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O Julgamento Dos Vilões
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O Julgamento Dos Vilões
E-book66 páginas53 minutos

O Julgamento Dos Vilões

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Sobre este e-book

O que acontece quando a bruxa da história da Branca de Neve e o Lobo Mau da história dos Três Porquinhos são julgados em um tribunal? Serão eles os verdadeiros vilões? Será que o doutor Aladim conseguirá a condenação desses réus? Ou será que o doutor Ali Babá os livrará da cadeia? Descubra isso tudo rendendo-se à leitura desta deliciosa e envolvente história, na qual vários personagens dos Contos Maravilhosos misturam-se para trazer encantamento e diversão ao leitor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de ago. de 2015
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    O Julgamento Dos Vilões - Doralice Bruel

    BRUXA: (Responde bem dissimulada) Ora, ora, ora! Eu amava a minha Branquinha, como se fosse a minha própria filha. Só que aquela menina era impossível! Estragava as minhas maquiagens, usava minhas roupas sem pedir, se exibia por aí com a minhas joias... Ela era um terror! Eis que um dia... (Põe a mão na cabeça com exagero) Nem gosto de me lembrar daquele dia horrível! Eis que um dia, a minha Branquinha foi longe demais! Ela colocou bafo de onça, xixi de rato e suor de gambá no meu creme importado, caríssimo... (Chora alto) E... Eu me transformei numa... numa... bruxa!!!

    LOBO: (Fala e ri alto) Numa bruxa feiosa... e fedorenta! Ah! Ah!Ah!Ah!Ah! Bem que eu senti um cheirinho de gambá vindo da senhora... (Preocupada, a bruxa cheira suas axilas) A propósito, dona Bruxa, o seu hálito também não é dos melhores... (Ela solta um bafo na mão, cheira-o e faz uma cara bem feia) E aposto que a senhora não limpa as orelhas, acho que eu até vi uma plantação de couve aí dentro. (Aponta para as orelhas dela) E eu ainda garanto que a senhora não deve tomar banho todos os dias! A senhora tem cara de quem tem um chulé... (Fala ao público) Chulé, não! Chu-le-zão!! (Ela olha incomodada para os seus pés).

    ALI BABÁ: (Preocupado, cochicha-lhe) Senhor lobo, controle-se, não ofenda a senhora Bruxa na frente do juiz, senão vai sobrar pra você! Não vacile, que o senhor vai em cana!

    LOBO: (Não dá ouvidos ao doutor Ali Babá, pois está divertindo-se em provocar a bruxa. Começa a cantar e a dançar. Depois que a música termina, canta-a novamente, dança, bate palmas e não para de rir)

    A BRUXA NÃO LAVA O PÉ,

    NÃO LAVA PORQUE NÃO QUÉ.

    ELA NÃO USA SABONETE

    E NÃO LAVA O PÉ PORQUE NÃO QUÉ!

    MAS QUE CHULÉ!!!

    QUÉ! QUÉ! QUÉ!

    BRUXA: (Levanta-se furiosa e parte para cima do lobo. Dá-lhe uns tabefes) Vou ensinar você a me respeitar, seu lobo de meia tigela! Chulé é a sua avó! Chulé é a sua avó, entendeu bem?

    LOBO: (Injuriado, levanta-se e enfrenta-a) Não ofenda a minha avó Lobolina! Ela era pobre, mas era limpinha! (Os dois engalfinham-se pelo chão. Na briga, voa pelo ar uma cobra, que quase atinge o juiz).

    JUIZ: (Perde a paciência com os réus) Mas o que significa isso, senhor Lobo Mau Júnior e senhora Bruxa Maligna??!! A situação de vocês está crítica neste tribunal, e vocês ficam arrumando mais confusão aqui dentro? Mais uma briga dessas e mando os dois diretamente para a prisão, ouviram?

    LOBO e BRUXA: (Falam ao mesmo tempo, apontando um para o outro) Foi ele(a) que começou!!

    JUIZ: (Irritado, finge que não escuta o que os dois disseram) Ouviram? Mais uma desavença aqui dentro e cadeia para os dois! Fui claro?!

    LOBO e BRUXA: (Amedrontados, respondem juntos) Sim, seu juiz! (Os dois voltam rápida e desastradamente para os seus lugares. Na correria, um esbarra no outro).

    JUIZ: (Ainda furioso) E, de agora em diante, nada de encrencas! (Mais calmo) Vamos prosseguir. (Lê suas anotações, mas está meio perdido) Antes deste bafafá todo, onde é que nós estávamos mesmo, doutor Aladim?

    ALADIM: (Fala ironicamente, pois não acredita nas palavras da bruxa) Estávamos na parte em que a senhora Bruxa Maligna dizia que a princesa havia colocado bafo de onça, xixi de rato e suor de gambá em seus cremes importados para transformá-la em uma bruxa e blá-blá-blá-blá...

    JUIZ: Ah, é verdade, obrigado. (Pergunta à bruxa) Algo mais a dizer-nos, senhora Bruxa Maligna? A senhora reafirma essa história?

    BRUXA: (Mente sem pestanejar) Claro, seu juiz! Nem sei como aquela peste, quer dizer, aquela fofura da Branquinha  teve coragem de fazer uma maldade dessa comigo! Querer transformar-me em uma bruxa! Logo eu, que sempre fui uma mãe para ela... Que só lhe dei amor e carinho!! (Choraminga e tira exageradamente da bolsa um lenço preto com desenhos de caveiras para enxugar suas falsas lágrimas. Aproveita e tira também da bolsa um perfume grande, cujo frasco mostra o desenho de um gambá e passa-o na pele. Depois, esquecida da briga, fala ao lobo como se ele fosse seu grande amigo) Ai, senhor Lobo, sinto-me agora bem melhor!

    LOBO: (Tapa o nariz e vira-se de lado por causa do mau cheiro do perfume. Fala ao público) Bem que eu não não devia ter usado ontem aquele descongestionante nasal.

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