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Aprenda Como Escrever Um Livro E Se Tornar Imortal
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E-book367 páginas3 horas

Aprenda Como Escrever Um Livro E Se Tornar Imortal

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Sobre este e-book

Nesta obra você encontrará todos os passos necessários para escrever seu livro em qualquer gênero com as mesmas características das grandes obras que se tornaram best-sellers. Conhecerá todas as técnicas dos autores que se consagraram com suas histórias, detalhadas uma a uma, com exemplos simples que vão lhe permitir escrever seu livro antes mesmo da conclusão da leitura deste.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de jan. de 2015
Aprenda Como Escrever Um Livro E Se Tornar Imortal

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    Aprenda Como Escrever Um Livro E Se Tornar Imortal - Elio Marchand

    Aprenda Como Escrever Um Livro E Se Torne Imortal

    O mais completo mapa para quem deseja escrever um livro

    Elio Marchand

    São Paulo - Brasil

    2015

    Edição revisada e atualizada - 2021

    Edição e publicação Independente

    Obra: Aprenda como escrever um livro e se torne imortal

    Autor: Elio Marchand

    Copyright © 2015

    4º edição revisada - 2021

    Todos os direitos reservados.

    Website do autor - aprendacomoescreverumlivro.com.br

    Biblioteca Nacional

    Registro ISBN: 978-85-919416-0-5

    Internet - NicBr

    Domínio registrado 2015

    www.aprendacomoescreverumlivro.com.br

    Prefácio      11

    Engatinhando      23

    Detonando o primeiro obstáculo      23

    Storytelling, a chave do castelo      33

    Best-Seller ou Escritor de sucesso?      40

    Você se considera um bom mentiroso?      47

    Permita que o leitor se torne co-autor      49

    Conquiste um sentimento do leitor      52

    Suspensão da descrença      57

    Planejar ou partir para o ataque?      60

    O Roteiro      65

    Suspense, a chave mestra      72

    Digressão, de volta ao passado      96

    Cenas Paralelas (cut-scenes)      101

    Criando conflitos      106

    O objetivo claramente definido      120

    As metas      122

    Criando reviravoltas      125

    Deus ex-machina      125

    In Medias Res      128

    A Arma de Chekhov      132

    Foreshadowing      136

    Red Herring      138

    Anagnórisis      139

    Fim Ambíguo      142

    Cliffhanger      144

    O Truque Do Texto Sem Parágrafos      152

    Contorne o bloqueio mental      155

    Hora Da Lição De Casa      160

    Personagens      167

    Atuação e classificação      167

    Protagonistas      170

    Antagonistas      172

    Coadjuvantes      175

    Relações entre protagonista e antagonista      176

    Gilbert K. Chesterton      177

    A gênesis do personagem      178

    A história tem que ser real?      189

    Verossimilhança      190

    Verossimilhança interna      193

    Verossimilhança externa      194

    Credibilidade e profundidade no personagem      198

    Tipos-Característicos      210

    O Vilão Menos Provável - Inversão de valores      215

    Eternize seu personagem      217

    Narrativa      219

    Escritor, romance, ficção!?      219

    Os Pecados Mortais Das Narrações      221

    POV - Point Of View - Ponto De Vista      233

    Narração      243

    Focos narrativos      253

    Tipos e sacadas narrativas      261

    Classificação, Elocução e Incisos      265

    Discurso Direto      267

    Discurso Indireto      270

    Discurso Indireto Livre      273

    Estrutura best-seller      274

    Primeiro o básico      274

    Roteiro-receita      276

    Linha de Tempo Não-Linear      305

    Cenários      312

    Espaços Dimensionais      319

    Espaços Psicológicos      321

    Tipos de cenas      322

    Cenas de Terror      324

    Cenas de Ação      335

    Cenas de violência sexual      347

    Cenas de tortura      357

    Cena de morte      362

    Cenas de Sexo      366

    Erros comuns em cenas eróticas      382

    Cenas Românticas      389

    Cenas Engraçadas      406

    Cenas de esporte      409

    Cenas de Lutas e Combates      414

    Lei das três unidades      419

    O próximo nível      423

    Referências bibliográficas e digitais      436

    ‎"Escrever é fácil, você começa com uma letra

    maiúscula e termina com um ponto final.

    No meio você coloca ideias."

    Pablo Neruda

    Nem para o céu nem para o inferno... escritores, quando morrem, vão para a eternidade.

    Hiago Reis de Queirós

    Gratidão

    Parafraseio Ralph Emerson:  Todo homem que encontro é mais inteligente do que eu em alguma coisa. E nisso aprendo com ele.

    Reunir este material e acrescentar nele as experiências mais simples de aplicação foi a forma que encontrei para retribuir a meus mentores e a todos que chegaram a esta obra.

    Vou transformar sua jornada literária em uma viagem contagiante e divertida. Seja você um aspirante ou mesmo se busca por aperfeiçoamento.

    Por fim, desejo profunda e honestamente que com as dicas e técnicas aqui contidas você possa em breve disponibilizar uma bela obra ao mundo e se tornar imortal.

    Elio Marchand

    "Somos todos escritores.

    Só que uns escrevem,

    outros não."

    -José Saramago

    Prefácio

    Escrever um livro ou uma história não é uma tarefa que requer grande conhecimento técnico ou mesmo, uma penosa formação acadêmica. Até porque, no Brasil, sequer existe incentivo dos órgãos governamentais de educação ou possibilidades mais abrangentes no gênero. Ainda assim, isso não deve ser motivo de bloqueio para quem almeja alcançar grandes voos nesta área.

    É muito comum ouvirmos sobre aspirantes que se desmotivam na literatura apenas por acreditar que para ser bom escritor é necessário ter uma avançada formação acadêmica.

    Embora eu creia que todo tipo de estudo tende a contribuir, honestamente não acredito que seja essencial em um primeiro momento. Um exemplo, que embora aparentemente possa não se enquadrar nos padrões desta obra, se aplica bem para que você entenda o que estou buscando expressar:

    Eu, particularmente, não tenho formação acadêmica em Direito, mas sou um apaixonado por estudos a respeito, e sem falsa (nem verdadeira) modéstia e até possivelmente sem modéstia nenhuma, já aconselhei alguns advogados, e com isso, obtiveram excelentes resultados em seus litígios. Notou?!

    Não se trata de soberba de conhecimento, mas sim de um reconhecimento honesto e positivo que o autodidata exerce sobremaneira acerca de diversas atividades nos tempos atuais em razão do seu autodidatismo.

    Os dias de hoje exigem mais eficácia, do que eficiência. Isto é, de forma simples: Eficiência é fazer bem feito, eficácia é fazer o que tem que ser feito.

    A vida do homem não é um roteiro pré-definido. Ela é repleta de ineditismos, característica inerente apenas ao ser humano. Na maioria das vezes, é muito mais fácil um autodidata adaptar-se às situações inesperadas, do que alguém que se formou em moldes padronizados e que acabam culminando em dirigir suas ações sempre com as mesmas regras padronizadas. É usar o martelo para parafusar!

    A conclusão é que o autodidata é um quebrador de regras, ou melhor, um criador de regras. Geralmente não participamos de uma conversa, nós criamos a conversa.

    Seja como for, se você avaliar a história de vida de cada um dos membros da Academia Brasileira De Letras, vai notar que muitos imortais não estão ali em função de sua posição acadêmica, gradual ou maestria, mas sim, em razão de uma boa história contada em um livro, e que por algumas vezes, sequer foi uma obra de sucesso, ou mesmo um best-seller.

    Veja o caso do ex-presidente José Sarney¹, talvez você esteja entre as centenas de milhares, ou milhões de pessoas que sequer sabe qual livro, ou livros, ele escreveu e que o levaram a academia².

    Ou mesmo, no caso de Paulo Coelho³. Caso não saiba, foi parceiro musical de Raul Seixas e quando jovens, o estudado , o certinho, era o Raul. O Paulo era o bicho grilo, o maluco beleza. Uma simples viagem de peregrinação pelos Caminhos de Santiago rendeu a ele uma belíssima história que lhe abriu as portas da academia. Certamente você já teve contato com a obra Diário de um mago⁴.

    E por favor, não fique chateado, mas a composição de músicas como Sociedade Alternativa e Gita são dele, enquanto quem realmente tinha o sonho de ser escritor era o Raul. Irônico e paradoxo não é mesmo?!

    Portanto, a única coisa que estava separando-o, até o momento, de um caminho literário feliz e bem sucedido, era apenas a decisão de iniciar esta jornada. E esse importante passo é exatamente o que você está dando nesse momento.

    Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco. Eu não faço literatura: eu apenas vivo ao correr do tempo. O resultado fatal de eu viver é o ato de escrever

    Clarice Lispector

    Nesse ponto você já está quilômetros à frente da grande maioria das pessoas, que por mais que almejam escrever um livro, ainda não se deram conta da simplicidade de ousar nesta deliciosa aventura.

    A vida de um escritor é acompanhada das mais brilhantes ou obscuras experiências. Tudo é conteúdo, desde um simples respirar profundo ou balanço de folhas, até um grande acontecimento. Tudo se transforma em história. Principalmente em tempos tão estranhos como o que estamos vivenciando diante de uma pandemia.

    Daqui em diante tudo que você precisa é ficar atento a tudo a sua volta e escrever, escrever, escrever.

    Será necessário dedicação? Sim, absolutamente. Senão não faria sentido! Mas fique tranquilo, dedicação não vem do saber, vem de decisão. E uma boa decisão sempre sucede um bom sonho.

    Aqui você conhecerá o caminho, as sacadas e todas as ferramentas utilizadas pelos grandes escritores, novelistas e roteiristas. Caberá a você, apenas escolher avançar, avançar…

    Existe uma diferença entre saber o caminho e percorrer o caminho.

    Morpheus (Filme Matrix)

    Recomendo que arrisque-se sem nenhum receio. A maioria das críticas que nos atormentam não passam de uma ilusão criada pela nossa própria mente.

    Você vai entender porque histórias como Gabriela Cravo e Canela (Jorge Amado), Dom Casmurro (Machado de Assis), Ilíada, Odisséia (ambas de Homero), A menina que roubava livros (Marcus Zusak), Harry Potter (J.k.Rowling), O Segredo (Rhonda Byrne), 50 Tons de Cinza (E.L.James), ou ainda séries e filmes como Prison Break, Walking dead, Tropa de Elite ou ainda Código Da Vinci, entre tantas outras obras e roteiros que atraem milhões de leitores ou telespectadores no mundo inteiro, e muitas vezes traduzidos em diversas línguas.

    Note que a maioria das pessoas que leem uma destas obras, acabam devorando as páginas praticamente sem parar. Muitas vezes sequer tendo a leitura como hábito.

    Citei gêneros distintos acima, portanto me cabe esclarecer que também há um grande equívoco difundido entre a maioria dos leitores, e se trata de acreditar que um livro é bom, ou tem sucesso quando recebe apoio de uma grande editora, ou quando se transforma em filmes, etc..

    Oras, isso é uma falsa incógnita, afinal qualquer obra literária que tenha se transformado em filme, primeiro teve que se mostrar eficiente na leitura mecânica.

    Alguns livros também acabam ficando com o crédito apenas sobre seu conjunto material, sem mesmo um motivo que ampare essa credibilidade, tão somente porque recebem comentários do tipo esse livro é bom porque faz ler, ou é apaixonante, entre tantas justificativas", e que no fim, acabam apenas mantendo o crédito no livro material ou mesmo em seu título e não no enredo da trama.

    E isso acontece porque a maioria das pessoas ainda não percebeu que existe uma verdadeira receita por trás do enredo de todas, repito, TODAS, estas histórias de sucesso. E isso será esclarecido facilmente neste livro! O verdadeiro segredo por trás de livros como Harry Potter e O Código Da Vinci, é apenas a fórmula que você está para conhecer nos próximos capítulos.

    Vale também revelar que estes segredos não se encontram em nenhum manuscrito secreto pertencente ao tesouro dos Templários, nos cofres das grandes editoras,  tampouco nos porões secretos do Vaticano.

    Também não está em letras ocultas de pinturas de  Leonardo Da Vinci, nas músicas de Bach e por fim, também não foi encontrada em nenhuma pirâmide dos antigos faraós.

    O segredo destas obras que fazem tanto sucesso está presente em uma observação mais atenta na sequência do enredo destas histórias.

    Uma coisa ainda que não se pode negar a respeito desse suposto segredo é que realmente funciona ao ponto de desfocar o leitor exatamente deste ponto, fazendo o leitor ver apenas a isca e não a linha.

    E isso também não é nenhum crime. Afinal, é esse o objetivo e é assim que se fazem histórias. Envolventes no conteúdo e não em sua estrutura roteirista.

    O autor, James Frey em seu livro "Como escrever uma ficção arrebatadora⁵" identificou de maneira simples a maioria dos passos comuns em todas estas histórias de sucesso e abordaremos alguns deles nesta obra.

    Em alguns momentos você mesmo irá aprender a identificar  quais os truques e técnicas aplicados em cada página do "Código Da Vinci⁶" ou qualquer outra obra de sucesso, por exemplo. E isso lhe fornecerá as ferramentas necessárias para  escrever um livro de sucesso, seguindo essa mesma fórmula!

    A simplicidade aqui será sempre a chave e certamente ao conhecê-las você pensará: Não é possível, isso estava aí o tempo todo e eu não notei!, lhe garanto.

    Vou lhe apresentar em detalhes valiosos e simples exemplos de como narrar cenas de romance, suspense, terror, luta, sexo. Cenas para fazer rir ou fazer chorar.

    Vamos conhecer tudo de maneira simples e usual, assim você poderá praticar imediatamente o que aprender.

    E para enriquecer sua cultura literária, vou te apresentar durante a obra dicas e citações em epígrafe ou em capítulos dos melhores autores conselheiros, ok!

    Não haverá limites de criação e o máximo que poderá acontecer será eu ter que ficar horas em uma fila de alguma bienal para adquirir seu livro autografado.

    Outra coisa importante é que você irá se impressionar com a reputação, a autoridade e o respeito que a simples criação de um livro pode acrescentar em diversas áreas de sua vida.

    Tenha em mente ainda que sempre ficará disponível uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, e sua chance de chegar lá utilizando as técnicas apresentadas nesta obra será igual a de qualquer pessoa que já foi imortalizada na academia.

    Parabéns por estar aqui. Tenha uma boa leitura e mãos a obra!

    A televisão é muito educativa. Toda vez que alguém liga uma, entro num quarto para ler um livro.

    Groucho Marx

    Engatinhando

    Detonando o primeiro obstáculo

    Todo mundo sonha em ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro ou como disse José Saramago Somos todos escritores, só que alguns escrevem outros não. Mas por que a maioria esmagadora das pessoas não escreveu um livro ainda?

    Em busca desta resposta precisamos entender o que realmente impede uma pessoa de agir. Na maioria das vezes a resposta tem uma relação muito íntima com o MEDO.

    Mas afinal, em se tratando de escrever, seria medo de que? De que ninguém queira ler o que você escreveu? Medo de não conseguir publicar? Medo de ser motivo de piadas e risos dos amigos e familiares? Medo da rejeição?

    Ter um livro rejeitado faz parte da carreira da maioria dos escritores, inclusive dos que hoje são vistos como autores bem-sucedidos no mercado editorial. É quase como um ritual de passagem, uma provação pela qual temos de passar para ver se somos persistentes e confiamos em nosso trabalho.

    Você entenderá em breve que ter um livro rejeitado também nos oferece uma excelente oportunidade de alterarmos aquilo que não está funcionando bem na obra.

    O desafio talvez seja que nem sempre a resposta negativa da editora vem com uma justificativa no que diz respeito à qualidade do original – ao menos não no Brasil.

    Quando recebe-se a negativa – porque nem toda editora dá sequer um retorno – normalmente costuma ser alegando o não investimento em novos autores ou que o catálogo está completo no momento.

    Teoricamente acabamos perdendo o aprendizado que viria embutido na crítica, entretanto há outras formas de obter essas críticas hoje em dia. A internet que o diga não é mesmo!? Falaremos disso mais adiante e veremos como tirar um incrível aproveitamento dessas críticas.

    Há incontáveis casos de autores que conseguiram uma carreira sólida na literatura e que, inicialmente, receberam comentários negativos sobre seu trabalho. Eis alguns exemplos:

    Stephen King foi rejeitado 30 vezes antes de ser publicado. Uma das cartas de recusa a Carrie, a estranha dizia: Nós não estamos interessados em ficção científica que trata de utopias negativas. Elas não vendem.

    J.K. Rowling teve seu Harry Potter rejeitado 12 vezes, inclusive por grandes editores. Um deles disse que ela não deveria perder mais nem um dia sequer de trabalho.

    Jack Kerouac recebeu as seguintes palavras de um editor sobre o seu On the road: Sua prosa frenética e embaralhada expressa perfeitamente as viagens febris da Geração Beat. Mas isso é suficiente? Acho que não.

    Agatha Christie enviou seu primeiro livro, O misterioso caso de Styles, para seis editoras antes de conseguir publicá-lo. E, mesmo assim, seu trabalho só foi ser reconhecido três livros depois.

    A razão para eu lhe apresentar esses exemplos é que dessa maneira eu provo que não há nada de errado na rejeição, tampouco na crítica. Iremos aprender a tirar um proveito máximo disso! Lembre-se: Daqui em diante a crítica e a rejeição são seus aliados, não seus inimigos. Possivelmente você aprenderá muito mais com as críticas do que com os elogios.

    O que leva um escritor ao medo de escrever não é a razão, mas sim a emoção. E por isso é necessário entender que a maioria de nós age mais por emoção do que por razão. Até porque se não fosse assim, não haveriam tantos fumantes ou mesmo pessoas sedentárias no mundo, isso porque, no fim, sem nenhum demérito a quem enfrenta esse tipo de problema, racionalmente todo mundo sabe que o fumo faz mal, sedentarismo pode levar a morte, e ainda assim, as pessoas continuam com a decisão de manter estes hábitos. Não tem nada de racional nisso, percebe?!

    Ok, as decisões são emocionais. E o que isso tem a ver com os escritores em geral?

    Simplesmente porque o medo é uma emoção que geralmente lhe impede de tomar uma decisão, ou seja, você trava ou seque inicia sua obra.

    Vamos ser francos e inverter a lógica?! Por que você quer escrever um livro?

    Podemos escrever apenas por hobby. Você deixa de realizar seus hobby por medo?! Ou mesmo para se sentir realizado pessoalmente. Devo confessar que se você objetivar escrever um livro como fonte de renda talvez enfrente algumas frustrações inicialmente. Não que não seja possível fazê-lo, mas lembre-se que nesse caso, trata-se de venda, não necessariamente de escrever bem.

    Uma outra razão comum para querermos escrever um livro é que a maioria de nós gostaria de ser mais importante. Afinal, ter uma obra publicada imortaliza sua palavra ou suas ideias. E não há nenhum problema nisso, muito pelo contrário.

    Mas o que é ser importante? Por definição é ser respeitado como autoridade. Mas na prática não passa de uma emoção.

    No fundo todos queremos sentirmo-nos importantes. E para que?! Para ser respeitado, ou como a própria natureza de quem escreve, ser imortalizado.

    Naturalmente para se sentir importante é necessário ter certa autoridade. E o que é necessário para obtê-la?

    Esse tema foi amplamente discutido entre os especialistas do gênero e minuciosamente descrito em um livro chamado "As armas da persuasão de autoria de Robert Cialdini. O autor propõe vários estudos comportamentais, entretanto vou me ater apenas a um exemplo do que em geral cria essa autoridade".

    Para exemplificar, segundo o próprio autor: Já notou que quando alguém se aproxima de você com um jaleco branco, você tem uma reação natural de lhe chamar por doutor?

    Pois é, um simples jaleco branco e já estamos diante de uma autoridade.  Isso porque você associou o jaleco a pessoas que são formadas em medicina, a médicos. Talvez isso seja um paradigma, mas seja como for, assim fomos educados a interpretar.

    No mundo editorial não é diferente! Escrever, por si só, já cria em sua audiência uma percepção de  autoridade sobre você. E isso é tudo que você precisa para desenvolver uma audiência cativa que confiará em adquirir sua obra.

    Conheci o caso de um senhor (que infelizmente não ficou famoso, mas deveria, na minha opinião), cuja atitude garantiu a ele no mínimo os melhores quartos em hotéis e muitos mimos em salas vips de aeroportos e hotéis com uma atitude bastante simples.

    Entenda o caso: ele escreveu um livro por puro hobby e encomendou em uma gráfica expressa a impressão de uma quantidade bem pequena de livros, apenas para si mesmo, amigos próximos e familiares.

    Ao chegar a um aeroporto, ou mesmo em algum hotel ele habitualmente colocava o livro sobre o balcão propositalmente de costas, cuja contracapa continha sua foto como autor.

    A reação dos atendentes era imediata, e aquele senhor passava a receber uma espécie de atendimento vip, afinal o pensamento mais comum é que certamente se este homem tem um livro publicado, pasme, deve ser um homem famoso, portanto uma autoridade.

    Até o momento em que conheci a história haviam se passado cinco anos que ele havia escrito o livro e não havia vendido uma cópia sequer. Em contrapartida pode usufruir muitas vezes de luxuosas comodidades em hotéis, restaurantes e similares com este pequeno truque.

    Para concluir essa história de medo, que presumo ser a única coisa que te impede de escrever, vou deixar uma reflexão e uma sugestão:

    E um último alerta: Divirta-se! Não há razão melhor para escrever!!

    Vale ressaltar que, caso seu objetivo seja profissional, haverá no final desta obra questões técnicas que te darão melhores condições de apresentar seu livro a editoras em potencial.

    E que tal começarmos explorando a chave da porta principal do castelo da escrita de um livro?!

    "...Escrevo porque preciso, preciso porque estou tonto. Ninguém tem nada com isso. Escrevo porque amanhece, E as

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