
É na escrita a expressão da minha arte, na dança deixo um esboço e no teatro a angústia da não emoção. Sendo clara, não sou técnica ou profissional de arte alguma, sou a mais catedrática das amadoras.
Retrato aqui apenas sensações ou pseudo sensação das edições que me compõem. Demorei para publicar este livro. É sempre complicado ter um projeto, se dedicar, ver uma expressão tão particular exposta, motivada e inspirada por uma das pessoas que mais amei e amo. Então, vem a pergunta:
Será que devo materializar subterrâneos particulares?
Com essa breve introdução, dedico meu primeiro livro ao meu primo, único, indizível, poeta, cantor, artista, bardo, incentivador da minha escrita, querido amigo, amor sem nome e sem tempo, alma da minha alma, Dan.
A você, leitor e leitora, que está me permitindo a honra do seu tempo de vida nesta leitura, espero que esse livro estimule e possa acessar outros lugares de si, onde o invisível e a subjetividade façam parte de forma consciente do seu viver. No começo de cada capítulo há uma sugestão de música para ouvir junto à leitura.
Na dor do lodo e na ascensão à luz, onde está a sua ferida, também pode estar a sua cura. Faça essa sensação, virar ação, virar verbo: Outubre-se.
Tudo é breve e infinito
.
Talitha Vaz
I. Poetisa
Palavras em rumos
1. A margem não é segura
Insegurança está na margem
Molhando os pés
Entrar requer entrega
Mecanismo de absorver e abstrair
Contração
Movimento da água viva
Modela a segurança constante
Filtrada
Líquida a