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Magia, Filosofia Do Fogo E Doutrina Ritualística
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Magia, Filosofia Do Fogo E Doutrina Ritualística
E-book633 páginas6 horas

Magia, Filosofia Do Fogo E Doutrina Ritualística

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Sobre este e-book

Esse trabalho tem como finalidade não somente introduzir o leitor no alto conhecimento místico/mágico, através da filosofia hermética, alquimia mística e ciência oriental, mas também dar subsídios para a compreensão do mundo a sua volta e das relações entre o mundo material e o mundo imaterial permitindo, assim, a sua manipulação ativa, principalmente nas áreas de curas espirituais e manipulações energéticas. Usando a umbanda como porta de entrada, você, leitor, será levado a compreender diversas outras doutrinas mais profundamente, desde as mais básicas noções de espiritualidade, até o mais profundo conhecimento de manipulações energéticas complexas. Existe um motivo para várias doutrinas religiosas terem seus lugares no mundo e você aprenderá a entrelaça-las para ter o conhecimento mais amplo possível, tornando-se uma pessoa melhor, um médium melhor e um Mago na verdadeira acepção da palavra.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de jul. de 2014
Magia, Filosofia Do Fogo E Doutrina Ritualística

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    Pré-visualização do livro

    Magia, Filosofia Do Fogo E Doutrina Ritualística - Nino Denani

    Magia, Filosofia do Fogo e

    Doutrina Ritualística

    da Escola do Grande Oriente Místico

    1

    2

    Este presente trabalho é dedicado aos médiuns da

    Casa da Vó Maria Rosa e Povo do Oriente,

    cuja caminhada fez por merecer o contato de espíritos tão puros, grandes

    Mestres da Escola do Grande Oriente Místico,

    que possibilitou a existência deste material.

    3

    4

    Este material é parte do curso homônimo, ministrado pelo

    Centro de Assistência Espiritual Casa da Vó Maria Rosa e Povo do

    Oriente. Devido ao grande perigo na distribuição indiscriminada

    deste escrito, as informações aqui contidas são generalistas e rasas,

    a fim de prevenir a queda de algum leitor com ideias confusas.

    Mais informações em www.casadavomariarosa.com.br

    5

    6

    Prólogo

    Em uma época onde informações mil circulam pelas vias de

    comunicação, fica realmente difícil adentrarmos em um ponto

    específico e desvendá-lo de forma coerente. Quando falamos,

    então, de um mundo inteiro, muito mais amplo e complexo que o

    nosso, onde informações são passadas salpicadas de opiniões

    próprias e parciais, muitas vezes não encontrando fundamento

    algum em lugar nenhum, fica ainda mais complicado. O propósito

    deste projeto é, definitivamente, iniciar com uma nova busca,

    realizar uma quebra de paradigmas sociais, psicológicos e místicos

    a fim de auxiliar na ampliação da consciência individual de cada

    pessoa envolvida para que, assim, a humanidade consiga prosperar

    como um conjunto. Antes, porém, de prosseguir com ditames mais

    sérios e profundos, apresenta-se a necessidade de estabelecer bases

    7

    sólidas de conhecimento a fim de igualar o diálogo, prevenindo,

    assim, distorções ou incompreensões futuras1.

    Como dito no parágrafo acima, as diversas vozes da humanidade

    tendem a clamar de forma incoerente pela mesma fé. A falta de uma

    série de artifícios faz com que a linguagem do ser humano seja, de

    fato, incompleta ao tentar dar significado a uma determinada

    situação objetiva. Por exemplo, quando falamos cadeira estamos

    nos referindo a algo em especial, mas não somente isso; usamos a

    palavra para evocar uma série de características que são inerentes ao

    pensamento contido em nós. Quando usamos o vocábulo, em nossa

    mente já se forma a figura correspondente que, dificilmente, será a

    mesma para duas pessoas. Uma pessoa pode ter visto em sua mente

    um objeto de quatro pernas, espaldar até o meio das costas, feito em

    madeira de pinheiro e outra pessoa pode ter imaginado um objeto

    de perna única que se divide em cinco segmentos com rodas em

    suas extremidades, espaldar baixo, feita em tecido vermelho e

    plástico preto. Essa discrepância acontece mesmo quando estamos

    falando de um objeto sólido, palpável e de fácil identificação para

    qualquer envolvido no diálogo. Tente, então, expandir esse mesmo

    conceito para algo intangível, invisível e de compreensão ambígua

    por si só como, por exemplo, o que é um espírito.

    Tal estudo, então, se faz de extrema necessidade para os que

    estão planejados no porvir. Não seria possível tentar explanar de

    1 Kardec já identificara a problemática da diferença entre interpretações dos

    termos comumente utilizados quando nos referimos aos estudos gerais. Boa parte

    da introdução do Livro dos Espíritos é usada para conceituar os termos que

    utilizará dali para diante. "(...) A divergência de opiniões sobre a natureza da alma provém da aplicação particular que cada um dá a esse termo. Uma língua perfeita, em que cada ideia fosse expressa por um termo próprio, evitaria muitas discussões. " N.A.

    8

    que tipo de matéria um espírito é constituído se quando nos

    referimos a um espírito, quem nos ouve visualiza coisas diferentes.

    Não é possível explanar sobre a forma de interação entre uma luz

    de determinada cor se não compreendermos o que é a luz em sua

    mais íntima constituição.

    Claro que, para tal feito, não podemos nunca nos privar do uso

    do conhecimento secular para chegarmos a conclusões. Não

    devemos, de forma alguma, nos privar do conhecimento obtido de

    forma empírica2 para tirarmos conclusões que vêm somente de

    nossa mente. A própria magia, tão em voga nos dias atuais, se

    entristeceria ao ver o quanto estamos desperdiçando nosso tempo

    em busca de algo muito fora do nosso alcance quando, na verdade,

    tudo está em nossas faces. Isso acontece, novamente, por uma

    dissociação no entendimento de uma palavra tão simples: Magia.

    Novamente, para encerrar com esse prólogo: não é possível

    imaginar que iremos conseguir correr sem antes aprendermos a

    andar. Só com a firme compreensão do que esse ato nos faculta é

    que se torna possível expandi-lo além do que ele aparentemente nos

    proporciona. Quando notamos, finalmente, que colocar um pé a

    frente do outro nos faz irmos em frente e quando compreendemos

    que isso pode se ligar à velocidade com que nos movemos, fica mais

    simples compreender que se fizermos isso com velocidades

    diferentes, será possível controlar o tempo que levamos para

    percorrer um caminho.

    2 Empirismo é uma teoria filosófica que diz que o conhecimento vem

    apenas, ou principalmente, pelo uso de experiências que sensibilizem alguns de

    nossos órgãos sensíveis. Observação, por exemplo. N.A.

    9

    A você que começa lendo esse pequeno volume: não espere

    encontrar aqui soluções milagrosas para sua vida ou informações

    veladas que o tornarão o Mago Merlin em dois ou três meses. O

    caminho da iluminação tem que ser trilhado aos poucos, com

    parcimônia e determinação. Não é plausível a possibilidade de se

    tornar um neurocirurgião sem antes aprender a ler. Não é possível,

    também, dar o segundo passo sem antes aprender a equilibrar-se em

    seu próprio eixo.

    Essa primeira etapa da Escola Iniciática do Grande Oriente

    Místico visa, primordialmente, acabar com esses problemas citados

    acima. A compreensão do que é feito e do que é dito deve ser o

    primeiro passo para qualquer lição. A sincronização de conceitos e

    significados dos vocábulos, a íntima ligação com o que e o "por

    que" nos levará, ao fim da jornada, à possibilidade de encarar o

    como.

    Leve o estudo a sério, pratique as atividades relacionadas e não

    tenha medo de sair da caverna.3

    3 Vide o Mito da Caverna de Platão, no anexo I deste estudo.

    10

    Índice

    DISSECANDO A UMBANDA

    21

    UMBANDA

    22

    VERSÃO DA ANUNCIAÇÃO

    23

    Versão da mescla

    26

    Versão Mística

    27

    TERREIRO

    29

    Campo santo

    30

    Congá (congar, juremá ou gongá)

    31

    Atabaques

    32

    Assistência (ou plateia)

    34

    Tronqueira (ou tronqueira)

    34

    Roncó

    35

    Pejí

    35

    Pontos de força

    35

    Cambiá

    36

    Cruzeiro das almas

    36

    Abandono

    37

    Vestiários

    37

    Comércio

    37

    Bastidores (ou almoxarifado)

    38

    SACRALIDADE

    38

    DISPOSIÇÃO GEOGRÁFICA

    39

    11

    OBJETOS RITUAIS

    41

    GUIAS OU COLARES DE CONTAS

    42

    ESPADAS, FACAS, ADAGAS

    44

    VESTIMENTAS

    45

    Influência mental

    45

    Proteção psíquica

    46

    CAPAS E VESTIDOS

    46

    BENGALAS

    47

    FUMO, ÁLCOOL E ERVAS

    49

    ERVAS

    49

    Efeito real

    50

    Efeito induzido

    51

    Efeito Magístico

    51

    FUMO

    52

    Cachimbo

    53

    Charuto

    53

    Cigarros

    54

    Cigarro de palha

    54

    ÁLCOOL

    55

    Desinibição

    55

    Limpeza

    56

    Efeito Fé

    56

    PONTOS RISCADOS

    59

    ASSINATURA

    60

    COMANDOS OU ORDENS

    61

    12

    PEQUENA CONCLUSÃO

    61

    MATÉRIA HUMANA

    63

    ASSISTENTES (OU CONSULENTES)

    63

    Visitantes

    64

    Irmãos

    65

    Preferenciais

    65

    Patrocinadores (ou padrinhos)

    65

    MÉDIUNS

    66

    Grau (cargo, posto, posição)

    66

    Função

    66

    Iniciado (desenvolvente, iaô ou cambone)

    67

    Cambone

    67

    Médium passista (ou de trabalho)

    68

    Atabaqueiros, sambas e tocadores

    69

    Tronqueiras

    70

    Pais e Mães Pequenos

    71

    Ogãs

    71

    Dirigente (Pais e Mães de Santo, YalOrixás, BabalOrixás)

    72

    Médiuns específicos

    72

    Velhos Novos Médiuns

    73

    CARIDADE

    74

    MATÉRIA ESPIRITUAL

    77

    ESPÍRITO

    78

    ESTÚPIDO GUIA

    80

    ALMA

    84

    Etimológica

    84

    13

    Cristianismo

    85

    Teosofia

    85

    Espiritismo

    85

    GUIAS ESPIRITUAIS

    85

    Guias

    86

    Desenvolventes

    86

    Trabalhadores (ou falangeiros)

    87

    Linhas de Umbanda

    88

    Linhas de esquerda

    89

    Linhas Suplementares

    90

    Linhas de direita

    95

    OUTRAS SITUAÇÕES

    97

    Elementais

    98

    Elementares

    99

    ORIXÁS

    100

    Panteão Maior

    102

    Panteão Ancestral

    104

    Panteão Novo

    105

    A MEDIUNIDADE E O MEDIANEIRO

    109

    ASPECTOS DA MEDIUNIDADE

    109

    HISTÓRIA

    111

    Índia

    111

    Egito

    113

    China

    113

    Israel

    113

    Grécia

    114

    Cristianismo

    114

    Idade Média

    115

    14

    Iluminismo

    116

    O Espiritismo

    116

    Mediunidade segundo a forma

    117

    Mediunidade Consciente

    117

    Delirium

    117

    Onírico

    118

    Dissociação da consciência

    118

    Transe

    118

    Inconsciência

    118

    Semiconsciência

    120

    Mediunidade segundo os efeitos

    121

    Efeitos Materiais (físicos)

    121

    Materialização

    121

    Transfiguração

    122

    Levitação

    122

    Transporte

    122

    Voz direta

    123

    Escrita direta

    123

    Tiptologia

    123

    Sematologia

    123

    Efeitos subjetivos (ou intelectuais)

    124

    Intuição

    124

    Vidência

    124

    Audiência

    124

    Psicometria

    125

    Desdobramento

    125

    Psicografia

    125

    Psicofonia

    126

    Curadores

    126

    Incorporação

    126

    Mediunidade de Prova

    127

    15

    Mediunidade de Trabalho

    127

    Mediunidade de Missão

    127

    O MÉDIUM

    127

    Gestual

    130

    Animismo

    131

    Influências internas

    131

    Influências externas

    131

    Dialetos

    132

    Glossolalia

    132

    Xenoglossia

    132

    Alteração estilística

    132

    Objetos Ritualísticos (Ferramentas de Guias)

    133

    Proteções

    133

    Projeções

    133

    O TRABALHO

    135

    FUNCIONAMENTO

    135

    Firmeza dos pontos de força (tronqueiras ou portais)

    137

    O que são Portais

    138

    Assentamentos

    140

    Defumação

    140

    Ervas

    143

    Resinas

    143

    Óleos

    143

    Positivação

    144

    Negativação

    144

    Descarrego (ou Limpeza)

    145

    Direita

    145

    Esquerda

    145

    16

    Bate-Cabeça

    146

    Rito de Abertura

    146

    Orações cantadas

    147

    Orações faladas

    148

    Abertura da cortina

    148

    Palestra

    149

    Rito de Chamada

    149

    Trabalho

    149

    Ritos de Encerramento (Fechamento)

    150

    EBÓS (ENTREGAS, COMIDAS DE SANTO)

    151

    Utilidade

    152

    Evolução individual

    154

    Relatividade da Evolução

    156

    Ressalvas

    160

    Pensamento negativo

    160

    Roubo energético

    162

    ESPIRITISMO, ESPIRITUALISMO E UMBANDA

    164

    A ENERGIA

    167

    O AMOR

    167

    INTRODUÇÃO

    171

    PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS

    171

    PRINCÍPIOS OCULTOS

    174

    PRÂNA E DEUS

    177

    DEUS PESSOAL

    178

    PRÂNA E O HOMEM

    180

    PRÂNA E OS ORIXÁS

    181

    17

    PRÂNA NOS SERES

    184

    PONTOS DE CONTATO

    185

    Os sete chacras principais

    187

    Meridianos

    187

    FORMAS DE INTERAÇÃO

    188

    Luz

    191

    Minerais

    191

    Vegetais

    192

    Transferência direta

    192

    Transferência indireta

    193

    Alimentação

    193

    Música

    193

    ALGUMAS FORMAS DE TRABALHAR

    195

    REIKI

    195

    JOHREI

    197

    CHI KUNG

    200

    LIVROS RECOMENDADOS

    201

    MAGIA

    203

    INTRODUÇÃO

    203

    EGRÉGORA

    205

    TIPOS DE MAGIA

    207

    MAGIA NATURAL

    208

    MAGIA ELEMENTAL

    208

    O Ar (Fadas, Sífides, Silfos, Paraldas)

    209

    A Água (Sereias, Ondinas, Tritões, Nicksas)

    209

    A Terra (Gnomos, Elfos, Trolls, Gobs)

    209

    18

    O Fogo (Salamandras, Flamines, Dragões, Djins)

    209

    MAGIA ELEMENTAR

    210

    MAGIA BRANCA E MAGIA NEGRA

    212

    MAGIA BRANCA

    213

    MAGIA NEGRA

    214

    SÍMBOLOS

    217

    A TAMPA DO IOGURTE

    217

    CONCLUSÃO

    221

    LIVROS RECOMENDADOS

    223

    ANEXOS

    225

    ANEXO I

    227

    O MITO DA CAVERNA

    227

    ANEXO II

    233

    AS SETE LEIS HERMÉTICAS

    233

    LEI DO MENTALISMO:

    233

    LEI DA CORRESPONDÊNCIA

    234

    LEI DA VIBRAÇÃO

    234

    LEI DA POLARIDADE

    235

    19

    LEI DO RITMO

    235

    LEI DO GÊNERO

    236

    LEI DE CAUSA E EFEITO

    236

    Da Energia Latente no Ser Humano

    237

    ANEXO III

    239

    ATLÂNTIDA

    239

    TEORIAS E HIPÓTESES SOBRE SUA EXISTÊNCIA

    241

    TEORIA PLATÔNICA

    242

    TEORIA DO ANTIGO CONTINENTE

    243

    TEORIA DE TÂNTALIS

    244

    TEORIA DA ANTÁRTIDA

    244

    HIPÓTESES SOBRE A LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

    245

    ANEXO IV

    249

    A ENCICLOPÉDIA DOS

    249

    MORTOS VIVOS

    249

    BIBLIOGRAFIA

    253

    20

    Dissecando a Umbanda

    Imaginamos que muitas das pessoas que vêm em busca desta

    oportunidade estão inseridas no seio da espiritualidade e que, uma

    parcela muito grande destas, está no contato através dos dogmas

    que comumente se conhece por Umbanda. Aos poucos iremos

    dissecando outras partes de filosofias ligadas à interação entre

    encarnado e desencarnado, mas como tudo precisa ter um ponto de

    partida, iniciaremos por aqui.

    21

    Como dito anteriormente este estudo visa, primordialmente, a

    uniformização da linguagem a fim de que se possa compreender o

    conteúdo de forma ampla e satisfatória. Tal estudo já foi iniciado

    em termos gerais por outras formas, mas aqui, dada a situação do

    contato pessoal, será possível o aprofundamento de informações.

    Passemos, então, ao começo:

    Umbanda

    Umbanda é um termo sem tradução específica para o português,

    que ganhou significado próprio. Segundo alguns, o termo seria uma

    derivação do vocábulo mbanda, do Kibundo, que teria o

    significado similar a bruxaria4. Outros ainda defendem que vem

    do vocábulo u´mbana, significando curandeiro na língua banta

    falada na Angola, o Quimbundo5, mas não conseguimos encontrar

    nada que valide essa teoria. Outros, ainda, ditam que tal palavra vem

    do sânscrito, uma junção do vocábulo Aum e Banda, mas também

    não encontramos nada correspondente nos dicionários da língua

    dita6. Há, também, os que digam que o vocábulo original, na

    verdade, vem de Aumbandhan, ou Aumbandã, que derivaria de uma

    língua morta do povo Atlante. Nem preciso, acredito, me prender a

    essa última afirmação já que a existência da civilização atlante ainda

    não é comprovada, nem nas menores questões possíveis, quanto

    4 Segundo o site kimbundu.wordpress.com, em 08/02/2014

    5 Segundo o site www.significados.com.br, em 08/02/2014

    6 Dicionários consultados: Glosbe ,Português-Sanscrito-Português. Vrajabhumi, Ashram Mini Dicionário de Sânscrito -. Dicionário de Sanscrito Online do Instituto Paulista de Sânscrito ( http://www.sanscrito.com.br), em 08/02/2014

    22

    mais encontrar algo que valide sua língua. Mais à frente,

    dissertaremos sobre a Atlântida.

    Acredito que isso mostre a inutilidade da busca pela verdade, ao

    menos por enquanto, no que diz respeito ao vocábulo. No final das

    contas, não consigo enxergar muito claramente a importância real

    de tal atitude.

    Com relação à religião em si, também existem várias teorias

    vigentes que pedem uma revisão:

    Versão da Anunciação

    Essa versão é a mais aceita e, somente por isso, está colocada em

    primeiro.

    Zélio Fernandino de Moraes era um rapaz de classe média, filho

    de um espírita kardecista. Em 1908, então com 17 anos, Zélio

    começa a sofrer vários ataques que a família não conseguia

    identificar o que seria. Nesses ataques, Zélio ficava com posturas de

    velho e falava coisas que, aparentemente, eram desconexas.

    Segundo os relatos correntes, em outras vezes, ele também ficava

    como que um "felino lépido e desembaraçado que parecia conhecer

    várias coisas da natureza".

    Após examiná-lo durante algum tempo, o médico da família

    sugeriu que seria melhor encaminhá-lo a um padre, pois o médico

    dizia que a loucura do rapaz não se enquadrava em nada que ele

    havia conhecido. Devemos lembrar que em 1908 a medicina e a

    psicologia não conheciam, ainda, os avanços que temos atualmente

    e era muito mais fácil encontrar uma pessoa crente na igreja do que

    hoje em dia.

    23

    Foi então que alguém da família sugeriu a intervenção dos

    trabalhadores da Federação Espírita de Niterói, que na época era

    presidida por José de Souza. Em 15 de Novembro, então, Zélio foi

    convidado a participar da sessão tomando parte da mesa. Nesta hora

    aconteceu o icônico pedido: Zélio, tomado pela influência de um

    espírito, contrariando as normas que impediam o afastamento dos

    componentes da mesa, levanta-se e diz "Aqui está faltando uma

    flor". Sai, então, da sala encaminhando-se até o jardim, de onde

    volta com uma flor que é colocada no centro da mesa. Essa atitude

    causou um enorme desconforto entre os presentes e, após o

    restabelecimento de todos, espíritos que se diziam pretos velhos

    escravos e índios se manifestaram.

    O diretor, obviamente, achou toda aquela experiência um

    absurdo, citando seu atraso espiritual e acabou por convidar os

    espíritos a se retirarem. Após isso, uma outra força tomou conta de

    Zélio e disse: "Porque repelem a presença desses espíritos, se nem

    sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Será por causa de suas

    origens sociais e da cor?"

    Segundo os relatos, houve uma discussão acalorada entre todos

    ali. Um médium vidente perguntou o motivo do espírito falar de tal

    forma, pretendendo que a direção aceitasse a manifestação de

    espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados,

    seriam claramente atrasados. "Por que fala deste modo, se estou

    vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste

    branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome, irmão?"

    - Se querem um nome, que seja este: Sou o Caboclo das Sete

    Encruzilhadas, porque para mim não haverá caminhos fechados. O

    que você vê em mim são restos de uma existência anterior. Fui padre

    Está gostando da amostra?
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