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Mentes Vivas num Mundo Surdo
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Mentes Vivas num Mundo Surdo
E-book217 páginas3 horas

Mentes Vivas num Mundo Surdo

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Sobre este e-book

Este livro não é um manual de bom comportamento perante transtornos mentais. É, portanto, um profundo diálogo com a mente. Um grito de honestidade em uníssono com aquilo que é ser louco. Acompanhado de vários testemunhos que vos vão fazer sentir em casa.
Não prometo curas irreais. Durmo sobre sentimentos de aceitação e compreensão. Porque é neles que habita a cura. E deverão vocês querer acordá-los porque, sem eles, manter-se-ão sufocados numa pequena jaula de padrões e valores. 
Ninguém é quem queria ser. A busca pela perfeição é infinita e mata. Mas podemos e devemos procurar pela nossa saúde mental. Ainda que vivamos com a falta dela. "Oferece-se ajuda. Aceita-se ajuda" - o mote de quem vive à sombra de mentes vivas num mundo surdo. 
Um livro para quem foge de si próprio. Para quem se quer encontrar. Para quem quer ajuda. Para quem quer ajudar. Para quem pode fazer a diferença. Para todos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de jan. de 2023
ISBN9791222078687
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    Mentes Vivas num Mundo Surdo - Guilherme da Guia Pinheiro

    Agradecimentos

    Ao tempo, que no vento leva e traz a minha existência.

    Às mãos firmes, que abraçaram a queda de um império.

    Aos loucos, por serem loucos.

    Sobre este livro

    Não foi fácil de o pensar. Muito menos de o escrever. Requereu esforço. Acima de tudo a nível reflexivo. Porque me fez voltar atrás. Viajar para os anos em que não estive bem. Física e psicologicamente. Posicionar-me novamente numa mente debilitada. Amorfa. Tudo para que pudesse rabiscar os meus antigos pensamentos, pintando-os numa tela. Com a esperança de que vocês os pudessem vir a vislumbrar. Apreciar. Analisar. Compreender. Criando um sentimento de identificação. Para que não se sintam sozinhos. E para que não se sintam entregues ao vazio. Porque não o estão. Há mais pessoas como vocês. Como nós. Estão apenas escondidas porque ainda não se sentem aceites. Falta de saúde mental não é aceite. Pelo menos de forma leviana. Da forma que gostaríamos. Como deveria ser.

    Não temos paz de mão beijada. É uma realidade. Temos de refletir. Custa? Sim. Vale a pena o esforço? Sem dúvida. Faz-nos renascer. É o primeiro passo para a cura. Para podermos começar a olhar para nós próprios como seres normais. Que têm apenas uma pequena condicionante. Mas que não a somos em si. Que vamos para além dela. Que a conseguimos controlar. Para que, mais tarde, quem sabe, possamos brincar com ela. Moldá-la. Olhá-la de longe. Fazê-la desaparecer. É este o objetivo.

    Digo-vos então, por alguma razão que me ultrapassa, que aqui estou. Não que sinta que sou alguém de valor. Porque não o sou. Não sou nenhum psicólogo, nenhum estudioso, nenhum curandeiro, nenhum falso messias, nenhum deus. Sou, sim, alguém que presenciou e sofreu com vários problemas psicológicos. Daqueles que tanto marcam a nossa geração. E as anteriores – ainda que, na minha opinião, de forma diferente, mas já lá iremos. Daqueles que levam qualquer um à loucura. Daqueles que parecem ter poder para nos tirar a vontade de viver. Mas que nunca têm. Sou apenas uma pessoa normal nos dias de hoje, portanto.

    E qual é a minha ideia com isto afinal? É simples. Isto não é um manual. Não vos vou ensinar a ultrapassar os vossos problemas. Não vos vou ensinar nada. Não me sinto nesse direito. Muito menos nessa posição. Quero apenas ser um instrumento que vos vai fazer refletir. Que vos vai fazer despir falsas máscaras e armaduras. Que vai deitar por terra os muros que ergueram à vossa volta. Que vos vai tornar capazes de enfrentarem o vosso problema. De o verem de fora. Como se fosse uma sombra. Que está sempre presente. Que a conseguem ver. Mas que em nada vos afeta. Quero que sintam que não estão sozinhos. Que não são loucos. Ainda que, por vezes, me questione: Quem não o é? – Honestamente, tenho pena de quem não o seja.

    Decidi então escrever este livro da mesma forma que funciona a minha mente. Sem a voz amordaçada. Sem medo de dizer o politicamente incorreto. Sem o cuidado de não cuspir textos escritos durante crises mentais. Sempre compactuando com a realidade. Sempre abraçando a forma como a cabeça nos condiciona. Sempre transparente. Nunca oferecendo expectativas irreais quando não as tenho para oferecer. Nunca sucumbindo à doença, olhando-a sempre de fora. E nunca com nenhum arrependimento ou sentimento de culpa. Ninguém a tem. Apenas sentimos que sim.

    Para além disto, para não acharem que estão sozinhos neste mundo da loucura comigo, poderão contar com vários testemunhos. Pessoas que me ajudaram nesta jornada. A quem não tenho forma suficiente de agradecer. Pessoas de todas as idades. Que falam abertamente sobre os seus problemas e sobre a forma como condicionam as suas vidas. Mas também sobre a forma como lidam com eles. Como os ultrapassaram. E como que cresceram enquanto pessoas. Serão, assim, outro ponto de identificação para vocês. E uma ajuda na compreensão de determinados problemas – uns mais graves que outros. Uns mais atuais que outros. Mas que podem bater à porta de qualquer um de nós.

    Por fim, resta-me dizer-vos que este livro está organizado como o ato de semear de uma planta. Mas não daquelas verdejantes, saudáveis e que respiram connosco. Antes daquelas feias, mortas, secas, e com espinhos.

    Começarei por enterrar a sua semente – fase em que olharei para a forma como a loucura se planta nos nossos cérebros. De seguida, regá-la-ei e esperarei que cresça – debruçando-me sobre a forma como os problemas medram em nós quando assim o permitimos. E por fim… bom, por fim… arrancá-la-ei pela raiz – e, atenção, não estou a sugerir algo mau. Sugiro, sim, que sejamos capazes de olhar para o nosso problema de fora. E que tenhamos vontade de acabar com ele. De deitá-lo fora, finalmente.

    Deixo o aviso para a crueza da minha escrita e descrição de certos sentimentos, momentos e problemas psicológicos. Mas é assim mesmo que eles são. Crus. Espero que gostem e que sirva este pequeno livro para aprendermos a lidar uns com os outros. Com as gerações mais velhas, com as mais novas e com as que ainda estão por vir. E que seja também um contributo para fazer da saúde mental uma prioridade. Para todos.

    Preparem-se para um profundo diálogo com a mente. Ser este que se encontra acima de nós e que nos manuseia como se fossemos a sua marioneta. Submissos. Fracos. Indiferentes. Este livro não é um manual de bom comportamento perante transtornos mentais. Aqui oferece-se ajuda. Procura-se ajuda. Aceita-se ajuda. O mote de quem vive à sombra de mentes vivas num mundo surdo.

    Introdução

    Para quem ainda tem este livro na mão, vai o meu agradecimento. Mas aviso, desde já, que tudo o que aqui folhearem vai estar do avesso. As escadas para o décimo andar só se descem, a minha mente vive fora de mim, estou grávido de sete filhos na cabeça e deixei os sapatos perdidos na rua.

    Pronto... não se assustem, não sou louco. Quer dizer, talvez seja. Mas não tem mal. Até porque, por esta altura, quem também não o for já devolveu o livro à prateleira para ir comprar outro – que coisa tão estranha… um parágrafo a falar em escadas, mentes, gravidezes e sapatos. Esta geração está mesmo perdida!

    É verdade. E falo de geração porque creio que poucos adultos se identificarão com isto. Ou pelo menos de forma tão direta como os mais novos. Porque acreditam profundamente nas crenças do seu tempo e naquilo que lhes foi ensinado. A não desabafar. A reprimir sentimentos. A ultrapassar tudo sozinhos. Mas quero acreditar que existem exceções. Adultos que tenham passado, ou que passem, pelos mesmos problemas da nossa geração, ainda que não tenham tido espaço para os expor na altura devida. Porque era assim que funcionava. Ou, por outro lado, adultos que queiram perceber a moda dos problemas mentais aos quadradinhos que veste a malta da nossa idade. Fica o desafio e a crença de que tais pessoas possam existir. Porque precisamos delas.

    Os que não forem assim, pensarão, como sempre, que somos a geração estranha. A estragada. Aquela que diz ter problemas quando tudo é tão simples. Aquela que diz ter medo de arriscar. Aquela que só quer chamar à atenção. Aquela que diz ter pressões de todo o lado quando, na realidade, tem a papinha toda feita.

    Mas talvez não tenhamos. Talvez o grande problema seja este mesmo. Saúde mental. Ou a falta dela. E que ninguém nada faça para a compreender. Principalmente os ditos adultos que vêm de uma geração que os obrigava a lidar com tudo de forma prática – No meu tempo era assim. No meu tempo era assado. No meu tempo não havia nada disto. Com a tua idade já eu trabalhava. Nunca tive nada do que tu tens.

    No fundo tenho pena deles. E acredito que eles também tenham. Nunca tiveram espaço para se poderem queixar. Problemas psicológicos eram refresco. Falta de maturidade. Ou um querer desesperado de chamar à atenção. Por isso cresceram e, ainda que fizesse sentido ensinarem-nos o contrário por terem sofrido, não. Acabaram por perpetuar estes mesmos pensamentos que sabem ser mentira. Mas lá está. A nossa mente manda em nós. E a eles mandou-os agir desta forma.

    Tantos rodeios para poder dizer, com toda a certeza, que este livro faz também falta aos adultos. Principalmente aos que sofrem e aos que têm filhos ou pessoas próximas que sofrem de desajustes técnicos. Para perceberem o que lhes vai dentro da cabeça. E para construírem bases mais fortes para aprender a lidar, a aceitar e a aconselhar. Precisa-se de consciencialização. Precisa-se de ajuda. Aceita-se ajuda.

    Regressando a nós. Obrigado por ainda estarem aí. É sinal de que refletem sobre vocês próprios e sobre a vida. Que não entregam tudo a causalidades. Que sofrem. Que mostram que sofrem. Que, no fundo, gostam de sofrer ainda que não gostem. Que sejam loucos, talvez. Mas, acima de tudo, que queiram um livro para se identificar com alguém. Porque a cura está na aceitação e na compreensão. Sei que pode parecer uma frase feita, mas vai ser repetida as vezes que forem necessárias ao longo do livro. Já saiu tantas vezes da minha boca que finalmente pensei: Talvez escrita num papel e divulgada, esta ideia venha a crescer ainda mais.

    Existem muitos livros sobre como ser feliz, como ser bem-sucedido, como afastar a ansiedade, como expulsar a depressão, como superar medos, entre tantos outros. Mas, muitos deles, não são nada mais nada menos, do que aquilo que as gerações anteriores nos ensinaram a fazer. Vendem a banha da cobra e mostram que temos de ignorar os nossos pensamentos mais negros. Afastando-os.

    Lembro-me de uma frase que me marcou particularmente num livro mal acabado deste género – sim, caí no erro de o ler – que dizia: Pense que acabou de receber 50 mil euros. E viva como se os tivesse realmente. Agradeça por tê-los recebido mesmo que não sejam reais. Se tiver dívidas faça o mesmo processo. Vai ver que um dia eles vão mesmo aparecer.

    Ora, acho que, para contrariar este raciocínio pobre em lógica, basta um pouco de senso comum para perceber que, segundo esta lógica, ficaríamos rapidamente endividados. Tesos, no mínimo. E isto não passa de um mero exemplo, porque aquilo que o livro fazia em relação ao dinheiro, fazia também com a felicidade. Pense que é feliz. Finja que é feliz até sê-lo realmente. Vai ver que um dia o será!

    Traduzindo aos meus olhos – Dê um murro na parede. E acredite que não vai partir a mão. Dê outro. E repita este processo até se cansar. Vai ver que não partiu a mão porque acredita que não a partiu. O problema é que doer vai, com certeza.

    Para além disto, o que vai na mente destes escritores soa a algo como: Vamos dar todas as ferramentas para lidar com doenças mentais a quem nos ler. Mas não vamos nunca falar sobre o que se sente ao certo quando se está em sofrimento – os momentos mais negros. Isso pode afastar os leitores de tão assustador que é. E pode desmotivá-los. E assim não vendemos!

    Não digo que todos sejam assim. Nem que todos tenham a perspetiva errada. Porque, se assim fosse, estaria a afirmar que a razão está do meu lado. O que não é verdade. Não gosto de pretensiosismos. Relembro que sou apenas uma cobaia. Posto isto, digo que existem livros que são verdadeiras ferramentas para a cura. Afinal, também é para isto que eles funcionam. Mas cuidado com as escolhas.

    Quanto a este, escrito por mim, é diferente. Não é nenhum manual de bom comportamento. Nenhum livro de receitas sobre risottos de superação. Nenhuma exaltação ao sucesso pessoal. Nenhum sermão sobre força de vontade. Vejo-o antes como um amigo. Porque vos vai fazer compreender que existem mais pessoas como nós. Fazer ver que é normal. Fazer sentir que tudo tem solução. E, acima de tudo, fazer com que aceitem os vossos problemas. É daqui que vem grande parte da cura. Já disse isto?

    Sou da opinião que, para se perceber o que é bom, tem de se saber o que é mau. Para se ser feliz, tem de se saber o que é ser infeliz. Para se saber o que é a morte, temos de morrer. Acho lógico. Quando somos crianças sabemos que não nos podemos magoar porque já nos magoámos. É um instinto natural. E é assim que tudo funciona.

    Portanto, é precisamente isto que me proponho fazer. Dar-vos aquilo que não nos costumam dar. Pensar sobre aquilo que não costuma ser pensado. Pensar sobre como funciona a nossa mente no seu pior, para que possamos saber como funciona no seu melhor. Compreender os nossos pensamentos mais obscuros para perceber como fugir deles, apagá-los e substituí-los por outros melhores. Pegar no nosso cérebro e ver que peças maleáveis faltam. Onde estão os principais buracos. Saber como viver e ir vivendo.

    Primeiro exercício – e juro que não vou fazer muitos, porque acho isto um verdadeiro clichê. Pensem na vez em que estiveram mais tristes na vossa vida. Pensem… pensem mais um bocadinho… só mais um bocadinho… pronto, já chega! A vossa mente não mandou em vocês nesse momento? Não foram irracionais? Não sentiram a tristeza a apoderar-se de vocês? E com ela uma quantidade absurda de pensamentos invasivos? Não sentiram que não tinham controlo? Não sentiram que o que vos segura a este chão com tanta firmeza voou para longe? Precisamente. E acho que é com isto que temos de aprender a lidar. A lidar com a tristeza e a saber ser racional quando ela toca à campainha. E quando falo em tristeza, refiro-me também a medos, ansiedades ou vontades irracionais.

    É como abrir a porta de nossa casa àquela tia maçadora que só nos viu quando tínhamos cinco anos e que agora nos vem gabar tudo. A nossa altura, mesmo que tenhamos um metro e meio. O nosso cabelo, mesmo que tenhamos cabelo de rato. O nosso sorriso, mesmo que estejamos desdentados. Ou as parecenças com os nossos pais que sabemos perfeitamente que não existem. Mas o que é que podemos fazer? Fechar a porta à coitada? Não. Abrimos e tentamos lidar com a situação. E se não estivermos a conseguir, pedimos ajuda a quem consiga. Introduzimos outra pessoa para que a conversa flua. E essa pessoa aqui sou eu. Modéstias à parte. Mas compraram este livro, portanto vou ser esse mediador. Pelo menos enquanto o estiverem a ler. E obrigado por isso!

    Vamos passar agora aos nossos fantasmas. Aos esqueletos no armário. Que esperamos toda a vida que nunca saiam dos seus cabides. Porque achamos que estão tão bem guardados que o cheiro a naftalina os afastará eternamente. E porque no dia em que saírem significa que vamos ter de lidar com eles. E não queremos. Porque vamos ficar tristes. Porque vamos ter de pensar muito. Porque vai dar trabalho. Mas talvez devêssemos querer. E aqui, comigo, ou queremos, ou queremos.

    Enterrar a semente

    Como prometido, vamos enterrar a semente da planta e viajar ao nosso passado. Aos momentos em que enlouquecemos. E aos momentos que nos fizeram enlouquecer. Mas vamos vê-los de fora. Como se estivéssemos a ver um filme. Para nos analisarmos e percebermos o que realmente aconteceu. E no que é que esses acontecimentos nos tornaram. Enterremos a semente…

    Acho que vou começar pela infância. E que mais é a infância senão aquela altura em que somos seres frágeis, puros e felizes? Profundamente felizes porque ainda não conhecemos o mal de perto. Em que vivemos a vida sem pensar na morte, que está tão longe, que nem a conseguimos vislumbrar. Afinal, trazemos a felicidade a nossa casa e à nossa família. E sentimos que o fazemos. O que eleva o nosso ego a um ponto inatingível durante o resto da nossa vida.

    Somos crianças. O centro das atenções. Não temos noção do perigo, da solidão ou da trabalheira que dá viver. Sabemos apenas o que é ter a comida a horas na mesa, fazer birra quando não gostamos, esperar para que nos sirvam outra coisa, dormir até não dar mais e brincar. E talvez este distanciamento infantil que temos da realidade venha das nossas brincadeiras. Porque brincamos à vida. Deixamos tudo nos nossos brinquedos. Eles são a nossa realidade. As frustrações, os males, as dificuldades, as felicidades, as conquistas, os super-heróis e os vilões. E é através deles que pintamos a nossa vida. Como quando rabiscávamos uma folha e sentíamo-nos verdadeiros Picassos. Somos amados e sabemos amar, ainda que com a intensidade e inconstância própria da idade. E por

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