Não sei se devo,: mas vou contar
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Sobre este e-book
Rosamares da Maia
Rosa Maria Maia ou Rosamares da Maia é Advogada, nascida em Niterói - RJ escreve poemas, crônicas, contos, livros infantojuvenis, romances policiais, contos distópico. Publica com a Andross e Scortecci, editoras paulistas, e no site Português Lusofonia Poética. Publicou na FLIP 2018, com a Editora Autografia - Pita Pitanga e a Abobora Moranga e com a Litteris Editora o seu primeiro livro de poesias - Retalhos de Vida.
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Não sei se devo, - Rosamares da Maia
Rosamares da Maia
01litterisDireitos em Língua Portuguesa reservados à autora através da
LITTERIS®EDITORA.
ISBN: 978-65-5573-136-1 (livro físico)
ISBN: 978-65-5573-137-8 (versão digital)
Foto Capa: Mari Loli - Merville/França (Pixabay)
Capa e ilustrações de Miolo: David Queiroz
Revisão: Rosamares da Maia
Editoração: Cevolela Editions
Editoria: Artur Rodrigues / Deucimar Cevolela
Conversão: Cevolela Editions
CIP - Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
litterisLITTERIS® EDITORA
CNPJ 32.067.910/0001-88 - Insc. Estadual 83.581.948
Av. Marechal Floriano, 143 sala 805 - Centro
20080-005 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21)2223-0030/ 2263-3141/ E-mail: litteris@litteris.com.br
www.litteris.com.br / www.litteriseditora.com.br / www.livrarialitteris.com.br
Sumário
Trinta Dias Para a Vingança
A Profecia de Fátima Com as Bênçãos de Beatriz nada Santa
Se o Amanhã é uma Possibilidade, ...Quero Ser Feliz Hoje.
1Caridade por bondade e/ou generosidade, não dever ser sinônimos de tolice e riscos desnecessários. Lembrem-se de que antes de estendermos a mão, precisamos pensar em preservar os nossos dedos.
Rosa Maria Maia
TRINTA DIAS PARA A VINGANÇA
Este conto é inspirado na história A Máscara de Prata, publicada em 1930, na Inglaterra por Hugh Walpole (1884 – 1941).
A última imagem que os olhos de Charlotte Valentine viram foi a expressão vazia do olhar no rosto talhado em prata. Quase que imediatamente lembrou-se da sua aquisição. Era uma belíssima obra de arte... de quem mesmo? Não conseguia lembrar-se naquele momento. Lembrou-se de tê-la arrematado no leilão de obras em uma galeria no Centro Cultural de Londres e de que foi cara... O que estava fazendo em Londres mesmo? Acho que de férias. Não importava. Todo o tempo agora parecia sair de dentro de uma bruma, que se apagava lentamente com a sua vida, estava fraca demais... Quanto à máscara, assistia sobre a cômoda pobre do sótão do quarto da criada. O que estava fazendo ali deitada naquela cama miserável? Os seus olhos, antes visitados pelos benfazejos ventos da beleza e da bondade, agora queimavam como o fogo. Havia maldade em sua alma, um desejo fúnebre de vingança. Era movida por um ódio tamanho que ela mesma não conseguiria mensurar. Sentiu quando o espírito abandonou o seu corpo, tinha a boca ressecada de tanto suplicar por socorro, estranhamente voou por todo aquele pequeno cômodo, antes ocupado por algum serviçal, não conseguia encontrar a porta de saída. Ouvia a música, as vozes e as risadas que vinham da sala de estar. Subitamente, como se despertasse para a verdade, encarou a máscara posta em seu pedestal sobre a cômoda surrada, concentrando todo o seu ódio e, o que foi antes o formato do seu corpo, compactou-se no rosto prateado, tornando-o seu hospedeiro. Ela recebia uma nova forma de vida e a sua essência, o seu enorme desejo de vingança, estavam incorporados ao frio objeto de prata.
Certamente havia peso nesta osmose, pois a máscara desabou de forma estrondosa no chão. Logo, passos apressados subiram os degraus para a dependência dos empregados. Ele conferiu os seus olhos baços e a ausência da sua respiração, constatando finalmente o que todos esperavam. Com um sorriso quase imperceptível nos lábios, apanhou no chão a máscara, que só agora lhe pareceu bem mais pesada do que conseguia lembrar-se, atirando-a sobre o corpo sem vida de Charlotte, olhando-a com desprezo acrescentou:
– Aí está, não gostava tanto dela? Eis o seu legado!
Desceu as escadas alegremente, como quem daria a melhor das notícias. Olhou os parentes ruidosos na sala de estar e comunicou solenemente:
– Senhoras e senhores, é com grande pesar que informo o desenlace da nossa generosa benfeitora a senhora Charlotte Valentine, e, com a mão posta em seu peito, arrematou de forma consternada: – Foi para o eterno reino da glória.
O tio Eliot, colocando-se imediatamente de pé, também com um ar fingido de sofrimento e pesar, complementou:
– Que o Pai a receba... e o diabo a carregue.
Explodiram todos em gargalhadas estrondosas, sendo interrompidos por um novo barulho pesado vindo do pequeno cubículo onde Charlotte terminara os seus dias. Desta vez, todos correram escadas acima, preocupados se a notícia alvissareira não teria sido um rebate falso. Aglomerando-se à porta estreita do aposento sufocante, constataram