Cicatrizes Existenciais
De Rafael Silva
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Cicatrizes Existenciais - Rafael Silva
Ficha Catalográfica
Sinopse
Uma mulher que gritava em silêncio
Um homem que precisava se reencontrar
Dois corpos que foram conectados por suas energias
Eles se conversavam com os olhos
Se abraçavam com as suas almas
E transbordaram de intensidades.
Ela já não suportava mais
Ouvir a sua alma gritar
Ele foi afogado dentro de si
Quando percebeu que as suas reflexões
Estremeciam o seu corpo
Mas restauravam a sua alma.
O livro foi escrito pelos os sentimentos do autor
E pelas almas dos personagens.
Sejam Bem-vindos!
Ao mundo de vidro
Um espaço onde a alma tem o controle do corpo
Onde as poesias gritam nas entrelinhas
Onde as cicatrizes humanas
Viram grandes aprendizados.
E onde os corpos se identificam
Com os sentimentos que escorrem entre as páginas.
Amadurecer requer performance
Que só a sua alma consegue executar
Amadurecer requer reconhecer que
A ferida terá que doer
Para que ela consiga cicatrizar
Por favor, sente-se e leia
Mas leia com a alma.
Recortes da minha alma
Criaram o livro:
Cicatrizes Existenciais. 20° livro.
Diário Fantasma
Alma perfurada
Decepcionada
Magoada
Esse é o corpo que nos fala
Uma mulher que está em pedaços
Que busca sobreviver em meio aos seus estilhaços
E como uma boneca
Um corpo sem alma
Trajando sorrisos de plásticos
Roubaram a minha essência
Eu queria gritar
Mas não tinha ninguém para me ouvir
Eu menti!
Quando escrevi aqueles versos
Eles não foram para te ajudar
Mas para colocar para fora
Tudo que estava preso aqui.
Não sou de aço
Meu coração está mais frio que a parede do meu quarto
Mataram a inocência que estava dentro de mim
Eu estava caminhando bem aqui perto da praça
Olha pra cima!
Começou a chover
Mas o que transborda aqui dentro de mim
Não é nem a metade dessas águas que caem.
De um lado pessoas chorando
E do outro,
Elas carregavam máscaras
Sorrisos moldados por fora
Mas por dentro as suas almas gritavam.
Minhas mãos
Fraquejei!
Eu busquei caminhar
Mas o meu corpo
Rejeitava os meus passos.
Busquei voltar ao passado
Mas eu me perdi no caminho
Vim escrever um poema
E só saia versos verdadeiros
Como é sorrir sem vontade?
Uma vez me perguntaram
Por que você vive?
Foi desesperador
Ouvir uma pergunta e não saber
O que dizer em seguida.
Eles nos julgam
Porque sabem que
Não suportariam
Um terço da nossa loucura.
Em silêncio
Estava em um metrô
E comecei a observar
Corpos lado a lado
Pessoas concentradas em seus celulares
Mas ninguém sequer parou
Para cruzarem os olhares.
O trem parou
Parece que a energia acabou
Continuei sentado na janela
Coloquei uma música
Fechei os olhos
E me teleportei para o meu mundo
Onde as pessoas não se julgam
E se respeitam
Porque sabem como doi
Brincar com os sentimentos dos outros.
Olhar para o abismo
E foi a pior coisa que alguém poderia fazer
Os olhos delas estavam vermelhos
Carregado de marcas dos choros das madrugadas
Ela só queria entendessem o seu jeito
Mas era mais fácil apontar os erros dos outros
Do que assumir que está errado.
Meu coração está pesado
Eu já aconselhei a muitos
Mesmo com o coração em pedaços
Minha alma foi escravizada
E completamente abraçada pela escrita
Escrevendo para fugir da loucura
Escrevendo não por escrever
Escrevendo para atravessar as almas.
Escrevendo
Relembrando
Chorando
E mergulhando dentro do meu caos.
Marcas
Meu corpo é um mar de intensidades
Potenciais em formas de versos existenciais
Abraços que confortam os corações
E gritos que alcançam as almas.
Escrevo até arranhar as paredes do meu corpo
Nunca me importei com palavras bonitas
Mais com as intensidades que elas trazem
Cicatrizes existências
Ou melhor
Tatuagens desenhadas na alma
Quando falamos sobre dor
Não é a dor física
Mas sim, dores existenciais.
Toda ferida no corpo cicatriza
Toda ferida na alma deixa marcas
Eu cai no abismo
Eu mesmo me levantei
Eu sorri derramando lágrimas
Que chorar começou a ser automático
Ficou tão poético que parecia até peça de teatro
Eu me tornei o protagonista de um papel
Que eu lutei para ser o secundário.
É poético falar sobre o vazio?
Experimente ficar em silêncio
Em um quatro com meia luz
Sendo torturado pela culpa de voltar no tempo.
Falar sobre o silêncio é bonito em poesias
Viver dentro dele
É conviver com uma angústia todos os dias.
Pesado?
Mas, eu não contei nem a metade.
Atirei o meu corpo de cabeça no abismo
E voltei para te contar que eu sobrevivi
Mas as marcas continuam aqui.
Suspirei!
Olhei para os céus
E continuei me arrastando sozinho
Naquilo em que vocês chamam de mundo
Meus versos são espadas e escudos ao mesmo tempo
Consegue sentir o que é a dor?
Consegue sentir o que é conviver sufocado?
Consegue sentir as dores de vários escritores
Dentro desse poema?
Consegue sentir a importância que os seus versos
Podem ter na vida das pessoas?
Você desaba escrevendo
E abraça as almas sem querer
Você escreve um verso
E acaba sendo confortado por ele
Assuma!
Você é quem mais sabe
Do tamanho da dor que carrega no peito.
Você é quem mais sabe
Das noites em que perdeu escrevendo
E dos momentos em limpava as suas lágrimas.
Palavras rasgam
Palavras são potencias
Palavras revivem sentimentos
E as atitudes restauram os corações.
Eu choro e me conforto
Eu sangro e faço os curativos
O abismo me convidava todos os dias
Hoje, ele acabou desistindo de mim.
O vazio sussurrava no meu ouvido
Me pedindo para ficar
E quando você foi embora
O silêncio me abraçava no seu lugar.
Palavras podem salvar vidas
Palavras salvaram a minha vida
Se eu não tivesse refletido sobre
as minhas dores ontem
Hoje você não estaria lendo
Os poemas do Rafael Silva.
Manipulação de uma alma
Coloco máscaras
Falsifico um sorriso
Choro baixinho
Sabia que são nos pensamentos que as almas gritam em silêncio?
Angústias
Dores
Questionamentos
Uma alma que se perdeu?
Ou a que ainda busca saber
Qual é o motivo da sua existência?
Respiração ofegante
Corpo cansado
Escrever triste
Deixa um texto mais interessante?
Deitado em um chão frio
Me pego pensando:
Tive que colocar fogo em muitas memórias
Porque era insuportável conviver com a sensação
De que podia ser diferente.
Rasguei as folhas durante as madrugadas
A alma escreveu resista!
Mas o corpo gritava desista!
Todos os dias eu estava cercado por pessoas
Mas ninguém percebia quando eu estava triste.
Caminhei sozinho
Carregando diversos sentimentos
A mesma angústia que sufocava o meu corpo
Intensificava ao mesmo tempo a minha escrita
Pisaram naquilo em que eu mais acreditava
Sentia dores enquanto eu chorava
O garoto desistiu de amar?
Decepções o fizeram
Atirar o seu corpo no abismo
Mas não para perder a sua vida
Mas para se aprofundar sobre ela.
Os seus versos parecem tão reais
Se eu te contar você nem acreditaria
O inferno que eu passei
Para conseguir voltar e falar sobre isso.
Enterrei o meu passado
Mas de uma coisa eu jamais esquecerei:
A solidão me abraçava
Enquanto você virava as costas para mim.
Alma que brinca com as palavras
E que só lança versos profundos
Eu vejo leitores