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Não sei se devo,: mas vou contar
Não sei se devo,: mas vou contar
Não sei se devo,: mas vou contar
E-book65 páginas50 minutos

Não sei se devo,: mas vou contar

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Sobre este e-book

'Não sei se devo, mas vou contar'- que a cada página é certo que vamos encontrar uma história muito mágica, algo feito para nos fazer viajar. Realidade ou ficção? Pouco importa saber, pois o que este livro conta nos faz perceber que o mundo é feito de mistérios, e as palavras são as chaves de várias descobertas.
IdiomaPortuguês
EditoraLitteris
Data de lançamento28 de set. de 2022
ISBN9786555731378
Não sei se devo,: mas vou contar
Autor

Rosamares da Maia

Rosa Maria Maia ou Rosamares da Maia é Advogada, nascida em Niterói - RJ escreve poemas, crônicas, contos, livros infantojuvenis, romances policiais, contos distópico. Publica com a Andross e Scortecci, editoras paulistas, e no site Português Lusofonia Poética. Publicou na FLIP 2018, com a Editora Autografia - Pita Pitanga e a Abobora Moranga e com a Litteris Editora o seu primeiro livro de poesias - Retalhos de Vida.

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    Não sei se devo, - Rosamares da Maia

    capa_interna.jpg

    Rosamares da Maia

    01litteris

    Direitos em Língua Portuguesa reservados à autora através da

    LITTERIS®EDITORA.

    ISBN: 978-65-5573-136-1 (livro físico)

    ISBN: 978-65-5573-137-8 (versão digital)

    Foto Capa: Mari Loli - Merville/França (Pixabay)

    Capa e ilustrações de Miolo: David Queiroz

    Revisão: Rosamares da Maia

    Editoração: Cevolela Editions

    Editoria: Artur Rodrigues / Deucimar Cevolela

    Conversão: Cevolela Editions

    CIP - Brasil. Catalogação-na-fonte

    Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

    litteris

    LITTERIS® EDITORA

    CNPJ 32.067.910/0001-88 - Insc. Estadual 83.581.948

    Av. Marechal Floriano, 143 sala 805 - Centro

    20080-005 - Rio de Janeiro - RJ

    Tel: (21)2223-0030/ 2263-3141/ E-mail: litteris@litteris.com.br

    www.litteris.com.br / www.litteriseditora.com.br / www.livrarialitteris.com.br 

    Sumário

    Trinta Dias Para a Vingança

    A Profecia de Fátima Com as Bênçãos de Beatriz nada Santa

    Se o Amanhã é uma Possibilidade, ...Quero Ser Feliz Hoje.

    1

    Caridade por bondade e/ou generosidade, não dever ser sinônimos de tolice e riscos desnecessários. Lembrem-se de que antes de estendermos a mão, precisamos pensar em preservar os nossos dedos.

    Rosa Maria Maia

    TRINTA DIAS PARA A VINGANÇA

    Este conto é inspirado na história A Máscara de Prata, publicada em 1930, na Inglaterra por Hugh Walpole (1884 – 1941).

    A última imagem que os olhos de Charlotte Valentine viram foi a expressão vazia do olhar no rosto talhado em prata. Quase que imediatamente lembrou-se da sua aquisição. Era uma belíssima obra de arte... de quem mesmo? Não conseguia lembrar-se naquele momento. Lembrou-se de tê-la arrematado no leilão de obras em uma galeria no Centro Cultural de Londres e de que foi cara... O que estava fazendo em Londres mesmo? Acho que de férias. Não importava. Todo o tempo agora parecia sair de dentro de uma bruma, que se apagava lentamente com a sua vida, estava fraca demais... Quanto à máscara, assistia sobre a cômoda pobre do sótão do quarto da criada. O que estava fazendo ali deitada naquela cama miserável? Os seus olhos, antes visitados pelos benfazejos ventos da beleza e da bondade, agora queimavam como o fogo. Havia maldade em sua alma, um desejo fúnebre de vingança. Era movida por um ódio tamanho que ela mesma não conseguiria mensurar. Sentiu quando o espírito abandonou o seu corpo, tinha a boca ressecada de tanto suplicar por socorro, estranhamente voou por todo aquele pequeno cômodo, antes ocupado por algum serviçal, não conseguia encontrar a porta de saída. Ouvia a música, as vozes e as risadas que vinham da sala de estar. Subitamente, como se despertasse para a verdade, encarou a máscara posta em seu pedestal sobre a cômoda surrada, concentrando todo o seu ódio e, o que foi antes o formato do seu corpo, compactou-se no rosto prateado, tornando-o seu hospedeiro. Ela recebia uma nova forma de vida e a sua essência, o seu enorme desejo de vingança, estavam incorporados ao frio objeto de prata.

    Certamente havia peso nesta osmose, pois a máscara desabou de forma estrondosa no chão. Logo, passos apressados subiram os degraus para a dependência dos empregados. Ele conferiu os seus olhos baços e a ausência da sua respiração, constatando finalmente o que todos esperavam. Com um sorriso quase imperceptível nos lábios, apanhou no chão a máscara, que só agora lhe pareceu bem mais pesada do que conseguia lembrar-se, atirando-a sobre o corpo sem vida de Charlotte, olhando-a com desprezo acrescentou:

    – Aí está, não gostava tanto dela? Eis o seu legado!

    Desceu as escadas alegremente, como quem daria a melhor das notícias. Olhou os parentes ruidosos na sala de estar e comunicou solenemente:

    – Senhoras e senhores, é com grande pesar que informo o desenlace da nossa generosa benfeitora a senhora Charlotte Valentine, e, com a mão posta em seu peito, arrematou de forma consternada: – Foi para o eterno reino da glória.

    O tio Eliot, colocando-se imediatamente de pé, também com um ar fingido de sofrimento e pesar, complementou:

    – Que o Pai a receba... e o diabo a carregue.

    Explodiram todos em gargalhadas estrondosas, sendo interrompidos por um novo barulho pesado vindo do pequeno cubículo onde Charlotte terminara os seus dias. Desta vez, todos correram escadas acima, preocupados se a notícia alvissareira não teria sido um rebate falso. Aglomerando-se à porta estreita do aposento sufocante, constataram

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