Escalando para o fracasso: Topo do pódio ou fundo do poço?
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Sobre este e-book
Convido os interessados a degustar (ou simplesmente digerir) uma crítica que oscila entre o leve, o engraçado, o sarcástico e, eventualmente, o cruel, na tentativa de compreensão de uma das nossas principais fontes de motivação individual e coletiva.
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Escalando para o fracasso - Daniel Ortiz Alberton
I
Por que e para quem escrevo
Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.
Miguel Unamuno
Por que escrever sobre o fracasso… E para quem?
Este livro nasceu da minha necessidade pessoal de compreender nossos modelos de sucesso. Não é um manual de conduta ou um mapa da mina. Não pretendo indicar ou induzir atitudes com base no que escrevo. Quero apenas partilhar uma visão, à qual nunca fui apresentado de maneira formal, que é fruto da estranheza de uma dessas mentes que não se adaptam muito bem a padrões. No caso, a minha!
Escalando para o fracasso foi escrito nos moldes dos livros de autoajuda. Fiz dessa forma por considerar que poucas coisas representem mais o sucesso que um bom livro deste tipo. Não critico o estilo literário em si, mas sim a ideia que geralmente se faz dele. Não sei onde este livro te levará. Nenhum autor sabe. Nesse contexto não existem manuais, e as receitas de bolo só funcionam nos livros de culinária.
Podemos ler Seja foda!
e continuarmos sendo uns fodidos. Isso não quer dizer que nosso ponto de vista sobre o assunto, assim como nossa percepção do mundo e de nós mesmos não tenham sido afetados de maneira permanente. Todo livro é de autoajuda. Todos são concebidos com a premissa de agregar algo a alguém. Se houvesse obras literárias desprovidas da intenção de somar, deveríamos comprá-las de pessoas encapuzadas, que trabalhariam em um setor da livraria denominado Masoquismo
, às quais nos dirigiríamos da seguinte maneira:
‒ Saudações, algoz infernal. Que livro de autoentrave
tens para indicar? Muito me interessa a maleficência pessoal.
Felizmente o setor, o profissional e o cliente descritos acima não existem.
Quando exercemos a capacidade de leitura de maneira natural, o fazemos por curiosidade, por prazer ou para aprender. De um modo um pouco menos espontâneo, alguns de nós podem ler por estarem submetidos ao nosso libertador sistema educacional. Outra opção é ler para justificar ou reforçar uma opinião pessoal preexistente. Frequentemente isso ocorre em assuntos políticos, religiosos ou científicos respaldados por pouca evidência, como é o caso da atual indefinição
relacionada ao formato do nosso planeta. No último caso, a leitura visa intensificar um aspecto esquizofrênico da existência do indivíduo com o qual ele se identifica de maneira positiva.
Invariavelmente, lemos para entrar em contato com um ponto de vista, ficcional ou de um aspecto específico da realidade, descrito por alguém. Excluo aqui os livros sagrados que, por terem sido escritos diretamente por Deus, não estão sujeitos a questões relacionadas a tempo, cultura, geopolítica, língua, opinião ou pensamento crítico, devendo ser interpretados de maneira literal.
Assim, a primeira justificativa para escrever sobre o fracasso é materializar um ponto de vista, não necessariamente verdadeiro, mas seguramente bastante sincero, de algo que considero pouco explorado diretamente pela literatura não técnica relacionada ao sucesso. O caminho para o fracasso! Diferentemente, se você estiver disposto a ler textos técnicos de psicologia ou filosofia, encontrará conteúdo explícito tão extenso quanto a própria abrangência dessas ciências.
O ditado não julgue um livro pela capa
serve para quase tudo, menos para livros. Pelo menos um pré-julgamento parcial deve ser possível. Um livro cuja capa destoe demais do conteúdo será sintoma claro de incompetência ou problemas psiquiátricos, tanto do autor como dos editores. Pela capa, ou ao menos pelo título impresso nela, espero despertar o interesse de pessoas com características específicas, ao mesmo tempo que resguardo aqueles para quem o livro não foi escrito.
Esse título dificilmente será lido por uma pessoa que se leve a sério demais ou que seja séria demais. Da mesma maneira, alguém que se importe demasiadamente com a opinião dos outros ou que seja pouco resiliente ao deboche poderá sentir vergonha ao ser visto consumindo tal conteúdo por se sentir como a senhora que foi flagrada lendo A vida sexual da mulher feia
.
O livro não foi escrito pensando em alguém como o personagem Gomes da família Adams, que tem um desempenho perfeito em todos os âmbitos da vida, sendo absolutamente incapaz de fracassar. Se este for o seu caso:
— Gomes, esse livro não é para você!
Estou rindo sozinho nesse momento, pensando no efeito que a linha acima poderá causar sobre uma pessoa chamada Gomes.
Outra vantagem da alusão ao fracasso é incentivar mentes brilhantes a comprar o livro para zombar de alguém. Muito provavelmente ele (pois esse tipo de atitude é inerente à maturidade masculina) não fará isso por maldade, mas sim por gostar de você e achar que está sendo sutil, engraçado e original. Nesse caso, o regalo será entregue com declarações como as seguintes: Achei a tua biografia
ou Trouxe esse livro para um especialista avaliar
ou ainda Não que aqui tenha algo que você já não saiba, mas sempre podemos nos atualizar no que fazemos de melhor
. As redes sociais me ensinaram esse aspecto de nosso funcionamento. Sempre que vejo um meme nessas páginas de deboche e penso em colocar uma frase engraçada e original, percebo que dos 300 comentários 100 são variações da frase que pensei e os outros 200 são variações de outras duas ideias.
O tipo de enfoque sobre o tema me possibilita discorrer sem ser demasiadamente criticado por especialistas de maior gabarito. Dificilmente serei exposto à sabatina de um fracassólogo Phd em fracassologia. Tampouco receberei notas de repúdio do sindicato ou do conselho dos fracassados. De qualquer modo, é bem possível que eu leve alguns puxões de orelha de psicólogos e especialistas em Neurolinguística.
Escrevo sobre o fracasso para os capazes de, e interessados em, questionar nossos modelos de sucesso. Tudo bem se você já se sentiu tocado ou inclusive movido por frases motivacionais como:
Treine enquanto os outros dormem e viva o que eles sonham!
Entretanto, se você acredita que elas tenham caráter inequívoco ou inquestionável talvez fosse mais interessante que você parasse de ler e fosse treinar.
Daqui em diante, tentarei evitar, na medida do possível, frases como a última. Farei isso para me esquivar da violência de indicar formas de viver ou lhe dizer quem você deveria ser, mesmo porque não sei quem você é e muito menos quem deveria ser. Não sou capaz de responder essas perguntas nem em relação a mim mesmo. Muito provavelmente ninguém sabe, e tais afirmações, em geral, têm mais a ver com as expectativas do "coach do que com as suas. Construções verbais do tipo
Para se sentir de tal forma você pode fazer tal coisa" poderão ser usadas neste livro pelo poder descritivo que têm, e não como sugestão de conduta.
Para finalizar a resposta da pergunta que fiz no começo do capítulo eu posso dizer o seguinte. Eu pretendo ser lido pela vaca desbocada que te manda à merda com tanto entusiasmo que você fica com vontade de ir. Pelo sacana confiado que te arruína de uma maneira tão genial ao ponto de você se sentir enaltecido, e que, ao te ver no lodo, pula no lodo contigo para tentar