Eu depois de amanhã
De Luísa Peleja
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Sobre este e-book
quem seremos nós depois de amanhã?
Neste livro, Luísa Peleja compartilha crônicas
escritas durante esse período de contrastes tão intensos,
e convida você a se distrair, se atrair para dentro de si
e descobrir o seu Eu depois deste livro.
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Pré-visualização do livro
Eu depois de amanhã - Luísa Peleja
Copyright © 2022 de Luísa Peleja
Todos os direitos desta edição reservados à Editora Labrador.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Jéssica de Oliveira Molinari - CRB-8/9852
Peleja, Luísa
Eu depois de amanhã / Luísa Peleja. -– São Paulo : Labrador, 2022.
ISBN 978-65-5625-251-3
1. Crônicas brasileiras I. Título
22-2958
CDD B869.93
Índice para catálogo sistemático:
1. Crônicas brasileiras
Dedico às minhas avós,
Anna e Ledinha.
Sumário
Apresentação
O exercício vai além de lavar as mãos
Nunca fui santa e sou para casar
Nós não estamos preparados
A vida é um eterno processo
Eu estou exatamente onde queria estar
Ninguém constrói algo sólido e faz a diferença sem se despedaçar um pouquinho
Não adianta querer mudar o mundo se a pia fica para depois
Poucas mulheres falam sobre sexo abertamente: masturbação
Para viver o amor, existem vários caminhos
Todo término é um recomeço
Por mais ídolos que nos façam voar
Ah, Thomas Shelby...
Se nos vestíssemos cada dia como se fosse o último, que roupa você usaria?
Aniversários de papel crepom
Rituais: leitura
Cancelamento virtual
Snapchat dysmorphia
Senso de urgência
Escrito nas estrelas
O abuso nem sempre é óbvio
Não julgue o livro pela capa
Como você está?
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Sua PJ não anula sua PF
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Autoboicote
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Headshot
Ninguém quer esforço,todo mundo quer mágica
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Manifesto
Lista de resoluções
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Prefira acreditar
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A proximidade afetiva é o que conta
Apresentação
Era julho de 2019 quando lancei o meu primeiro livro de crônicas. Um marco na minha vida. Nunca imaginei sentir tamanha realização e preenchimento com o lançamento e tudo o que veio depois. Quantas histórias, conexões, carinhos, feedbacks… Como é potente e grandioso tocar sem tocar e poder alcançar as pessoas através das palavras. Quando lancei o primeiro livro, já estava pensando no outro e com uma certeza: nunca vou parar de escrever.
Nos meus planos, em um ano lançaria um novo livro. Me programei para começar a escrever as crônicas em fevereiro do ano seguinte (2020), assim conseguiria conciliar as demandas de trabalho com esse projeto que tanto me preenche, mas, para surpresa de todos, o mês de março daquele ano trouxe consigo uma pandemia.
Foram meses redesenhando todos os planos, e com o plano do livro não foi diferente. Este livro, diferentemente de outros, foi construído com a minha audiência. Em uma insônia criativa e preocupada, já que não conseguiria cumprir o prazo de lançar um livro naquele ano, pensei: Como vou manter minha audiência interessada até lançar o livro?
, Como lançar o livro em meio a uma pandemia tendo que conciliar com tantas questões de trabalho?
. Assim, tive a ideia de fazer com que meus leitores fizessem parte do processo de construção dele, e assim ele nasceu no ambiente virtual para só então ganhar a vida física.
Reuni os feedbacks que recebi do primeiro livro, em que leitores e seguidores diziam A sensação que tinha ao ler é de que estava escutando a sua voz
, Ele é tão bom e leve, pena que acaba rápido
, para desenhar um formato contínuo (que não terminaria em duas horas) e multiformato (escrita, áudio e vídeo para permitir que a aproximação fosse real) que fizesse o leitor se envolver comigo e com a obra em si.
Hospedei o livro em uma plataforma de assinatura na qual, uma vez por semana, durante um ano, liberaria uma crônica nova em vídeo, no formato escrito e com um vídeo bônus, em que eu compartilhava as motivações que me levaram a tal resultado. A cada nova crônica eu também compartilhava uma música do momento. Uma experiência sensorial de leitura que ia além do próprio texto. Em tempos de pandemia, o projeto não era apenas um livro de assinatura, era também uma companhia em meio ao caos. Foi um sucesso.
"Luísa, você foi o presente este ano para mim, para meu autoconhecimento. Nossa, é como se eu estivesse contigo presencialmente conversando e tomando aquele café.
Te admiro muito, mulher."
Naira Raquel
"Obrigada por mais uma vez compartilhar suas reflexões
e construções tão lindas, mesmo diante do que nos atinge tão fundo na alma como a saúde de quem amamos.
Lindo, profundo e me identifico em tudo, inclusive no momento. Forte abraço!"
Sarah Goiatá
"Passei a escolher as crônicas para ler pelo título.
Se vejo que o título tem conexão com o meu sentimento do dia, eu paro e leio, e essa experiência tem sido incrível! Acalento para alma."
Sabrina Cristina
É surreal o quanto me sinto conectada a este livro.
Camila Oliveira
"Em uma das fases mais difíceis da minha vida,
me deparo com os escritos de Luísa, quero morar no ‘te ler’; obrigada obrigada obrigada."
Jacqueline Rodrigues
Lu, tenho CERTEZA que foi DEUS quem me tocou pra assinar este livro. Posso te fazer um pedido muito especial? Vou casar dia 15/05, posso usar esta bela crônica como meu voto?
Thaís Evangelista
A primeira crônica do livro foi escrita em março de 2020, na varanda da minha casa de Campos do Jordão, com um vinho do lado, muitas incertezas e insegurança diante do cenário que se apresentava. Ainda sabíamos muito pouco sobre a pandemia, mas já estávamos lidando com todos os desafios profissionais e pessoais que o cenário nos colocou. Escrevia para escapar e documentar aquele período. Durante os primeiros meses de pandemia, até estruturar e colocar o projeto no ar, compartilhava alguns textos com a minha audiência nas redes sociais, mas foi somente em julho, no dia do meu aniversário de 29 anos (dia 30), que lancei e oficializei o projeto que durou até o ano seguinte. A cada semana escrevia um novo texto.
Eu depois de amanhã é a continuação do Em busca da nossa melhor versão. Como o primeiro livro, o título imprime movimento. Mas, junto ao movimento, dúvida. Afinal, quem seremos nós depois de amanhã?! Somos resultado das nossas experiências, buscas, construções e desconstruções, e no livro eu compartilho várias das minhas em meio a um ano extremamente desafiador.
Escrever as crônicas era o momento de me encontrar comigo, minha terapia, meu diário documental do que via e vivia durante esse período. Foram muitos desafios, crescimento profissional, pessoal, e também foi quando vivi as maiores dores e as maiores alegrias. Um período de contrastes intenso, que exigiu muita lucidez e um estado de consciência que muitas vezes somente a escrita era capaz de me trazer.
Por falar em contrastes, quem assina a arte do livro é a artista Fernanda Romão, que, através do meu trabalho, tive a honra de conhecer e me conectar de diversas formas. A Fê conseguiu imprimir em suas telas tudo aquilo que eu conseguia trazer em palavras, mas, sobre as artes, vou deixar a própria Fernanda contar.
Escrever faz parte de um ritual, um compromisso que faço comigo e, agora, também com os meus leitores. Por isso, quero que a leitura faça parte de um ritual seu. Escolha um espaço agradável, acenda uma vela, separe uma água, café, vinho ou uma bebida que vá te agradar. Se dê alguns minutos para se conectar aos textos e, principalmente, a você. Te convido a se distrair e se atrair para dentro de você e descobrir o seu Eu depois deste livro.
Grife, rabisque, acesse a playlist para ser embalado pelas músicas. Viva cada página como eu vivi.
Acesse o link: shorturl.at/tEJ08 ou procure por Eu depois de amanhã
no Spotify.
Carta da artista
Me chamo Fernanda Romão (F. Romão), e no último ano tive a honra de receber da Luísa o convite para ilustrar este livro. O sentimento foi de emoção. Já seguia e acompanhava a Lu nas redes sociais há muitos anos e sempre admirei e me identifiquei com sua persona pela ousadia, verdade e, ao mesmo tempo, delicadeza. Algumas de suas muitas versões, as quais ela sempre esbanja com orgulho. E ela, ao conhecer o meu trabalho, acabou se enxergando de alguma forma nos temas e provocações que eu trazia.
O início do projeto foi um briefing libertador! Luísa me permitiu trazer a minha interpretação sobre suas palavras, e, como leitora e artista, pude me inspirar a sentir e me colocar nas situações e sentimentos que suas crônicas me trouxeram.
Tanto a Luísa quanto os livros estimulam uma experiência leve, mesmo ao abordar com profundidade temas complexos. Meu sentimento foi um espaço de aconchego, mas que me provocou e me fez olhar para dentro, sentir e refletir.
Como artista, acredito em infinitas interpretações, e a minha leitura sobre arte muda conforme meu humor ou a circunstância na qual estou inserida naquele momento. Por isso, o livro também me instigou a relê-lo em outros momentos.
Meu objetivo para a capa era trazer algo que refletisse o conteúdo e que à primeira vista fosse, acima de tudo, interessante. Existe um conceito na arte que se chama hábito visual, mas eu fujo dele em todos os meus trabalhos. Na minha arte, busco causar um incômodo no espectador, a ponto de fazê-lo se interessar em entender a imagem e, o mais importante, estimular sua