As canções de beber de Pessoa
Jul 15, 2020
4 minutos
por LUCAS BERTOLO
Extensa e literalmente multifacetada, a obra de Fernando Pessoa impressiona sem cessar leitores dedicados e de ocasião. A primeira estrofe do mastodôntico “Tabacaria”, por exemplo, é amplamente conhecida e traduz o sentimento de um dos muitos nomes com que Pessoa assinava os seus poemas:
“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”.
Pessoa, aqui, faz bom uso do lugar-comum que opõe vida e sonho, para traduzir o sentimento de um homem como Álvaro de Campos, o seu heterônimo mais celebrado: diante da vida esvaziada, a infinidade
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