100 Páginas Para A Felicidade
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Autoajuda para você
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100 Páginas Para A Felicidade - Mário Sérgio Gonçalves
AGRADECIMENTOS
Ao sol, iluminando e trazendo energia com sua eficiência indispensável; às estrelas e à lua, companheiras inseparáveis das noites que passaram céleres, quando as usei para expor a inspiração noturna; às manifestações da natureza, responsáveis pelo milagre da beleza das flores, e também pelos devaneios de criatividade que os dias e as noites, somados, transformaram em um trabalho feito com abençoada inspiração. Agradecendo a tudo isso, sei, com a mais pura profundidade, que estou agradecendo a Deus minha existência. A Ele também devo todo agradecimento por ter colocado em meu caminho uma linda família, cujos membros souberam, com terna paciência, aturar meu desaparecimento
durante o tempo de produção destas 100 páginas para a felicidade: minha doce Lyz, pela garra na busca do melhor resultado, pelo carinho e compreensão; minha filha Caroline, pela retaguarda, dinamismo, incentivo e pelo emocionante prefácio; meus deliciosos gêmeos, Renan e Ruan, pela bisbilhotice, curiosidade que me deu mais força ainda para escrever; minha mãe, Izoltina (90 anos), que me pediu agilidade no livro para dar tempo
de ela ainda ler... meus dois filhos (não gêmeos), Sandro e Ângelo, pela retaguarda, pelo zelo; enfim todos os meus familiares, próximos, distantes, amigos, sobrinhos, apoiadores, incentivadores, principalmente minhas irmãs Iara (um coração de elevado esplendor, uma alma intensamente pura, sempre abraçando minhas causas) e Jussara, que usa a frase: Meu irmão escreve, minha irmã lê, e eu choro
Agradeço ainda aos meus grandiosos, inesquecíveis amigos do Facebook: vocês fizeram-me acreditar sempre nas coisas lindas da vida!
Finalmente, agradeço à presença espiritual do meu pai, Walter, que nunca saiu do meu lado, e quando se sentou comigo nas pedras do caminho, debaixo da sombra frondosa, emulsionou minha caminhada em radiante felicidade.
APRESENTAÇÃO
Sempre, e mais que rotineiramente, escutamos o velho adágio: A melhor escola é a da vida
. Realmente, ela nos ensina de qualquer maneira, seja aos chutes, com tapas na cara, aos empurrões, com carinho, às vezes — um tanto quanto raro — com exemplos severos, nunca sem se mostrar na mais pura franqueza do dia a dia. E aos encontrões, contrastes, comparações, aprendemos com isso tudo, e muito! Chegamos a nos tornar mestres, doutores pós-graduados. Caso assim não fosse, como teríamos formado nossos primeiros alunos de cursos superiores? Ou mesmo básicos? Foram os autodidatas os pioneiros da cultura universal; pelo menos no nosso mundo foi assim.
Bem, toda essa linha de raciocínio foi necessária para nos conectarmos com aquilo que pretendo explicitar nestas páginas, que são, cada uma, um passo em direção à felicidade. Que não seja só essa escola da vida a linha mestra seguida, embora, logicamente, não tenha como deixar um alicerce desse potencial infinito de lado. Digo isso porque muitas pessoas vivem oitenta, noventa, cem anos, e até muito mais, e não conseguem deixar fluir, por razões diversas das intempéries que enfrentaram, ou até como se expressaram, ou até também nunca se viram diante dessa necessidade, a de passar uma grande positividade de vida para quem busca nela um verdadeiro sentido: o de viver, viver muito e o mais feliz possível. Pensando e refletindo, se estamos vivos, temos a necessidade de uma reciprocidade àquilo que buscamos; não fazem sentido somente amarguras, angústias, desilusões, tristezas. Aliás, durante o que se seguirá, estas palavras serão usadas como antônimos... Prefiro evitá-las, ou, como disse, antagonizá-las.
Tive a grande honra, vinda das entranhas da Benevolência Divina, de ser uma pessoa nascida em família bastante otimista, esperançosa, cheia de positividade mesmo, e isso levou-me a conseguir uma trajetória de vida muito feliz. Sinto-me na obrigação de passar à frente os resultados postos em meu caminho, daí a ideia, devidamente amparada por Deus, de estar aqui no formato destas 100 páginas.
É de alta relevância o caminho a seguir, mas muito mais alto é saber para onde vamos, o que pretendemos e o que somos capazes de dar em troca. Não podemos deixar de lado a lei da ação e reação, ela é infalível: emitimos sinais energeticamente positivos, recebemos sinais energeticamente positivos. Chego até a comparar essa lei com a infalível lei da gravidade, pois ela é extremamente correta, praticável e experimentalmente invariável. Procure ver no cotidiano das pessoas pessimistas — que só emitem energia negativa — como também só as recebem. Talvez não saibam do seu lado negativo, e por isso sofram. Daqui para frente, vamos abrir os ângulos delineados nos horizontes de cada um; assim reverteremos algumas atitudes, reabriremos muitos caminhos e, quem sabe, colocaremos objetivos outros lá no fim da estrada.
Vou separar as cem páginas por tópicos, ou seja, descreverei as palavras-chave, como se fossem passos vencendo degraus, metros, quilômetros durante a trajetória da vida. Faremos um stop
a cada parte do caminho absorvido; ali descansaremos, conversaremos, alinharemos os passos dados com nossa assimilação de cada fato. Daí em diante, deixar cada um praticá-los, meditá-los, consumi-los, absorvendo todo o conteúdo a que se propõem para simplesmente nos tornarmos donos da nossa mais explícita felicidade. Avante, futuros distribuidores de otimismo!
SUMARIO
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO
SUMARIO
AMOR
VIZINHO
CASA
CORPO
ACREDITAR
SENTADOS NA PRIMEIRA PEDRA
PODER
SEXO
MULHER
HOMEM
O TERCEIRO SEXO
NO BANQUINHO DA VARANDA
FILHO
EU TENHO PODER
BEBIDA
EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO
PROGRAME-SE
NO ACONCHEGO DO CAMINHO
NÃO
: UMA ENORME FORÇA
TOME A INICIATIVA
EVITE EXTREMOS
DESMATERIALIZE-SE
INFORME-SE
DEBAIXO DE UMA FRONDOSA SOMBRA
AS FACES FASCINANTES DA FELICIDADE
TEM A MÃO DE DEUS BEM À SUA FRENTE
A FELICIDADE ASSUMIDA DE CADA UM
APAIXONE-SE PERDIDAMENTE POR VOCÊ
NÃO SOFRA
VAMOS COLOCAR A PROSA EM DIA?
VOU ENGORDARVOCÊ
AME-SE... E REMOVA OBSTÁCULOS
OS SETE PREDICADOS CAPITAIS
DEIXE PEGADAS
VAMOS PUXAR UM CAIXOTE E NOS SENTAR?
FAÇA-SE CONFIÁVEL
ABRACE SEUS MUNDOS
OUSADIA VERSUS UTOPIA
VOCÊ FAZ PARTE DE UMA IMENSA ENGRENAGEM
HA UM LINDO AMANHECER ESPERANDO PORVOCÊ
VOCÊ MERECE
VOU CONTAR UMA HISTÓRIA
AMO VOCÊ, GOSTO DE VOCÊ,
TE ADORO, TE ADMIRO
A IDADE DE CADA UM
SINTA-SE REALIZADO
HUMOR É FELICIDADE
AMOR
Desde a infância — acredito que seja assim com todos, sem exceção —, escutamos essa pequena palavra de um significado tão amplo, tão profundo, presente em tudo ao redor. Simboliza um algo mais, uma força maior, alguma coisa como a presença do toque de Deus entre nós, ou, para ser mais direto, a sensação exata de como podemos sentir o significado da doação sem nada em troca. De posse dele, conseguimos nos dispor até da pesada carga que nosso corpo material ostenta, no período em que assim nos propomos a viver, na indelével passagem pelo destino. Achei de sumíssima importância abrir tudo com esse toque sensível, adimensional, profundo, porém leve, suave, solto, totalmente palpável, embora incrivelmente invisível. É mesmo uma grande bênção termos a chance de nos municiar com essa infinita e substantiva palavra, amor, pois melhor amparo que esse não há. Foi-nos dada a acessibilidade a ela, não só para nos indicar o mais absoluto gesto de boas intenções, mas também para servir de guia-protetor diante das inarredáveis intempéries. Portanto não podemos nos queixar de que fomos soltos na Terra como meros errantes destinados a passar por tudo e fim, e mais nada, sem ter qualquer coisa que seja para reclamar. Está aí tudo prontinho, só nos resta manuseá-lo rotineiramente, a qualquer hora, em qualquer lugar, com qualquer coisa, com qualquer um.
Demorei para entender, quer dizer, para interagir com aquilo que não conseguia ver, por mais intensa que fosse minha curiosidade. Como seria, de posse e domínio dele, aplicá-lo? Ou, então, haveria necessidade da ajuda de alguém? Afinal, como posso saber de que forma aplicá-lo, se nunca ninguém me mostrou seu uso na prática? Pura questão de simples observação. Mal sabia eu já ser fruto de um amor. O amor está em tudo, em todos, em todo e qualquer canto.
Vamos imaginar uma absorta abelhinha pousando de flor em flor, focada na sua cotidiana tarefa de polinizá-las, deixar-se levar pelo seu imenso gesto de amor, fazendo com que as flores formem frutos, cresçam em grandes lavouras e passem a sustentar milhões de pessoas pelo planeta afora. Um pequeno ser, um reduzido e solto gesto natural, uma poderosíssima atitude de amor, porque nada ela espera de volta naquilo que faz, e, no entanto, tudo aquilo retornará com a mesma grandiosidade do seu gesto. É mesmo dignificante quando encontramos nos intrínsecos exemplos da natureza algo capaz de causar transformações totalmente fora do nosso controle. Não podemos vê-lo, tocá-lo, podemos, então, e graças a Deus, senti-lo. E, dessa forma, só nos resta mesmo é praticá-lo sem qualquer dúvida do retorno certo. Nesse caso, a lei da ação e reação é tudo, fundamentalmente, amplamente, tudo! É a mão de Deus, absolutamente! Vamos, portanto, aplicar o amor com veemência profunda, sem nos interessarmos se virá, ou não, a dádiva que emitimos, porque somos insignificantes para entender como será, quando será e de que jeito receberemos a poderosa energia emitida, despretensiosamente, pelos gestos e atitudes da alma.
Daqui em diante, em todas as páginas, aplicarei doses cavalares de amor. Em tudo. Em tudo, colocarei um invólucro dele, pois quero ter retorno na intensidade cavalar também. Peço a você a mesma coisa ao ler. Leia, medite e pratique incansavelmente; você verá o resultado acontecer e sentirá como é bom conhecermos o poder que nos foi dado.
Antes de mais nada, olhe seu dia de hoje, veja quanto de amor aconteceu a seu redor. Ao se levantar, você sentiu a luz intensa, ou o simples nascer do sol, ou só o fim da noite. Mesmo assim, e consequentemente, não deixou de perceber o reboliço dos pássaros e a canção do vento sussurrando com as folhas... Se tudo isso não fossem atitudes naturais de amor, como veriamos retornos tão maravilhosos, como a planta que cresce agradecendo ao sol e curvando-se respeitosamente em sua direção; o consequente alimento produzido pelo balançar das árvores fecundando o solo; o canto de agradecimento dos seres vivos por mais um dia?
Por aí vai seu cotidiano, quando percebe a preocupação dos seus pais com seu dia a dia, e a sua com o deles, e a reciprocidade consigo mesmo, mostrando a impossibilidade da existência sem o amor. Vamos em frente e, com muito amor, seremos cada vez mais felizes.
VIZINHO
Embrenhemos na rota da felicidade, e vamos esguios por aí afora, devemos sempre nos lembrar disso; e nesse caminho tem que ter muito amor, como disse antes; aliás, esse roteiro profundamente positivo tem um aliado de elevada importância, de vital necessidade: o vizinho! Não podemos ignorá-lo, muito menos deletá-lo, muito menos ainda afastá-lo. O vizinho é, disparadamente, seu melhor parente. Claro, não estou falando dos seus pais, irmãos, claro! Falo dos mais distantes — por sinal, pelas contingências da vida, acabamos por nos distanciar dos outros. Exatamente nesse vácuo, entram nossos confrontantes. Qual parente mora mais perto de você? Raramente coincide de um deles — irmãos (mesmo eles!), primos, tios etc. — estar nas redondezas, na sua seara de mobilidade diária. No entanto temos um grande suporte ao nosso lado, que são eles, os vizinhos. Estão ali dia e noite; de segunda à segunda; de janeiro a janeiro. Muito forte isso, não? Você já pensou nisso? Já experimentou ou viveu essa condição social? Perdeu muito tempo!
Quando criança, tive o privilégio de viver intensamente a vizinhança. Meus queridos pais deram-me este inesquecível e marcante exemplo: lembro-me perfeitamente do nosso aliado do lado construindo uma cerca de madeira e deixando um local, feito como se fosse uma boqueta, para as devidas trocas de agrados.
Variavam desde um doce, um prato emprestado, ou qualquer outro objeto capaz de suprir uma deficiência vizinhesca. E era quase padrão, no tempo em que se usava a confiança mútua como fruto de uma sociedade unida pelo amor ao próximo. Emergia, nessa rotina de solidariedade espontânea, um caso de amizade profícua, contínua, persistente, pois até hoje, embora não moremos mais lado a lado, ela é fortíssima e perpetuada nos encontros casuais, nas festas para as quais não nos convidamos, mas nos intimamos. Olha, praticar vizinhança é uma estaca rígida na organização da nossa caminhada para uma vida muito mais feliz. É uma estratégia digna para uma vida bem melhor.
O tempo passou, e rápido! Estamos hoje sem tempo. O do lado também. Aliás, somos também o do lado, e devemos sempre lembrar que a coisa não acontece só com o vizinho, pois somos vizinhos juntos, portanto aliados devemos ser. Nada de nos sentirmos superiores. Nada de acharmos que não devemos ser companheiros solidários. Vizinho solitário, aquele que não se aproxima do seu, torna-se uma ferramenta inútil. O que não podemos ser nesta vida é inútil. A inutilidade leva à exploração do próximo, porque passamos a dar trabalho aos que nos cercam. Lembra quanto trabalho já demos aos nossos pais: fraldas, mamadeiras, remédios, escola, calçados etc., e o fazemos até hoje? Já imaginou não dar nada em troca? Exatamente isso deve ser evitado com nosso habitante do lado, que deve ser amigo, que mora ao nosso alcance. Devemos dormir com a certeza de estarmos amparados em nossas cercanias, por cima, por baixo, lembrando dos apartamentos. Quanta falta de comunicação nisso tudo, não?
Reconheço ser muito mais difícil nos dias de hoje, porém havemos de buscar uma solução, seja fazendo contatos esporádicos por iniciativa própria, através do porteiro do prédio, do condomínio, seja nos encontros inesperados capazes de iniciar um diálogo.
Lembrei-me de um saudoso músico de sucesso que levava a sério não só o cara do lado, mas a vizinhança da rua inteira — e olha que residia em cidade grande! Além de ser conhecido por todos na sua rua, fazia questão, logo que sabia de um morador novo no local, a qualquer distância, de se apresentar como habitante antigo, e não abria mão de levar toda sua hospitalidade, deixando uma luz poderosa de amizade acesa, a qual acabava contagiando todos os demais, fazendo com que aquele lugar se tornasse uma casa só. Muito digno!
Não podemos nos esquecer de levar em conta o amor ao próximo. Somos também o próximo, e gostamos de ser amados, não? Por que seria diferente com o outro? Já imaginou se todos os fronteiriços do mundo se amassem profundamente, com todo o respeito que o ser humano merece? Deixariam de existir não pequenas rixas, mas muitas guerras. Um amigo sempre dizia: Brigue com a esposa, com os parentes, mas não brigue com o amigo da hora, o seu vizinho
. Claro, uma