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Desafogando sentimentos, afogando palavras
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Desafogando sentimentos, afogando palavras
E-book133 páginas52 minutos

Desafogando sentimentos, afogando palavras

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Sobre este e-book

A arte de escrever, ou "expelir palavras" exige cautela. As palavras podem, em vez de seguir seu percurso natural, subir ao estômago, até mesmo à garganta e nos engasgar, pois, quando presas, sufocam, afogam. Contudo, as palavras, quando soltas, podem nos proteger das angústias e nos fazer voar. E depois disso, elas não têm volta! Desafogando sentimentos, afogando palavras é um bem-elaborado compilado de textos em formato de prosa poética. Um libertar-se de si, das mágoas, para preencher os vazios, e, com isso, viver uma vida mais leve.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de out. de 2015
ISBN9788542806717
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    Desafogando sentimentos, afogando palavras - Janaina Alves

    paizinho!

    Afogue-me!

    Ande, vamos logo com isso. Porque molhar somente os pezinhos não me basta. Eu não quero! Ou mergulho ou nem toco os pés na água, seja ela doce ou salgada. Seja ela de ondas leves ou de ondas que te arrastem. Tenho coração mole e sangue quente, eu não corro atrás, ando na frente. Então, pra que esperar? Pra que tanta tortura? Ficar na beira do mar esperando a água chegar à cintura? NÃO! Não quero. Não preciso. Não suporto! Gosto de mergulhar de cabeça, sentir a água por todo o corpo, depois queimar minha pele ao sol e sentir os raios penetrando até a alma. Se é para sentir, que seja por inteiro. Ficar embaixo do guarda-sol não me bronzeia. Metade da água batendo nos pés não me molha. Proteção? Cautela? Cuidado? Pff! Quem é que precisa disso quando já está se afogando?

    Ah, a leveza

    Ah, a leveza! Tem gente que é leve, que pousa leve! Que chega leve e leva… a dor, o sofrimento, o ruim, e traz o bom, o melhor, a PAZ! Quando encontramos algo ou alguém que é leve não podemos agarrar, temos que esperar. Já tentou agarrar uma pena solta ao ar? Um dente de leão? Um fio de cabelo? É difícil né? A leveza chega sim, mas sem pressa! Chega suave e é preciso esperar que ela pouse e fique. Está vendo? Chega de desespero, chega de sufocar, chega de prender. Seja livre, LEVE e solto. Se não o leve foge de você! Deixa que ele venha com a calma que só ele traz, com a quietude que só ele tem! Deixa que ele leve o complicado, o luxo, o lixo. E que traga o novo, o simples, o belo! E quando ele chega encanta, canta, espanta os males!

    Apenas floresceu. Encontrou-se

    E assim, florescendo, foi. E não quis mais voltar. Pois havia brotado, nascido, florescido… e renascido! Sim, com tantas adversidades que se fizeram presentes por um tempo, conseguiu renascer. E depois de refeita, se fez ainda mais bonita, completa, inteira! Pôs-se a caminhar, e por muitos lugares passou, tentando encontrar, talvez, um lugar para si. Um lugar sossegado e bonitinho onde pudesse repousar. E não é que o achou. Mas percebeu que repousar não era muito o que queria, afinal, sabia que uma linda flor, uma peça forte, um pássaro selvagem, uma canção indefinida – pois era tudo isso e sabia – não podia ficar parada, não podia se esconder. Mesmo que quisesse – e será que queria? Então, percebeu que não era um cantinho sossegado e bonitinho o que ela queria. Pois o que lhe deu grande prazer foi o caminhar. Sim, o caminhar era perfeito! Pensou em todos os lugares que conheceu enquanto caminhava, e se deu conta de que o caminho até o lugar sossegadinho é que era o seu lugar. Descobriu que a estrada lhe proporcionava o que ela queria: mais conhecimento, mais vida, mais asas, mais dela mesma! E viu que não cabia mais em si, somente em si, e teve que se fazer em duas, em três, em mais! Encontrou-se e entendeu que quem brota, nasce, floresce e renasce, fica forte, se refaz, se torna imenso e quer mais. Muito mais!

    Cansei!

    Cansei de brigar comigo mesma por ter vinte e sete anos mas, às vezes, me sentir como se tivesse apenas dezessete. Cansei de brigar com meus pés que insistem em sair do chão (eterna e irremediável sonhadora). Cansei de me barrar, de me privar, de me prender. Quero usar as asas que tenho, quero ser borboleta, pipa, avião, bola de sabão, nuvem de algodão… quero voar, por favor! Deixa que eu seja essa arisca e dócil antevasin. Deixa-me viver na fronteira! Deixa que eu viva por mim e através de mim. Que eu seja isso hoje e aquilo amanhã. Ora variável, ora invariável. Ora mansa, ora indomável! Deixa-me inventar a vida. Se não tens sonhos suficientes para inventar a tua, deixa-me inventar a minha!

    Copo quebrado

    Quando você quebra um copo, o que você faz? Sai correndo para uma loja mais próxima e compra outro? Ou pega uma vassoura, recolhe os cacos em uma pá e os leva ao lixo? Há tempo de recolher os cacos e jogá-los no lixo, e há tempo de ir a uma loja e comprar outro copo. Não devemos pular etapas, nem mudar a ordem. Se você não recolher os cacos e sair ensandecido comprar outro, você pode cortar os pés nos cacos que estão no chão. Portanto, há a necessidade de parar, isso mesmo PARAR, para recolher os cacos e jogá-los no lixo! É chato? É doloroso? É irritante? É! Mas é preciso! Por amor a você mesmo, não troque a ordem dos fatos. Ao quebrar, cuidadosamente avise as pessoas para não

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